TICNOVA, em Maringá, reúne APLs de TI e fortalece cidade como polo de tecnologia

O setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) de Maringá e região conseguiu mais uma vez, com a organização do TICNOVA, superar as expectativas dos próprios empresários, academia e profissionais. Com envolvimento de mais de mil pessoas, foram realizadas grandes palestras, debates, rodadas de negócios, pitchs e mostra de trabalhos científicos.

Foi a quarta edição do TICNOVA, uma realização da Software By Maringá (SbM), SindTI e APL de Software, com correalização do Sebrae e Senai e apoio da Prefeitura de Maringá. O evento mostrou que há um grande otimismo com o presente e o futuro da tecnologia da informação, já que a cada dia, as pessoas estão mais envolvidas com o ambiente virtual, seja no trabalho, no lazer, no lar, nos esportes ou hobbies.

“Contamos com a participação de sete instituições de ensino superior, governo do estado, empresas do setor, profissionais e alunos de graduação e pós-graduação. Expandimos nossas fronteiras com o envolvimento da Unimed e da Cocamar, o que nos abre novas oportunidades de inovação e negócios. Foi mais um grande passo para consolidar nossa região como pólo de TI do Brasil”, resume o presidente da SbM, Edney Mossambani.

Foram três dias de debates sobre atualização tecnológica, difusão de tendências, aplicação de conceitos e geração de inovação, sejam novas tecnologias, empreendedorismo e carreira, negócios e oportunidades. Para Mossambani, as empresas se prepararam e estão trabalhando para não serem apenas usuárias de tecnologia, mas, principalmente, pioneiras no desenvolvimento de soluções inovadoras.
Abertura

A abertura TICNOVA foi dia 17 de agosto às 19 horas no Teatro Calil Haddad com a palestra magna “Empreendedorismo e Resiliência”, ministrada pelo empresário João Ricardo Mendes – fundador do Hotel Urbano, empreendimento que, em julho de 2015, foi avaliado em R$ 2 bilhões. O evento contou com a presença de autoridades municipais e do governo do estado.

Os eventos seguintes foram realizados no CTM/Senai, que abrigou minicursos abordando temas como Startups, computação gestual, games, drones, cloud computing, Realidade Virtual em Dispositivos Móveis, mercado de Internet das Coisas, desenvolvimento de produtos, metodologias ativas, Programação em Cordova e Ionic, e Business Model – Canvas Modelando seu Projeto.

O empresário Luciano Alberti Trevisan participou de vários eventos do TICNOVA e destaca que o evento é fruto de uma grande união que existe no ecossistema regional. “Unimos o olhar empresarial com a visão acadêmica através da participação de diversas instituições de ensino superior. Este ano, agregamos o agronegócio e a saúde aos debates. É fundamental essa visão geral do que cada um está fazendo. Damos as mãos para avançar na questão tecnológica de forma disciplinar e colaborativa”, ressaltou Trevisan.

O próprio secretário de Ciência e Tecnologia do Governo do Paraná, Evando Razzoto, participou de vários momentos do TICNOVA. Ele destacou o ecossistema de Maringá, principalmente ao comentar o entrosamento entre a tecnologia e a área da saúde. “Percebemos que todos aqui querem conversar. Maringá sai na frente mais uma vez. Esse evento vai revolucionar a área”, disse.

Trilhas Especiais

O TICNOVA contou este ano com duas trilhas novas, além das tradicionais Negócio, Startup, Tecnologia, Segurança, Games e Academia. A Unimed apoiou a Trilha da Saúde e a Cocamar a Trilha do Agronegócio. Na sexta-feira, dia 19, Vinicius Bagnarolli, gerente Global Business Unit de Saúde da Oracle na América Latina, falou sobre “Soluções Inovadoras em Análise de Dados de Saúde”. Evandro Razzoto abordou o tema Inovação e saúde, que foi seguido de um debate.

Participaram do debate o próprio Razzoto; o empresário Severino Benner; a pró-reitora de extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá, Itana de Souza Gimenes, professora de Engenharia de Software; e Mirian Ueda Yamaguchi, professora no curso de Farmácia da Unicesumar. Os objetivos foram destacar a importância da união entre os diversos atores, levantar iniciativas atuais ligadas à inovação e identificar se as pequenas empresas do setor também inovam.

Severino Benner elogiou a iniciativa e pontuou que “hoje, no Brasil, não existe colaboração no setor da saúde e não há centralização das informações. Ele alertou que a população está envelhecendo e que os problemas no setor vão de agravar com a falta de hospitais e médicos. “Estes desafios só serão enfrentados com a tecnologia. A saúde tem que passar por uma “uberizacao”. Temos que monitorar os idosos com a internet das coisas, vídeo consultas e outras inovações. É fundamental unir medicina e TI”.
Itana Gimenes lembrou que a UEM é uma geradora de ideias inovadoras e tem formado profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cidade. Ela lembrou que um estudo recente da universidade detectou, por exemplo, que ainda existem casos de tuberculose em Maringá.

Mirian Yamaguchi contou que a Unicesumar trabalha há cinco anos com projetos interdisciplinares. “O início foi difícil pela diversidade de visões. Mas, hoje trabalhamos afinados, conquistamos ótimos resultados e a experiência é muito enriquecedora”. A professora aprovou a iniciativa de unir os diversos atores em Maringá para uma discussão conjunta e contou que não sabia da existência de um ecossistema de TI tão organizado na cidade.

Edney Mossambani contribuiu com os debates lembrando experiências que existem no exterior provando o quanto a tecnologia da informação pode contribuir com a área da saúde. E destacou: “precisamos definir se queremos ser consumidores ou protagonistas. Posso garantir que estamos preparados para criarmos soluções inovadoras e consolidar nossa região como pólo nacional de TI”.

Em continuidade à parceria com o setor da saúde, será realizada nos dias 27 e 28 deste mês na Unicesumar, a Maratona de Programação Hackathon Unimed. O evento vai reunir grupos de designers, programadores e profissionais da área de TI, com o objetivo de desenvolver soluções inovadoras em uma maratona de 24 horas. O objetivo é estimular iniciativas que promovam soluções digitais e beneficiem a saúde suplementar no Brasil.

Agronegócio

A Cocamar foi responsável pela palestra “Ecossistema Inovação no Agronegócio”. O setor também contou com um painel formado pelo Emerson da Silva Nunes, Coordenador Técnico da Cocamar; pelo empresário Ricardo Matiello, representando o setor de TI; pelo professor Dauri Tessmann, do Departamento de Agronomia da UEM; pelo secretário Evandro Razzoto; e por Paulo Victor Fleming, diretor de Exatas da Unicesumar. A condução do painel foi do diretor do Centro de Inovação de Maringá, Leonardo Quintino.

Estudos apontam que, até 2030, a população mundial chegará a 8 bilhões de pessoas, o que implicará em um aumento considerável na produção de alimentos, com acréscimo de 50% da necessidade de energia e 30% de água. E o Brasil tem papel importante neste contexto, necessitando cada dia mais da tecnologia da informação para aumentar os índices de produtividade.

Por isso, a Cocamar tem investido em sua área de TI, buscando a inovação e mirando em projetos que são o core da empresa. Em 2015, a cooperativa ganhou o prêmio “As 100 + inovadoras no uso de TI”, realizado pela IT Mídia. A Cocamar integrou o software de geoprocessamento ao ERP, aumentando a interação entre as equipes de TI e Produção Agrícola. Um exemplo prático de como a área de TI pode auxiliar no agronegócio é o uso de drones para melhorar a produtividade das lavouras.

Estudos mostram que 80% das tecnologias com drones serão aplicadas no campo. Hoje existem soluções que analisam as imagens aéreas feitas por drones e apontam, por exemplo, o melhor momento para irrigação, necessidade de adubação, e monitoramento de pragas e doenças, entre outras.
Rodadas de Negócios

O TICNOVA reservou momentos para que os participantes apresentassem suas empresas, durante os Pithcs que foram seguidos de rodadas de negócios. A iniciativa contou com empresários de outros ecossistemas, já que foi realizado, nos dias 18 e 19 de agosto, o Encontro dos líderes dos seis Arranjos Produtivos Locais na área de TI – Maringá, Curitiba, Londrina, Campos Gerais, Sudoeste e Oeste. O encontro contou com a presença do Coordenador estadual do Programa de TI Software do Sebrae/PR, Emerson Cechin. Um dos temas tratados foi a recém-criada Governança de TIC do Paraná, que é considerada como uma consolidação do esforço conjunto de quase uma década dos Arranjos Produtivos Locais (APL). “É o primeiro trabalho sinérgico em que direcionamos esforços. Antes disso, por bluehost优惠码 meio de estudos, já sabíamos aonde estávamos indo, mas a Governança traça esse caminho para chegar lá, juntos, com um objetivo comum”, explica o consultor. O primeiro trabalho da Governança foi o início de um planejamento estratégico do setor. O objetivo é traçar caminhos para fortalecer o polo de negócios em TIC no Paraná. O presidente da Assespro-Paraná participou do TICNOVA e do encontro de APLs e salientou que “os primeiros resultados da criação da Governança Estadual de TIC são frutos da união dos empresários do setor”. “Já conseguimos estabelecer uma meta ousada de liderar os negócios de TI na América Latina até 2035 e isso é uma grande conquista do trabalho em equipe dos APLs com o poder público e a academia, completa Sandro Molés da Silva.

Entre os objetivos do TICNOVA estão a união de vários atores para fortalecimento do ecossistema na busca pela inovação. Desafios que estão afinados com os próprios objetivos da Governança. Para Cechin, é preciso integrar “os setores em nível estadual, para desenvolver o Paraná, e estar alinhado a tendências globais. Por sua transversalidade, a TIC tem impacto direto em todos os segmentos da economia”, reforça o consultor.

Também durante o TICNOVA foi realizada a Mostra de Trabalhos Científicos e Tecnológicos O objetivo foi incentivar alunos de graduação e pós-graduação em Computação e áreas afins a escreverem textos científicos ou tecnológicos sobre trabalhos realizados por eles. Os três melhores foram premiados.
A mostra contou com um comitê coordenado pela professora Luciana Martimiano (UEM) e com participação dos professores Daniel Kikuti (UEM) e Ludovico Omar Bernardi (Unicesumar). Foram submetidos 12 trabalhos, sendo oito da UEM, três da Uicesumar e um da Faculdade Eficaz. Um dos trabalhos era de uma aluna de especialização, os demais de alunos de graduação. Os alunos da UEM são alunos dos cursos de Bacharelado em Informática e em Ciência da Computação.

Foram aceitos 10 trabalhos para apresentação via pôster. Os trabalhos premiados foram: 1º. Inclusão de acessibilidade no repositório online Netanimations, dos alunos Lailla Milainny Siqueira Bine e Luciana Andréia Fondazzi Martimiano (UEM); 2º. Estilos/Padrões arquiteturais e variabilidade em Systems of Systems, de Fernando Todão e Edson Alves de Oliveira Junior (UEM) e 3º. Planejamento e programação de atividades de manutenção de software utilizando uma heurística de transporte, de Hugo Henrique Fumero de Souza (Unicesumar).

Um dos momentos de maior empolgação no TICNOVA foi durante o Campeonato de Robô – Lego, também realizado no CTM-Senai. O evento teve participação de seis equipes de alunos do Colégio Branca da Mota, Senai e Unicesumar. A equipe do Senai, do curso técnico de Jogos Digitais, foi a vencedora. O prêmio foi um vale-compras da Coopercred.

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Setor de TI do Paraná tem planejamento estratégico revisado em Encontro de Arranjos Produtivos Locais

Em dois dias de reuniões na cidade de Londrina, empresários dos seis Arranjos Produtivos Locais de Tecnologia da Informação e Comunicções do Paraná revisaram o planejamento estratégico do setor e reafirmaram o compromisso de trabalhar em equipe dentro da Rede Estadual de APLs de TIC. Na 26ª edição do encontro, dezenas de empresári foram recepcionados por Heverson Feliciano, gerente do Sebrae de Londrina, que destacou a importância do trabalho do grupo, que é viver o papel de empreendedor cívico, aquele que pensa no futuro do setor e em questões referentes a desenvolvimento das empresas e de todo o estado.

Em seguida, o consultor George Baum iniciou o trabalho de revisão do planejamento estratégico . Ele explica que “os empresários aproveitaram para rever metas, objetivos já para 2016. Foi feito uma espécie de contrato psicológico entre os participantes para que cada um assuma suas responsabilidades dentro da rede.

O objetivo é garantir que os APLs possam atuar de forma integrada para o fortalecimento da economia estadual, com maior visibilidade e interação com instituições de ensino e outras entidades empresariais e representativas da sociedade.

Emerson Cechin, coordenador estadual do Programa de TI do Sebrae Paraná elogiou o esforço dos empresarários. “Houve uma discussão importante sobre a proposta de valor que a rede tem para o estado. Isso faz com que os envolvidos tenham clareza de qual é o principal objetivo e que os esforços passem a ser direcionados a facilitar a entrega de resultados”, conclui Emerson.

Luís Carlos Albuquerque Silva, que lidera o APL de TIC de Londrina, que organizou o encontro, destacou o fato de haver um grande envolvimento de todas as regiões, do Sebrae e da Assespro para repensar o modelo e começar a olhar para frente. “Em 2015, Londrina começou a alinhar o planejamento do APL com o da rede. Já temos uma forte aderência com instituições de ensino e entidades empresariais da região”, comemora.

O presidente da Assespro-Paraná Sandro Molés da Silva: o planejamento feito, há dois anos, foi refatorado. Ao se fazer esse novo planejamento, é colocada a vontade do grupo de acordo com mudanças de lideranças e de cenários. O planejamento não pode ser algo tão duro que não possa ser mexido. A troca de lideranças garante uma oxigenação com a vinda de novas ideias. É importante observar as demandas regionais para que o estado inteiro cresça. Foram renovados compromissos. A gente discute os problemas, mas todos saem daqui unidos, fortalecendo a imagem do Paraná como a de um estado de forte base tecnológica.

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26º Encontro de APLS de TI do Paraná: setor tem planejamento estratégico revisado

Em dois dias de reuniões na cidade de Londrina, empresários dos seis Arranjos Produtivos Locais de Tecnologia da Informação e Comunicações do Paraná revisaram o planejamento estratégico do setor e reafirmaram o compromisso de trabalhar em equipe dentro da Rede Estadual de APLs de TIC. Na 26ª edição do encontro, dezenas de empresários foram recepcionados por Heverson Feliciano, gerente do Sebrae de Londrina, que destacou a importância do trabalho do grupo, que é viver o papel de empreendedor cívico, aquele que pensa no futuro do setor e em questões referentes a desenvolvimento das empresas e de todo o estado.

Em seguida, o consultor George Baum iniciou o trabalho de revisão do planejamento estratégico. Ele explica que “os empresários aproveitaram para rever metas, objetivos já para 2016. Foi feito uma espécie de contrato psicológico entre os participantes para que cada um assuma suas responsabilidades dentro da rede.

O objetivo é garantir que os APLs possam atuar de forma integrada para o fortalecimento da economia estadual, com maior visibilidade e interação com instituições de ensino e outras entidades empresariais e representativas da sociedade.

Emerson Cechin, coordenador estadual do Programa de TI do Sebrae Paraná elogiou o esforço dos empresários. “Houve uma discussão importante sobre a proposta de valor que a rede tem para o estado. Isso faz com que os envolvidos tenham clareza de qual é o principal objetivo e que os esforços passem a ser direcionados a facilitar a entrega de resultados”, conclui Emerson.

Luís Carlos Albuquerque Silva, que lidera o APL de TIC de Londrina, que organizou o encontro, destacou o fato de haver um grande envolvimento de todas as regiões, do Sebrae e da Assespro para repensar o modelo e começar a olhar para frente. “Em 2015, Londrina começou a alinhar o planejamento do APL com o da rede. Já temos uma forte aderência com instituições de ensino e entidades empresariais da região”, comemora.

O presidente da Assespro-Paraná Sandro Molés da Silva conclui: “o planejamento feito, há dois anos, foi refatorado. Ao se fazer esse novo planejamento, é colocada a vontade do grupo de acordo com mudanças de lideranças e de cenários. O planejamento não pode ser algo tão duro que não possa ser mexido. A troca de lideranças garante uma oxigenação com a vinda de novas ideias. É importante observar as demandas regionais para que o estado inteiro cresça. Foram renovados compromissos. A gente discute os problemas, mas todos saem daqui unidos, fortalecendo a imagem do Paraná como um estado de forte base tecnológica”.

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