Comércio curitibano segue em baixa: queda de abril foi de 4%

O volume de vendas registrado pelo comércio curitibano em abril, segundo a pesquisa ACP/Datacenso que ouviu 200 comerciantes entre os dias 11 e 13 deste mês, apresentou em média a queda de 4% em relação ao mês de março. “A queda significativa se deu em função da elevação de preços dos produtos, juros em alta, queda do poder aquisitivo e crescimento do índice de inadimplência”, segundo o diretor técnico do Instituto Datacenso, economista Cláudio Shimoyama. A expectativa de maio é que o movimento do comércio seja positivo em 4%.

O histórico do crescimento percentual de vendas desde janeiro desse ano, com índices negativos better to fight for something than live for nothing de 24% e 5% em janeiro e fevereiro, respectivamente, e pequena recuperação em março (3%) resultou na média negativa de 9% ao longo do primeiro trimestre de 2015.

Seguindo a tendência baixista, o mês de abril confirmou o mau resultado do comércio nos meses anteriores, situação revelada por 43% dos 200 comerciantes ouvidos pelos pesquisadores do Datacenso. Em comparação com o resultado do mesmo período de 2014, as vendas foram menores esse ano para 58% dos comerciantes.

Os produtos com maior procura em abril foram chocolates, calçados, cosméticos e perfumaria, supermercados, vestuário e farmácia. Na expectativa para o mês de maio, 51% dos comerciantes demonstraram expectativa favorável para o movimento de vendas, embora 31% tenham revelado que o volume deve permanecer igual aos dos meses anteriores e, inferior para 17%.

A pesquisa mostrou que a expectativa do comércio é vender em maio 4% a mais que em abril, tendo em vista as vendas motivadas pelo Dia das Mães, chegada do frio, novas coleções, promoções, descontos e até liquidações. Os segmentos que apresentam maior otimismo são os de calçados (16%), vestuário (10%), farmácia (9%) e jóias e relógios (9%).

Além do Dia das Mães, cuja expectativa de vendas também não foi o que se esperava) os comerciantes esperam a recuperação do desempenho em maio com base em investimentos em propaganda (49%), promoções, descontos e liquidações (34%) e coleções de inverno (33%).

O Instituto Datacenso ouviu 200 pessoas, das quais 66% são gerentes ou supervisores e 34% sócios ou proprietários, correspondendo a microempresas (77%), pequenas (20%), médias (3%) e grandes (1%).

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Comerciante curitibano está pessimista com relação a 2015

Os empresários do comércio curitibano vislumbram um 2015 difícil para o setor. De acordo com dados apurados pela pesquisa ACP/ Datacenso, a expectativa das vendas para o primeiro mês do ano, negativa em 10% com relação a dezembro de 2014 para 71% dos entrevistados, é um exemplo preocupante do que poderá se repetir até a próxima virada do ano.

Do total de empresários ouvidos, 47% estão preocupados com seus negócios em 2015. A realidade é totalmente inversa à apresentada em 2014, quando quase metade dos comerciantes estava entusiasmada para este ano (49%). A inquietação tem motivo: para 58% ela é motivada pela crise econômica, para 17% é proveniente do receio gerado pelo baixo desempenho das vendas em 2014, 15% pela preocupação com aumento de impostos, 3% porque o consumidor está gastando menos e 2% pelo aumento da inflação.

Segundo o diretor do Instituto Datacenso, Cláudio Shimoyama, “esta preocupação é reflexo do momento econômico, com o baixo volume de vendas e constante aumento dos preços, principalmente dos serviços que têm os preços controlados pelo governo”.

Para os 200 lojistas ouvidos entre os dias 12 e 14 de janeiro, a previsão negativa é explicada porque, principalmente, os consumidores estão pagando dívidas e evitando gastos. Outro fator importante: o período de férias, com muitos consumidores viajando, sendo também época de pagamento de impostos.
Apesar de o Natal passado ter sido o pior dos últimos quatro anos em relação ao faturamento, o mês de dezembro registrou alta de 8% comparado ao mês anterior, conforme afirmaram 64% dos comerciantes ouvidos, e queda de 3% com relação a dezembro de 2014. Já no acumulado do ano de 2015, as vendas foram negativas em 1%

Apenas um setor está otimista com relação a janeiro: o de materiais de construção, que espera incremento de 4% nas vendas. O segmento de cosméticos e perfumaria é o que calcula os piores resultados, 28% de queda. Também prevêem queda no faturamento as áreas de informática e eletrônicos (1%), brinquedos (2%), móveis e eletros (6%) e calçados (16%).

Fonte: Associação Comercial do Paraná

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Comércio curitibano teve o pior Natal dos últimos quatro anos

Pela primeira vez nos últimos quatro anos o desempenho das vendas de Natal no comércio curitibano apresentou uma queda de 2% em relação ao acréscimo de 4% registrado nesse mesmo período do ano passado. Assim sendo, foram confirmados os prognósticos generalizados dos efeitos negativos da conjuntura econômica. O dado foi levantado pela pesquisa ACP/Datacenso que ouviu 200 comerciantes e 480 consumidores de ambos os sexos, na proporção de 200 que compraram presentes e 280 que se abstiveram da tradição de presentear na data festiva.

Segundo o economista Cláudio Shimoyama, diretor do Instituto Datacenso e responsável técnico pela pesquisa, a análise da série mensal realizada em 2014 “apresenta sistematicamente índices de crescimento abaixo do esperado e sempre aquém dos resultados apurados o longo de 2013”. Nos últimos quatro anos, constatou, as vendas do comércio da capital “apresentaram um crescimento médio de 5,5% em comparação com o exercício imediatamente anterior”.

Em 2014, como era previsto, o comércio sofreu com a instabilidade da economia, fato que interferiu de forma realista no ânimo dos consumidores no último mês do ano: “De cada grupo de dez curitibanos seis deixaram de comprar presentes, sob a alegação de dificuldade financeira, juros altos, inflação, crédito difícil e endividamento da maior parte dos possíveis compradores”, comentou Shimoyama com base nos números da pesquisa ACP/Datacenso, salientando que “esse foi o pior desempenho do comércio de Curitiba desde o Natal de 2011”.

Vendas inferiores
Para a maioria dos comerciantes ouvidos em entrevistas pessoais (60%), o volume de vendas natalinas de 2014 foi inferior em 2% quando comparado a 2013, cujo resultado do período superou em 4% a temporada de festas de 2012. Para otimizar as vendas mais da metade dos estabelecimentos comerciais (56%) se valeu de promoções especiais, com destaque para descontos, sorteios e distribuição de brindes.
A pesquisa confirmou também o dado anterior de que a contratação de pessoal efetivo seria feita apenas por 17% dos empresários do comércio, ao passo que 83% preferiram mão de obra temporária que alcançou em média quatro pessoas.

A estimativa do próprio Datacenso era que o consumidor estava disposto a presentear três pessoas (esposa, filhos e parentes próximos), gastando a média de R$ 97 por presente. A pesquisa pós-Natal constatou que o gasto por presente foi de R$ 95, totalizando R$ 285 por consumidor que foi às compras. “Em comparação com o período igual de 2013 verificou-se uma queda nominal de 34% no dispêndio com presentes, pois o valor médio por presente daquele ano chegou a R$ 128”, explicou Shimoyama.

A maioria dos consumidores pagou as compras em maior escala de roupas e acessórios (56%), brinquedos (34%), perfumes/cosméticos e calçados (16%), além de outros itens em percentuais mais moderados com o cartão de crédito, nas modalidades à vista ou parcelado.

Fonte: Associação Comercial do Paraná

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