Sondagem Industrial da FIEP mostra que empresários estão pessimistas em relação a 2016

A expectativa dos industriais de empresas paranaenses para 2016 é extremamente baixa. Mais da metade deles (54,03%) está pessimista para o próximo ano. O indicador favorável (32,89%) é o menor desde 1996 e, pela primeira vez, está abaixo dos 50%. Os dados são da XX Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com o Sebrae.

Fatores que contribuem, de acordo com o superintendente da Fiep Reinaldo Tockus, para a diminuição da expectativa são: “aumento da dívida interna que superou os R$ 2,5 trilhões em outubro; o crescente endividamento externo, que superou os US$ 350 bilhões, contraído em grande medida para fomento ao consumo interno e não para realização de investimentos”, aponta.

Além disso, segundo ele, a taxa de investimentos atingiu apenas 18,1% do PIB e a de poupança 15%, no terceiro trimestre deste ano. “Junte-se a isso, a queda do PIB de 3,2% nos primeiros três trimestres, o rebaixamento e perda do grau de investimento do Brasil, a inflação acima de 10% e a instabilidade política”, são fatores que contribuíram para o cenário.

Carga tributária é maior vilã

O empresariado paranaense aponta vários empecilhos para enfrentar a concorrência no mercado interno: a carga tributária elevada continua sendo a campeã, com 78,19%; seguida dos encargos sociais elevados com 66,78%. Além disso, dificultam o bom andamento das indústrias, o custo financeiro elevado com 55,70%, custo elevado de fabricação (40,27%), elevados custos de distribuição (35,91%), e mão de obra não qualificada (24,83%).

Competitividade

Dentre as estratégias das empresas em relação à concorrência nacional e internacional, 65,44% optarão por enxugar custos e 49,66% apostam na qualificação de pessoal.

Os empresários investirão em 2016 em melhoria de processo (31,54%), em desenvolvimento de produtos (31,54%) e em aumentos de produtividade (27,18%), com o objetivo de recompor o nível de produtividade.

Produtividade e capacitação

Para 43,96% dos industriais paranaenses, os aumentos de produtividade em 2015 têm origem no melhor gerenciamento de pessoal e na modernização tecnológica (41,61%). Os investimentos em modernização tecnológica estão vinculados quase sempre à utilização de máquinas e equipamentos modernos (63,09%) e são reflexo da continuidade de melhoria de produtividade e na expansão do mercado doméstico.

Os industriais paranaenses (46,31%) dizem ser de extrema importância ampliar a educação de seus funcionários. As empresas dedicam 28,96 horas em média por funcionário no ano em treinamento para absorção de novas tecnologias (78,86%). Destas, 31,90 horas, na área operacional, 28,81 na administrativa e 41,01 na gerencial. As formas para treinamento mais utilizadas são treinamento no próprio trabalho (31,04%), cursos Internos (28,32%) e Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sebrae, etc. (26,24%).

Infraestrutura

Apenas os aeroportos continuam sendo avaliados positivamente por maioria relativa. Ferrovias, rodovias, telefonia, energia elétrica e infraestrutura urbana foram reprovados e os portos tiveram avaliação neutra.

Tecnológica e inovação

Parte das indústrias (39,18%) tem pesquisa e desenvolvimento próprios, 13,15% absorvem tecnologia do Brasil e 13,7% utilizam tecnologia do exterior e outras 9,86% recorrem a universidades em busca de conhecimentos, parcerias, novas tecnologias ou inovações.

Boa parte (77,14%) das empresas paranaenses atribui a responsabilidade pela gestão da Inovação a uma pessoa ou grupo de pessoas. A maior parte das indústrias executa os processos de gestão da inovação: planejamento estratégico tecnológico (29,87), gestão da propriedade intelectual/industrial (24,83%), prospecção tecnológica/monitoramento (26,51%), gestão de projetos de P&D (28,52%) e gestão de normas e regulamentos técnicos (25,17%).

Estratégias e investimentos

A estratégia de maior importância para 2016 foi, pela sexta vez consecutiva, a satisfação dos clientes, apontada por 51,34% dos entrevistados. E o desenvolvimento de novos negócios aparece com 51,34%.

Entre as estratégias para aumento de produtividade estão: o aumento da qualidade (42,01%) voltou a ser o maior benefício, seguido de redução de custos (39,94%) e obtenção de vantagem competitiva (18,05%).

A informação é utilizada como estratégia competitiva da empresa por 92,73% dos industriais, sendo que 57,14% selecionam, sistematizam e analisam dentro da empresa.

Em relação aos seus fornecedores, foram citadas as seguintes estratégias: estabelecer parcerias (53,02%), diversificar fornecedores (42,62%) e qualificar fornecedores (38,59%).

As fontes dos recursos financeiros para realizar investimentos são majoritariamente recursos próprios (61,07%).

Sobre a pesquisa

A pesquisa de Sondagem Industrial é realizada pela Fiep em parceria com o Sebrae. Nesta edição, participaram 371 de todas as regiões do Estado e de todos os portes.

O questionário englobou seis áreas de interesse: assuntos internacionais; produtividade; competitividade; estratégias de maior importância, de venda e de compra; qualidade; infraestrutura e meio ambiente; sendo a maior parte das 36 questões formuladas em perguntas fechadas.

Serviço:

XX Sondagem Industrial: http://www.fiepr.org.br/para-empresas/estudos-economicos/uploadAddress/sondagem201516_ok_site[66937].pdf

XX Sondagem Industrial – Micro e Pequenas Indústrias: http://www.fiepr.org.br/para-empresas/estudos-economicos/uploadAddress/sondagem201516_mpi_ok_site[66939].pdf

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Com mobilização em Curitiba, paranaenses dizem não ao aumento de impostos

Cerca de 2 mil pessoas passaram, na manhã deste domingo (13), pela mobilização que lançou no Paraná a campanha “Não Vou Pagar o Pato”. A manifestação, realizada na Boca Maldita, no calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba, contou com a presença de lideranças de diversas entidades representativas do Estado, que se posicionaram contra o aumento de impostos e pela melhor utilização dos recursos públicos. Durante o evento, em que um pato inflável de 12 metros de altura foi colocado no local, foram distribuídos à população panfletos que mostram o peso da carga tributária sobre diversos produtos, adesivos que divulgam o site da campanha – onde é possível aderir ao manifesto do movimento – e também “patecos” infláveis.

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, destacou que a sociedade não tem mais condições de bancar o crescimento constante dos gastos públicos. “Com esse movimento, estamos mostrando à população que a carga tributária é muito alta. Os governos arrecadam demais, mas devolvem muito pouco à sociedade”, disse. “Pagar impostos é normal em qualquer país para manter os serviços públicos, mas o que a gente não pode é aceitar que, a cada vez que os governos gastem demais, recorram ao aumento da carga tributária. Estamos aqui dizendo que não queremos mais pagar este pato”, acrescentou. Ele ressaltou ainda o forte impacto que o peso dos impostos está tendo sobre o setor produtivo neste período de crise econômica, o que tem resultado em demissões na maioria dos segmentos.

Iniciada em setembro, por iniciativa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), a campanha está se espalhando pelo país. O pato gigante, símbolo do movimento, já esteve em cidades do interior paulista e Baixada Santista, além de Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. Até este domingo, mais de 1 milhão de pessoas já assinaram o manifesto contra o aumento de impostos, disponível no site www.naovoupagaropato.com.br. Para Campagnolo, apenas com pressão popular será possível forçar os governos a mudarem a forma como gastam o dinheiro dos tributos. “O que está acontecendo no Brasil é fruto da nossa omissão. Precisamos nos unir e participar mais da vida política do país”, afirmou.

A opinião foi compartilhada por inúmeras lideranças presentes na mobilização. “Esta é uma grande oportunidade que temos de demonstrar nossa insatisfação com tudo o que está acontecendo no país”, disse o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Miguel Espolador Neto. Ele destacou que o Impostômetro, painel que informa o quanto de impostos já foi arrecadado no ano em todo o Brasil, deve ultrapassar a marca de R$ 2 trilhões em 2015. “Mas não vemos esse dinheiro sendo investidos para termos infraestrutura, educação, saúde e segurança adequadas. Por isso temos que estar cada vez mais vigilantes e não permitir mais aumentos de impostos”, declarou.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), José Eugênio Gizzi, também ressaltou a necessidade de uma participação mais ativa da sociedade nas decisões sobre os rumos do país. “Não podemos mais nos omitir e deixar as decisões ao gosto de governantes que não têm compromisso com o país. Temos que participar mais, senão essa conta sempre será nossa”, disse.

Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Paraná (Sinditêxtil-PR), Nelson Furman, considera que é importante conscientizar a população sobre a quantidade de tributos que cada cidadão paga ao comprar qualquer produto ou contratar um serviço. “As pessoas não têm noção de quanto pagamos de impostos. Não temos mais condições de sustentar uma carga tributária tão alta. Se esse dinheiro fosse revertido em educação e saúde de qualidade, até seria justo, mas não é o que acontece”, afirmou.

Indignação – Entre as pessoas que estiveram na Boca Maldita para apoiar a manifestação, o sentimento era de indignação. “Estamos virando escravos dos impostos”, declarou a aposentada Vera Lúcia Kawiatkowski. “O que eu entendo é que eles (governantes) fazem a festa e nós pagamos o pato”, acrescentou.

O também aposentado Bento Sartori de Camargo ressaltou que ninguém pode ser contra o pagamento de impostos. “Mas exigimos um retorno adequado de nossos gestores públicos”, disse. “Hoje nós pagamos muito imposto e temos um retorno medíocre.”

Já o comerciante Charles Salomão disse que a campanha é importante para mostrar aos gestores públicos que a população está atenta ao que ele classifica como “absurdos” cometidos principalmente contra o comércio e a indústria do país, o que vêm prejudicando o cenário econômico. “Todo mundo precisa se unir nessa hora para a gente sair desse buraco em que estamos”, declarou.

Fonte: Agência FIEP

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Campanha “Não Vou Pagar o Pato” contra aumento de impostos chega a Curitiba no domingo

No próximo domingo (13), a partir das 10h30, os curitibanos poderão aderir pessoalmente à campanha “Não Vou Pagar o Pato”, contra a criação e aumento de impostos e a volta da CPMF propostos pelo governo. A ação, que tem apoio da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), levará um pato inflável de 12 metros de altura à Boca Maldita, no calçadão da Rua XV de Novembro, onde serão distribuídos folhetos, adesivos, “patecos”, e também será feita a coleta de assinaturas.

A campanha começou em 21 de setembro, em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), e está percorrendo outras regiões. O pato já esteve em várias cidades do interior de São Paulo, Baixada Santista, além de Brasília, Rio de Janeiro e Salvador. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre os altos impostos já pagos em produtos e serviços, e evitar, além do novo aumento da carga tributária, a volta da CPMF, propostos pelo governo federal.

De acordo com o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, os governos foram eleitos para, entre outras coisas, administrar os orçamentos públicos. Se há queda de receita, devem fazer como todos os brasileiros fazem: adequar seus gastos à nova realidade e não repassar o ajuste para a sociedade. “O Brasil precisa sair do atual círculo vicioso de menos investimento, de menos demanda, de menos emprego, para entrar num círculo virtuoso de mais investimento, mais demanda, mais produção, mais empregos, mais exportação”, argumenta Skaf.

Para o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, o setor produtivo e a população não suportam mais sustentar o peso da atual máquina pública. “Novamente os governantes recorrem ao aumento de impostos para cobrir rombos nos cofres públicos. Mas não vemos nenhum esforço efetivo da parte deles para cortar gastos desnecessários e aplicar o dinheiro público com mais eficiência e transparência”, afirma Campagnolo.

Na internet (www.naovoupagaropato.com.br), até o momento, “Não Vou Pagar o Pato” recolheu mais de 1 milhão de assinaturas. A meta é atingir mais um milhão, que serão encaminhadas ao Congresso Nacional. A campanha é uma iniciativa da Frente Nacional contra o Aumento de Impostos, criada em 3 de setembro e liderada por Paulo Skaf, com amplo apoio de mais de 160 entidades de diversos setores.

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Brasil precisa solucionar crise política para retomar crescimento econômico, diz Campagnolo, presidente da Fiep

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, cobra uma solução definitiva para crise política que vem paralisando o país e tem comprometido excessivamente a economia brasileira. Para ele, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aberto nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, deve ser analisado com responsabilidade, mas da maneira mais rápida possível para que o país possa colocar em pauta uma agenda de retomada do crescimento.

Na opinião de Campagnolo, os componentes que envolvem o processo de impeachment são extremamente delicados. “Temos de um lado, acatando o pedido de impeachment, um presidente da Câmara contra quem pesam fortes indícios de que possui milhões de dólares em contas na Suíça. E, de outro, uma presidente acusada de várias irregularidades administrativas”, afirma. “A solução para esse impasse não é fácil e exige muita responsabilidade, mas é preciso que seja encontrada rapidamente. A grave crise política atravessada pelo país impede a implantação de uma agenda para a retomada do crescimento e vem influenciando diretamente na retração da nossa economia”, completa.

Campagnolo cita os resultados do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2015, divulgados nesta semana, como exemplo da influência da crise política sobre a economia. No período, o PIB recuou 1,7% em relação ao trimestre anterior. Já no acumulado do ano, tem queda de 3,2%. “Não é possível que nossa classe política, ao ver os indicadores econômicos se deteriorando com essa intensidade, não pense no futuro do país”, diz. “O poder Executivo tem grande parcela de culpa por não conseguir se articular politicamente e por não adotar medidas concretas para o corte de suas despesas. E o Legislativo parece envolto em um jogo de interesses políticos e partidários, deixando de lado a discussão de reformas e medidas estruturantes que garantam a recuperação do país e seu desenvolvimento em longo prazo”, acrescenta.

O presidente do Sistema Fiep reitera, ainda, que o momento exige mobilização de toda a sociedade. “As forças organizadas da sociedade precisam se unir para cobrar uma solução definitiva para esse impasse político que vem paralisando o país. Se não fizermos isso com urgência, continuaremos despencando em um poço que parece não ter fundo”, conclui.

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FIEP sedia 70ª edição do maior evento de BPM do mundo

Mostrar como as empresas, públicas ou privadas, podem obter eficiência, reduzir custos e melhorar os resultados. Essa é a proposta do BPM Day Curitiba, evento gratuito que será realizado dia 18 de novembro no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP). O evento, que tem como tema central o Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Management), trará cases de sucesso das empresas Bematech, Correios, NutriMedical, Softplan e FIEP.

O delegado regional da ABPMP (Associação de Profissionais de Gestão de Processos de Negócios) no Paraná, Xisto Alves Souza Junior afirma que o gerenciamento de processos de negócios consiste na premissa de ‘fazer mais com o mesmo’, ou seja, a partir da adoção de mudanças na forma de agir e pensar das organizações, é possível atingir resultados significativos. Segundo ele, se engana quem pensa que o gerenciamento de processos consiste basicamente em investimentos em tecnologia. “A adoção de gerenciamento de processos não é uma atitude isolada, mas sim uma mudança de cultura da própria organização de enxergar suas ineficiências e encontrar meios de agregar valor aos produtos ou serviços, conquistando cada vez mais o cliente, de forma diferenciada”, destaca.

Essa será a 70ª edição do BPM Day no Brasil e a quinta na capital paranaense. A promoção é da ABPMP Brasil, que é um capítulo de uma instituição norte-americana sem fins lucrativos que tem a proposta de difundir os conceitos do BPM. Desde a primeira edição, em maio de 2011, o BPM Day já reuniu um público superior a 27 mil participantes, sendo considerado o maior evento sobre o tema no mundo. O BPM Day Curitiba -, que tem entrada franca e vagas limitadas – será realizado das 8h às 18h e as inscrições podem ser feitas no site www.sympla.com.br/bpm-day-curitiba-2015__37406 .

BPM Day Curitiba

Quando: 18 de novembro de 2015

Horário: das 8h às 18h

Local: Auditório Mário de Mari – no Centro de Eventos da FIEP – Avenida Comendador Franco, 1.341

Informações: www.abpmp-br.org

Entrada franca e vagas limitadas

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Indústria do Paraná tem o pior agosto dos últimos 5 anos

Emprego também caiu (-5,2%), de acordo com a pesquisa desenvolvida pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep)

Tradicionalmente, o mês de agosto é marcado pelo aumento nas vendas industriais. Neste ano, o crescimento sobre julho foi de 8,4%. No entanto, no comparativo com o mês de agosto de 2014, houve queda de -3,5%. Com o resultado, este foi o pior agosto para a indústria dos últimos 5 anos.

Dos 18 gêneros pesquisados pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), apenas dois tiveram desempenho positivo – Madeira (9,4%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (8,2%). “O mês de agosto é historicamente o que apresenta o melhor desempenho de vendas na indústria de transformação do Paraná, com forte incremento em relação a julho. Houve crescimento, no comparativo dos dois meses, em 2011 (7,5%), 2012 (13%) e 2013 (9,2%). A exceção foi 2014, que teve queda de 13%, marcando o declínio da atividade industrial, a partir do segundo semestre de 2014. Com os constantes resultados negativos, o crescimento de agosto deste ano sobre julho não foi o suficiente para o incremento deste ano puxar as vendas para um patamar melhor, em comparação ao mesmo mês do ano passado”, explicou o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt.

O comércio exterior tem sido bastante expressivo para a produção industrial em 2015, com aumento de 23,1% sobre o mesmo período de 2014. “O aumento das vendas para o exterior está sedo nominal e positivamente impactado pela desvalorização do real. Isso pode ser observado pelos resultados da balança comercial do Paraná, com redução nas exportações de manufaturados em -23,3% no mesmo período, quando denominados em dólares, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex)”, explicou Roberto Zurcher, economista da gerência de Economia, Fomento e Desenvolvimento da Fiep.

O emprego, na indústria, também apresentou queda neste ano no pessoal empregado total (- 5,2%) e no pessoal empregado na produção (-3%). A utilização da capacidade instalada está agora cinco pontos percentuais abaixo da registrada em agosto de 2014.

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Câmbio atrai empresários interessados no mercado americano

Os Estados Unidos foi o principal parceiro comercial internacional do Paraná em 2005. Com a supervalorização do real, houve queda nas negociações, mas com a alta cotação do dólar, o mercado americano volta a buscar parceiros no Brasil. A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN) promoveu um encontro entre representantes do governo dos Estados Unidos – do programa Select USA – e industriais interessados em expandir seus negócios.

O Select USA é o programa criado pelo presidente Barack Obama, há três anos, para facilitar e encorajar investimentos nos Estados Unidos. Atualmente, as empresas brasileiras que operam em território americano são responsáveis por quase US$ 15 bi por ano. Os setores que mais buscaram o país para abrir negócios foram Tecnologia da Informação, Metalmecânico, Aeroespacial, Veículos Automotores e Alimentos. “Antes da crise econômica mundial, de 2008, o setor da Madeira do Paraná exportava para os Estados Unidos 51% de toda a sua produção. Após a desestabilização do mercado americano, passamos a exportar apenas 14% e agora, há uma recuperação do setor, com 28% de vendas para os EUA. Mas sabemos que ainda há muito a ser recuperado”, avaliou o coordenador do conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep, Paulo Pupo.

“Abrir uma empresa nos Estados Unidos é simples e leva apenas três horas. O importante é identificar como esse mercado funciona, suas demandas e particularidades, para obter sucesso. O Select USA mapeou 63 programas de benefícios e incentivos – federais e estaduais – para os interessados em iniciar uma operação em território americano”, explicou Renato Sabaíne, especialista em serviço comercial dos Estados Unidos.

“O apoio do Select USA inclui uma busca pelo Estado mais adequado para o tipo de negócio que o empresário está interessado em abrir nos EUA”, apontou Andre Leal, especialista comercial para a promoção de investimentos do Consulado Geral dos EUA em São Paulo, lembrando que, anualmente, 25% do PIB brasileiro entra em território americano.

Ao final da apresentação, Leal fez o alerta para quem está em busca dos Estados Unidos apenas por conta do câmbio atual. “Esteja pronto também para vender seu produto quando o dólar custar R$ 2, para não ter que recuar sua operação ou não conseguir cumprir seus compromissos com parceiros americanos”, pediu. “A internacionalização é um processo de expansão de negócios, que merece planejamento sério, atenção e comprometimento”, alertou o gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus.

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Serviço Comercial dos EUA vem a Curitiba, em busca de empresas interessadas no mercado norte-americano

Evento oferecido pelo Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo será na terça-feira (29)

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN), em parceria com o Serviço Comercial dos EUA, promove na próxima terça-feira (29) o Seminário Select USA.

O seminário vai apresentar processos de internacionalização de empresas brasileiras e procedimentos para a abertura de empresas. Também serão repassadas informações sobre oportunidades e tendências de investimentos nos Estados Unidos e sobre o suporte oferecido pelo governo para a entrada no mercado norte-americano.

O Select USA é o programa criado pelo governo americano para facilitar e encorajar investimentos nos Estados Unidos.

A palestra será no Campus da Indústria do Sistema Fiep. Os interessados têm até o dia 28 para fazer a inscrição. Mais informações pelo telefone (41) 3271-9101.

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Confiança do empresário paranaense atinge segundo pior resultado de série histórica

Analisado desde 2012, o índice de confiança do industrial paranaense chegou a 30,9% em julho
O Índice de Confiança da Indústria de Transformação do Paraná caiu -4,9% em relação a junho, chegando a 30,9 pontos. O índice foi puxado negativamente sobretudo pelo indicador de condições atuais das empresas – queda de -5,8%. Foi o pior resultado histórico da pesquisa, desenvolvida pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias (Fiep) desde janeiro de 2012. O nível de pessimismo de julho só não superou o do mês de março deste ano, quando chegou a 31,5%.

O mês de julho também teve os desempenhos mais baixos nas pesquisas de 2012 (51,2) e 2013 (46,9) – neste ano, influenciado pelos protestos registrados em todo o Brasil. No comparativo com julho de 2014, a queda deste ano foi de 10 pontos.
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação do Paraná é composto pelos indicadores de Condições Atuais (23,1 pontos em julho) e de Expectativas (35 pontos em julho). A avaliação das condições atuais é embasada na visão dos empresários em relação à economia e à sua própria empresa. E as expectativas são avaliadas a partir da opinião dos entrevistados em relação à operação da economia no futuro próximo – em um horizonte de seis meses – e às expectativas de performance de seu próprio negócio.

ICEC-PR – O Índice de Confiança do Empresário de Construção Civil (ICEC) do Paraná também está na área do pessimismo. Pelo 6º mês consecutivo, os industriais do setor estão pouco confiantes – com queda de -1,3 em relação a junho, chegando a 38,9 pontos. “O ano de 2015 começou com o pior nível de otimismo de todos os semestres desde 2009, quando este estudo do setor da Construção Civil passou a ser desenvolvido pela Fiep. Os números indicam que este ano deverá continuar na área de pessimismo”, avaliou Maurilio Schmitt, coordenador do departamento Econômico da Fiep.

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Workshop do IEL traz metodologia alemã voltada para a inovação nas empresas

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) do Paraná, em parceria com a Escola de Negócios e Empreendedorismo Internacional (SIBE) da Universidade de Steinbeis, da Alemanha, promovem neste segundo semestre o “Workshop Liderança para Inovação” nas cidades de Curitiba (19 de agosto), Ponta Grossa (20 de agosto), Cascavel (23 de setembro), Maringá (20 de outubro) e Londrina (21 de outubro). A capacitação vai trazer para o Paraná a metodologia alemã “Innovation Framework”, criada pela SIBE no Brasil e que integra diferentes abordagens da área de inovação direcionada para os negócios, como Innovation Helix, Desing Thinking, Innovation Quality e Agile Management.

Voltado para executivos de empresas e indústrias, o workshop mostrará o papel da liderança na gestão de inovações estratégicas e auxiliará no estabelecimento de uma cultura de inovação nas organizações. As lideranças também serão preparadas para identificar oportunidades futuras de inovação e desenvolver estratégias sustentáveis. As inscrições podem ser feitas no site www.faculdadedaindustriaiel.org.br. Funcionários de indústrias e de empresas associadas a sindicatos têm 10% de desconto. As vagas são limitadas.

A metodologia é organizada em três etapas. Em um primeiro momento, estrutura o processo de gestão da inovação desde a exploração da visão estratégica da organização e do ambiente externo, passando pelo design e desenvolvimento de solução no ambiente de produção da empresa.

O Innovation Framework define o papel de liderança como ponto central e forma de sustentação da inovação nas organizações. O modelo também defende que a inovação é muito mais inspiração e segurança, do que técnica e que pessoas inspiradas e apoiadas em suas decisões e criações são a base de todo o processo de inovação.

O workshop tem duração de oito horas e será ministrado pelo consultor internacional e especialista em planejamento, gestão estratégica e gestão de negócios, Peter Dostler e pelo consultor e especialista nas áreas de gestão de projetos e desenvolvimento de lideranças, Fabio Zemmermann.

A capacitação é resultado da parceria entre a Faculdade da Indústria IEL e a Universidade Steinbeis de Berlim, na Alemanha, firmada em 2014. “Nosso objetivo é trocar experiências e conhecimentos entre as duas instituições por meio da realização de cursos como esse e intercâmbios entre alunos do Brasil e da Alemanha. Já recebemos diversas turmas de alemães que vieram obter certificação em especialização do IEL e queremos encaminhar alunos daqui para realizar cursos no país”, destaca o gerente executivo do IEL no Paraná, Eduardo Vaz.

Confira o cronograma das capacitações

19 de agosto – Curitiba
20 de agosto – Ponta Grossa
23 de setembro – Cascavel
20 de outubro – Maringá
21 de outubro – Londrina

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Exportações paranaenses chegam a R$ 22 bi no primeiro semestre de 2015

As exportações paranaenses, em junho, aumentaram 36% em relação a maio, enquanto as importações tiveram um aumento de 14,8%. Espanha e Rússia deslocaram Itália e Suécia do ranking dos 10 principais países dos quais o Paraná mais importa. A balança comercial do mês foi positiva, chegando a US$ 466 milhões. O saldo acumulado do ano chegou a US$ 770 milhões.
Na comparação de junho de 2015 com junho de 2014, o Paraná exportou mais (16,8%) e importou menos (-5,3%). Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações atingiram US$ 7,3 bilhões – -12,5% abaixo do mesmo período de 2014. No entanto, quando analisada a receita das exportações do período, este montante em dólares (US$7,3 bi) corresponde a R$ 22 bi – considerando o câmbio mensal médio divulgado pelo Bacen – o que representa aumento de 14,8%.

No comparativo do semestre, os grupos de produtos mais exportados mantêm-se os mesmos – Complexo Soja (35,6%), Carnes (16,1%), Material de Transportes (7,8%) e Madeira (6,4%). “É importante destacar que o saldo comercial pode se deteriorar principalmente para os três primeiros grupos de produtos, vinculados ao agronegócio, cujas alterações são sensíveis a preços formados nos mercados internacionais e, por isso, não determinados pelos exportadores”, destacou o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt. “A participação relativa de produtos básicos no total das exportações – sem processamento doméstico, portanto – continua aumentando. No 1º semestre de 2014 a participação era de 50,9% e agora é de 52,4%”, destacou o economista.

As importações mais representativas do Paraná foram Produtos Químicos (26,8%), Mecânica (16,7%), Material de Transportes (16,5%), e Petróleo e Derivados (8,6%). A China mantém-se como o principal parceiro comercial do Paraná, com US$ 3 bi de intercâmbio – US$ 1,8 bi de exportações e US$ 1,1 bi de importações. Na sequência vêm Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Paraguai. No ranking dos 10 países dos quais o Brasil mais importa, houve mudanças. A China continua a ocupar o primeiro lugar (17,1%), porém com queda de -16,5%. Na sequência, a Argentina com 10,7% e queda de – 26,2%. Os Estados Unidos passam a ocupar a terceira colocação, com 6,8% e alta de 5,6%. A Alemanha está na quarta colocação, com 7,5% e queda de -34,3%. Espanha passou a ocupar a sétima posição – antes ocupada pela Itália – e a Rússia passou de 13º para 9º país do qual o Paraná mais importou no período. Houve mudanças muito tênues na estrutura da pauta de importações por categoria de uso. Os bens de capital representaram 26,3% do total importado; os bens intermediários, 52,1%; bens de consumo final, 12,8%; e combustíveis e lubrificantes, 8,8%.

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Exportações paranaenses chegam a R$ 22 bi no primeiro semestre de 2015

As exportações paranaenses, em junho, aumentaram 36% em relação a maio, enquanto as importações tiveram um aumento de 14,8%. Espanha e Rússia deslocaram Itália e Suécia do ranking dos 10 principais países dos quais o Paraná mais importa. A balança comercial do mês foi positiva, chegando a US$ 466 milhões. O saldo acumulado do ano chegou a US$ 770 milhões.
Na comparação de junho de 2015 com junho de 2014, o Paraná exportou mais (16,8%) e importou menos (-5,3%). Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações atingiram US$ 7,3 bilhões – -12,5% abaixo do mesmo período de 2014. No entanto, quando analisada a receita das exportações do período, este montante em dólares (US$7,3 bi) corresponde a R$ 22 bi – considerando o câmbio mensal médio divulgado pelo Bacen – o que representa aumento de 14,8%.

No comparativo do semestre, os grupos de produtos mais exportados mantêm-se os mesmos – Complexo Soja (35,6%), Carnes (16,1%), Material de Transportes (7,8%) e Madeira (6,4%). “É importante destacar que o saldo comercial pode se deteriorar principalmente para os três primeiros grupos de produtos, vinculados ao agronegócio, cujas alterações são sensíveis a preços formados nos mercados internacionais e, por isso, não determinados pelos exportadores”, destacou o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt. “A participação relativa de produtos básicos no total das exportações – sem processamento doméstico, portanto – continua aumentando. No 1º semestre de 2014 a participação era de 50,9% e agora é de 52,4%”, destacou o economista.

As importações mais representativas do Paraná foram Produtos Químicos (26,8%), Mecânica (16,7%), Material de Transportes (16,5%), e Petróleo e Derivados (8,6%). A China mantém-se como o principal parceiro comercial do Paraná, com US$ 3 bi de intercâmbio – US$ 1,8 bi de exportações e US$ 1,1 bi de importações. Na sequência vêm Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Paraguai. No ranking dos 10 países dos quais o Brasil mais importa, houve mudanças. A China continua a ocupar o primeiro lugar (17,1%), porém com queda de -16,5%. Na sequência, a Argentina com 10,7% e queda de – 26,2%. Os Estados Unidos passam a ocupar a terceira colocação, com 6,8% e alta de 5,6%. A Alemanha está na quarta colocação, com 7,5% e queda de -34,3%. Espanha passou a ocupar a sétima posição – antes ocupada pela Itália – e a Rússia passou de 13º para 9º país do qual o Paraná mais importou no período. Houve mudanças muito tênues na estrutura da pauta de importações por categoria de uso. Os bens de capital representaram 26,3% do total importado; os bens intermediários, 52,1%; bens de consumo final, 12,8%; e combustíveis e lubrificantes, 8,8%.

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