Porque toda empresa se tornará uma empresa de software

Por Adam Spearing*

Como todos os dispositivos se tornaram mais inteligentes e conectados, uma onda de APIs voltadas para o consumidor está mudando a forma como interagimos com tudo.

Pela primeira vez, as aplicações estão realmente livres: com a mobilidade e a banda larga sem fio, presente em todo lugar, elas perderam limitações e estão sendo difundidas por meio de poderosas APIs (interfaces de programação de aplicativos) de consumo. E elas também estão se tornando onipresentes, inseridas em quase todas as ferramentas e dispositivos que usamos hoje.

É por isso que, independentemente do negócio, estamos vendo seu renascimento em aplicativos e dispositivos conectados – seja nas aplicações de uso industrial, empresarial ou de consumo. O que torna tudo isso possível são APIs voltadas ao consumidor e a capacidade de permitir a rápida construção de aplicativos para quase qualquer formato, com acessos a dados em qualquer lugar e segurança para proteger informações confidenciais e regulamentadas.

O que o movimento da API voltada ao consumidor significa para as empresas?
Significa que todas as empresas, sem importar para o que criam, fazem ou oferecem são, ou em breve serão, uma empresa de software. Ou, mais precisamente, a maioria será um negócio de APIs. Acha que é um exagero?
Considere uma simples escova de dentes. É a mais simples das ferramentas modernas e, ainda sim, um software é utilizado nessa experiência diária. Uma experiência que provavelmente não mudou muito em mais de 100 anos. No entanto, usando APIs voltadas para o consumidor, a escova de dentes Philips Sonicare, por exemplo, transformou a relação entre a organização e o cliente.
A escova de dentes rastreia informações sobre o comportamento do usuário durante a escovação, o que significa que os filhos não terão mais de convencer seus pais de que eles escovaram os dentes antes de dormir e os adultos não serão mais capazes de enganar seus dentistas também. E isso é só o começo. O que acontece quando o uso do dispositivo é compartilhado de volta para a nuvem e para o fabricante? Um tsunami virtual de informações e insights sobre o comportamento do cliente liberará a próxima onda de inovação orientada diretamente por clientes reais – por você!

E os nossos relacionamentos com muitos de nossos dispositivos mais comuns estão se transformando: relógios de pulso, balança, carros, iluminação da casa, aquecimento doméstico e ar condicionado. Mesmo as nossas geladeiras. Nomeie o dispositivo e descubra que ele está conectado e aprimorado por softwares e APIs voltadas para o consumidor, com acesso à Internet. Ainda acha que este é um nicho de tendência? De acordo com a pesquisa de mercado da IDC, o mercado de sistemas inteligentes – aparelhos com processadores de alto desempenho, conectividade com a Internet e sistemas operacionais poderosos – chegará a U$ 2.4 trilhões em 2017.

São U$2.4 trilhões.

Shane Rau, analista do IDC, acredita que sistemas inteligentes criam uma experiência de usuário mais rica e fornecem dados relevantes que eles necessitam no momento exato em que precisam. Nós concordamos. São sistemas inteligentes que alimentam a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) e, desencadeados pelo conjunto certo de APIs, ajudarão a fornecer o principal impulso de valor da TI nos próximos anos.

Enquanto a maior parte das atividades com a Internet das Coisas e APIs voltadas para o consumidor forem a ambas as extremidades do espectro – sendo aplicativos conectados voltadas para aplicações altamente industriais em uma extremidade e aplicações muito focadas no consumidor na outra –, nós veremos muito mais a utilização por empresas B2B e os funcionários adotando os aplicativos conectados e APIs de consumo. Assim como os “consumidores” levaram a sombra da TI e os dispositivos móveis pessoais, eles também vão levar esta experiência do “consumidor” para a empresa.

Considere os aplicativos que estão começando a ocupar aparelhos como relógios inteligentes, dispositivos portáteis de produtividade como o Pebble e óculos inteligentes. Esses são certamente dispositivos de nicho agora, mas que estarão, em breve, em fase de adaptação. E muitos serão os principais produtos em pouco tempo. Chegou o momento em que os desenvolvedores devem começar a pensar sobre como aproveitar essas tendências.

E esta tendência certamente não irá impactar apenas nos aplicativos de consumo. Os clientes corporativos vão querer ver seus aplicativos de negócios e suas equipes trabalhando tão bem e tão proativos quanto suas escovas de dentes. Quando um sistema para de funcionar ou quando há uma interrupção na cadeia de abastecimento digital, os planos da equipe mudam – esses aplicativos e dispositivos conectados devem enviar avisos e instruções contextuais sobre como corrigir o problema.

Por exemplo, muitas organizações já têm IP ativados na segurança de seu edifício com cartões inteligentes. Varejistas estão procurando maneiras de estender como eles gerenciam seus estoques, que vão além da cadeia de suprimentos comum RFID de hoje e das capacidades de gestão de inventário. E todos os ativos da empresa estão sendo conectados à rede: desde veículos de propriedade da empresa, equipamentos de escritório, máquinas de produção, equipamentos hospitalares – nomeie o ativo e perceba que ele está sendo conectado à rede.

No entanto, a verdade é que grande parte dos desenvolvedores não está pronta para este novo ambiente recém-conectado, móvel, com negócios sociais e APIs voltadas ao consumidor. Eles não entendem o que seus clientes querem e o que precisam hoje.
Mas isso só significa que os desenvolvedores têm uma oportunidade inegavelmente forte. É uma oportunidade para as equipes de desenvolvimento independente entregar o que os clientes precisam, e é uma oportunidade de sucesso para as empresas que entendem melhor seus clientes do que seus concorrentes. Stephen O’Grady, analista da Redmonk, afirmou que “os desenvolvedores são os novos fazedores de reis”. Esta é apenas a ponta do iceberg. Os desenvolvedores que lideram a próxima onda de TI e aplicativos por meio de APIs voltadas para o consumidor serão muito mais do que fazedores de reis, pois eles serão os imperadores de uma economia inteiramente nova.

*Adam Spearing é Vice-Presidente regional de Plataforma para EMEA da Salesforce.com

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Gartner afirma que a Internet das Coisas transformará os Data Centers

De acordo com o Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, a Internet das Coisas tem um efeito de transformação potencial no mercado de Data Centers, em seus clientes, fornecedores, tecnologias e modelos de vendas e marketing. Estima-se que a Internet das Coisas incluirá 26 bilhões de unidades instaladas, até 2020, e os fornecedores de produtos e serviços vão gerar receitas adicionais superiores a US$ 300 bilhões – a maioria, em serviços. Esta é uma das tendências que vão impactar infraestrutura e operações das empresas, assunto que será debatido na palestra de Henrique Cecci, diretor de pesquisa do Gartner e chairman da Conferência Infraestrutura de TI, Operações e Data Center, nos dias 1 e 2 de abril (Terça e Quarta-feira), no Sheraton São Paulo WTC Hotel.

“As implantações de Internet das Coisas vão gerar grandes quantidades de dados, que precisam ser processados e analisados em tempo real”, afirma Henrique Cecci. “Este processamento aumentará na proporção das cargas de trabalho dos Data Centers, fazendo com que fornecedores tenham novos desafios de analíticos, segurança e capacidade”.

A Internet das Coisas conecta ativos remotos e fornece um fluxo de dados entre eles e sistemas de gerenciamento centralizados. Estes ativos podem, então, integrar-se a processos organizacionais novos e existentes para prover informações sobre status, localização, funcionalidade, entre outros. A informação em tempo real permite entender mais precisamente o status, o que aprimora a utilização e a produtividade, por meio do uso otimizado e do apoio a decisões mais precisas. Analíticos de negócios/dados oferecem insights para a alimentação de dados de requisitos de negócio do ambiente de Internet das Coisas e ajudarão a prever as flutuações dos dados enriquecidos e de informação.

“O grande número de dispositivos, junto com o grande volume, velocidade e estrutura de dados de Internet das Coisas criam desafios, particularmente, nas áreas de segurança, dados, gestão de armazenamento, servidores e redes de Data Center, na medida em que os processos de negócios em tempo real estão em jogo”, diz Cecci. “Os gerentes de Data Center precisarão implantar mais gerenciamento de capacidade preditivo nestas áreas para conseguirem atender proativamente às prioridades de negócios associadas à Internet das Coisas”.
O Gartner identificou as seguintes mudanças potenciais:

• Segurança – A crescente digitalização e automação dos milhares de dispositivos implantados em diferentes áreas dos ambientes urbanos modernos darão origem a novos desafios de segurança para muitos setores.

• Empresa – Os significativos desafios de segurança continuarão pelo fato de que o Big Data – criado a partir da implantação de inumeráveis dispositivos – aumentará, drasticamente, a complexidade de segurança. Isto, por sua vez, impactará nas exigências de disponibilidade, que também devem crescer, colocando processos de negócios em tempo real e, potencialmente, segurança pessoal em risco.

• Privacidade do consumidor – Como já acontece com os equipamentos de medição inteligente e automóveis cada vez mais digitais, haverá um vasto volume de dados fornecendo informações sobre o uso pessoal dos dispositivos que, se não forem seguros, podem abrir caminho para violações de privacidade. Isto é um desafio, pois a informação gerada pela Internet das Coisas é essencial para trazer melhores serviços e o gerenciamento destes aparelhos.

• Dados – O impacto da Internet das Coisas no armazenamento tem duas vertentes em relação aos tipos de dados a serem armazenados: pessoais (de consumidores) e Big Data (de empresas). Dados serão gerados, na medida em que os consumidores usam Apps e os dispositivos continuam a aprender sobre eles.

• Gestão de armazenamento – O impacto na infraestrutura de armazenamento é outro fator que contribui para a demanda crescente por mais capacidade e um dos que deverá ser resolvido, pois estes dados se tornam mais presentes. O foco atual precisa ser na capacidade de armazenamento, bem como, em saber se o negócio é capaz de coletar e usar dados da Internet das Coisas de uma maneira efetiva em termos de custos.

• Tecnologias de servidores – O impacto da Internet das Coisas no mercado de servidores será amplamente focado no investimento crescente em segmentos chave e organizações relacionadas a eles, nos quais a Internet das Coisas possa ser rentável ou gere valor significativo.

• Rede de Data Center – Os links WAN de Data Center são dimensionados para as necessidades de largura de banda moderada, geradas por interações humanas com aplicações. A Internet das Coisas deve mudar esses padrões ao transferir grandes volumes de dados de sensores de mensagens pequenas ao Data Center para processamento, aumentando as necessidades por largura de banda de entrada no Data Center.

A dimensão das conexões de rede e dados associados com a Internet das Coisas vai acelerar a abordagem de gerenciamento de Data Center distribuído que requer dos fornecedores ofertas de plataformas de gerenciamento de sistema eficientes.

”A Internet das Coisas ameaça gerar grandes volumes de dados de entrada de fontes globalmente distribuídas. Transferir todos esses dados em um único local para processamento não será técnica e economicamente viável”, explica Cecci. “A recente tendência de centralizar aplicações para reduzir custos e aumentar a segurança é incompatível com a Internet das Coisas. As organizações serão forçadas a agregar dados em múltiplos mini Data Centers distribuídos, nos quais o processamento inicial pode ocorrer. Os dados relevantes serão enviados a um site central para o processamento adicional”.

A nova arquitetura apresentará desafios significativos às equipes de operações, pois eles precisarão gerenciar todo o ambiente como uma entidade homogênea, enquanto monitoram e controlam localidades individuais. Além disso, fazer backup desse volume de dados terá questões de governança potencialmente não solucionáveis, tais como, largura de banda de rede e de armazenamento remoto e a capacidade de fazer backup de todos os dados brutos que, provavelmente, será inviável. Consequentemente, as empresas terão que automatizar o backup seletivo dos dados que acreditam serem valiosos. A seleção e a classificação vão gerar cargas de processamento de Big Data adicionais, que consumirão mais recursos de processamento, armazenamento e redes e terão de ser administrados.

As operações de Data Center e os fornecedores precisarão implantar plataformas de gestão de capacidade mais preditivas, que possam incluir uma abordagem de sistema de gerenciamento de infraestrutura de Data Center que alinhe TI, padrões de tecnologia operacional e protocolos de comunicações. O objetivo é poder oferecer, proativamente, a unidade de produção para processar os dados de Internet das Coisas baseados nas prioridades e necessidades do negócio. Na fase de planejamento do Data Center, modelos de rendimento derivados de plataformas de gerenciamento de capacidade estatística ou ferramentas de capacidade de infraestrutura incluirão aplicações de negócios e fluxos de dados associados. “Estes cenários impactarão o design, as mudanças na arquitetura ao fazer a virtualização, bem como os serviços na Nuvem. Isto reduzirá a complexidade e impulsionará a capacidade sob demanda para entregar confiabilidade e continuidade de negócios”, afirma o diretor de pesquisa do Gartner.

Anote em sua agenda: Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center
Dias 1 e 2 de abril de 2014 (Terça e Quarta-feira)
Local: Sheraton São Paulo WTC Hotel – Av. das Nações Unidas, nº 12.559
Site: www.gartner.com/br/datacenter.

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A inesgotável evolução dos dispositivos

Por Américo Tomé, diretor de Marketing da Intel Brasil

Os indivíduos e empresas guiam suas decisões tecnológicas com base nas experiências, sem se importar com o tipo de dispositivo. A pessoa não só pensa no aparelho que leva consigo, mas também no que há “do outro lado”. O exemplo mais simples são as operadoras de telefonia celular. O usuário de hoje sabe quem está lhe prestando um serviço e tira suas próprias conclusões sobre cada provedor.
Isto representa uma mudança de mentalidade. O usuário vê um “nível de serviço”, ao invés de concentrar-se unicamente no equipamento que tem em suas mãos. A avaliação do serviço inclui aspectos como quão confiável é a minha conexão com a rede (se cai com frequência), com que velocidade abre os meus aplicativos (tenho que esperar muito para que eles carreguem?), e em que zonas geográficas oferecem boa cobertura (funciona bem em casa, no escritório ou em qualquer lugar?).

O usuário também experimenta outras situações que, ainda que não sejam todos os dias, o afetam. Por exemplo: O que consigo fazer se estiver desconectado? Posso continuar escrevendo meu relatório ou fico parado com a falta de conexão? Quanto preciso continuar pagando depois de ter adquirido meu dispositivo? Quem tem acesso a minha informação pessoal ou corporativa?

Nuvem ou escritório virtual?
O crescimento da nuvem é um convite no que tange ao plano de ter um “escritório virtual”. Neste conceito, a maioria da informação do usuário é armazenada no data center. Como tudo está contido ali, é possível acessar informações de qualquer dispositivo (telefone, tablet, PC, etc). Se a nuvem é consciente quanto ao cliente, pode trocar o formato da informação para ajustá-lo ao dispositivo. Por exemplo, não se deve enviar o mesmo pacote de informações a um Ultrabook™, que tem forte capacidade de processamento e grande tela, e a um smartphone.

Ainda que o conceito seja interessante, possui seus desafios. A experiência dos usuários pode ser a esperada se ele necessita de mobilidade, ou se as redes de comunicação não possuem alta capacidade e confiabilidade nos locais de trabalho. Se os equipamentos não ofertarem processamento local, e depender do data center, uma queda do mesmo ou do serviço de telecomunicações pode deixar toda a empresa inoperante.

Tablets
O tablet entrou nas empresas como “equipamento de acompanhamento”. O trabalhador móvel tinha melhor experiência acessando e-mail via tablet do que pelo smartphone. Para assuntos mais exigentes, como escrever um documento grande, preparar uma apresentação ou fazer cálculos, o PC continuava sendo fundamental.

Recentemente foram lançados mais modelos de tablets corporativos. Estes se diferenciam de um tablet de entretenimento porque possuem melhor desempenho, maior número de portas, trabalham com aplicativos normais do escritório e a equipe de TI da empresa pode gerenciá-los em seu diretório ativo.

2 em 1
Estes equipamentos representam a junção dos tablets com os PCs. Possuem a elegância e a interface de toque do tablet, e ao mesmo tempo oferecem a velocidade, a inteligência e a experiência do usuário de um computador. Em alguns 2 em 1, a tela pode ser separada do teclado enquanto em outros ela pode ser girada de algum modo para converter o computador em tablet ou vice-versa.

Mobilidade e Elegância
Os tablets e os 2 em 1 agregam um pouco de imagem à experiência do trabalho móvel. Por isto, não é de surpreender que os primeiros usuários corporativos deste tipo de equipamento sejam os que necessitam se movimentar constantemente e manter contato com os clientes ou parceiros de negócios. Isto inclui, principalmente, os altos executivos e as equipes de vendas. À medida que tendências como o teletrabalho crescem, os tablets e 2 em 1 chegarão também às mãos de outros trabalhadores, que atualmente utilizam notebooks ou desktops.

Dispositivos vestíveis
Este termo, traduzido do inglês wearable devices, significa dispositivos vestíveis, ou seja, são produtos inteligentes que nos acompanham sem que a gente sinta que os carrega. Várias empresas lançaram seus modelos de óculos, relógios e outros acessórios que começam a nos mostrar e a enviar informações. Em setembro do ano passado, a Intel anunciou a família de processadores Intel® Quark, que em um futuro próximo começaremos a ver em outros tipos de lugares, ajudando o crescimento da “Internet das Coisas”, também conhecida como Internet of Things ou IoT.

Computação Perceptiva
Outra área de avanço computacional é o PerC ou Perceptual Computing. Os equipamentos de computação continuarão melhorando seus “sentidos” para que a nossa interação com eles seja mais natural, intuitiva e envolvente. Podemos conversar com eles em nossa linguagem natural e sermos entendidos quando lhe dissermos algo como “liga para o Pedro e lhe diga que nos vemos às 8”.
Ao invés de diversas senhas, poderemos nos posicionar em frente ao equipamento que ele reconhecerá nosso rosto, sem importar que estejamos um pouco de lado, ou que não tenhamos feito à barba. Ele saberá se está vendo o rosto real da pessoa, e não uma foto ou uma máscara. Também poderá reconhecer se a voz que escuta é ou não a nossa.

Por último, o reconhecimento de gestos será cada vez mais fino, variado e poderoso. Isto nos permitirá usar os gestos em aplicativos onde os movimentos sejam mais precisos.

Isto não é ficção científica. A maioria destas tecnologias já está disponível. Aplicativos de demonstração e um kit de desenvolvimento podem ser encontrados em www.intel.com/perceptual.

(*) alguns nomes e marcas são de propriedade de seus respectivos donos.

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IDC: 2014 será um ano de crescimento, inovação e transformação no uso de tecnologias

De acordo com a IDC, empresa líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências para os mercados de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. o investimento em TI na região será de US$ 139 bilhões, com um crescimento de 8,4% em comparação com o fechamento de 2013. Já os gastos com serviços de telecomunicações alcançarão US$ 219 bilhões, um crescimento de 8%. Os tablets, smartphones, serviços de TI, armazenamento e software embutido serão as categorias de crescimento mais rápido de TI, com 34%, 18%, 11%, 11% e 10% respectivamente. As previsões para 2014 foram apresentadas pela IDC América Latina. As previsões específicas para o Brasil serão apresentadas na primeira semana de fevereiro, pela IDC Brasil.

“A inovação e o valor são dois fatores chave para gerar competitividade sustentável na América Latina durante 2014; onde as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) desempenharão um papel cada vez mais importante. A migração para a terceira plataforma (uma mudança arquitetônica baseada em quatro pilares: Cloud, Big Data, Mobilidade e tecnologias sociais) será o centro da transição entre o valor e a inovação, impulsionada pela transformação dos processos nas organizações, onde a mobilidade será a prioridade desta nova geração de consumidores”, disse Ricardo Villate, Vice-presidente do Grupo na IDC LA.

Com base nas percepções dos principais analistas da IDC América Latina, 2014 será um ano de crescimento mais moderado em comparação com os anteriores, em que as empresas e as indústrias começarão a transformação completa das soluções de outras plataformas que tiveram início em 2013. Além dos dois motores da região (Brasil e México), os fornecedores estarão realizando apostas de longo prazo nos países que vêm mostrando uma clara preferência pelas políticas de livre comércio que incentivam o aumento dos investimentos em TI, tais como Colômbia, Chile e Peru.

Principais previsões para América Latina para 2014:

1. Mudando o poder de compra: Os executivos seniores (C-Suite) continuarão ganhando importância nas decisões de TI
A terceira plataforma tecnológica mostrou que a nova dinâmica do mercado está sendo de ruptura, uma vez que foram minimizadas as conversações técnicas e os processos de negócios estão se tornando o centro das atenções. É importante destacar que, longe de diminuir a relevância da tecnologia, este cenário a transforma até o ponto em que ela mesma já não seja uma ferramenta de negócios, senão, no próprio negócio.

A relevância dinâmica da terceira plataforma é tal que implica em uma transformação integral das linhas de negócios, gerando uma nova forma de pensar sobre como relacionar este novo processo de pensamento de TI. Áreas como marketing, vendas e recursos humanos aumentarão seu envolvimento na aquisição de tecnologia em até 60% em 2014, e cerca de 20% de todo o investimento em hardware, software e serviços das empresas serão ancorados pelos orçamentos das linhas de negócios, resultando em quase US$ 10 bilhões de investimentos.

2. A terceira Plataforma Tecnológica aumentará a pressão sobre a capacidade da rede
Em 2013, a IDC previu o aumento das tecnologias da terceira plataforma e seus quatro pilares: mobilidade, cloud, Big Data e Social; no entanto, a rede não esteve à margem das pressões adicionais de conectividade colocadas pelas novas tecnologias de ponta.
As novas tecnologias que consideram cada vez mais a integração de conceitos tais como globalização, produtividade, colaboração, inovação e orientação para os negócios, conduziram as tendências que demandam melhorias na rede para gerenciar o crescimento de voz e vídeo sobre IP, bem como a proliferação de dispositivos wireless conectados à rede, virtualização e crescimento de cloud computing.
De acordo com uma pesquisa recente da IDC, realizada com líderes de tecnologia na região, mais de 53% das empresas disseram que requerem uma rede mais robusta na América Latina e 61% deles afirmaram que a disponibilidade de banda larga é uma das principais preocupações.
A estratégia da tecnologia será um híbrido e implicará uma série de estratégias combinadas, onde a tecnologia fixa (fibra – FTTx) e a tecnologia móvel (3G – 4G) irão complementar-se. De um ponto de vista técnico, o Wi-Fi aparecerá como uma solução chave para a saturação da rede e do espectro, o que se mostrará como uma opção atrativa, com custos baixos de instalação e de taxas regulamentares.
Em 2014, os mercados da América Latina começarão a ver os planos de multimídias integradas com a Mbps como a unidade de consumo dos preços, bem como mais e mais modelos de serviços transacionais. A IDC visualiza que mais de 70% das empresas da América Latina levará em conta a melhoria da segurança em WAN como seu principal objetivo dentro de seus planos de otimização da rede.

3. O gerenciamento das cargas de trabalho definirá a infraestrutura, facilitando o caminho da Infraestrutura Convergente (IC) e o Software Define Everything – SDx (Tudo definido por software).
A adoção dos sistemas integrados foi pouco acelerada; no entanto, o mercado continua a evoluir, a complexidade do sistema cresce, e as implantações de data centers se expandem. Da mesma forma, as empresas da América Latina começaram a acelerar a opção deste tipo de arquiteturas em 2013. O crescimento dos investimentos em infraestrutura convergente aumentou mais de 60% durante o primeiro semestre de 2013. A crescente adoção da Infraestrutura Convergente foi especialmente rápida nos mercados verticais como finanças, telecomunicações, varejo e manufatura.

A IDC estima um crescimento de dois dígitos da IC para 2014, derivada de uma proposta de valor direcionada pela indústria, bem como a maior capacidade de integração através da camada de middleware. Em muitos casos, as arquiteturas da IC estão posicionadas como um passo seguinte no caminho para a virtualização, em um contexto de fornecimento dinâmico, em que a carga de trabalho e, portanto, o software, é o que irá definir a demanda de infraestrutura.
Em 2014, a expressão “fornecimento dinâmico” será comum e estará fortemente relacionada com qualquer iniciativa de entrega como serviço (as a Service) de uma carga de trabalho; ultimamente, o caminho é do fornecimento dinâmico que também levará ao que se denomina tudo definido por Software (SDx).

O SDx permite que as infraestruturas de computação sejam visualizadas e entregues como um serviço onde a computação, redes, armazenamento ou inclusive o serviço completo de data center são automatizados por software programável, o que resulta em soluções mais dinâmicas e rentáveis. O SDx é apresentado como um conceito de gestão de rede mais simples, ressaltando atributos como a otimização da capacidade da rede, integração além do core da rede, melhores padrões de interoperabilidade, soma de novas camadas de inteligência da rede, e, portanto, novas métricas de desempenho desta.

O SDx facilitará a otimização da capacidade da rede, integração além do core da rede, melhores padrões de interoperabilidade, soma de novas camadas de inteligência da rede, e, portanto, novas métricas de desempenho desta.
A captação dos sistemas de infraestruturas convergentes é resultado da demanda de pressão para a otimização da gestão da carga de trabalho, independentemente de que se trate de riscos de processamento de dados na indústria financeira, gestão de dados de clientes nos setores de telecomunicações ou das indústrias de varejo, ou da análise de negócios em organizações de manufatura ou de serviços.

4. Big Data/Analytics evoluirá da doutrina à realidade
Em 2013, a América Latina entrou em uma fase de educação, em que se refere às tecnologias de Big Data, onde os players do mercado dedicaram grandes esforços para criar uma consciência em torno dos benefícios da implantação de uma inteligência superior ao longo das redes e sistemas. Tais ações de mercado deram seus frutos até o ponto em que os investimentos relacionados com o Big Data (em hardware, software e serviços) foram elevados para US$ 450 milhões na América Latina, somente em 2013. Este nível de investimento pode ser comparado às tecnologias relacionadas com a nuvem durante 2011.
Em 2014, o Big Data se tornará um mercado com massa crítica na América Latina, uma vez que as forças subjacentes que promovem a adoção do Big Data são mais fortes na América Latina que nas regiões desenvolvidas no mundo. Além disso, os dados não estruturados como aqueles gerados nas redes sociais encontram um terreno fértil em uma região como a América Latina, que tem a maior penetração do Facebook em comparação com outras regiões do mundo. As pesquisas da IDC com usuários finais mostram que a maior parte das organizações já captura dados de áudio e vídeo na América Latina, em comparação com os Estados Unidos, e, para 2014, mais de 20% das empresas de médio e grande porte da região estarão analisando o bate-papo social, vídeo e dados de geração por sensor.
Em 2014, as organizações empresariais latino-americanas irão acelerar sua curva de aprendizado para derivar, em última instância, as estratégias de marketing baseadas em métricas e análises sociais. A IDC espera que mais de 60% das empresas na região começarão a utilizar em 2014 as redes sociais públicas para a comercialização / atendimento a clientes / vendas.
A IDC prevê o crescimento sustentável do Big Data na América Latina, onde a soma de hardware, software e serviços em torno do Big Data atingirá US$ 819 milhões durante 2014.

5. A modernização dos aplicativos continuará liderando o caminho para a adoção da nuvem pública.
Em 2013, mais de 60% das principais empresas na América Latina estavam construindo, transformando e ampliando sua rede e infraestrutura para dar suporte às soluções da terceira plataforma e estavam implementando o uso da nuvem pública. A partir do primeiro semestre de 2013, mais de 34% das empresas na região estavam divulgando e/ou tinham planos concretos para mover algumas cargas de trabalho para a nuvem até 2014, tendo um impacto sobre a infraestrutura do data center, uma vez que implica em requisitos adicionais de capacidade. Isto foi validado pelos líderes tecnológicos latino-americanos entrevistados pela IDC, os quais expressaram que, nos próximos cinco anos, a demanda dos data centers aumentará em mais de 80%, o que acrescenta uma pressão extra sobre as redes para oferecer uma capacidade segura, disponível e superior.
Em 2014, os data centers na região continuarão centralizando suas capacidades na prestação de serviços de nuvem pública para as organizações latino-americanas. Os players mais importantes da região no setor de telecomunicações manterão fortes investimentos em infraestrutura moderna, bem como na preparação de recursos humanos, especialmente em relação às certificações de segurança e gestão.
A IDC considera que o crescimento do mercado de serviços de nuvem pública na região será um dos mais elevados em todos os setores de tecnologia, crescendo cerca de 67% até 2014, atingindo mais de US$ 1 bilhão. As empresas mais beneficiadas pela utilização destas soluções serão aquelas que já se inseriram no caminho da nuvem através das opções privadas e estarão prontas para assumir novas mudanças em ambientes de nuvem pública.

6. Do BYOD ao “Mobile First”: as ferramentas de gerenciamento móvel irão empurrar a estratégia de negócios para o próximo nível.
No final de 2012, as empresas na América Latina deram um passo para trás no Bring your Own Device (traga seu próprio dispositivo – BYOD) devido ao crescimento dos dispositivos móveis levados pelos funcionários, então a taxa de empresas que permitiu o uso de dispositivos móveis pessoais na organização foi de 33%; contudo, para o fechamento de 2013 houve uma recuperação, chegando a 43% de crescimento.
Atualmente, as organizações alcançaram melhor compreensão da importância de desenvolver uma estratégia de mobilidade integrada que inclua não apenas os dispositivos, mas todo o ecossistema móvel. Isto se reflete no fato de que a metade das empresas que permitem o uso dos dispositivos pessoais com responsabilidade está incorporada dentro de uma plataforma de movile device management (MDM).
O grande crescimento da base instalada de dispositivos trouxe um forte impacto em correlação com o tráfego de consumidores. De acordo com uma pesquisa recente da IDC, os tomadores de decisão em TI esperam que o tráfego derivado da utilização de tablets cresça 55% em 2014, enquanto o tráfego de smartphones e laptops aumente 34% e 26%, respectivamente.
Esta tendência de mercado está mostrando uma crescente maturidade em termos de usos de dispositivos móveis e ferramentas que conduzirão os conceitos BYOD/consumo da América Latina para se tornarem “Mobile First”. Este conceito requer uma abordagem diferente para a estratégia móvel, para que a gestão móvel se torne a base fundamental para garantir a gestão dos diferentes componentes: dispositivo, conectividade, aplicativos, segurança, acesso, identidade, conteúdo, controle de informação, análise e apresentação de relatórios.

7. A próxima onda de Mobilidade Empresarial: Do E-mail para os aplicativos corporativos
A adoção de aplicativos móveis na América Latina é bastante convencional, sendo o e-mail a principal (e na maioria dos casos a única) ferramenta que está sendo mobilizada em mais de 90% das empresas da região. A mobilização dos aplicativos relacionados ao negócio, tais como o ERP, gestão de relações com clientes (CRM), automação de força de vendas, automação de trabalhos de campo, ainda representa não mais que 20% da adoção em 2013.
No entanto, há inúmeros fatores que permitem prever um padrão diferente para 2014. Em primeiro lugar, os gigantes da indústria de TI estão focando fortemente oferta de mobilidade. Em segundo lugar, a força de trabalho móvel está experimentando um grande crescimento ano após ano no mundo, e a América Latina não é a exceção. No final de 2014, mais de 40% dos funcionários na região será móvel, o que significa que trabalharão longe de suas mesas e o uso de dispositivos móveis será essencial para as rotinas diárias. Além disso, a crescente base de dispositivos com responsabilidade pessoal aponta para um crescente poder de computação nas mãos dos funcionários, que ao mesmo tempo ajudarão as empresas a serem mais produtivas e competitivas, tendo em vista a crescente pressão dos clientes, sócios e funcionários para a inovação.
A IDC espera que mais de 30% das organizações empresariais latino-americanas mobilizem aplicativos relacionados com a empresa, como a automação de serviços de campo, automação do fluxo de trabalho, CRM e ERP durante 2014.

8. A Internet das coisas (Internet of Things – IoT) irá acelerar através do B2B
Muito se falou em 2013 sobre a Internet das coisas (IoT), ampliando a capacidade dos dispositivos conectados praticamente até o infinito. A IoT engloba as soluções tecnológicas que permitem uma comunicação contínua e autônoma entre as máquinas. Neste contexto, é fácil prever que o maior volume de negócios relacionados com a IoT será de empresa ao consumidor (Business to Consumer – B2C) com conceitos como “lar conectado”, “carro conectado”, “carteira móvel”, “roupa inteligente”, entre outros; onde milhões de conexões inteligentes entre os dispositivos irão impulsionar a dinâmica do mercado. No entanto, segundo a IDC, “na América Latina estamos em etapas muito incipientes, de fato que é no campo das empresas (Business to Business – B2B) onde vemos mais oportunidades de negócios criados através da Iot. Em 2014, veremos as organizações evoluindo neste conceito de conectividade através de quatro modelos diferentes de conexão: dados através de redes, pessoas através de dispositivos, processos através de aplicativos e coisas através de máquinas”.
Para 2014, somente na América Latina, a IDC espera que 17,5 milhões de dispositivos novos estejam conectados entre si de forma autônoma. Em termos de receitas, a IDC projeta que no mercado da América Latina, a IoT se tornará um negócio de cerca de US$ 4 bilhões em 2014 (englobando não somente a conectividade, mas também hardware, software, plataformas, integrações e ferramentas de análise), com um crescimento anual de 30% até 2017.

9. As razões para a adoção de dispositivo se distanciarão dos dispositivos, centralizando-se no uso e criação de conteúdo.
O comportamento bipolar do mercado de dispositivos de consumo no último ano não é nenhum segredo. Enquanto o mercado tradicional de PC desktop / portátil tem estado em crise a nível global, na América Latina não foi diferente, já que teve uma redução de 7%, o que representou 34 milhões de unidades vendidas em 2013. Por outro lado, as tecnologias de alta mobilidade (tablets e smatphones) continuaram vendo um forte crescimento de 80%, representando 111 milhões de dispositivos. Cifras que não devem mudar muito em 2014. Quanto à categoria de PCs, está previsto que em 2014 continuem diminuindo (8%); ao contrário dos smartphones/tablets que crescerão 28%, para 142 milhões de unidades.
Este movimento do PC para outros tipos de dispositivos continuará mudando o paradigma do que o ecossistema considera dispositivos essenciais de computação, onde a criação e uso do conteúdo não necessariamente se centralizarão no dispositivo; mas que isso se incluirá além do sistema operacional do dispositivo e tomará forma no contexto do aplicativo e do conteúdo.
2014 será um ano de maior expansão dos diferentes provedores de conteúdo na América Latina, o que os impulsionará a modificar seus modelos de negócios para determinar o conteúdo ideal para fornecer preço e custo, bem como para forjar alianças, como os tradicionais modelos de hardware nestes diversos e rentáveis ecossistemas novos.

10. Os projetos relacionados à educação e à geração “Y” irão impulsionar o crescimento dos dispositivos computacionais na América Latina
Durante a última década, a sociedade da informação na América Latina se beneficiou de inúmeras iniciativas, tanto do setor público como privado, destinadas a ampliar a base instalada de PC e contribuir para fechar a brecha digital. Neste sentido, houve maior diversificação destes meganegócios, onde os PCs de negócios deram lugar aos tablets, notebooks e netbooks nos projetos governamentais e educacionais em geral.
A diversificação destes dispositivos, não só está atraindo os usuários finais na região por causa dos aplicativos versáteis, mas também para os investidores (governos) devido a um custo mais baixo para implantar megaprojetos. Isto nos leva a pensar que se os pontos de preço da tabela continuarem diminuindo em comparação com os preços médios atuais dos netbooks, sua absorção irá acelerar significativamente. A IDC espera que em 2014 tenhamos 1,3 tablets vendidos para cada notebook na América Latina. Mais de 52% dos tablets vendidos em 2014 estarão abaixo de US$ 249, preço que será similar para um laptop de baixo custo.
A América Latina tem sido o lar de muitos megaprojetos para a educação nos últimos anos, sendo a Argentina e Venezuela os campeões claros neste caso, com a entrega de milhões de netbooks aos alunos em um período relativamente curto. Enquanto isso, o governo federal mexicano anunciou que 4,1 milhões de PCs serão implantados em cinco anos.

SOBRE O ESTUDO DE PREVISÕES 2014
Este estudo é parte de uma série de publicações no mundo todo que a IDC realiza todos os anos, em que seus principais analistas compartilham sua opinião sobre as perspectivas para o ano novo sobre os mercados de TI e Telecomunicações. Com a colaboração de mais de 100 analistas da América Latina, este documento analisa os eventos que se espera que transformem o mercado durante 2014 sob a forma de uma lista com “As 10 previsões”. Para obter mais informações, acesse: www.idclatin.com/predictions

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Mobilidade, All-in-ones e Internet das coisas são apostas da Intel para 2014

Com o avanço nas tecnologias para computação pessoal, 2014 será um ano de grandes novidades na indústria. Performance e uso mais intuitivo ganharão mais força como diferenciais, já que os recursos dos dispositivos têm convergido nos últimos anos. Frente a este movimento do mercado, a Intel vai reforçar os investimentos, oferecendo à indústria mais ferramentas para explorar formatos diversos, com baixo consumo de energia e agilidade de processamento.

A Intel apostará no desenvolvimento dos systems on a chip (SoCs), e formatos ainda menores movimentarão a indústria no próximo ano. Os novos modelos de 14nm chegarão ao mercado em 2014, enquanto os de 10nm em 2015. Sistemas mais compactos e eficientes alimentarão uma nova onda de tablets, sistemas 2 em 1, Ultrabooks™ e outros dispositivos poderosos.

No campo dos PCs, o desktop vai mostrar que sua história continua forte. De fato, os computadores estão 1,8 vezes mais rápidos do que eram há 4 anos. 2014 verá um aumento positivo para este mercado, mas haverá uma mudança na preferência do consumidor. Os All-in-Ones irão despontar como o novo desktop para toda a família, por ser mais compacto e prático. Este modelo vem reforçar o papel do PC como o “centro” das cassa brasileiras, integrando parte da decoração do imóvel.

A demanda corporativa por computadores também continuará crescendo em 2014. Os gestores de TI estão mais conscientes do impacto de um PC em bom estado para o rendimento do trabalho e haverá disposição para a troca dos computadores mais antigos que atrapalham a produtividade das empresas. Outro fator que deve acelerar esse movimento é o fim do suporte ao Windows* XP no primeiro semestre do próximo ano. As empresas devem migrar para sistemas operacionais mais recentes, como o Windows 8, o que gera demanda por máquinas com melhor desempenho.

Também é esperada uma grande procura por dispositivos móveis. A demanda por tablets em 2014 será bastante grande. Com a grande variedade de fabricantes e modelos disponíveis, o consumidor passará a escolher dispositivo em função dos recursos e desempenho. Em 2013, o mercado brasileiro conheceu os primeiros modelos de tablets com Intel Inside, movimento que deve continuar com bastante força em 2014.

Outro modelo que ganha popularidade é o 2 em 1, por sua versatilidade: funciona como laptop quando é necessário trabalhar ou estudar, e um tablet quando se precisa de maior mobilidade. Em 2014, o mercado de 2 em 1 ficará muito mais competitivo, porque a tendência é a fabricação local, que vai reduzir os preços e aumentar a procura.

“Com a chegada de novos modelos de computadores pessoais com a mais recente geração de processadores da Intel, o usuário terá cada vez mais facilidade para explorar conteúdo nos mais diversos formatos, desde documentos off-line até conteúdo multimídia com maior complexidade”, afirma Fernando Martins Presidente e Diretor Geral da Intel Brasil. “A eficiência e versatilidade dos equipamentos será diferencial para manter os PCs relevantes”, completa Martins.

E já que os novos processadores de 4° geração oferecem melhor funcionamento, a usabilidade dos dispositivos tende a ficar cada vez mais simples e intuitiva, para atender as diversas necessidades dos usuários. Isso não significa que os modelos de usabilidade mais recentes, como o touch, irão dominar o mercado. Os dispositivos estão caminhando para uma versatilidade que dá ao usuário a opção pelo modelo de uso, de acordo com a atividade que está desempenhando.

Internet das Coisas – A Intel acredita que 2014 trará um rápido avanço das tecnologias emergentes, com as máquinas compreendendo melhor as necessidades dos usuários. A Internet das Coisas vai transformar a forma como a tecnologia é encarada, tornando inteligentes os equipamentos usados diariamente, com soluções para o auxílio ao usuário, a tradução de falas, a realidade aumentada, o controle de gestos e as interfaces usadas pelos usuários nas vestimentas.

“A indústria hoje está trabalhando para oferecer mais dispositivos conectados e inteligentes, que se comunicam e compartilham dados uns com os outros e a nuvem. As tecnologias que irão convergir para a internet das coisas vão facilitar a vida, desde soluções para tarefas domésticas, até dispositivos sofisticados para indústrias” diz Fernando Martins. “A Intel está focada em estimular a inteligência em novos dispositivos para ajudar a conectar os bilhões de dispositivos existentes”.

E à medida que a tecnologia progrida e a inovação continue em 2014, surgirão novos conceitos de entretenimento. 2014 verá um novo segmento para o entretenimento doméstico. Com cada vez mais programas de TV, filmes e conteúdo sendo criados para dispositivos móveis, a indústria da mídia está passando por uma grande mudança em todo o mundo.

A perspectiva é que os fabricantes de hardware levem as verdadeiras capacidades da TV para os all-in-ones. Será criado um dispositivo múltiplo e pessoal para que cada membro da família tenha sua própria tela de login com seus próprios programas e previsões intuitivas sobre o que a pessoa poderia querer assistir com base em seu histórico de visualização.

Vestíveis – Os últimos 12 meses viram uma explosão de lançamentos com esta tecnologia vestível. Esta tendência continua para os próximos anos. O baixo consumo de energia será essencial para o futuro de dispositivos e sensores em vestimentas para espaços inteligentes, onde o carregamento frequente ou mesmo os cabos seriam inconvenientes ou até mesmo impossíveis.

Entre as aplicações mais promissoras de tecnologia para vestíveis estão no segmento de saúde. “Dispositivos em vestimentas já podem informar o ritmo cardíaco e à medida que os serviços médicos chegam à Internet, nossos dispositivos poderão disparar um alerta para os serviços de emergência. Este será um verdadeiro ponto de inflexão para os sistemas de saúde, quando testemunharmos a interação direta com os profissionais em medicina nos momentos de necessidade”, afirma Fernando Martins.

Big Data – Iniciando em 2014, os próximos anos verão a barreira dos 15 bilhões de dispositivos conectados ultrapassada no mundo inteiro. A grande questão é para onde os dados vão quando esses dispositivos se conectam e a melhor forma de usar essa informação.

A indústria vai crescer bastante em torno da análise preditiva e dados brutos. O Big Data ajudará as empresas a serem mais inteligentes e progressivas, dando a elas vantagens competitivas. O setor público, do mesmo modo, deve seguir a tendência. A análise de dos dados disponíveis é emergente, mas também estratégica. A oportunidade está em fazer com que os dados realmente funcionem para criar valor para consumidores, empresas e governos.

“Isso resultará em um imenso volume de dados e uma necessidade correspondente por análises inteligentes. A Intel está trabalhando com as principais empresas, provedores de serviços de telecomunicações e nuvem para oferecer tecnologia para que ferramentas de Big Data cada vez mais eficientes”, finalizou Martins.

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Workshop : Tendências e Internet-das-Coisas

O PROBE-IT e o Fórum de Competitividade de IoT promovem em São Paulo nos dias 23 e 24 de maio, com o apoio da SOFTEX (www.softex.br), os workshops IoT (Internet-of-Things) e IoT-A Meet-up. Para a sua realização eles contam também com o patrocínio do Instituto de Tecnologia de Software (ITS) – Agente SOFTEX de São Paulo – e da CEITEC S.A.

O IoT é uma tecnologia que permite conectar diversos objetos e aparelhos do cotidiano à Internet trocando informações e gerando novos serviços que de forma independente estes dispositivos não conseguiriam oferecer. Neste cenário, você receberia, por exemplo, um aviso de sua geladeira informando que o prazo de validade da caixa de leite está prestes vencer. O processo para a identificação dos objetos é baseado em duas vertentes: RFID (sigla em inglês para identificação por radiofrequência) e nanotecnologia. Estudos apontam que nos próximos cinco anos deveremos ter, em média, 7 trilhões de objetos conectados à Internet.

A proposta do encontro é discutir os aspectos mais relevantes envolvendo tendências, usos, segurança, padronização, infraestrutura e arquitetura da Internet-Das-Coisas (IoT), uma revolução tecnológica que representa o futuro da computação e da comunicação. A grade de palestrantes inclui especialistas da França, Itália, Reino Unido, Holanda e Portugal, além de executivos do CPqD, da SEAL, da IBM e da Universidade de São Paulo (USP). Estão confirmadas também a participação de fornecedores de soluções, etiquetas e equipamentos; usuários em busca de soluções e exemplos de uso; membros da academia e de centros de pesquisa envolvidos com pesquisa, desenvolvimento e inovação; além de representantes de órgãos de governo e de entidades não governamentais ligadas ao segmento.

“Um dos destaques do evento será a apresentação das recomendações aos desenvolvedores sobre os cuidados que devem ser adotados na especificação de sistemas de RFID, mostrando os pontos mais importantes a serem considerados na escolha de antenas, etiquetas, esteiras e portais, por exemplo. Já as demonstrações, que ocorrerão paralelamente aos workshops, permitirão que os congressistas tenham contato com casos práticos, nacionais e internacionais, de uso dessa tecnologia”, explica José Vidal Belinetti, diretor-executivo do ITS.

É crescente a adoção das tecnologias de RFID no Brasil nos segmentos de logística, varejo de roupas, gestão hospitalar, linhas de produção, estoques, controles de acesso, controles de pedágios e estacionamentos. Já as tecnologias de IoT ainda não estão tão difundidas, mas muitas das aplicações iniciadas com o uso de RFID estão evoluindo para uso dos conceitos de IoT.

“Além da troca de experiências, esse evento nos permitirá projetar internacionalmente o Brasil como um importante player na área de IoT e deverá estimular a realização de negócios, parcerias e novos projetos”, conclui Vidal.

Durante o evento será lançada a versão brasileira do “Comics Book: Internet of Things”, uma iniciativa do Instituto de Tecnologia de Software (ITS) e do Fórum de Competitividade de IoT Brasil para atingir um público mais amplo.

A participação tanto nos workshops como nas demonstrações são gratuitas, mas é obrigatório realizar inscrição prévia no endereço http://www.eventbrite.pt/event/6258420103?ref=ebtnebregn# . Confira a programação completa acessando www.iotbrasil.com.br

Workshops IoT (Internet-of-Things) e IoT-A Meet-up
Data: 23 e 24 de maio
Local: Teatro da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – Avenida Doutor Arnaldo, 379-511 – São Paulo – SP
Horário: das 9h00 às 18h00
Inscrições: gratuitas no endereço http://www.eventbrite.pt/event/6258420103?ref=ebtnebregn#

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