2021: o ano da policanalidade no varejo

Por Elói Assis, diretor de varejo e distribuição da TOTVS

2020 foi um ano totalmente atípico e de muitas mudanças e aprendizados para todos os setores, mas poucos tiveram tanto impacto quanto o varejo. Ninguém poderia prever tamanha crise econômica, causada pela pandemia, que fez com que varejistas fechassem as portas e se movessem rapidamente para acelerar o processo de transformação digital para sobreviver. É sempre um exercício em futilidade fazer previsões, mas com os aprendizados de 2020, é possível traçar alguns caminhos que tendem a ser essenciais para o setor.

As vendas online tiveram um salto enorme em 2020 e essa mudança de comportamento do consumidor veio para ficar. Uma pesquisa realizada com consumidores pela EbitNielsen, no quarto trimestre, aponta que as vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, o que levaria o setor a um faturamento de R﹩ 110 bilhões. Além disso, dos consumidores que compraram online, 95% indicaram que pretendem continuar comprando por meio de sites e aplicativos, mesmo depois da pandemia.

O ano de 2021 é de incertezas sobre confinamento, vacinação, expansão ou redução do vírus, fim do auxílio emergencial e desemprego em níveis elevados. Isso impõe limites a toda economia e, cada vez mais, terá sucesso quem estiver onde o cliente está – muitas vezes na sua casa, em seu celular, mas não navegando pelo app ou site mobile da loja, mas sem dúvida, usando seu próprio WhatsApp ou redes sociais. Diante desse cenário, acredito fortemente que chegou a hora do que chamo de “policanalidade” no varejo.

Nos últimos anos, muito temos ouvido falar da necessidade de ser omnichannel, que resumidamente significa juntar múltiplos canais para fazer uma gestão unificada. Mas quantos canais o varejo explora hoje? Majoritariamente, temos na verdade uma “bicanalidade”, representada pela oferta da loja física e do site de e-commerce. Para entrar nessa nova era que foi muito testada em 2020, explorando novas formas de vender, o varejista deve lançar mão de uma série de novos meios para alcançar um consumidor cada vez mais disperso.

Daí nasce a “policanalidade”, onde o varejo vai além dos tradicionais dois canais de vendas e oferece ao cliente a possibilidade de consumir pelos mais diferentes canais de vendas. Pensando que os consumidores estarão mais preocupados com compras sem contato, abaixo alguns canais que serão atrativos para os próximos anos.

1. WhatsApp: instalado em praticamente 99% dos smartphones no Brasil, durante a pandemia quem não se pegou procurando o WhatsApp de alguma loja para tirar dúvidas, receber mais informações sobre um produto ou serviço, catálogos, etc? Pois bem, agora a ferramenta já liberou até catálogo, links para direcionar e finalizar a venda, oferecendo maior conforto ao público que prefere a interação com um atendente. Da mesma forma, outras plataformas de chat, como Facebook Messenger, Telegram e outros, também passam a permitir operações de consulta de catálogos, preços e vendas.

2. Lives: em meio à explosão de lives que tomaram o lugar de eventos presenciais durante a pandemia, uma nova tendência de consumo chama atenção. Alguns têm chamado de “live commerce”, outros de “live shopping”, que se resume no conceito de aproveitar transmissões em vídeo, seja de cantores, pessoas públicas e influenciadores, ou até mesmo empresas, para comercializar produtos. Imagine, por exemplo, estar assistindo à sua cantora favorita e poder comprar o batom que ela está usando sem perder nenhum minuto da transmissão.

3. Marketplaces: impossível falar do varejo na pandemia sem pensar na nova versão online dos shoppings, os marketplaces. Essas plataformas ganharam extrema relevância, permitindo que pequenos e médios varejistas conseguissem muito rapidamente vender online, mesmo sem dispor de site e estrutura logística, por exemplo. E dado o alto fluxo que já trafega em suas plataformas, viram naturais geradores de “tráfego” digital para os produtos dos varejistas que lá estão.

4. Facebook e Instagram: por fim, e não menos importantes, estão as redes sociais. Por serem canais onde há forte presença de consumidores de diversos tipos, grandes marcas já vêm apostando suas fichas para se destacarem nesses canais. Ambos já possuem integração de lojas e catálogos para impulsionar ainda mais as vendas. O ponto forte aqui é procurar onde o seu cliente já está e disponibilizar mais uma forma rápida e segura de compra.

5. QR Code e carteiras digitais: e não podemos encerrar sem falar dos pagamentos sem contato, como o PIX, recém-lançado pelo Banco Central, assim como as carteiras digitais. Apesar de não serem exatamente um “canal” de vendas, a existência delas passou a simplificar ao mesmo tempo em que aumentou a segurança dos pagamentos a distância, evitando a digitação de dados de cartão de crédito, substituindo por códigos de barras bidimensionais que são gerados uma única vez para cada transação. Muitas vezes, eles passam a ser um jeito rápido de gerir uma venda por canais ainda não integrados aos sistemas dos varejistas.

Independente do seu segmento dentro do varejo, este ano será marcado por novos canais. Mas, ainda que tenha sido prejudicada pelo distanciamento social, a experiência de loja continuará sendo a grande protagonista – e deve seguir forte em 2021. É o momento de pensar em como não ter um espaço convencional, mas sim que agregue valor ao cliente, como por exemplo lojas que proveem serviços adicionais ligados ou não ao seu produto.

Não podemos mais ser pegos de surpresa, então é hora de estar pronto para as adversidades, manter o propósito da sua marca bem definido e estar aberto para experimentar, descobrir e aprender, sendo capaz de reagir com agilidade às mudanças de um mundo dinâmico. Que venha 2021 cheio de novidades e um varejo verdadeiramente “policanal”.

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Complexo de inferioridade – Por João Carlos Marchesan

O impressionante crescimento industrial chinês conseguiu, no arco de trinta anos, transformar a China na fábrica do mundo, tirou da pobreza mais de quinhentos milhões de pessoas e fez do país asiático a segunda potência mundial, demostrando, mais uma vez, não somente a importância da industrialização no desenvolvimento de um país, mas seu papel insubstituível na geração de empregos de qualidade, na capacidade de gerar P&D, e inovação e de propiciar o surgimento de um setor de serviços sofisticados.

O fato da China, não satisfeita de dominar a produção industrial em volume, querer assumir também a liderança em termos de tecnologia e qualidade, intenção explicitada, em 2015,  em seu programa “Made in China 2025” que propõe alcançar, até 2025, o estado da arte em dez setores industriais estratégicos, fez surgir,  entretanto, preocupações políticas nos principais países industrializados, que passaram a olhar com desconfiança o gigante chinês e a assumir posições defensivas ou antagônicas.

Assim, Donald Trump, em 2016, baseou sua campanha eleitoral no lema de “fazer a América grande novamente”, com o apelo de trazer as indústrias americanas de volta e, com elas, seus empregos. Conseguiu, com isto, ampliar seu apoio, em termos de votos, nos estados do “cinturão da ferrugem”, onde o desemprego industrial estava mais agudo, em função do processo de migração da produção para outros países, em particular para a China, e ganhou a eleição para a presidência dos EUA.

A Alemanha, igualmente preocupada com a crescente concorrência chinesa em bens industriais, que não mais se limita a produtos baratos, mas começa a disputar espaço com os equipamentos alemães mais sofisticados, resolveu defender suas empresas industriais e, no início de 2019, Peter Altmaier, seu ministro da Economia, submeteu à aprovação do governo um projeto intitulado “Estratégia Industrial Alemã 2030” como resposta aos movimentos das forças econômicas globais e em defesa de sua indústria.

As políticas adotadas, não somente pelos Estados Unidos e pela Alemanha, mas pela maioria dos países industrializados em resposta à perda de empregos qualificados e a uma certa estagnação econômica que ocorreu em função da migração de empresas e empregos para países em desenvolvimento, principalmente, para o sudeste asiático, tem como característica comum a defesa da indústria, reconhecendo nela um elemento fundamental para seu desenvolvimento econômico.

Vale a pena destacar, no documento alemão, as justificativas apresentadas por seu ministro da Economia ao defender o projeto, “Estratégia Industrial Nacional 2030”, como uma orientação de política industrial para a Alemanha e União Europeia. Com uma franqueza incomum, ele partiu da constatação de que a pujança da economia alemã deriva, em grande parte, da capacidade de sua indústria em manter a liderança tecnológica de seus produtos, conhecidos no mundo todo por sua qualidade e desempenho.

Mais especificamente, Altmaier reconhece, com todas as letras, que, há mais de setenta anos, o bem estar do povo alemão e sua qualidade de vida, não foram e não são consequência de uma dádiva divina e sim da quantidade e qualidade dos empregos que a competitiva indústria alemã permite oferecer. Esta prosperidade, construída ao longo dos anos pelo entendimento entre os setores econômicos, a sociedade alemã e o Estado, depende, essencialmente, da manutenção da competitividade de sua indústria.

Os exemplos da importância da indústria no processo de desenvolvimento dos países ricos, não se resumem aos citados acima. Na realidade, a história dos países desenvolvidos se confunde com a história de sua industrialização e do papel do Estado neste processo, o que  desmente a discussão  de que “nosso caminho não é o da indústria manufatureira, a não ser aquela ligada ao beneficiamento de produtos naturais”.

Essa discussão, iniciada por um destacado integrante da equipe econômica, exuma velhas ideias que se supunham mortas e enterradas. Ressuscita, duzentos anos depois, a teoria das vantagens comparativas para defender a tese de que o Brasil tem que se contentar em extrair minérios, plantar soja e criar bois, coisas nas quais ele é competitivo, e deixar de lado a indústria que é coisa de país desenvolvido.

Ele diz que até podemos ter alguma indústria desde que esta se resuma a processar commodities, sem muita complicação, deixando de lado veleidades de fabricar aviões, equipamentos, automóveis e outras coisas mais sofisticadas. Estas ideias revelam uma mentalidade neocolonialista e, no fundo, denotam um certo complexo de inferioridade.

Na contramão da reavaliação da importância do papel do Estado, que está ocorrendo no mundo todo, ele defende que o Estado não deve gastar recursos com atividades que não dão retorno. P&D e inovação, neste caso, não deveriam ser apoiados pelo setor público, em função do alto risco. Desenvolvimento de vacinas, muito menos, Teorias   econômicas e ideologias à parte, teríamos que nos perguntar, tal como fez o ministro alemão, quem, ou o que, irá garantir o bem estar e a prosperidade da sociedade brasileira.

É público e notório que tanto a indústria extrativa quanto o agronegócio   são exemplos na criação de empregos, mas este modelo econômico pode resolver o problema da Australia, uma nação com vinte e cinco milhões de habitantes, menos do que a população da Grande São Paulo, mas ele não serve para um país com 220 milhões de habitantes. Neste caso, quem irá criar os empregos necessários, em quantidade e qualidade, para resolver os problemas da pobreza, da desigualdade de renda, e para o desenvolvimento do país?

João Carlos Marchesan, administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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Com sucesso na comercialização online de soja, Bunge e Orbia preparam campanha para estimular barter digital em fevereiro

Com o sucesso na comercialização online de soja após a parceria inédita entre a trading Bunge e o marketplace Orbia, formalizada em novembro de 2020, as empresas preparam campanha para movimentar operações de barter digital durante o mês de fevereiro, com foco na safra 2021/22. As operações de barter são baseadas em uma relação de troca que viabiliza aos produtores a compra de insumos necessários ao cultivo da safra com pagamento futuro em grãos. A parceria entre a Bunge e a Orbia possibilita que tanto a comercialização simples de grãos quanto operações de barter sejam realizadas 100% online.

Nos dois primeiros meses da parceria as negociações de soja pelo marketplace superaram o volume de 20 mil toneladas. “O número de transações no ambiente digital nos surpreendeu positivamente, pois trata-se de uma operação nunca antes realizada neste formato. Agora nos preparamos para mais uma campanha, com o objetivo de incentivar cada vez mais revendas e produtores a aproveitarem as facilidades da negociação no ambiente digital”, ressalta o diretor de Originação da Bunge, Roberto Marcon.

Na campanha de fevereiro serão oferecidas condições desburocratizadas de crédito para aquisição de fertilizantes às revendas que operam no marketplace e descontos especiais aos produtores. Os descontos estarão vigentes entre os dias 3 e 5 de fevereiro e valerão apenas para a modalidade de pagamento de barter por soja. Os produtores rurais que realizarem compras de fertilizantes NPK terão 2% de desconto e para as compras de sementes, defensivos e fertilizantes foliares, o desconto será de 3%.

O ano de 2020 foi de crescimento para o comércio digital, e o setor do agronegócio, que já vinha de um processo de digitalização, também registrou alta nas transações feitas no ambiente digital. “Os resultados obtidos pela Orbia no ano passado mostram que o produtor rural está cada vez mais inserido no meio digital e que está disposto a utilizar a tecnologia para impulsionar os seus negócios. Só em 2020, atingimos a marca histórica de 200 milhões de reais de insumos agrícolas vendidos no marketplace e, em pouco mais de 2 meses, negociamos 20 mil toneladas de soja na plataforma. Isso é histórico para o setor e reforça a posição da Orbia como pioneira nesse movimento”, declara Ivan Moreno, CEO da Orbia.

A Orbia possui 170 mil usuários cadastrados, o que corresponde a aproximadamente 70% da área plantada no país, e mais de 170 canais de distribuição que realizam suas vendas online na plataforma. O marketplace reúne a possibilidade da compra e venda de insumos, comercialização de commodities e programa de pontos, de forma a acompanhar a jornada do produtor, desde o planejamento da produção até a comercialização da sua safra.

Com a entrada na plataforma da Orbia no final do ano passado, a Bunge se tornou a primeira trading no Brasil a realizar processo de originação de grãos digital permitindo ao produtor realizar cotações, vender sua safra e assinar o contrato de forma autônoma e 100% online. A parceria faz parte de um movimento de transformação digital que a Bunge lidera em suas principais áreas de negócio e que incluem outros investimentos em soluções tecnológicas, como o aplicativo de logística Vector, pelo qual a Bunge digitalizou todo o processo de contratação de fretes junto aos caminhoneiros, além da iniciativa Covantis, parceria com outras tradings dedicada a implantar o blockchain no comércio global de commodities para melhorar a velocidade e a segurança tecnológica nas operações de exportação.

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Brasil mira ganho de produtividade nas operações de comércio internacional

Por Rafael Schroeder, diretor de Global Trade Compliance da Becomex

Recentemente, foram anunciadas pela Receita Federal mudanças importantes nos sistemas e controles com alto impacto nas operações de comércio exterior. Estas mudanças trouxeram impacto em Acordos Bilaterais, no programa do OEA – Operador Econômico Autorizado e no Novo Processo de Importação com as novas atualizações sobre o Catálogo de Produtos e a DUIMP.

Se por um lado a pandemia impôs desafios para os contribuintes como o aumento do dólar e restrição de trocas no comércio mundial, para o Brasil evidenciou a necessidade de se comprometer com a facilitação do comércio internacional, buscando a abertura da economia e a desburocratização dos processos.

No que tange aos Acordos Bilaterais, além do muito divulgado acordo entre Mercosul e União Europeia, existem uma série de acordos que o país está em negociação mais acentuada e com reais possibilidades de fechamento. Apenas no mês de outubro, por exemplo, o Brasil efetivou o acordo automotivo com o Paraguai e negociou novas regras unilaterais com o México, trazendo maior competitividade e segurança jurídica para as empresas do segmento. O ministério divulga uma lista com os principais acordos em negociação, no link: https://www.camex.gov.br/negociacoes-comerciais-internacionais/acordos-de-comercio

A Receita Federal Brasileira também tem enxergado no programa OEA – Operador Econômico Autorizado uma ferramenta estratégica de inclusão do Brasil no primeiro escalão do comércio internacional. Nas últimas semanas, Brasil e EUA avançaram na possibilidade de estabelecer um ARM – Acordo de Reconhecimento Mútuo de seus OEA, o que foi amplamente divulgado na mídia e demonstra a importância deste tema para os países da OCDE.

Para que o ARM com o EUA seja possível, a RFB tem sido pressionada a adequar seu programa de OEA aos padrões internacionais, como é o caso do SAFE Standards e do CTPAT americano. Estas adequações exigirão esforço e investimento não apenas da RFB, mas principalmente das empresas brasileiras que terão de aumentar consideravelmente o seu nível de segurança e compliance.

Para que esta conta feche e as empresas se sintam motivadas a investir, a RFB terá que prover, cada vez mais, incentivos para as empresas certificadas que já possuem benefícios de redução de estoque e custo logístico com a redução de canais de inspeção e com o OEA Marítimo, mas que poderá ser ainda mais ampliada com o Novo Processo de Importação.

O Novo Processo de Importação irá trazer para o ano de 2021 novidades como o Catálogo de Produtos e a DUIMP – Declaração Única de Importação, com uma nova tecnologia para o processo de importação que deve automatizar boa parte do processo e estabelecer uma gestão modular de Licenças de Importação e de Gestão de Riscos, que é o coração do OEA Conformidade. Segundo a própria RFB, esta evolução irá reduzir o lead time médio de importação de 17 para 10 dias, sendo ainda mais significativo para as empresas OEA.

Outro benefício que está planejado no contexto do Novo Processo de Importação é a implantação do módulo de Pagamento Centralizado do Comércio Exterior, que realizará a gestão dos tributos e taxas a serem pagas na importação e permitirá o diferimento dos tributos para o mês subsequente.

Estes são apenas alguns exemplos de uma série de benefícios que se estendem principalmente para as empresas OEA, fazendo com que o número de operadores certificados passe dos mais de 500 em 2020 e projetando como meta o número de 1.000 operadores para 2025.

Para que este cenário seja possível, é fundamental que cada vez mais as empresas entendam o contexto de comércio internacional que o Brasil está buscando e aproveitem os benefícios existentes para investir no atendimento dos padrões internacionais de qualidade e segurança. Com isto ganharão novos mercados, mas também valorização de seus negócios pelo alto nível de governança e redução de custos.

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4 passos para alcançar a maturidade de dados

Por Rodrigo Cunha

A ciência de dados tem revolucionado o mundo dos negócios. Não é sem razão, portanto, que a utilização de informação como matéria-prima para a tomada de decisões é amplamente adotada por empresas de diversos segmentos. E esse processo passa por uma jornada de aprendizado e aplicação, que chamamos de maturidade de dados. Mas o que muda nas corporações e no dia a dia dos profissionais que têm de lidar com a gestão de uma quantidade praticamente imensurável de dados para que se transformem em fatos?

Há um trabalho importante a ser feito na governança desses dados e de sua aplicabilidade, principalmente para as organizações que não nasceram digitais. Assim, é preciso percorrer etapas até alcançar o grau máximo de data analytics, que culminará com a maturidade.

São estágios que precisam ser cumpridos para uma melhor compreensão e evolução. Hierarquizamos 4 passos que podem facilitar esta jornada. Acompanhe!

# Nível 1: dados

Muito provavelmente seus dados vêm de fontes desintegradas, estão espalhados em planilhas do Excel – diversas e divergentes entre si, e têm um tempo enorme de geração de relatório. Esse último detalhe, inclusive, é um dos principais causadores de decisões pouco assertivas e feitas fora do timing correto.

Como progredir para a próxima etapa?

A organização é a chave para que você avance para a próxima etapa. A nossa principal recomendação é a implantação de um Data Lake (DL). Nele, as informações obtidas dos diferentes setores da sua empresa não apenas ficarão armazenadas em um mesmo local para posterior análise.

# Nível 2: informações

O que fazer para estar nesse nível?

Após a implantação do DL, você já não tem mais apenas dados, mas um melhor potencial de obter informações. Isso porque o material agora está unificado e consistente, mesmo que suas fontes sejam diversas. Entretanto, ainda há um longo caminho pela frente: para desenvolver relatórios eficazes, extrair o máximo de valor dos dados e alcançar a tão estimada autonomia dos gerentes, é fundamental que outra tecnologia entre em cena, como veremos a seguir.

Como progredir para a próxima etapa?

Uma solução de Business Intelligence pode ajudar nessa etapa, que requer coleta, organização e análise dados. As mudanças que ela vai operar em sua empresa são inúmeras e enormes: mais rapidez na medição de resultados da área comercial e das campanhas de marketing, possibilidade de saber exatamente no que investir, embasamento e mais tempo hábil para a tomada de decisões e redução de erros causados por análises manuais.

# Nível 3: implantação de Business Intelligence

O que fazer para estar nesse nível?

Aqui, as informações já estão automatizadas. Dessa forma, muitos problemas são resolvidos: relatórios podem ser elaborados por conta própria, o acesso às informações torna-se mais democrático e fácil e melhores insights podem ser obtidos. Definitivamente um excelente cenário. Entretanto, o problema nesse estágio é que a quantidade de variáveis e relatórios é enorme, o que termina por dificultar a tomada de decisão.

Como progredir para a próxima etapa?

A resposta para essa pergunta é simples: Advanced Analytics (AA). A aplicação de AA leva a sua empresa ao último e tão cobiçado estágio da maturidade de dados. Com ele, é extraído o máximo de valor das suas informações e os níveis de conhecimento são mais estratégicos para a melhor tomada de decisão.

# Nível 4: Advanced Analytics

Se os insights tradicionais obtidos por meio do BI já operam uma grande mudança nos negócios, a boa notícia desse último nível é tentadora: a organização aqui vai muito além deles, tornando possível a previsão de comportamentos futuros e a recomendação de ações baseadas em diferentes cenários, para agir e tomar decisões com antecedência.

O Advanced Analytics opera um exame autônomo (ou semiautônomo) dos dados, por meio de ferramentas sofisticadas, como as de Inteligência Artificial e Machine Learning. Compreensão da situação através da análise de dados e texto, entendimento das interações por voz e imagens com clientes e usuários, previsões de comportamento e de demanda, análise do perfil do cliente para identificação de necessidades, percepção de sentimento e emoção são alguns dos desafios que precisam ser atacados na etapa final da jornada de maturidade de dados.

Ao atingir a maturidade de dados, a empresa é elevada a um patamar de sucesso e assertividade. Os lucros aumentam, a gestão se torna mais eficaz, e as estratégias alcançam muito mais resultados. Por isso, a necessidade de transformação dos negócios para uma cultura mais digital é urgente. Neste sentido, os dados são parte integral de todos os negócios e estes estão intimamente ligados à evolução constante das tecnologias. Não há como escapar.

Rodrigo Cunha, diretor da Neurotech.

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Novas estrelas do agronegócio brasileiro

Por João Guilherme Sabino Ometto

O agronegócio brasileiro, que estabeleceu recorde histórico de exportações no primeiro semestre de 2020, com US$ 52 bilhões, conforme demonstrou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, poderá contar com novas protagonistas para, ao lado da soja, algodão, açúcar, carnes, etanol e celulose, expandir-se ainda mais como fator de superávit comercial e abastecimento do País e do mercado externo. Trata-se das nozes, castanhas e frutas secas, cujo consumo global tem crescido à média anual de 6%, segundo o International Nut Council (INC).

De acordo com a entidade de classe representativa do setor no Brasil, a Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas (ABNC/nuts), suas exportações anuais ficaram na casa de US$ 250 milhões em 2009, 2010 e 2011, mas passaram a cair nos anos seguintes. Em 2020, a previsão é de que fechem o exercício em US$ 137milhões. Os desafios imediatos do setor, tanto para aumentar a produção quanto as vendas externas, são os seguintes: desburocratização sanitária; melhoria do registro de produtos; incentivos tributários para reduzir desigualdades ante subsídios aos produtores dos Estados Unidos e forte apoio governamental na China; concessão de financiamentos de longo prazo para a cadeia produtiva; prospecção intensiva do mercado internacional; produção de estatísticas macroeconômicas da atividade; e difusão de informações dos benefícios e propriedades nutricionais dos produtos.

No que compete ao setor, muitas dessas medidas já vêm sendo adotadas, incluindo a elaboração de um selo de qualidade que seja reconhecido e aceito como referência. Porém, é fundamental política pública articulada, abrangendo, além do crédito e apoio aos produtores, o desenvolvimento de pesquisas que permitam descobrir e chancelar as potencialidades das nozes e castanhas, não apenas nutricionais, como na indústria de cosméticos, assim ampliando o seu valor agregado e o interesse dos agricultores pelo seu cultivo.

É importante conhecer melhor as frutas secas produzidas no Brasil, para se vislumbrar com mais clareza o seu potencial. Uma delas é o baru, cultura tipicamente familiar e extrativista. Nativo do cerrado, pode ser encontrado no Triângulo Mineiro, Norte do Estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A castanha de caju nacional, produzida principalmente no Nordeste, com elevado consumo nacional, representa 3% do mercado mundial. A colheita em 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 122,6 mil toneladas. A castanha do Pará ou do Brasil, no Norte, tem produção de 40 mil toneladas/ano, das quais 70% são consumidos internamente. Sua exploração gera receita anual de R$ 430 milhões, garante o sustento de 60 mil famílias e atividades de 100 cooperativas.

A noz-pecã teve 3,5 mil toneladas colhidas em 2019, o que posicionou o Brasil em quarto lugar no ranking dos maiores produtores, atrás do México, Estados Unidos e África do Sul. É originária da América do Norte. Seu cultivo concentra-se em terras gaúchas, onde, em Cachoeira do Sul, encontra-se o maior nogueiral sul-americano. A macadâmia, originária da Austrália, segundo a entidade representativa dos produtores paulistas, a Apromesp, já tem um milhão de árvores plantadas, num total de seis mil hectares, envolvendo o trabalho de 150 produtores e 1.200 pessoas. Há plantações em São Paulo (40% do total nacional), Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

“As frutas secas são como cápsulas cheias de nutrientes concentrados”, diz o professor espanhol Jordi Salas-Salvadó, catedrático de Nutrição e Bromatologia da Universidad Rovira i Virgili (Tarragona) e pesquisador do CIBER de Obesidade e Nutrição do Instituto Carlos III. Segundo o especialista, as nozes e castanhas são ricas em gordura vegetal, mais saudáveis do que muitas das de origem animal. Algumas também apresentam o ácido alfa-linolênico (do tipo Ômega 3), benéfico para a prevenção cardiovascular. São alimentos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui entre os recomendáveis para uma dieta adequada.

São igualmente benéficas para o meio ambiente, pois suas árvores, como na Amazônia, por exemplo, mesclam-se às de outras espécies. Outro fator positivo é que podem ser cultivadas em terrenos irregulares, montanhosos, em geral subaproveitados. Trata-se de uma cultura, seja extrativista ou de cultivo, altamente sustentável e de elevada rentabilidade, cujo desenvolvimento fortalecerá ainda mais o agronegócio, gerará emprego e renda e ampliará a posição do Brasil como fornecedor global de alimentos.

João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos – EESC/USP), empresário do setor agrícola e membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA).

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Microsoft apresenta a edição 2020 do Edu For Change, programa de capacitação técnica para estudantes e profissionais de TI

No dia 12 de novembro, a Microsoft vai lançar a edição 2020 do Edu For Change, programa que visa acelerar a capacitação técnica de estudantes e profissionais de TI no país. Idealizado em 2018, o programa foi criado com o objetivo de oferecer oportunidades de capacitação e empregabilidade, especialmente, para estudantes de ensino superior e técnico pertencentes a grupos minoritários e e/ou em situação de vulnerabilidade social, por meio de parceiros de negócio da companhia. Para comunicar o projeto, a Microsoft irá organizar um evento virtual, que contará com a presença de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil.

O excesso de vagas de emprego no mercado de TI e ausência de profissionais qualificados são fatores que impedem o crescimento de um mercado promissor no Brasil. De acordo com um recente levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), para atingir a meta de dobrar o setor de software e serviços em seis anos, 70 mil profissionais serão demandados ao ano até 2024, porém o país forma apenas 46 mil pessoas com perfil tecnológico por ano.

O lançamento do Edu For Change vem para somar as iniciativas do Microsoft Mais Brasil, um plano abrangente que visa, dentre outros objetivos, incentivar o desenvolvimento e a recuperação econômica do país por meio do aumento da empregabilidade e da qualificação de estudantes e profissionais. “Por meio do Edu For Change, visamos contribuir para o aumento da capacitação técnica no Brasil. A missão da Microsoft é empoderar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais e, por meio de projetos como o Edu For Change, conseguimos não apenas ajudar a qualificar estudantes e profissionais de TI, mas também democratizar o acesso ao ensino e a educação” comenta Franklin Luzes, vice-Presidente de Inovação, Transformação e Novos Negócios da Microsoft Brasil.

As inscrições para participar do evento de lançamento e conhecer mais sobre as iniciativas do programa Edu For Change poderão ser feitas pelo site: https://www.microsoft.com/pt-br/events-hub/brazil/lancamento-do-programa-edu-for-change/.

Serviço:

Edu For Change
Quando:
 12 de novembro de 2020
Horário: 19h – horário de Brasília
Quanto: gratuito
Formato: virtual
Mais informações: https://www.microsoft.com/pt-br/eduforchange

Fonte: Microsoft

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Como a pandemia fez soluções colaborativas se tornarem regra, não exceção

Por Dirceu Ferreira Júnior, líder de Inovação Aberta da divisão agrícola da Bayer para a América Latina

Desenvolver uma solução, por definição, é criar respostas para uma questão. Quando pensamos em soluções inovadoras, olhamos para formas inéditas ou pouco exploradas para resolver problemas.

Nenhum evento recente levou a uma proliferação tão grande de problemas como a crise do novo coronavírus, que no Brasil explodiu em meados de março e se agravou nos meses seguintes. Atores de todas as esferas e setores sofreram traumas violentos e foram obrigados a rapidamente encarar uma nova realidade enquanto ainda tentavam entender como seria o novo cenário, qual o tamanho dos estragos causados e qual a melhor forma de se proteger.

Nesse processo, mais ou menos doloroso de acordo com o setor observado, surgiram as soluções e, forçosamente, os aprendizados.

Responsável por garantir a produção e o abastecimento de alimentos, o agronegócio foi considerado essencial desde o princípio da pandemia. No Brasil, excetuando episódios de falta de itens em supermercados no começo da crise, causados não por uma ruptura na cadeia e sim por uma demanda irracional momentânea, não houve desabastecimento. Organizações internacionais como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) têm alertado frequentemente sobre a necessidade de o planeta desenvolver sistemas mais resilientes para abastecer a população.

Buscar formas de garantir esse abastecimento foi uma das prioridades do agronegócio brasileiro como um todo desde o início da crise. Não só era preciso garantir que a produção do campo continuasse chegando à cidade, mas logo notou-se que os principais obstáculos ao trabalho dos agricultores – dificuldades com logística, comercialização, fluxo de caixa, questões trabalhistas e regulatórias, busca por insumos, assistência – não poderiam se agravar de tal maneira que inviabilizassem sua forma de sustento.

Diante do problema, uma das soluções possíveis era contar com a ajuda de quem já entendia e trabalhava para resolver essas dores. Em conjunto com a aceleradora AgTech Garage, a Bayer desenhou uma iniciativa para convidar startups a ajudar os produtores durante o período mais crítico da pandemia. Em menos de uma semana foi projetado o “Desafio Covid-19: Soluções Digitais para o Agronegócio”. Na sequência, a iniciativa ganhou força, agilidade e visibilidade com a colaboração essencial de outros parceiros, o marketplace Orbia e a instituição financeira cooperativa Sicredi.

Foi esse trabalho conjunto que permitiu que cerca de cem startups atendessem a chamadas por interessadas e que 20 delas, cujas soluções estavam maduras e prontas para serem disponibilizadas aos agricultores, fossem selecionadas. O mais importante: todos os envolvidos se dispuseram a trabalhar gratuitamente, para que produtores pudessem acessar as soluções sem custo. Dessa forma, o projeto ganhou escala e se tornou realmente efetivo para quem mais necessitava.

A iniciativa duraria dois meses, mas foi estendida devido ao interesse crescente e aos feedbacks enviados por quem utilizava o serviço das startups. Resultado: além dos mais de 9.000 acessos ao Desafio Covid-19 na plataforma Orbia, mais de 300 resgates efetuados e mais de mais de 1,3 milhão de visualizações dos vídeos sobre o projeto no canal FieldView TV ™, ficou evidente o interesse do produtor rural por soluções digitais que resolvam seus problemas, sejam eles causados por um vírus desconhecido ou não.

Momentos extremos como o atual exercitam também o senso de responsabilidade. Cabe àqueles mais bem-estruturados, com capilaridade e respaldo da sociedade, guiar o diálogo entre diversos atores em busca das novas soluções. É papel de empresas líderes como a Bayer tirar projetos do papel que possam alcançar de forma relevante quem mais precisa, seja de maneira mais pontual como no Desafio Covid-19, seja em caráter perene como no ConectarAGRO, associação civil sem fins lucrativos que busca ampliar a cobertura de rede no campo brasileiro.

Se tantas mudanças positivas são possíveis empurradas pela chegada de um fator extremamente negativo como uma pandemia, quanto podemos avançar em condições favoráveis? Quantos fazendeiros mais estariam dispostos a digitalizar sua lavoura se não carecessem de infraestrutura de rede no campo?

Ainda há muito a se solucionar e, principalmente, muito a se aprender. Processos amplos e colaborativos não podem se tornar exceções reservadas a períodos difíceis como uma pandemia. Quando vierem os dias mais calmos – e eles virão -, será preciso relembrar toda a força e potencial transformador de soluções desenvolvidas a partir da inovação aberta e lembrar de seu papel absolutamente fundamental para a produtividade do agronegócio em nosso país.

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Elotech investe mais de R$ 7 milhões na nova sede em Maringá

De acordo com o IBGE, seis em cada dez empresas fecham em cinco anos de atividade. Mas aquelas que investem constantemente em inovação e atuam com propósito, tendem a prosperar.

Este é o caso da maringaense Elotech, maior empresa de desenvolvimento de software para gestão pública do Paraná. Comemorando seus 35 anos de atuação em 2020, a empresa apostou no crescimento dos negócios para os próximos anos e investiu mais de R$ 7 milhões em sua nova sede própria.

A empresa, que cresceu em média 30% ao ano ao longo dos últimos cinco anos, oferece tecnologia de ponta, eficiência e transparência para mais de 550 entidades em todo o país. Entre as principais ferramentas desenvolvidas pela Elotech está o Portal da Transparência, um dos mais bem ranqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Nova casa. Novos tempos. Novas atitudes!

Ao mesmo tempo em que os 35 anos de mercado evidenciam o sucesso alcançado pela empresa, a Elotech sabe como ninguém que a inovação é fundamental em épocas de transformação digital acelerada.

E para coroar as três décadas e meia de atividades, a Elotech inaugurou no último dia 23 de outubro a sua nova sede na cidade de Maringá, no Paraná. A expectativa é que o investimento na sede própria ajude a empresa a continuar crescendo no mercado.

A nova sede da empresa já foi adequada às medidas de segurança impostas pela pandemia da Covid-19, e foi concebida para facilitar a comunicação entre todos os colaboradores, estejam eles trabalhando na sede ou em home office.

São mais de 1.400m² de área construída em um projeto arquitetônico e de interiores realizado pela A5 Arquitetura. O espaço foi concebido com foco na cultura da empresa, prezando a customização, a flexibilização e a integração dos times de trabalho.

Com um conceito industrial, o impacto da edificação remete a uma fábrica desenvolvedora de ideias, soluções e resultados. Um dos desafios foi a necessidade de todos os colaboradores estarem juntos, em 244 postos de trabalho, mesmo atuando em times distintos e alocados em pavimentos diferentes.

A partir dessa premissa foi construída uma área central do edifício, que permite a incidência de bastante luz natural e proporciona a conexão entre os espaços. Nos dois pavimentos, foram construídos dois grandes módulos com várias salas de reunião e um módulo de descompressão. Todos eles interligados com o palco central, um grande espaço interativo e multiuso, considerado o “coração” da Elotech, onde serão realizados apresentações, palestras e treinamentos, mas que no dia a dia pode ser compartilhado por todos os colaboradores.

Marco Andrade, sócio e diretor financeiro da empresa conta que “quando mudamos para a sede da rua Giampero Monacci, achamos aquele espaço grande demais para nós, mas sabíamos que acabaria pequeno – como acabou. Construir uma nova sede era um sonho que se tornou necessidade, em grande parte devido ao crescimento contínuo e acelerado da Elotech nos últimos 15 anos. O que era grande, acabou pequeno”.

“Começamos o projeto sabendo muito bem o que queríamos: um espaço que permitisse ficarmos mais duas décadas aqui, mas que compreendesse os requisitos atuais de sustentabilidade e qualidade de vida, estimulasse a inovação e fortalecesse o convívio entre os Elotechers”, explica o executivo.

Marco continua explicando que “o prédio da Tupã traz tudo isso e nos dá a sensação de ter atingido o objetivo. Poucas empresas de TI do Brasil têm algo parecido, ficou realmente diferente, atual, intenso. O ambiente de estilo industrial do Brooklin com o verde brasileiro. É, sem dúvida, mais um motivo de orgulho e energia para muito mais”.

Sede totalmente sustentável

A nova sede da Elotech foi construída com foco na preocupação com o meio ambiente, com a sustentabilidade e com a otimização dos materiais. Dessa forma, algumas soluções inteligentes foram colocadas em prática, tais como:

  • Sistema seco de construção com desperdício mínimo de material durante a execução.
  • Otimização da iluminação natural para reduzir a utilização de luz artificial.
  • Instalação de cisterna para a captação de água da chuva e reaproveitamento para irrigação de jardim e lavagem de calçadas.
  • Instalação de gerador de energia e de placas fotovoltaicas.
  • Sistema VRF para a central de ar-condicionado com consumo menor de energia.

Trabalho totalmente remoto para 10% dos colaboradores

O home office chegou para ficar em empresas de diversos setores e para a Elotech não foi diferente.

Com 160 colaboradores, a empresa especializada em softwares voltados à gestão pública, precisou se adaptar rapidamente ao modelo devido a pandemia da Covid-19 e aponta que o saldo foi tão positivo que parte da empresa trabalhará de forma remota definitivamente.

Por meio de pesquisa realizada em toda a empresa, a Elotech ofereceu a oportunidade de os colaboradores trabalharem em diferentes formatos, incluindo o trabalho 100% remoto ou híbrido, no qual os colaboradores optam por trabalhar de forma presencial e/ou home office. 90% dos colaboradores preferiram a modalidade híbrida, que mescla remoto com presencial e 10% escolheram trabalhar de casa definitivamente, em modelo home office.

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Escola Técnica de Operação Florestal abre inscrições para novas turmas

O Centro de Educação Profissional Florestal e Agrícola de Ortigueira está com inscrições abertas para novos alunos até o dia 22 de novembro, domingo. Os estudantes interessados precisam preencher o formulário online e anexar os documentos necessários neste link . A escola oferece três cursos, que em 2021 contarão com turmas de 35 alunos cada uma.

Aqueles que não possuírem fácil acesso à internet, podem comparecer na escola técnica de segunda a sexta, das 08h30 às 16h30, utilizando máscaras. Além de RG e CPF, é muito importante que o aluno leve seu histórico escolar, pois a avaliação para o ingresso dos alunos será pelo desempenho na escola até então; não serão realizadas provas. Estudantes da rede pública recebem pontuação extra em comparação aos de escolas particulares, exceto em casos de alunos com bolsas de estudos na rede privada, que também precisarão ser comprovadas por meio de documentação.

A escola oferece três cursos: técnico em Operações Florestais; técnico em Manutenção de Máquinas Pesadas; e técnico em Agronegócio. Os dois primeiros serão oferecidos na modalidade subsequente (quando o aluno já tem o ensino médio e faz apenas a formação técnica), enquanto o curso técnico em Agronegócio será ministrado no formato Integral (simultaneamente com o ensino médio).

Link para a inscrição até domingo, 22/11/2020:

http://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_LaWR7HQIgdvnU1GFAJxoukvI_wquhZDJ0hSvaPFL9ceZiQ/viewform

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Com cinco anos de atuação, indústria paranaense de carne suína prevê expansão para 2021

Referência no setor de alimentos, a indústria paranaense de derivados de carne suína Alegra completa cinco anos de atuação em outubro, data celebrada com planos de expansão e representatividade local. Com 100% do quadro de colaboradores moradores da região dos Campos Gerais e 118 cooperados cadastrados para fornecimento de matéria-prima, a indústria fomenta a economia local e também o mercado de exportações do estado. 

De acordo com o superintendente da Alegra, Matthias Rainer Tigges, a chegada da pandemia da Covid-19 impactou no mercado interno, mas não afetou nos planos de crescimento. “Em abril, nós perdemos 30% do mercado interno, mas migramos para a exportação e, com isso, fechamos o mês somente 7% abaixo do esperado. Além disso, a partir de maio, o faturamento foi recomposto. Hoje exportamos um terço da produção e equilibramos de novo”, ressalta.

Em setembro deste ano, a empresa já registrou 10% de aumento na capacidade de produção e visa novos mercados para exportação. “Nossa produção passou de 8 mil toneladas por mês para 9 mil toneladas, um aumento de abate de 300 suínos por dia. Além disso, começamos o ano com 1500 funcionários e agora estamos com 1660, fruto do projeto de crescimento”, explica. 

Mercado nacional

Conhecido como o celeiro do Brasil, o Paraná tem como vantagem produtiva para o mercado suíno a presença de grãos, como a soja e o milho, que representam 60% do custo de transformação do quilo dos animais. Para Matthias, esse é um diferencial do estado. “O Paraná está em busca de certificações para aumentar ainda mais sua presença no mercado externo, já que, em outros fatores, como o clima e a presença de insumos, já temos diferenciais frente a estados como Santa Catarina, por exemplo”, conta. 

Atualmente, a Alegra conta com um volume de exportação de aproximadamente 2100 toneladas por mês. Ao todo, são mais de 30 países habilitados para receber a produção. Para o fechamento de 2020, o valor de faturamento esperado é de 800 milhões de reais. “Apesar do pouco tempo de marca, a Alegra representa as três cooperativas holandesas dos Campos Gerais, instituições que já possuem representatividade e relevância no mercado. Por isso, ressaltamos que somos jovens, porém experientes”, finaliza Tigges.

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10 passos para ter uma ótima performance na Black Friday

A Black Friday de 2020 promete movimentação superior à edição de 2019, que gerou R$ 3 bilhões para o país. Para ter uma excelente atuação, a Tray, maior e melhor plataforma de e-commerce e unidade de negócios do Grupo Locaweb, montou um plano para ajudar alavancar as vendas e ter uma experiência de sucesso.

1.Planejamento
Tenha em mãos os dados dos anos anteriores e saiba o que foi mais requisitado, qual foi a porcentagem de vendas e qual foi a região que mais comprou no seu estabelecimento, esse dado ajuda na organização da logística.

2.Estoque
Não adianta ter um grande estoque de produtos que ninguém quer, por isso, é muito importante armazenar o que é necessário, o que tem maior saída, assim a margem de lucro vai ser mais assertiva.

3.SAC
É necessário ter diferentes canais para atender uma alta demanda no período da Black Friday, além de Chatbot, também ofereça maior tempo de atendimento para seus usuários.

4.De olho no frete
Oferecer serviços de logística eficiente é crucial para que a compra seja concluída. Ter um alto custo de frete ou tempo grande para entrega pode deixar o consumidor desinteressado fazendo-o optar pelo concorrente.

5.Marketplaces
Estar no maior número de marketplaces é essencial para seu e-commerce. Mas certifique-se em qual deles está seu público-alvo, e aposte na plataforma certa.

6.Conteúdo
Cada produto deve ter descrição completa e imagens de diversos ângulos, assim como medidas e modo de funcionamento. A falta de informações pode fazer o consumidor desistir da compra ou até mesmo de comprar no site.

7.Segurança
Não esqueça de ativar o https da página de pagamento para que os dados de seu consumidor permaneçam em segurança. E esse selo também é identificado pelo Google, e assim, vai indexar o endereço nas páginas principais.

8.Transparência
O endereço virtual deve conter o maior número de dados sobre o estabelecimento, como CNPJ, história e contato. Se a loja está presente apenas nas redes sociais, ofereça o maior número de dados possível, juntamente com intermediadores confiáveis de pagamento.

9. Oferecer diferentes tipos de pagamentos
Um dos motivos que também é responsável pelo abandono do carrinho, é não oferecer opções de pagamento para o consumidor, por isso, é importante que seu site esteja integrado à uma plataforma completa de pagamentos.

10. Cupons
Uma das maneiras de fidelizar o consumidor, é oferecer meios para que ele se sinta valorizado e que procure sua loja, seja através de cupons personalizados, descontos enviados por e-mail marketing ou redes sociais.
“Como é possível observar, o sucesso da Black Friday não é marcado apenas com promoções, mas é um conjunto de estratégias e hábitos que precisam estar adaptados na loja virtual. É importante salientar que a pandemia do Covid-19 alterou o comportamento de compra, além do aumento de compras realizadas por dispositivos móveis, o consumidor estará à procura de produtos e serviços que agreguem qualidade de vida para seu dia a dia”, finaliza Willians Marques, diretor-geral e fundador da Tray.

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