Empresas de cobrança investem em tecnologia para ampliar taxa de recuperação de dívidas

Mais de 63 milhões de pessoas passaram o ano endividadas no Brasil, com pagamentos atrasados, utilização de créditos bancários e outras dívidas que negativaram seus CPFs, dificultando a obtenção de crédito. O cenário ainda deve se agravar no começo do ano, época na qual tributos como IPTU e IPVA devem ser pagos. Conforme levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 9% dos brasileiros dizem ter condições de quitar com essas obrigações financeiras.

Para facilitar a negociação e quitação de dívidas, empresas do mercado de cobrança começam a oferecer aos clientes tecnologias já consolidadas no varejo. O objetivo é aumentar os índices de recuperação, reduzindo o prejuízo das empresas e devolvendo aos consumidores o acesso ao crédito e o “nome limpo”. As apostas da PGMais, empresa de soluções tecnológicas para o mercado de cobrança, são a oferta de navegação gratuita (sem consumo do pacote de dados), gateway de pagamento (amplamente utilizado por e-commerces) e vídeo-mensagens, tecnologias utilizadas com sucesso e bons resultados pelo varejo. “Essas novas tecnologias são importantes porque facilitam o acesso aos dados e também oferecem novos canais de relacionamento e formas diferenciadas de pagamento”, explica Paulo Gastão, CEO da PGMais.

Com esse intuito, a PGMais desenvolveu uma plataforma modular de soluções e serviços para o mercado de cobrança. Uma delas é o portal de negociação, que disponibiliza um completo sistema de auto-negociação no mesmo ambiente, tendo como desfecho a possibilidade de o cliente pagar o débito por meio de um sistema de pagamento eletrônico, o PGPay. “A proposta é similar ao que é ofertado por marcas como PayPal e PagSeguro, com a disponibilização parametrizada de meios de pagamento e parcelas. E tudo isso ofertado em um ambiente seguro”, adiciona o CEO.

Outra novidade desenvolvida pela empresa é a navegação gratuita pelos portais de negociação, chats e páginas da web, o que deve facilitar a quitação de boletos e faturas. Como a maior parte das linhas telefônicas móveis são pré-pagas (58,42%, conforme dados da Anatel), Gastão comenta que o acesso gratuito às ofertas de crédito pode impactar positivamente na taxa de conversão de uma marca. “Quem conseguir levar essas informações ao consumidor sai na frente. Um estudo realizado pela Deloitte mostrou que em torno de 80% dos brasileiros estouram seus pacotes de dados. Quando são oferecidas maneiras alternativas para evitar essa situação, as chances do usuário entrar em contato e, consequentemente, realizar uma negociação aumentam”, afirma o executivo.

Área de cobrança também aposta na atratividade dos vídeos

Segundo a Global Mobile Consumer Survey, realizada pela Deloitte em 2018, a visualização semanal de vídeos por smartphones aumentou. Os vídeos compartilhados pelas mídias sociais ainda são os mais acessados, mas o consumo de formatos mais longos registrou crescimento no último ano. De olho nessa tendência, foi criado o Play, serviço que oferece vídeos com dados variáveis e personalizados, que podem ser enviados por multicanais. A proposta é levar as informações de cobrança de maneira leve, rápida e interativa para o usuário.

“É preciso, cada vez mais, entender qual a melhor forma de se relacionar e interagir com o cliente. Oferecer soluções que facilitem a negociação certamente trará impactos positivos nas taxas de recuperação de crédito porque são tecnologias que devem ter boa receptividade junto aos consumidores. E as empresas que conseguirem chegar antes nesses clientes, devem ser as primeiras a recuperar os valores atrasados, melhorando assim seus resultados”, analisa Gastão.

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