O que fazer para preparar o sucessor da empresa

Um dos grandes desafios para a longevidade das empresas familiares brasileiras, a sucessão do comando do negócio ainda é pouco discutida no meio corporativo. Para Tiago Melo, consultor e assessor do mercado financeiro especializado em sucessão empresarial e proteção patrimonial, preparar os herdeiros não é algo simples de fazer, mas se bem avaliado entre os sócios, podem garantir a continuidade do negócio.

“Preparar herdeiros para a sucessão não é algo muito simples. Tem que ser avaliado entre os sócios, qual é a ligação direta com seus herdeiros naturais. Eles são maiores de idade? Se são, já é um caminho. Segundo: será que eles estão dispostos a participaram da forma efetiva como o dono do negócio começou tudo está? Será que eles vão ter a mesma vontade? Porque acontece muito hoje, em muitas famílias, é que os filhos não querem assumir os negócios dos pais. Então nós temos outro problema.”

Tiago explica que, se o herdeiro tem vontade e idade para participar do negócio da família, a grande questão passa a ser se ele tem preparo intelectual, técnico e conhecimento de mercado, porque isso demandará certo tempo para ser construído. “O fundador da empresa familiar tem que pensar esse seu herdeiro – na maioridade ou na casa dos 16 anos para cima – e ir preparando ele aos poucos, para que ele assuma o cargo de presidência de uma companhia, o posto daquela pessoa que fundou o negócio”.

Essa preparação é um processo que não ocorre rapidamente, mas demora anos para que o sucessor tenha expertise e o feeling necessário para a tomada de decisão no mundo dos negócios. Tiago Melo explica que é preciso que o herdeiro da empresa se inteire de todas as área do negócio como o dono faz, ou do contrário, deve-se buscar alternativas.

“Se isso não acontece, o fundador da empresa tem que pensar no seu planejamento sucessório em buscar pessoas fora desse mercado e estar preparando para que essa pessoa trabalhe em prol da família”, comenta o consultor, que fala de uma necessidade no planejamento sucessório: contar com uma apólice de seguro de vida sucessória, para que as partes envolvidas, a empresa e a família, não tenham a situação dificultada.

“A apólice garante que, na ausência do fundador do negócio, por qualquer motivo, os proventos da empresa tenham dois caminhos: a de liberar uma receita para a família do sócio que se ausentou e que a empresa tenha capital suficiente para buscar um talento no mercado a peso de ouro, para que possa trabalhar como o fundador trabalhou”, finaliza.

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