Gartner divulga oportunidades de crescimento para fornecedores de serviços de tecnologia com o avanço da Computação em Nuvem

O Gartner Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, anuncia oportunidades de crescimento para fornecedores de serviços de tecnologia com o avanço da Computação em Nuvem. Analistas do Gartner destacam que a Computação em Nuvem é a base dos negócios digitais e pesquisas indicam que as ofertas de serviços e estrutura Cloud movimentarão mais de US$ 300 bilhões, até 2021. A categoria de serviços de TI está crescendo de 2% a 3% ao ano, enquanto o crescimento da Nuvem deve crescer seis vezes mais, com alta estimada em 18%. Para gerentes de produto, profissionais de marketing e líderes de negócios em empresas que fornecem produtos e serviços de tecnologia, isso significa um crescimento significativo da fatia de carteira nos próximos anos.

Segundo analistas, uma empresa de petróleo e gás que migra seus dados para a Computação em Nuvem oferece um bom exemplo de como os fornecedores de serviços de tecnologia podem capitalizar o crescimento das opções em Cloud. Afinal de contas, estamos falando de um ambiente de TI que normalmente possui muitos sites remotos e que pode precisar de inúmeros recursos de Nuvem, além de um punhado de serviços de aplicativos e uma dúzia ou mais de serviços de infraestrutura, para ser totalmente migrado para os novos padrões. Esse ritmo de inovação é útil para o mercado como um todo, mas leva a um nível de complexidade que dificulta a adoção e o uso das soluções em Nuvem para as organizações que já contam com portfólio e recursos de TI bastante complexos.

“Quem vai ajudar essa companhia de petróleo e gás a escolher as 62 características certas da Nuvem?”, diz Sid Nag, Diretor de Pesquisa do Gartner. “É onde a consultoria e os fornecedores de serviços gerenciados podem entrar para ajudar os clientes a navegar por essas águas”.

Para alcançarem máximo sucesso em suas atividades, o Gartner destaca que os fornecedores de TI precisam estar atentos para três importantes recomendações:

1. A corrida do ouro para a Computação em Nuvem – Pesquisas do Gartner mostram que 36% dos gastos com serviços de implementação de TI são voltados a recursos baseados em Nuvem, e 28% de todos os gastos com software são para a contratação de Software como Serviço (SaaS). “Quando se trata de Computação em Nuvem, os Chief Executive Officers (CEOs) estão falando com a atenção redobrada sobre as demandas de investimento”, diz o analista. Pesquisas indicam que o número de fornecedores de serviços gerenciados em Nuvem triplicará até 2020. Isto representa a “corrida do ouro da Era em Nuvens”, e este período de rápida expansão será seguido por um período de consolidação massivo, entre 2020 e 2023. As principais questões permanecem para os fornecedores: onde estão as oportunidades específicas de crescimento? Como os fornecedores de tecnologia podem identificar as áreas de crescimento de seus negócios e como podem capitalizar o crescimento dos serviços em Cloud como um todo?

2. O desafio para as empresas – A promessa da Computação em Nuvem muitas vezes mascara os desafios ocultos incorporados nos processos de migração e gerenciamento envolvidos na movimentação de grandes quantidades de infraestrutura e aplicações para ambientes remotos. Os Chief Information Officers (CIOs) de empresas globais que são responsáveis pela migração de milhares de aplicações para redes em Cloud têm quase tantas perguntas quanto os aplicativos relacionados ao processo. Eles questionam sobre migração de dados, quais aplicações precisam ser transferidas primeiro e qual seria a estrutura de posicionamento a ser usada para definir os aplicativos a serem migrados e quais devem ser deixadas no ambiente local. Além disso, têm dúvidas sobre as estratégias de “levantar e mudar” e sobre como agir com as ferramentas nativas em Nuvem (Nuvem Pública, Privada ou Híbrida).

3. Fornecer soluções – Nag detalha as principais oportunidades para a oferta de serviços que suportam as organizações em suas jornadas de migração e otimização para as redes em Nuvem. Migração, pré-planejamento e serviços de consultoria são oportunidades de crescimento para os fornecedores. Os canais de fornecimento devem dar uma olhada detalhada nos serviços de corretagem de Nuvem como uma nova oferta para ajudar os clientes a encontrar o melhor caminho para a adoção das soluções deste segmento. Levantamentos do Gartner destacam que 16% dos orçamentos dedicados à Computação em Nuvem já sejam gastos em serviços relacionados a essa tecnologia – precisamente os serviços que uma empresa como a produtora de petróleo e gás precisa para acelerar sua jornada de adoção. O analista do Gartner destaca cinco oportunidades de crescimento em serviços em Nuvem que valem a pena para os fornecedores explorarem desde já: Serviços de migração – como migrar para a Nuvem; Serviços de pré-planejamento; Consultoria geral e consultoria em modelos ótimos de precificação; Serviços de migração de Data Center; e Serviços de corretagem de Nuvem. O especialista aconselha os fornecedores a manterem-se atentos às necessidades dos negócios de seus clientes e à rápida mudança para a Computação em cloud-first e cloud-only. “Pense em cloud-first ao construir sua oferta de produtos e esse será o seu ingresso para o sucesso”, diz Nag.

Próximos passos – Enquanto a crescente onda da Computação em Nuvem eleva muitos dos barcos que competem no mercado, essas áreas também oferecem oportunidades de crescimento para os fornecedores de tecnologia. Essas companhias devem impulsionar o crescimento vinculando suas ofertas aos resultados de negócios digitais desejados pelos clientes e devem fazer parceria com os principais fornecedores de Nuvem para oferecer uma proposta de valor complementar e expandir para mercados adjacentes. “Os fornecedores devem diferenciar seus negócios com mensagens claras e com a propriedade intelectual exclusiva para atender os clientes, de acordo com o tipo de mercado do cliente, setor, vertical, parcerias estratégicas e região”, afirma o analista do Gartner.

Pesquisas adicionais sobre o tema serão apresentadas durante a Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações & Estratégia de Cloud, que acontece nos dias 24 e 25 de abril em São Paulo. No evento, analistas brasileiros e internacionais irão apresentar conexões vitais entre tecnologias, gestão e cultura com um foco especial na liderança de cada função de Infraestrutura e Operações (I&O).

Interessados em participar da conferência podem contatar o Gartner pelo e-mail brasil.inscricoes@gartner.com, pelos telefones (11) 5632-3109 e 0800 774 1440, ou pelo site www.gartner.com/pt-br/conferences/la/infrastructure-operations-cloud-brazil.

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As empresas se aproximam da nuvem

Por Kong Yang, Head Geek da SolarWinds

À medida que as ofertas dos provedores de serviços de nuvem continuam a amadurecer, fica cada vez mais fácil obter os benefícios de cargas de trabalho baseadas na nuvem e, quando devidamente aproveitados, esses benefícios podem influenciar bastante o resultado financeiro da empresa. Esse fato não passou despercebido, e os executivos estão cada vez mais estimulando organizações de todos os formatos e portes a investir seus orçamentos de TI de modo a dobrar a aposta em serviços de nuvem. De fato, de acordo com um estudo recente, a Gartner espera que o mercado mundial de nuvem pública apresente um aumento de 18% em 2017. No Brasil, especificamente, a recessão econômica representa um importante determinante, à medida que as organizações buscam reduzir os custos – a nuvem é vista como uma maneira de ajudar a economizar dinheiro, tempo e outros recursos.

No entanto, no Relatório de tendências de TI da SolarWinds para 2017, 30% dos profissionais de TI brasileiros relatam ter migrado aplicativos e infraestrutura de volta para o local nos últimos 12 meses. Esse fato expõe uma drástica dicotomia entre os executivos que desejam avançar e inovar na nuvem e os profissionais de TI que possuem um conhecimento mais básico e prático sobre os aplicativos e cargas de trabalho da empresa e o que é realisticamente viável com respeito à computação em nuvem.

Da perspectiva da liderança de negócios, a adoção da nuvem representa uma oportunidade de economizar (tanto em termos de capital quanto de despesas operacionais), proporcionar uma experiência de mais alta qualidade ao cliente, estimular receitas e vantagens competitivas adicionais por meio de aplicativos móveis ou baseados na nuvem e impulsionar a carreira dos líderes seniores responsáveis pela transformação digital da organização. Para muitos líderes de negócios, a nuvem é simplesmente tentadora demais para ser ignorada – e cabe a vocês, profissionais de TI, a tarefa de eliminar a lacuna entre fantasia e realidade.

A preocupante realidade da nuvem: desafios da migração

Embora os benefícios da transição da sua organização para a nuvem sejam inquestionáveis, a realidade da migração e dos ajustes necessários ao gerenciamento é preocupante. Enquanto a equipe de liderança da sua empresa continua a insistir no investimento na computação em nuvem, você deve estar preparado para lidar com vários desafios de migração.

Para começar, embora possa-se pensar na computação em nuvem como a execução de cargas de trabalho na “infraestrutura de terceiros”, o data center do provedor de serviços de nuvem ainda está sujeito ao mesmo desgaste físico que o da sua própria organização. Isso significa que você ainda precisa estar preparado para atenuar esses riscos e a exposição potencial de seus aplicativos, além de manter um nível de supervisão dessas cargas de trabalho. Além do mais, a computação em nuvem tende a ofuscar a arquitetura subjacente ainda mais do que fez a localização conjunta décadas atrás. Isso significa mais trabalho para o profissional de TI para entender os pontos de falha da infraestrutura e como podem ser atenuados.

Também é fácil negligenciar considerações aparentemente irrelevantes ao migrar para a nuvem com pressa, mas, em muitos casos, esses obstáculos podem impedir que a sua organização atinja o sucesso antecipado na nuvem. A dívida técnica, por exemplo, é algo que precisa ser levado em conta. Todas as empresas contam com tecnologias e aplicativos que geram continuamente receitas para o negócio – mantendo as luzes acesas, por assim dizer – e que não podem simplesmente ser desligados e religados. Deve haver um processo e um protocolo que estipulem a estratégia de seu data center.

O déficit de habilidades comumente associado a transições rápidas para a nuvem também não deve ser subestimado. Aqueles que ainda estão dando os primeiros passos rumo a um ambiente hospedado provavelmente possuem conjuntos de habilidades bastante isolados. Por exemplo, talvez sua equipe esteja familiarizada com Hyper-V® e vSphere®, mas não com Amazon Web Services™, Microsoft® Azure® ou com as complexidades dos SLAs. Essa é uma preocupação legítima: sem a devida pesquisa e entendimento dos serviços, recursos e tarifas associadas de cada provedor de nuvem, sua organização poderia enfrentar uma drástica redução na qualidade dos serviços para os usuários finais em comparação com a configuração atual, no próprio local. Ao mesmo tempo, os profissionais de TI na era da nuvem também devem desenvolver habilidades pessoais, como gestão de produtos e projetos, bem como a habilidade de enunciar o valor dos serviços de nuvem.

Por fim, apesar de a eficiência de custos ser um dos principais incentivos para a migração para a nuvem, esta nem sempre representa a opção mais econômica. Cada organização busca soluções únicas para seus problemas, mas os provedores líderes de serviços de nuvem se concentram mais em prestar serviços convencionais, em vez de se dedicar a ofertas altamente personalizadas que costumam ser desenvolvidas internamente. A Netflix®, por exemplo, cria seu próprio conjunto de ferramentas para complementar os serviços de commodity que recebe da AWS®. A consequência do uso de serviços de hospedagem personalizada que oferecem uma “solução mágica” é o custo.

Eliminando a lacuna: práticas recomendadas para implantações em nuvem

Mais do que nunca, os benefícios e possibilidades proporcionados pela computação em nuvem estão estimulando mais chefs executivos a optarem pela cozinha do data center. Mas, no final das contas, os executivos estão menos preocupados com a origem dos serviços e mais focados em como esses serviços podem melhorar a experiência do cliente.

Nesse âmbito, sua principal tarefa enquanto profissional de TI é ajudar a estabelecer uma estratégia de migração realista que faça o negócio avançar com sucesso e normalize a experiência dos usuários finais. Você pode se preparar para esse admirável mundo novo com estas noções básicas das práticas recomendadas:

• Aptidão: No panorama atual de TI, será essencial se manter informado quanto a novas tecnologias e serviços de nuvem a fim de evitar o risco de perder o controle da trajetória de sua carreira. Você deve dar continuidade à tendência de cultivar amplos conjuntos de habilidades e evitar colocar todos os ovos na cesta de um único fornecedor – esteja preparado para compreender as diferenças entre as ofertas, serviços e benefícios para aproveitar ao máximo os serviços de nuvem. Da mesma forma, também é importante aprender e entender abstrações tecnológicas, como contêineres e microsserviços. Sem desenvolver continuamente sua aptidão técnica, você estará muito mais apto a ficar para trás.

• Linhas de base: Costumamos dizer que “não dá para saber o quanto não sabemos”. Mais especificamente, se você não sabe o que é “normal”, não pode determinar quando algo sai do controle. Para definir com maior precisão as necessidades de aplicativos e infraestrutura na nuvem, será preciso utilizar soluções abrangentes de monitoramento e gerenciamento que possam estabelecer linhas de base das necessidades de desempenho e de utilização de recursos. Ao mesmo tempo, essas linhas de base podem ajudar a criar uma referência da eficácia atual de seu data center, que pode então ser usada para quantificar os benefícios de um projeto que tenha sido migrado para a nuvem. Por exemplo, seu aplicativo testemunhou algum ganho em termos de disponibilidade, escalabilidade ou aproveitamento de serviços predefinidos de provedores de serviços de nuvem? Houve alguma economia do tempo do desenvolvedor ou das operações de TI?

Sua habilidade de comunicar a mudança após uma passagem para a nuvem e/ou quaisquer desvios necessários em relação ao plano de migração dependerá de um entendimento fundamental do seu data center atual.

Colaboração: A colaboração assume muitas formas, mas neste caso, por haver tanta variedade, volume e velocidade dos constructos tecnológicos e conjuntos de habilidades necessários na nuvem – desde a estratégia de negócio até a gestão de projetos e as vendas – você precisa depender de comunidades e conexões profissionais e encontrar uma maneira de reunir todas essas informações em uma matriz de comando centralizada. Utilizar serviços de nuvem também garante que seus projetos sejam distribuídos em uma variedade de geolocalizações e regiões. E contar com um repositório central de informações sobre a necessidade de desempenho de cada aplicativo ou carga de trabalho permite aumentar a eficácia de seu departamento de TI quanto ao uso do orçamento e ao desenvolvimento das habilidades relevantes.

Conclusão

Sem dúvida, a nuvem proporciona às organizações uma ampla variedade de benefícios cada vez mais difíceis de serem ignorados pelos executivos – mesmo que quisessem, embora os dados sugiram que não é essa a intenção deles. E embora pareça ser um processo de migração simples, da perspectiva da TI, a passagem da empresa para a nuvem exige mais planejamento e estratégia do que pode parecer. Como resultado, os profissionais de TI desempenham um papel muito mais crucial na comunicação do que pode ser realisticamente realizado com a migração para a nuvem, tanto em termos dos benefícios realizados quanto da perspectiva de gestão de TI e entrega de serviços.

Utilizando as práticas recomendadas acima, você pode se tornar a ponte de normalização entre a gestão do negócio e a TI e ajudar a sua empresa a embarcar em uma jornada de transformação digital sem sacrificar a experiência dos clientes.

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ICI firma parceria com RW3

Da esq.: o assessor Amilto Francisquevis, Samantha Pécoits e Marcelo Prado

O ICI assinou termo de cooperação técnica com a empresa RW3 Tecnologia, parceira Google no Brasil que comercializa soluções para área corporativa pública e privada. O objetivo é o desenvolvimento de uma solução conjunta, que atenda necessidades da administração pública nacional.

O diretor administrativo e financeiro do ICI, Marcelo José de Araújo Prado, acredita que essa cooperação deve gerar bons resultados. Esta também é a expectativa de Samantha Pécoits, diretora de marketing da RW3: “Esperamos que a relação seja phentermine online frutífera para ambos. Acreditamos no ICI como um instituto inovador e sabemos do conhecimento que tem sobre as demandas da gestão pública. Será um ótimo facilitador para divulgação das ferramentas Google for Work, nas quais acreditamos muito.”

As ferramentas citadas pela diretora são a solução Gmail para área corporativa, e cloud, que corresponde ao armazenamento de informações na nuvem. As soluções foram apresentadas pelo diretor técnico da RW3, Diogo Tedesco, para colaboradores das áreas de Mercado e Infraestrutura do ICI.

A previsão é de que novo encontro seja realizado para que o ICI apresente suas soluções e, na sequência, tenha início um plano de trabalho para o desenvolvimento de um projeto conjunto do Instituto e da RW3.

Fonte:

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2016: o ano da nuvem (de novo) – Por Kong Yang

Na minha opinião, a adoção quase completa da virtualização, assim como a investigação da nuvem e de outras estratégias de computação não tradicionais, está muito mais avançada do que o esperado para este momento – especialmente entre as empresas de pequeno e médio portes. Fazer com que os aplicativos sejam verdadeiramente móveis é redefinir como as empresas pensam sua infraestrutura de TI.

De fato, infraestruturas que nunca tinham sido consideradas flexíveis o suficiente para deixarem os data centers agora estão sendo hospedadas fora do local. As pessoas não apenas deixaram de temer essa mudança, mas estão empolgadas com ela. Implementações bem-sucedidas do Office 365 levam mais empresas a considerar a mudança para fora do local. A tendência à portabilidade e à capacidade de configuração baseada em software da infraestrutura está efetivamente começando a decolar.

Com esse estágio definido, apresentamos algumas das principais previsões da SolarWinds para 2016.

Maior atratividade da nuvem

Como dissemos, a nuvem não é mais a grande novidade e já superou o seu auge de sensacionalismo. Em 2015, ela se tornou apenas mais uma ferramenta disponível. Mais importante, a gerência passou a confiar nela em termos de disponibilidade e segurança, e os gerentes de orçamento descobriram as “vantagens da escalabilidade elástica”, ou seja, a flexibilidade de aumentar ou diminuir, conforme necessário.

Com a primeira etapa da nuvem já conquistada (migração de aplicativos existentes em execução em hipervisores locais), a TI está adotando e tentando habilitar serviços sempre presentes sob demanda, a real oportunidade da nuvem. Hoje, gastamos bilhões em licenciamento de pacotes de aplicativos e, embora possamos escalonar facilmente as instâncias de acordo com a demanda, esse não é necessariamente o caso dos aplicativos em execução em tais instâncias.

Em 2016, veremos cada vez mais empresas tentando contornar o modelo de aplicativos simplesmente em execução na nuvem. Elas já estão migrando para serviços totalmente gerenciados, como Amazon RDS e Azure SQL, e deixando as caixas privadas do Oracle, SQL Server e MySQL para trás. O ano que vem trará mais experimentação com sistemas de bancos de dados nativos na nuvem, filas, agentes de comunicação, cache distribuído e outras tecnologias básicas de nuvem. A possibilidade de pagar de acordo com o uso é atrativa demais para ser desperdiçada.

Violação da confiança na nuvem

Apesar de todas as suas vantagens, a nuvem não é uma fortaleza impenetrável (afinal, nada é!). Portanto, é quase uma conclusão inevitável que, no transcorrer de 2016, um grande provedor de serviços de nuvem cairá vítima de uma importante violação, o que terá um enorme impacto em todas as empresas que dependem dele.

As consequências de tal violação serão amplificadas devido ao fato de que muitas empresas estavam tão desejosas de migrar para serviços de nuvem que a maioria não investiu tempo nem recursos suficientes em protocolo de segurança e criptografia dos dados. Assim, com os fornecedores de nuvem conectando tantos dados, é só uma questão de tempo até que isso aconteça – e que fiquemos sabendo.

Uma palavra sobre contêineres

Contêineres de empresas como Google, Docker, CoreOS e Joyent se tornaram um importante tópico da discussão sobre a nuvem. Organizações em todos os principais setores, desde finanças até comércio eletrônico, desejam compreender melhor o que são os contêineres e qual é a melhor forma de utilizá-los nas operações de TI. Esse aumento de conscientização e o sucesso de empresas inovadoras na escala da Web, como Google, Amazon e Netflix, levaram a avaliações mais profundas em organizações de TI para tentar extrair algum valor diferenciado da integração de contêineres.

Em poucas palavras, um contêiner consiste em todo um ambiente de tempo de execução (um aplicativo, suas dependências, bibliotecas e outros binários e os arquivos de configuração necessários à sua execução) em um único pacote. Essa mudança para a conteinerização causa pressão sobre a capacidade de entender quais ferramentas estão disponíveis (por exemplo, Kubernetes, Chef e Puppet) e qual é a melhor maneira de implementá-las.

Contêineres – essencialmente todo um ambiente de tempo de execução em um único pacote – tornaram-se uma importante área de discussão no espaço da computação em nuvem. No entanto, a maioria das empresas ainda está às cegas no que diz respeito a quais ferramentas estão disponíveis e como podem ser implementadas.

No transcorrer de 2016, a conteinerização continuará a dar trabalho na fase da ensino, em que as organizações tentarão compreender a melhor forma de utilizá-la para cada aplicativo e serviço. Embora algumas possam ficar relutantes quanto à adoção de contêineres devido à familiaridade com a virtualização, os contêineres são muito mais leves e usam muito menos recursos do que as máquinas virtuais. Há quem considere os contêineres a chave para o universo do OpenStack.

Em resumo

No ano de 2016, o mundo estará nas nuvens. Isso será tanto bom quanto ruim, à medida que as organizações buscam obter ainda mais benefícios da nuvem pela experimentação com uma infraestrutura de nuvem nativa, mas também é praticamente inevitável que, à medida que isso acontece, testemunhemos a primeira violação de dados de um importante provedor de nuvem. Os contêineres também desempenharão um papel muito maior em 2016, embora ainda seja cedo para sua adoção generalizada.

Por Kong Yang, gerente técnico da SolarWinds

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Dedalus Prime inaugura escritório em Curitiba

A Dedalus Prime, o primeiro Cloud Services Broker brasileiro, acaba de inaugurar sua unidade de negócios em Curitiba com a finalidade de potencializar a oferta de soluções de computação em nuvem. A empresa possui mais de 25 anos de atuação no mercado de TI e destacando-se no mercado nacional com a oferta de portfólio flexível de soluções em cloud computing que incluem projetos de migração em Google Apps, Amazon Web Services, Office 365, além de amplo conjunto de soluções e serviços adicionais.

A inauguração do novo escritório acompanha a estratégia de crescimento da companhia em mercados desenvolvidos. A unidade curitibana fica a cargo de Antônio Viana, gerente comercial.

Mauricio Fernandes, presidente da Dedalus comenta que a expansão da empresa segue o planejado e com boa aceitação dos mercados locais. “Temos atuação forte nos mercados onde a jornada para a computação em nuvem é acentuada. Com a nossa presença local o relacionamento com estes mercados se fortalece e nos posiciona como uma Cloud Services Broker atenta às demandas locais. Não podemos deixar de destacar a importância do mercado paranaense no cenário nacional”.

Além de serviços de gestão (Managed Services), a Dedalus também leva para o Paraná outras tecnologias complementares em Cloud, tais como o CloudLock, RunMyProcess, AODocs, DAT, Backupify, Trend Micro, New Relic, Nazar, entre outras.

A Dedalus tem registrado crescimento anual de 50% em média, o que a posiciona entre as PMEs que mais crescem no Brasil atendendo a mais de 700 clientes que migraram para nuvem com o apoio de seus serviços de migração, suporte e evolução do ambiente. Entre seus clientes paranaense estão: Renault, Sascar, Uatt?, Zenite, Todo Livro, Wolk, Wert, Arvus e Gerdau.

Mais informações: http://www.dedalus.com.br

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Brasil supera média mundial de empresas em nuvem

De softwares a sistema de gestão, as empresas estão cada vez mais migrando para o sistema de computação em nuvem. De acordo como a primeira edição do Global Technology Adoption Index (Índice Global de Adoção de Tecnologia, em português), realizado pela Dell, 90% das médias empresas brasileiras entrevistadas afirmam ter algum tipo de aplicação em nuvem. Somente 1% das empresas não consideram adotar algum projeto na área. A média mundial é 79%.

A questão mais preocupante quando falamos de sistema em nuvem é a segurança das informações. No entanto, isso não parece preocupar 78% dos entrevistados no Brasil, contra uma média de 60% no mundo.
Para o empresário Sidney Zynger, sócio da empresa criadora do Bling, software de gestão de empresa em nuvem, este crescimento é notório em vários sentidos. “Neste ano, tivemos um crescimento de 30% em relação às empresas que adotaram o sistema Bling. Sem contar que em 2014 conseguimos fechar parcerias com três empresas de marketplace, que estão entre as maiores do Brasil”, afirma Sydney. “Cada vez mais vemos as pessoas procurando sistemas em nuvem, o que permite que haja estas parcerias”, conclui.

Não é a toa que as empresas estão migrando para esta nova tecnologia. Além da praticidade de poder acessar os serviços de onde quiser, transformam custos fixos e despesas de capital em custos variáveis e despesas operacionais. “As empresas que oferecem esses serviços garantem maior flexibilidade, com melhores opções de infraestrutura e disposição de informações em todos os lugares e a qualquer hora”, afirma Vicente Troiano, diretor de Marketing e Vendas da Recall do Brasil, empresa de armazenamento de documentos em nuvem.

Mas não é só a iniciativa privada que se utiliza da nuvem. Para o diretor da Consultoria em Administração Municipal (Conam), Fabian Rodrigues Caetano, as prefeituras também têm vantagens ao adotar essa tecnologia. “Ela é positiva porque não há necessidade de se investir em infraestrutura própria, não requer espaço físico e nem equipe especializada para isso”, diz o diretor. “No entanto, é recomendável para quem possui comunicação boa e garantida com a internet, já que tudo estaria na nuvem”, completa Caetano.

Abaixo, seguem algumas vantagens para adotar o sistema em nuvem, de acordo com os três profissionais:

– Não é preciso investir em infraestrutura própria ou equipe especializada;
– Não requer espaço físico;
– Backup garantido;
– Disponibilidade garantida;
– Manutenção é mais fácil e barata.

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IDC: 2014 será um ano de crescimento, inovação e transformação no uso de tecnologias

De acordo com a IDC, empresa líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências para os mercados de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. o investimento em TI na região será de US$ 139 bilhões, com um crescimento de 8,4% em comparação com o fechamento de 2013. Já os gastos com serviços de telecomunicações alcançarão US$ 219 bilhões, um crescimento de 8%. Os tablets, smartphones, serviços de TI, armazenamento e software embutido serão as categorias de crescimento mais rápido de TI, com 34%, 18%, 11%, 11% e 10% respectivamente. As previsões para 2014 foram apresentadas pela IDC América Latina. As previsões específicas para o Brasil serão apresentadas na primeira semana de fevereiro, pela IDC Brasil.

“A inovação e o valor são dois fatores chave para gerar competitividade sustentável na América Latina durante 2014; onde as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) desempenharão um papel cada vez mais importante. A migração para a terceira plataforma (uma mudança arquitetônica baseada em quatro pilares: Cloud, Big Data, Mobilidade e tecnologias sociais) será o centro da transição entre o valor e a inovação, impulsionada pela transformação dos processos nas organizações, onde a mobilidade será a prioridade desta nova geração de consumidores”, disse Ricardo Villate, Vice-presidente do Grupo na IDC LA.

Com base nas percepções dos principais analistas da IDC América Latina, 2014 será um ano de crescimento mais moderado em comparação com os anteriores, em que as empresas e as indústrias começarão a transformação completa das soluções de outras plataformas que tiveram início em 2013. Além dos dois motores da região (Brasil e México), os fornecedores estarão realizando apostas de longo prazo nos países que vêm mostrando uma clara preferência pelas políticas de livre comércio que incentivam o aumento dos investimentos em TI, tais como Colômbia, Chile e Peru.

Principais previsões para América Latina para 2014:

1. Mudando o poder de compra: Os executivos seniores (C-Suite) continuarão ganhando importância nas decisões de TI
A terceira plataforma tecnológica mostrou que a nova dinâmica do mercado está sendo de ruptura, uma vez que foram minimizadas as conversações técnicas e os processos de negócios estão se tornando o centro das atenções. É importante destacar que, longe de diminuir a relevância da tecnologia, este cenário a transforma até o ponto em que ela mesma já não seja uma ferramenta de negócios, senão, no próprio negócio.

A relevância dinâmica da terceira plataforma é tal que implica em uma transformação integral das linhas de negócios, gerando uma nova forma de pensar sobre como relacionar este novo processo de pensamento de TI. Áreas como marketing, vendas e recursos humanos aumentarão seu envolvimento na aquisição de tecnologia em até 60% em 2014, e cerca de 20% de todo o investimento em hardware, software e serviços das empresas serão ancorados pelos orçamentos das linhas de negócios, resultando em quase US$ 10 bilhões de investimentos.

2. A terceira Plataforma Tecnológica aumentará a pressão sobre a capacidade da rede
Em 2013, a IDC previu o aumento das tecnologias da terceira plataforma e seus quatro pilares: mobilidade, cloud, Big Data e Social; no entanto, a rede não esteve à margem das pressões adicionais de conectividade colocadas pelas novas tecnologias de ponta.
As novas tecnologias que consideram cada vez mais a integração de conceitos tais como globalização, produtividade, colaboração, inovação e orientação para os negócios, conduziram as tendências que demandam melhorias na rede para gerenciar o crescimento de voz e vídeo sobre IP, bem como a proliferação de dispositivos wireless conectados à rede, virtualização e crescimento de cloud computing.
De acordo com uma pesquisa recente da IDC, realizada com líderes de tecnologia na região, mais de 53% das empresas disseram que requerem uma rede mais robusta na América Latina e 61% deles afirmaram que a disponibilidade de banda larga é uma das principais preocupações.
A estratégia da tecnologia será um híbrido e implicará uma série de estratégias combinadas, onde a tecnologia fixa (fibra – FTTx) e a tecnologia móvel (3G – 4G) irão complementar-se. De um ponto de vista técnico, o Wi-Fi aparecerá como uma solução chave para a saturação da rede e do espectro, o que se mostrará como uma opção atrativa, com custos baixos de instalação e de taxas regulamentares.
Em 2014, os mercados da América Latina começarão a ver os planos de multimídias integradas com a Mbps como a unidade de consumo dos preços, bem como mais e mais modelos de serviços transacionais. A IDC visualiza que mais de 70% das empresas da América Latina levará em conta a melhoria da segurança em WAN como seu principal objetivo dentro de seus planos de otimização da rede.

3. O gerenciamento das cargas de trabalho definirá a infraestrutura, facilitando o caminho da Infraestrutura Convergente (IC) e o Software Define Everything – SDx (Tudo definido por software).
A adoção dos sistemas integrados foi pouco acelerada; no entanto, o mercado continua a evoluir, a complexidade do sistema cresce, e as implantações de data centers se expandem. Da mesma forma, as empresas da América Latina começaram a acelerar a opção deste tipo de arquiteturas em 2013. O crescimento dos investimentos em infraestrutura convergente aumentou mais de 60% durante o primeiro semestre de 2013. A crescente adoção da Infraestrutura Convergente foi especialmente rápida nos mercados verticais como finanças, telecomunicações, varejo e manufatura.

A IDC estima um crescimento de dois dígitos da IC para 2014, derivada de uma proposta de valor direcionada pela indústria, bem como a maior capacidade de integração através da camada de middleware. Em muitos casos, as arquiteturas da IC estão posicionadas como um passo seguinte no caminho para a virtualização, em um contexto de fornecimento dinâmico, em que a carga de trabalho e, portanto, o software, é o que irá definir a demanda de infraestrutura.
Em 2014, a expressão “fornecimento dinâmico” será comum e estará fortemente relacionada com qualquer iniciativa de entrega como serviço (as a Service) de uma carga de trabalho; ultimamente, o caminho é do fornecimento dinâmico que também levará ao que se denomina tudo definido por Software (SDx).

O SDx permite que as infraestruturas de computação sejam visualizadas e entregues como um serviço onde a computação, redes, armazenamento ou inclusive o serviço completo de data center são automatizados por software programável, o que resulta em soluções mais dinâmicas e rentáveis. O SDx é apresentado como um conceito de gestão de rede mais simples, ressaltando atributos como a otimização da capacidade da rede, integração além do core da rede, melhores padrões de interoperabilidade, soma de novas camadas de inteligência da rede, e, portanto, novas métricas de desempenho desta.

O SDx facilitará a otimização da capacidade da rede, integração além do core da rede, melhores padrões de interoperabilidade, soma de novas camadas de inteligência da rede, e, portanto, novas métricas de desempenho desta.
A captação dos sistemas de infraestruturas convergentes é resultado da demanda de pressão para a otimização da gestão da carga de trabalho, independentemente de que se trate de riscos de processamento de dados na indústria financeira, gestão de dados de clientes nos setores de telecomunicações ou das indústrias de varejo, ou da análise de negócios em organizações de manufatura ou de serviços.

4. Big Data/Analytics evoluirá da doutrina à realidade
Em 2013, a América Latina entrou em uma fase de educação, em que se refere às tecnologias de Big Data, onde os players do mercado dedicaram grandes esforços para criar uma consciência em torno dos benefícios da implantação de uma inteligência superior ao longo das redes e sistemas. Tais ações de mercado deram seus frutos até o ponto em que os investimentos relacionados com o Big Data (em hardware, software e serviços) foram elevados para US$ 450 milhões na América Latina, somente em 2013. Este nível de investimento pode ser comparado às tecnologias relacionadas com a nuvem durante 2011.
Em 2014, o Big Data se tornará um mercado com massa crítica na América Latina, uma vez que as forças subjacentes que promovem a adoção do Big Data são mais fortes na América Latina que nas regiões desenvolvidas no mundo. Além disso, os dados não estruturados como aqueles gerados nas redes sociais encontram um terreno fértil em uma região como a América Latina, que tem a maior penetração do Facebook em comparação com outras regiões do mundo. As pesquisas da IDC com usuários finais mostram que a maior parte das organizações já captura dados de áudio e vídeo na América Latina, em comparação com os Estados Unidos, e, para 2014, mais de 20% das empresas de médio e grande porte da região estarão analisando o bate-papo social, vídeo e dados de geração por sensor.
Em 2014, as organizações empresariais latino-americanas irão acelerar sua curva de aprendizado para derivar, em última instância, as estratégias de marketing baseadas em métricas e análises sociais. A IDC espera que mais de 60% das empresas na região começarão a utilizar em 2014 as redes sociais públicas para a comercialização / atendimento a clientes / vendas.
A IDC prevê o crescimento sustentável do Big Data na América Latina, onde a soma de hardware, software e serviços em torno do Big Data atingirá US$ 819 milhões durante 2014.

5. A modernização dos aplicativos continuará liderando o caminho para a adoção da nuvem pública.
Em 2013, mais de 60% das principais empresas na América Latina estavam construindo, transformando e ampliando sua rede e infraestrutura para dar suporte às soluções da terceira plataforma e estavam implementando o uso da nuvem pública. A partir do primeiro semestre de 2013, mais de 34% das empresas na região estavam divulgando e/ou tinham planos concretos para mover algumas cargas de trabalho para a nuvem até 2014, tendo um impacto sobre a infraestrutura do data center, uma vez que implica em requisitos adicionais de capacidade. Isto foi validado pelos líderes tecnológicos latino-americanos entrevistados pela IDC, os quais expressaram que, nos próximos cinco anos, a demanda dos data centers aumentará em mais de 80%, o que acrescenta uma pressão extra sobre as redes para oferecer uma capacidade segura, disponível e superior.
Em 2014, os data centers na região continuarão centralizando suas capacidades na prestação de serviços de nuvem pública para as organizações latino-americanas. Os players mais importantes da região no setor de telecomunicações manterão fortes investimentos em infraestrutura moderna, bem como na preparação de recursos humanos, especialmente em relação às certificações de segurança e gestão.
A IDC considera que o crescimento do mercado de serviços de nuvem pública na região será um dos mais elevados em todos os setores de tecnologia, crescendo cerca de 67% até 2014, atingindo mais de US$ 1 bilhão. As empresas mais beneficiadas pela utilização destas soluções serão aquelas que já se inseriram no caminho da nuvem através das opções privadas e estarão prontas para assumir novas mudanças em ambientes de nuvem pública.

6. Do BYOD ao “Mobile First”: as ferramentas de gerenciamento móvel irão empurrar a estratégia de negócios para o próximo nível.
No final de 2012, as empresas na América Latina deram um passo para trás no Bring your Own Device (traga seu próprio dispositivo – BYOD) devido ao crescimento dos dispositivos móveis levados pelos funcionários, então a taxa de empresas que permitiu o uso de dispositivos móveis pessoais na organização foi de 33%; contudo, para o fechamento de 2013 houve uma recuperação, chegando a 43% de crescimento.
Atualmente, as organizações alcançaram melhor compreensão da importância de desenvolver uma estratégia de mobilidade integrada que inclua não apenas os dispositivos, mas todo o ecossistema móvel. Isto se reflete no fato de que a metade das empresas que permitem o uso dos dispositivos pessoais com responsabilidade está incorporada dentro de uma plataforma de movile device management (MDM).
O grande crescimento da base instalada de dispositivos trouxe um forte impacto em correlação com o tráfego de consumidores. De acordo com uma pesquisa recente da IDC, os tomadores de decisão em TI esperam que o tráfego derivado da utilização de tablets cresça 55% em 2014, enquanto o tráfego de smartphones e laptops aumente 34% e 26%, respectivamente.
Esta tendência de mercado está mostrando uma crescente maturidade em termos de usos de dispositivos móveis e ferramentas que conduzirão os conceitos BYOD/consumo da América Latina para se tornarem “Mobile First”. Este conceito requer uma abordagem diferente para a estratégia móvel, para que a gestão móvel se torne a base fundamental para garantir a gestão dos diferentes componentes: dispositivo, conectividade, aplicativos, segurança, acesso, identidade, conteúdo, controle de informação, análise e apresentação de relatórios.

7. A próxima onda de Mobilidade Empresarial: Do E-mail para os aplicativos corporativos
A adoção de aplicativos móveis na América Latina é bastante convencional, sendo o e-mail a principal (e na maioria dos casos a única) ferramenta que está sendo mobilizada em mais de 90% das empresas da região. A mobilização dos aplicativos relacionados ao negócio, tais como o ERP, gestão de relações com clientes (CRM), automação de força de vendas, automação de trabalhos de campo, ainda representa não mais que 20% da adoção em 2013.
No entanto, há inúmeros fatores que permitem prever um padrão diferente para 2014. Em primeiro lugar, os gigantes da indústria de TI estão focando fortemente oferta de mobilidade. Em segundo lugar, a força de trabalho móvel está experimentando um grande crescimento ano após ano no mundo, e a América Latina não é a exceção. No final de 2014, mais de 40% dos funcionários na região será móvel, o que significa que trabalharão longe de suas mesas e o uso de dispositivos móveis será essencial para as rotinas diárias. Além disso, a crescente base de dispositivos com responsabilidade pessoal aponta para um crescente poder de computação nas mãos dos funcionários, que ao mesmo tempo ajudarão as empresas a serem mais produtivas e competitivas, tendo em vista a crescente pressão dos clientes, sócios e funcionários para a inovação.
A IDC espera que mais de 30% das organizações empresariais latino-americanas mobilizem aplicativos relacionados com a empresa, como a automação de serviços de campo, automação do fluxo de trabalho, CRM e ERP durante 2014.

8. A Internet das coisas (Internet of Things – IoT) irá acelerar através do B2B
Muito se falou em 2013 sobre a Internet das coisas (IoT), ampliando a capacidade dos dispositivos conectados praticamente até o infinito. A IoT engloba as soluções tecnológicas que permitem uma comunicação contínua e autônoma entre as máquinas. Neste contexto, é fácil prever que o maior volume de negócios relacionados com a IoT será de empresa ao consumidor (Business to Consumer – B2C) com conceitos como “lar conectado”, “carro conectado”, “carteira móvel”, “roupa inteligente”, entre outros; onde milhões de conexões inteligentes entre os dispositivos irão impulsionar a dinâmica do mercado. No entanto, segundo a IDC, “na América Latina estamos em etapas muito incipientes, de fato que é no campo das empresas (Business to Business – B2B) onde vemos mais oportunidades de negócios criados através da Iot. Em 2014, veremos as organizações evoluindo neste conceito de conectividade através de quatro modelos diferentes de conexão: dados através de redes, pessoas através de dispositivos, processos através de aplicativos e coisas através de máquinas”.
Para 2014, somente na América Latina, a IDC espera que 17,5 milhões de dispositivos novos estejam conectados entre si de forma autônoma. Em termos de receitas, a IDC projeta que no mercado da América Latina, a IoT se tornará um negócio de cerca de US$ 4 bilhões em 2014 (englobando não somente a conectividade, mas também hardware, software, plataformas, integrações e ferramentas de análise), com um crescimento anual de 30% até 2017.

9. As razões para a adoção de dispositivo se distanciarão dos dispositivos, centralizando-se no uso e criação de conteúdo.
O comportamento bipolar do mercado de dispositivos de consumo no último ano não é nenhum segredo. Enquanto o mercado tradicional de PC desktop / portátil tem estado em crise a nível global, na América Latina não foi diferente, já que teve uma redução de 7%, o que representou 34 milhões de unidades vendidas em 2013. Por outro lado, as tecnologias de alta mobilidade (tablets e smatphones) continuaram vendo um forte crescimento de 80%, representando 111 milhões de dispositivos. Cifras que não devem mudar muito em 2014. Quanto à categoria de PCs, está previsto que em 2014 continuem diminuindo (8%); ao contrário dos smartphones/tablets que crescerão 28%, para 142 milhões de unidades.
Este movimento do PC para outros tipos de dispositivos continuará mudando o paradigma do que o ecossistema considera dispositivos essenciais de computação, onde a criação e uso do conteúdo não necessariamente se centralizarão no dispositivo; mas que isso se incluirá além do sistema operacional do dispositivo e tomará forma no contexto do aplicativo e do conteúdo.
2014 será um ano de maior expansão dos diferentes provedores de conteúdo na América Latina, o que os impulsionará a modificar seus modelos de negócios para determinar o conteúdo ideal para fornecer preço e custo, bem como para forjar alianças, como os tradicionais modelos de hardware nestes diversos e rentáveis ecossistemas novos.

10. Os projetos relacionados à educação e à geração “Y” irão impulsionar o crescimento dos dispositivos computacionais na América Latina
Durante a última década, a sociedade da informação na América Latina se beneficiou de inúmeras iniciativas, tanto do setor público como privado, destinadas a ampliar a base instalada de PC e contribuir para fechar a brecha digital. Neste sentido, houve maior diversificação destes meganegócios, onde os PCs de negócios deram lugar aos tablets, notebooks e netbooks nos projetos governamentais e educacionais em geral.
A diversificação destes dispositivos, não só está atraindo os usuários finais na região por causa dos aplicativos versáteis, mas também para os investidores (governos) devido a um custo mais baixo para implantar megaprojetos. Isto nos leva a pensar que se os pontos de preço da tabela continuarem diminuindo em comparação com os preços médios atuais dos netbooks, sua absorção irá acelerar significativamente. A IDC espera que em 2014 tenhamos 1,3 tablets vendidos para cada notebook na América Latina. Mais de 52% dos tablets vendidos em 2014 estarão abaixo de US$ 249, preço que será similar para um laptop de baixo custo.
A América Latina tem sido o lar de muitos megaprojetos para a educação nos últimos anos, sendo a Argentina e Venezuela os campeões claros neste caso, com a entrega de milhões de netbooks aos alunos em um período relativamente curto. Enquanto isso, o governo federal mexicano anunciou que 4,1 milhões de PCs serão implantados em cinco anos.

SOBRE O ESTUDO DE PREVISÕES 2014
Este estudo é parte de uma série de publicações no mundo todo que a IDC realiza todos os anos, em que seus principais analistas compartilham sua opinião sobre as perspectivas para o ano novo sobre os mercados de TI e Telecomunicações. Com a colaboração de mais de 100 analistas da América Latina, este documento analisa os eventos que se espera que transformem o mercado durante 2014 sob a forma de uma lista com “As 10 previsões”. Para obter mais informações, acesse: www.idclatin.com/predictions

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