Contratação e retenção de talentos: desafios para as startups

A contratação e a retenção de talentos estão entre os maiores desafios de qualquer startup. Isso porque a estabilidade e bons salários estão entre as principais exigências dos grandes talentos, profissionais muito importantes para o crescimento de uma empresa iniciante.

“Uma das dificuldades é encontrar pessoas com vontade de arriscar na carreira e sair da zona de conforto para enfrentar desafios de forma mais volátil”, diz Adaylon Borges, da Go Talent.

Ter espírito empreendedor é essencial para qualquer membro de uma startup, já que problemas ou situações não enfrentadas por um empregado de uma grande companhia podem ser corriqueiros nas empresas iniciantes.

“Pessoas pra colocar a mão na massa são essenciais nessa etapa. A parte de planejamento deve ficar com os sócios, que é claro, não se desligam ainda das funções de execução” , ressalta Rodrigo Schluchting, da Elo Concursos.

As dificuldades são as mesmas de qualquer processo de contratação, destacam os executivos da Go Talent e da Elo Concursos, e entre elas está saber se o profissional consegue colocar em prática tudo que está em seu currículo. “Os principais erros começam em avaliar apenas o currículo e não se preocupar em exigir coisas concretas”, pondera Borges. “Analise as coisas práticas feita pelo candidato”, completa Schluchting.

Depois da contratação feita, surge um outro problema: a retenção de talentos. Uma dica, diz o executivo da Elo Concursos, é fazer com que todos se sintam como donos da empresa, não apenas simples funcionários.

Para Schluchting, deve-se ainda criar um clima de descontração, com lazer, horários flexíveis, liberdade criativa e benefícios que compensem os salários muitas vezes mais baixos do que o restante do mercado.

Com o mote de “Juntos construindo sonhos”, Jordi Ber, CEO da Habitissimo também compartilha essas ideias, e permite que seus funcionários conciliem trabalho e lazer, o que, para a empresa, incentiva ainda mais o lado criativo de cada um dos colaboradores trazendo resultados práticos.

Compartilhar

29% dos lojistas do Paraná pretendem contratar temporários no fim do ano

Sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que 29% das empresas do varejo do Paraná pretendem contratar funcionários temporários para o Natal, a melhor época para o comércio. Entre os entrevistados, 11% ainda não sabem se vão ampliar o quadro funcional temporariamente e 60% não intencionam contratar mão de obra adicional no fim do ano. Dentre os que irão contratar, 26% demonstram interesse em efetivar o colaborador temporário.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a sondagem revelou uma expectativa otimista dos empresários em relação ao fim do ano, apesar de todas as dificuldades da atual conjuntura econômica do país. “No Paraná, a expectativa é que, para o Natal, haja expansão na oferta de postos de trabalho no comércio, porém, em menor nível do que nos últimos três anos”, avalia.

Outro ponto positivo sinalizado na pesquisa é a extensão da contratação para os meses subsequentes. “Muitas empresas utilizam os temporários também no mês de janeiro e fevereiro, período em que ocorrem não só as trocas ou substituições de produtos, mas também as liquidações de início de ano para liberar os estoques ou produtos não vendidos no Natal”, explica Piana. Segundo o dirigente, o comércio de rua tem realizado as liquidações preferencialmente em janeiro, enquanto os shoppings têm optado por um calendário diferente de promoções.

As vagas temporárias também podem representar uma opção de trabalho para idosos e aposentados e são uma oportunidade para pessoas que desejam ingressar na área do comércio. No entanto, Piana chama atenção para a necessidade de qualificação. “O treinamento é ofertado por muitas empresas, que procuram repassar ao colaborador temporário diversos aspectos da cultura da empresa ou valores importantes a serem praticados quando em atividade. Mas os conhecimentos técnicos ou experiência anterior são exigidos, muitas vezes, durante a seleção dos candidatos. Muitas empresas podem dar preferência aos trabalhadores que possuem curso de capacitação em vendas, gestão de estoques, atendimento e caixa”, reitera Piana.
Além da demanda por profissionais no comércio varejista, supermercados, shoppings e redes comerciais, nesta época do ano também aumentam as contratações em serviços de alimentação, hotéis, e atividades típicas de verão, como em academias de ginástica, empresas de turismo, escolas de natação e em colônias de férias.

Compartilhar