Equity Crowdfunding: confira as principais regras da atividade em 2016

O conceito de Equity Crowdfunding, modalidade de investimento que permite ao usuário comum da internet começar a investir em empresas inovadoras a partir de pequenas quantias, vem ganhando força no Brasil. Desde 2011, juristas do direito empresarial e entusiastas da economia compartilhada vêm debatendo sobre as formas de desenvolver o investimento colaborativo e, desde então, buscam soluções para viabilizar esta nova forma de capitalização de empresas via internet.

A Comissão de Valores Mobiliários, autarquia que regulamenta e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro, já sinalizou que a regra específica para a modalidade será publicada no primeiro semestre de 2016, entretanto, enquanto o marco regulatório da atividade não for disponibilizado em sua estrutura regulatória, desfrutará o investidor de considerável liberdade na escolha e na tomada de decisão sobre qual empresa deseja investir.

Toda essa liberdade não deve se sobrepor ao fato de que este tipo de investimento é considerado como de risco, já que sua rentabilidade está totalmente atrelada ao desempenho da empresa investida, e que o investidor, mesmo familiarizado com o mercado, deve observar alguns fatores antes de tomar uma decisão definitiva e seguir em frente com o aporte de capital.

Para isso, o sócio fundador da StartMeUp, Diego Perez, apresenta cinco dicas que o investidor deve se atentar antes de investir em uma empresa listada em um portal de Equity Crowdfunding:

1 – Invista no presente e não no futuro: É sempre recomendável investir em propostas inovadoras, porém, busque projetos que se apoiem em um modelo de negócio plausíveis, que resolvam problemas reais e cotidianos, mas que também permita à empresa se auto sustentar em curto prazo e ser rentável em médio e longo prazo. Projetos muito ousados, que não apresentem uma perspectiva clara de retorno ou que se apoiam em problemas de solução muito distante devem ser analisados com cuidado, devendo o investidor buscar informações adicionais de fontes externas, e não se basear exclusivamente no que o empreendedor apresenta na oferta;

2 – Priorize o investimento em um setor que você conheça: Comece investindo em empresas cujo segmento lhe seja familiar. Se você é um investidor iniciante, aplicar seu capital em um setor conhecido, além de lhe trazer maior segurança aumentará suas chances de sucesso e rentabilidade. Ao investir em uma startup cuja proposta lhe pareça mais consistente fará com que você inicie a sua experiência de investimento com o pé direito, passando a sentir mais confiança para investir em outros segmentos no futuro;

3 – Diversifique – Não coloque todos os ovos em uma só cesta. A grande vantagem das plataformas de investimento colaborativo é a possibilidade de diversificação, ou seja, por meio delas é possível investir em mais de uma empresa simultaneamente. Você pode assim começar a montar a sua carteira de startups contemplando ao menos três empresas de diferentes segmentos, e vá aos poucos diversificando e ampliando o seu portfólio de investimento;

4 – Controle os Riscos: Defina um valor máximo para investir em uma única startup. Não se exponha a um risco maior de forma desnecessária, por mais vantajoso que possa parecer o retorno esperado. Além disso, não aplique um valor que comprometa suas finanças pessoais ou que afete diretamente a sua qualidade de vida. Com isso será mais fácil de manter recurso disponível para investimento em oportunidades futuras;

5 – Utilize uma plataforma confiável: Escolha sua plataforma de investimento colaborativo com o mesmo zelo e atenção que você escolhe uma startup para investir. Faça uma pesquisa sobre a empresa, avalie sua estrutura operacional, conheça o histórico dos criadores, confira se ela determina ou exige padrões mínimos de governança e transparência das empresas listadas e se disponibiliza ferramentas que lhe permita acompanhar a performance e evolução da empresa investida;

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