Pouco mais da metade dos empresários paranaenses vê 2017 com otimismo

O ano que se inicia em pouco mais de duas semanas não promete ser de grandes expectativas para o setor industrial paranaense. De acordo com a 21ª Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR), pouco mais da metade das empresas enxerga 2017 com expectativas favoráveis ao negócio. Mesmo que esse valor represente uma melhora significativa em relação a 2016, o indicador está abaixo dos períodos com histórico de percepção otimista, com níveis acima dos 70 pontos. Alguns fatores, como carga tributária elevada e encargos sociais foram apontados como gargalos por quase todos os entrevistados pelo levantamento.

A 21ª edição da Sondagem Industrial da Fiep ouviu 390 empresas, sendo 107 de médio e grande porte e 290 micro e pequenas de todo o Estado. O questionário contempla seis áreas de interesse: assuntos internacionais; produtividade; competitividade; estratégias de maior importância — de vendas e de compra; qualidade; infraestrutura e meio ambiente.

Otimismo x pessimismo

Segundo apurado pela sondagem, 55,11% do empresariado paranaense vê 2017 de maneira favorável, enquanto 21,51% estão pessimistas e 23,39% adotaram olhares indefinidos. O total de otimistas é o segundo menor da série histórica, iniciada em 1996, à frente apenas da perspectiva apresentada para o ano de 2016, quando o indicador registrou discretos 32,89% de otimismo.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, afirma que os dados refletem a incerteza dos industriais paranaenses diante da persistente recessão econômica e da instabilidade política do país. Ele classifica como positiva, porém, o crescimento no percentual de industriais otimistas para o próximo ano. “Apesar de termos um quadro bem pessimista em 2016, e olhando as projeções pouco animadoras de vários economistas, felizmente tivemos um aumento significativo no nível de expectativas positivas em relação à pesquisa anterior”, afirma. “Mas só teremos a plena recuperação desse indicador quando houver a efetiva retomada do crescimento”, acrescenta.

Para os que olham o próximo ano de modo mais favorável, 34,46% apontam que devem ocorrer novos investimentos. De olho nas vendas, 46,05% deles entendem que durante o ano devem ver esse indicador aumentar, mas apenas 19,49% dos que responderam à pesquisa acreditam que haverá aumento de emprego.

O ceticismo sobre o aumento de vagas na indústria para 2017, avalia a sondagem, refletem a expectativa de que a indústria seguirá se transformando estruturalmente, incorporando por necessidade novos padrões tecnológicos diante de um ambiente cada vez mais competitivo.

Já no grupo dos pessimistas, que somam 21,51% dos ouvidos pela sondagem, 46,15% informam que não farão novos investimentos no próximo ano; 25,38% entendem que haverá redução do emprego e 28,46% já trabalham com a possibilidade de queda nas vendas.

Ainda de acordo com o estudo, entre os problemas externos às empresas, a carga tributária elevada foi responsabilizada por 83,06% dos ouvidos como o principal entrave para a concorrência no mercado interno. Na sequência, 69,89% dos industriais identificaram os encargos sociais elevados.

Recursos e produtividade

A sondagem constatou também que 71,77% devem utilizar recursos próprios como fonte de novos investimentos, e só 0,27% vislumbra a possibilidade de ter no mercado financeiro, por meio de emissão de ações, uma possibilidade de geração de capital. As linhas de crédito governamental e crédito privado nacional se apresentam como possibilidades para 24,19% e 19,35% dos entrevistados, respectivamente.

Por outro lado, o estudo identificou que apenas 8,06% das indústrias paranaenses não registraram aumentos de produtividade em 2016. Para os que tiveram aumento no quesito, 30,91% entendem que se trata de resultado de um melhor gerenciamento de pessoal, enquanto 24,19% apontam para a modernização tecnológica. Apenas 3,23% identificaram a terceirização como um fator importante para o crescimento da produtividade nos negócios.

Micro e Pequenas

O pouco otimismo quanto ao próximo ano também se reflete entre as micro e pequenas empresas. Apenas 55,31% se mostraram otimistas com relação ao próximo ano — também o segundo menor nível de expectativas da série história, à frente apenas do que os empresários esperavam para 2016, quando o índice foi de 32,56. Ainda segundo a avaliação, 18%,68 estão pessimistas e 26,01% não sabem exatamente o que esperar de 2017.

O superintendente do Sebrae-PR, Vitor Roberto Tioqueta, destaca a relevância do estudo para o atendimento aos empreendedores. “Ouvir micro e pequenos empreendedores da indústria, de todas as regiões do Paraná, entender suas demandas e expectativas, gera a oportunidade de direcionar ações para auxiliá-los nas suas necessidades”, pontua. “Tivemos um aumento do nível de expectativa em relação ao ano passado, o que mostra que os empresários estão querendo investir mais, melhorar suas empresas e gerar mais empregos”, completa.

Sob o olhar dos otimistas para o próximo ano, 33,20% deles indicam que farão novos investimentos, 47,49% aguardam aumento das vendas e, repetindo o registrado na sondagem geral (que inclui micro e pequenas indústrias), um número menor de empresários, 19,31%, acredita na possibilidade de aumento de emprego.

Já entre os pessimistas, que somam 18,68%, 44,44% deles indicam que não realizaram novos investimentos, 25,93% apontam para a redução de empregos e 29,63% vislumbram queda nas vendas.

Para 59,71% das micro e pequenas e empresas industriais, a estratégia mais importante adotada em 2016 foi a satisfação do cliente, seguida de perto pelo desenvolvimento de negócios – 57,88%. Também ao longo deste ano, 52,63% informaram que foram a terceiros buscar recursos, enquanto 29,82% não viram necessidade de utilizar recursos externos e 17,54% não tiveram acesso às linhas de financiamento disponíveis no mercado. Para este último grupo, os principais problemas foram restrições cadastrais (34,48%), burocracia (24,14%) e taxas elevadas de juros (20,69%).

A pesquisa registrou que, ao longo de 2016, 14,72% dos empresários paranaenses não tiveram aumento de produtividade. Já para os que obtiveram crescimento no quesito — 85,28% —, 34,64% indicaram o melhor gerenciamento de pessoal como o principal responsável pelo resultado obtido, enquanto 26,26% informaram que a modernização tecnológica contribuiu para o ganho de produtividade.

Apesar dos ganhos de produtividade identificados em 2016, a carga tributária elevada também foi apontada por 84,98% das micro e pequenas empresas como o principal obstáculo para enfrentar a concorrência interna. Os encargos sociais elevados se mostraram o segundo entrave, sendo apontado por 71,79% dos entrevistados pela sondagem.

A pesquisa

Parte dos processos de pesquisa sistemática realizados pela Fiep desde 1986, a Sondagem Industrial é consolidada nos indicadores de desempenho industrial produzidos e divulgados mensalmente. O objetivo da sondagem anual é disponibilizar um panorama do desempenho industrial paranaense, tanto no que se refere às medidas adotadas para superar os desafios atuais quanto no que se refere às perspectivas de 2017 para a indústria do Estado.

A 21ª Sondagem Industrial da Fiep pode ser acessada na íntegra.

Fonte: Fiep

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Ministro Marcos Pereira lança programa de apoio à indústria no Paraná

Em solenidade na Federação das Indústrias do Paraná, o ministro Marcos Pereira lançará nesta quarta-feira (26) o programa Brasil Mais Produtivo, iniciativa que busca aumentar em pelo menos 20% a produtividade das empresas participantes. O ministro participa também da entrega de certificado do milésimo treinamento da Redeagentes (Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior).

No Paraná, serão atendidos 200 empreendimentos pelo Brasil Mais Produtivo, em três setores. Selecionados a partir de estudos técnicos do MDIC, participação os empresários dos ramos Moveleiro, no APL de Móveis de Arapongas; Metalmecânico, no APL de Metalmecânico de Curitiba; e Alimentos e Bebidas, no APL de Alimentos, bebidas, orgânicos, erva mate (Londrina, Maringá e Curitiba).

O programa dissemina o uso de ferramentas de manufatura enxuta (lean manufacturing), baseadas na redução dos sete tipos cartier love bracelet de desperdícios mais comuns que ocorrem no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

Cultura exportadora

A Redeagentes, programa do MDIC que já capacitou mais de 25 mil empreendedores em 256 municípios brasileiros, tem o objetivo de difundir a cultura exportadora e estimular a inserção de empresas de pequeno porte no mercado externo por meio da realização de treinamentos, cursos e oficinas sobre como exportar.

A capacitação, oferecida replica cartier gratuitamente aos empreendedores, é realizada cartier bracelets em parceria com diversas instituições localizadas nos Estados, que disponibilizam o local do treinamento e prestam apoio administrativo durante a realização das atividades. O MDIC oferece o material didático e os formadores, que ministram os cursos.

No estado do Paraná, já foram realizados 88 treinamentos para mais de duas mil pessoas em 23 municípios, entre eles Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. O milésimo treinamento da Redeagentes, realizado em Curitiba nos dias 25 e 26, oferecerá aos empreendedores o Treinamento em Exportação para Empresas de Pequeno Porte. Há ainda outras três modalidades de cursos realizadas no âmbito do programa: Treinamento para Agentes de Comércio Exterior; Curso Básico em Exportação; e Oficina sobre Ferramentas de Apoio ao Exportador.

Lançamento do Programa Brasil Mais Produtivo e encerramento do milésimo treinamento do programa Redeagentes

Hora: 10h
Local: FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Campus da
Indústria – Av. Comendador Franco, nº 1341 – Jardim Botânico

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GTI IT Solutions participa de programa de inovação nos Estados Unidos

O projeto APP – Apontamento de Chão de Fábrica, da GTI IT Solutions, foi selecionada para o programa de inovação LA IDEA ADVANCE MANUFACTURING. A iniciativa é do governo dos Estados Unidos, que fornece bolsas de estudo para empreendedores da América Latina, visando programas de treinamento em incubadoras e aceleradoras no país. O Sebrae foi convidado pela embaixada dos EUA a participar do Programa.

A GTI contou com o apoio do Sebrae para ser uma das empresas selecionadas para o programa de manufatura e teve acesso às tecnologias de ponta, capital de risco e mentores. O projeto APP consiste em uma inovação de aplicativo móvel para as indústrias na automação do controle da manufatura.

Durante o programa, foi apresentado o conceito de Indústria Maquiladora, que se aproveita de alguns acordos entre os governos americano e mexicano. Esses acordos estabelecem uma relação de isenção de impostos para troca temporária de produtos semiacabados e peças, o que, muitas vezes, reduz o custo efetivo do produto e o tempo de acesso ao cliente final. Assim, é possível quebrar o processo industrial em duas categorias ou etapas:

1- Intensivas em mão de obra;

2- Intensivas em consumo energético.

As etapas intensivas em mão de obra ficam do lado do México e as etapas intensivas em consumo energético ficam do lado dos Estados unidos onde a energia elétrica, petróleo e derivados são mais baratos. Além de se aproveitar do melhor de 2 mundos, as Industrias Maquiladoras levam vantagem de localização em relação a indústrias do sudeste asiático.

Júlio César Luppi Doebeli, Gerente de Projetos de Inovação da GTI, afirma que ” a imersão em uma cultura industrial extremamente inovadora, permite trazer novas técnicas e procedimentos. As experiências internacionais são grandes oportunidades de ampliar conhecimentos, estabelecer novos contatos e proporcionar uma visão mais abrangente do mundo dos negócios internacionais”. Júlio também salienta que observou uma grande diferença em relação aos incentivos governamentais para empreendedores, além das recompensas fiscais que estão diretamente ligadas ao número de empregos gerados.

“Outro destaque que pude observar é a eficiência na parceria existente entre universidades e o centro de indústrias. Esta parceria auxilia na instalação de novas empresas, além de facilitar o acesso a mão de obra qualificada, e dar suporte às pesquisas relacionadas ao segmento, completou Júlio César Luppi Doebeli.

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Presidente da ABRH-PR analisa a importância da liderança na “Indústria 4.0”

Em poucos anos, os processos de produção deverão se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. É a “Indústria 4.0”, que engloba as principais inovações nos campos de automação, controle e tecnologia da informação. A quarta revolução industrial afetará o mercado como um todo e exigirá a criação de modelos de negócios mais inteligentes. O perfil da mão-de-obra deverá mudar significativamente e na esteira dessa transformação está uma nova proposta em gestão de pessoas.

Ao analisar os desafios e os avanços da “Indústria 4.0” no mercado de trabalho, a presidente da ABRH-PR – Associação Brasileira de Recursos Humanos no Paraná, Susane Zanetti, assinala que, com certeza, as indústrias continuarão precisando de gente com formação específica, mas os profissionais terão de lidar cada vez mais, por exemplo, com áreas sobre as quais não estudaram na faculdade. Igualmente, as empresas deverão voltar suas estratégias em gestão de recursos humanos priorizando a capacitação em relacionamento e a formação de lideranças.

Susane coloca que as organizações deverão investir pesado no desenvolvimento de um ambiente de trabalho com liderança inspiradora e transformadora. O apoio do corpo diretivo para novas ideais, respeito à diversidade, autonomia e liberdade na tomada de decisões também deverão ser disseminados nesse novo formato de gestão de pessoas. Neste contexto, está a importância da formação de lideranças.

Para Susane o verdadeiro líder se apresenta na crise, no caos, nos períodos de maior adversidade com resultados diferenciados e novas formas de pensar e agir. “Então, falamos de um líder positivo, defensor de valores e com valores. De um líder que não se preocupa só com a sua vida e carreira, mas com seu legado na vida e carreira”, pontua.

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Fiep: Campagnolo considera queda no PIB catastrófica e cobra responsabilidade da classe política

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, classificou como catastrófica a queda no desempenho econômico brasileiro registrada em 2015 e cobrou responsabilidade da classe política para reversão do quadro recessivo do país. Nesta quinta-feira (3), o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, medida de todas as riquezas produzidas no país, teve retração de 3,8% no ano passado, em relação a 2014, totalizando R$ 5,9 trilhões. Foi a pior queda em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1996.

“O resultado é catastrófico para o Brasil e vai deteriorar ainda mais nosso cenário econômico. Com as dificuldades para se retomar a confiança do setor produtivo e dos investidores, a tendência é que questões como a do desemprego fiquem ainda piores”, afirmou Campagnolo. Ele demonstrou especial preocupação com o desempenho da indústria em 2015. Segundo o IBGE, o setor teve retração de 6,2% em relação a 2014.

Para o presidente do Sistema Fiep, a classe política deve ser responsabilizada pela crise econômica atravessada pelo país, refletida no resultado do PIB de 2015. “Há uma passividade e um adormecimento de toda a classe política, desde a presidência da República, passando pelo Congresso Nacional e chegando até os Estados. Parece que hoje ninguém está preocupado com o que estamos presenciando em nossa economia. Não vemos partidos políticos, tanto da base do governo quanto da oposição, apontando soluções para que essa recessão possa ser revertida em curto, médio ou longo prazo”, declarou.

Campagnolo disse considerar também que o esforço para retomada da confiança na economia brasileira passa pelo equilíbrio das contas públicas, o que deve envolver todos os poderes. “Com a queda na atividade econômica e, consequentemente, na arrecadação pública, é necessário que Executivo, Legislativo e Judiciário ajustem suas despesas à realidade atual do país”, afirmou.

O presidente do Sistema Fiep considera essencial também uma maior participação da sociedade nas discussões sobre os rumos do Brasil. “É urgente que entidades da sociedade civil e todas as pessoas de bem realizem um esforço para que as medidas para superação desta crise sejam efetivamente adotadas. Sem a participação de pessoas que entendam realmente o que é a economia de um país, dificilmente encontraremos saídas”, concluiu.

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Inscrições abertas para cursos de pós-graduação da Faculdade da Indústria IEL

Vagas são para as cidades de Curitiba, São José do Pinhais, Londrina, Campo Largo, Paranavaí e Maringá

A Escola de Negócios da Faculdade da Indústria IEL está com matrículas abertas para cursos de pós- graduação. São vagas para diversas áreas, entre elas, direito, gestão estratégica, planejamento, recursos humanos, controladoria e finanças.

Em Curitiba, a instituição oferece os seguintes cursos: MBA em Planejamento e Gestão Estratégica; MBA em Gestão Estratégica de RH e Talentos, MBA Executivo em Controladoria e Finanças e LLM Direito Empresarial Aplicado. Além dessas especializações, a instituição também oferta em São José dos Pinhais o MBA em Gestão de Pessoas no Ambiente Fabril e o MBA em Gestão Industrial, sendo este último direcionado para micro e pequenas empresas.

Em Campo Largo e Paranavaí, as inscrições estão abertas para o MBA em Liderança Estratégica Organizacional e de Talentos. Já em Maringá e Londrina, os cursos são: MBA em Gestão Estratégica em RH e Talentos e MBA em Planejamento e Gestão Estratégica.

As inscrições podem ser feitas no site www.faculdadedaindustriaiel.com.br. Mais informações no e-mail escoladenegocios@ielpr.org.br ou pelos telefones (41) 3271 – 7956 ou 3271 – 7965.

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Sondagem Industrial da FIEP mostra que empresários estão pessimistas em relação a 2016

A expectativa dos industriais de empresas paranaenses para 2016 é extremamente baixa. Mais da metade deles (54,03%) está pessimista para o próximo ano. O indicador favorável (32,89%) é o menor desde 1996 e, pela primeira vez, está abaixo dos 50%. Os dados são da XX Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com o Sebrae.

Fatores que contribuem, de acordo com o superintendente da Fiep Reinaldo Tockus, para a diminuição da expectativa são: “aumento da dívida interna que superou os R$ 2,5 trilhões em outubro; o crescente endividamento externo, que superou os US$ 350 bilhões, contraído em grande medida para fomento ao consumo interno e não para realização de investimentos”, aponta.

Além disso, segundo ele, a taxa de investimentos atingiu apenas 18,1% do PIB e a de poupança 15%, no terceiro trimestre deste ano. “Junte-se a isso, a queda do PIB de 3,2% nos primeiros três trimestres, o rebaixamento e perda do grau de investimento do Brasil, a inflação acima de 10% e a instabilidade política”, são fatores que contribuíram para o cenário.

Carga tributária é maior vilã

O empresariado paranaense aponta vários empecilhos para enfrentar a concorrência no mercado interno: a carga tributária elevada continua sendo a campeã, com 78,19%; seguida dos encargos sociais elevados com 66,78%. Além disso, dificultam o bom andamento das indústrias, o custo financeiro elevado com 55,70%, custo elevado de fabricação (40,27%), elevados custos de distribuição (35,91%), e mão de obra não qualificada (24,83%).

Competitividade

Dentre as estratégias das empresas em relação à concorrência nacional e internacional, 65,44% optarão por enxugar custos e 49,66% apostam na qualificação de pessoal.

Os empresários investirão em 2016 em melhoria de processo (31,54%), em desenvolvimento de produtos (31,54%) e em aumentos de produtividade (27,18%), com o objetivo de recompor o nível de produtividade.

Produtividade e capacitação

Para 43,96% dos industriais paranaenses, os aumentos de produtividade em 2015 têm origem no melhor gerenciamento de pessoal e na modernização tecnológica (41,61%). Os investimentos em modernização tecnológica estão vinculados quase sempre à utilização de máquinas e equipamentos modernos (63,09%) e são reflexo da continuidade de melhoria de produtividade e na expansão do mercado doméstico.

Os industriais paranaenses (46,31%) dizem ser de extrema importância ampliar a educação de seus funcionários. As empresas dedicam 28,96 horas em média por funcionário no ano em treinamento para absorção de novas tecnologias (78,86%). Destas, 31,90 horas, na área operacional, 28,81 na administrativa e 41,01 na gerencial. As formas para treinamento mais utilizadas são treinamento no próprio trabalho (31,04%), cursos Internos (28,32%) e Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sebrae, etc. (26,24%).

Infraestrutura

Apenas os aeroportos continuam sendo avaliados positivamente por maioria relativa. Ferrovias, rodovias, telefonia, energia elétrica e infraestrutura urbana foram reprovados e os portos tiveram avaliação neutra.

Tecnológica e inovação

Parte das indústrias (39,18%) tem pesquisa e desenvolvimento próprios, 13,15% absorvem tecnologia do Brasil e 13,7% utilizam tecnologia do exterior e outras 9,86% recorrem a universidades em busca de conhecimentos, parcerias, novas tecnologias ou inovações.

Boa parte (77,14%) das empresas paranaenses atribui a responsabilidade pela gestão da Inovação a uma pessoa ou grupo de pessoas. A maior parte das indústrias executa os processos de gestão da inovação: planejamento estratégico tecnológico (29,87), gestão da propriedade intelectual/industrial (24,83%), prospecção tecnológica/monitoramento (26,51%), gestão de projetos de P&D (28,52%) e gestão de normas e regulamentos técnicos (25,17%).

Estratégias e investimentos

A estratégia de maior importância para 2016 foi, pela sexta vez consecutiva, a satisfação dos clientes, apontada por 51,34% dos entrevistados. E o desenvolvimento de novos negócios aparece com 51,34%.

Entre as estratégias para aumento de produtividade estão: o aumento da qualidade (42,01%) voltou a ser o maior benefício, seguido de redução de custos (39,94%) e obtenção de vantagem competitiva (18,05%).

A informação é utilizada como estratégia competitiva da empresa por 92,73% dos industriais, sendo que 57,14% selecionam, sistematizam e analisam dentro da empresa.

Em relação aos seus fornecedores, foram citadas as seguintes estratégias: estabelecer parcerias (53,02%), diversificar fornecedores (42,62%) e qualificar fornecedores (38,59%).

As fontes dos recursos financeiros para realizar investimentos são majoritariamente recursos próprios (61,07%).

Sobre a pesquisa

A pesquisa de Sondagem Industrial é realizada pela Fiep em parceria com o Sebrae. Nesta edição, participaram 371 de todas as regiões do Estado e de todos os portes.

O questionário englobou seis áreas de interesse: assuntos internacionais; produtividade; competitividade; estratégias de maior importância, de venda e de compra; qualidade; infraestrutura e meio ambiente; sendo a maior parte das 36 questões formuladas em perguntas fechadas.

Serviço:

XX Sondagem Industrial: http://www.fiepr.org.br/para-empresas/estudos-economicos/uploadAddress/sondagem201516_ok_site[66937].pdf

XX Sondagem Industrial – Micro e Pequenas Indústrias: http://www.fiepr.org.br/para-empresas/estudos-economicos/uploadAddress/sondagem201516_mpi_ok_site[66939].pdf

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Brasil precisa solucionar crise política para retomar crescimento econômico, diz Campagnolo, presidente da Fiep

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, cobra uma solução definitiva para crise política que vem paralisando o país e tem comprometido excessivamente a economia brasileira. Para ele, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aberto nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, deve ser analisado com responsabilidade, mas da maneira mais rápida possível para que o país possa colocar em pauta uma agenda de retomada do crescimento.

Na opinião de Campagnolo, os componentes que envolvem o processo de impeachment são extremamente delicados. “Temos de um lado, acatando o pedido de impeachment, um presidente da Câmara contra quem pesam fortes indícios de que possui milhões de dólares em contas na Suíça. E, de outro, uma presidente acusada de várias irregularidades administrativas”, afirma. “A solução para esse impasse não é fácil e exige muita responsabilidade, mas é preciso que seja encontrada rapidamente. A grave crise política atravessada pelo país impede a implantação de uma agenda para a retomada do crescimento e vem influenciando diretamente na retração da nossa economia”, completa.

Campagnolo cita os resultados do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2015, divulgados nesta semana, como exemplo da influência da crise política sobre a economia. No período, o PIB recuou 1,7% em relação ao trimestre anterior. Já no acumulado do ano, tem queda de 3,2%. “Não é possível que nossa classe política, ao ver os indicadores econômicos se deteriorando com essa intensidade, não pense no futuro do país”, diz. “O poder Executivo tem grande parcela de culpa por não conseguir se articular politicamente e por não adotar medidas concretas para o corte de suas despesas. E o Legislativo parece envolto em um jogo de interesses políticos e partidários, deixando de lado a discussão de reformas e medidas estruturantes que garantam a recuperação do país e seu desenvolvimento em longo prazo”, acrescenta.

O presidente do Sistema Fiep reitera, ainda, que o momento exige mobilização de toda a sociedade. “As forças organizadas da sociedade precisam se unir para cobrar uma solução definitiva para esse impasse político que vem paralisando o país. Se não fizermos isso com urgência, continuaremos despencando em um poço que parece não ter fundo”, conclui.

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Indústria do Paraná tem o pior agosto dos últimos 5 anos

Emprego também caiu (-5,2%), de acordo com a pesquisa desenvolvida pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep)

Tradicionalmente, o mês de agosto é marcado pelo aumento nas vendas industriais. Neste ano, o crescimento sobre julho foi de 8,4%. No entanto, no comparativo com o mês de agosto de 2014, houve queda de -3,5%. Com o resultado, este foi o pior agosto para a indústria dos últimos 5 anos.

Dos 18 gêneros pesquisados pelo departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), apenas dois tiveram desempenho positivo – Madeira (9,4%) e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (8,2%). “O mês de agosto é historicamente o que apresenta o melhor desempenho de vendas na indústria de transformação do Paraná, com forte incremento em relação a julho. Houve crescimento, no comparativo dos dois meses, em 2011 (7,5%), 2012 (13%) e 2013 (9,2%). A exceção foi 2014, que teve queda de 13%, marcando o declínio da atividade industrial, a partir do segundo semestre de 2014. Com os constantes resultados negativos, o crescimento de agosto deste ano sobre julho não foi o suficiente para o incremento deste ano puxar as vendas para um patamar melhor, em comparação ao mesmo mês do ano passado”, explicou o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt.

O comércio exterior tem sido bastante expressivo para a produção industrial em 2015, com aumento de 23,1% sobre o mesmo período de 2014. “O aumento das vendas para o exterior está sedo nominal e positivamente impactado pela desvalorização do real. Isso pode ser observado pelos resultados da balança comercial do Paraná, com redução nas exportações de manufaturados em -23,3% no mesmo período, quando denominados em dólares, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex)”, explicou Roberto Zurcher, economista da gerência de Economia, Fomento e Desenvolvimento da Fiep.

O emprego, na indústria, também apresentou queda neste ano no pessoal empregado total (- 5,2%) e no pessoal empregado na produção (-3%). A utilização da capacidade instalada está agora cinco pontos percentuais abaixo da registrada em agosto de 2014.

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Workshop do IEL traz metodologia alemã voltada para a inovação nas empresas

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) do Paraná, em parceria com a Escola de Negócios e Empreendedorismo Internacional (SIBE) da Universidade de Steinbeis, da Alemanha, promovem neste segundo semestre o “Workshop Liderança para Inovação” nas cidades de Curitiba (19 de agosto), Ponta Grossa (20 de agosto), Cascavel (23 de setembro), Maringá (20 de outubro) e Londrina (21 de outubro). A capacitação vai trazer para o Paraná a metodologia alemã “Innovation Framework”, criada pela SIBE no Brasil e que integra diferentes abordagens da área de inovação direcionada para os negócios, como Innovation Helix, Desing Thinking, Innovation Quality e Agile Management.

Voltado para executivos de empresas e indústrias, o workshop mostrará o papel da liderança na gestão de inovações estratégicas e auxiliará no estabelecimento de uma cultura de inovação nas organizações. As lideranças também serão preparadas para identificar oportunidades futuras de inovação e desenvolver estratégias sustentáveis. As inscrições podem ser feitas no site www.faculdadedaindustriaiel.org.br. Funcionários de indústrias e de empresas associadas a sindicatos têm 10% de desconto. As vagas são limitadas.

A metodologia é organizada em três etapas. Em um primeiro momento, estrutura o processo de gestão da inovação desde a exploração da visão estratégica da organização e do ambiente externo, passando pelo design e desenvolvimento de solução no ambiente de produção da empresa.

O Innovation Framework define o papel de liderança como ponto central e forma de sustentação da inovação nas organizações. O modelo também defende que a inovação é muito mais inspiração e segurança, do que técnica e que pessoas inspiradas e apoiadas em suas decisões e criações são a base de todo o processo de inovação.

O workshop tem duração de oito horas e será ministrado pelo consultor internacional e especialista em planejamento, gestão estratégica e gestão de negócios, Peter Dostler e pelo consultor e especialista nas áreas de gestão de projetos e desenvolvimento de lideranças, Fabio Zemmermann.

A capacitação é resultado da parceria entre a Faculdade da Indústria IEL e a Universidade Steinbeis de Berlim, na Alemanha, firmada em 2014. “Nosso objetivo é trocar experiências e conhecimentos entre as duas instituições por meio da realização de cursos como esse e intercâmbios entre alunos do Brasil e da Alemanha. Já recebemos diversas turmas de alemães que vieram obter certificação em especialização do IEL e queremos encaminhar alunos daqui para realizar cursos no país”, destaca o gerente executivo do IEL no Paraná, Eduardo Vaz.

Confira o cronograma das capacitações

19 de agosto – Curitiba
20 de agosto – Ponta Grossa
23 de setembro – Cascavel
20 de outubro – Maringá
21 de outubro – Londrina

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Indústria do Paraná vende mais em maio, mas não consegue superar média negativa do ano

O mês de maio é, tradicionalmente, o mais representativo para as vendas industriais paranaenses. Neste ano, porém, o desempenho foi abaixo do mês de março, com crescimento de 3,4% contra 22,8% de março. No acumulado do ano, a retração chega a – 8,1%. É a terceira maior queda desde 1992 – quando o departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) deu início à publicação mensal de indicadores conjunturais – atrás apenas de 2003 (-12,1%), e 1998 (-8,6%).

Material Eletrônico e de Comunicações (-26%), Veículos Automotores (-21,1%) e Móveis e Indústrias Diversas (-13,6) foram os setores com os piores desempenhos nos cinco primeiros meses de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014.

De acordo com o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt, o desempenho da indústria do Paraná tem sido mantido por conta da boa safra – que tem promovido a recuperação das vendas de Alimentos e Bebidas, embora ainda negativas (-5,5%). As exportações industriais também vêm aumentando a cada mês – 13,7% em maio. “Estas exportações estão mais concentradas nos setores de Celulose e Papel (31,6%) e Madeira (33,2%), que dependem de insumos nacionais e que, pela variação cambial, voltaram a assumir vantagem competitiva no mercado internacional”, explicou Schmitt. Ainda de acordo com o economista, o câmbio tem incentivado indústrias de outros setores a exportarem. “Em maio contra abril, Vestuário aumentou as exportações em 282%; Borracha e Plástico 99,2%; Móveis e Indústrias Diversas 92,7% e Refino de Petróleo e Produção de Álcool 50,7%”, disse.

Os setores que tiveram os melhores desempenhos em vendas em relação ao mesmo período de 2014 foram Madeira (12,1%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (11,2%), Vestuário (2,8%) e Têxteis (0,7%). Todos os outros 14 itens – dos 18 pesquisados pela Fiep – tiveram decréscimo nas vendas, no período.

No comparativo com abril, maio apresentou quedas expressivas na compra de insumos em alguns setores. Máquinas e Equipamentos (- 14,7%) e Veículos Automotores (-17,9%) são os exemplos de maior impacto – este último, influenciado pela queda de demanda, greve e por acordos denominados de lay-off, que significam a suspensão de contrato de trabalho entre dois e cinco meses. No total, a indústria comprou menos nestes cinco primeiros meses em comparação ao mesmo período de 2014 (-15%). O nível de emprego também teve redução (-4,5%) no período.

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Competitividade das micro e pequenas indústrias será tema de encontro estadual

Nos dias 13 e 14 de maio será realizado em Curitiba o Encontro das Micro e Pequenas Indústrias do Paraná. A proposta dos organizadores é criar um ambiente para o fortalecimento da competitividade industrial, por meio da troca de informações sobre crédito e inovação. No primeiro dia do evento, haverá palestras e painéis e, no segundo, haverá uma série de oficinas relacionadas a investimentos e novas ideias.

Criado a partir de uma parceria entre a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR), Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas (Fampepar) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), o encontro terá um formato interativo e irá apresentar histórias reais de indústrias que melhoraram seus desempenhos com crédito e inovação.

O jornalista da Globo News, Dony De Nuccio irá intermediar um talk show com o tema “O Desafio na Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias no Paraná”. O publicitário e contador de histórias Eloi Zanetti vai contar alguns casos de inovação, com exemplos de indústrias paranaenses que passaram por dificuldades e que tiveram vitórias. Neste primeiro dia também haverá a apresentação da 6ª Sociedade Garantidora de Crédito (SCG) do Estado do Paraná. A programação do dia 13 será encerrada com um talk show sobre crédito, mediado pela jornalista da TV Globo e da Rede CBN, Mara Luquet. No segundo dia, os cursos terão informações práticas sobre garantias de crédito, design, educação financeira e elaboração de projetos para a captação de recursos, entre outros assuntos.

SERVIÇO:

Encontro das Micro e Pequenas Indústrias do Paraná

Data: 13 e 14 de maio
Local: Centro de Eventos da Fiep – Curitiba
Endereço: avenida Comendador Franco, 1.341

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