LIDE Paraná realiza seminário sobre a reagonização do mercado infraestrutura no Brasil

O jornalista e economista Carlos Alberto Sardenberg e o presidente do Lide Paraná, Fabrício de Macedo

O mercado de infraestrutura no Brasil e a sua reorganização foi o tema do Seminário realizado na última quarta-feira (24) pelo LIDE Paraná no Castelo do Batel, em Curitiba. O evento recebeu o jornalista e economista Carlos Alberto Sardenberg, que apresentou as perspectivas econômicas e políticas do Brasil – traçando um paralelo entre os últimos governos federais e as medidas que culminaram no período de instabilidade econômica atual.

Além de Sardenberg, o seminário do LIDE Paraná contou com a presença do governador, Beto Richa; do presidente do LIDE Infraestrutura, Roberto Giannetti da Fonseca; do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins; do sócio-fundador da VG&P Advogados, Fernando Vernalha Guimarães; do presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Antonio Espolador; e do diretor-presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche.

Segundo o presidente do LIDE Infraestrutura, Roberto Giannetti da Fonseca, o transtorno vivido na economia brasileira no período de 2014 e 2015 gerou um clima de desconfiança entre consumidores e investidores. “Essa questão é subjetiva, mas é muito séria. Pois quando o consumidor não compra e o investidor não investe a economia desaba. Essa recessão tem uma característica muito perigosa, pois nós entramos em uma espiral recessiva: o consumidor para de comprar – por medo de desemprego; então a produção cai – pois não há demanda; quando a produção cai, é gerado o desemprego; o desemprego faz com que caia a renda; e quando cai a renda, volta-se ao início da queda do consumo e assim por diante”, explica Giannetti da Fonseca.

Para o economista, atualmente, há duas alternativas de retomar o crescimento econômico do Brasil. “Uma é a exportação, que por meio da demanda externa geraria renda. E a outra, maneira de fazer o País crescer, que é muito mais impactante na economia, é o investimento em infraestrutura”. Giannetti reforçou ainda que uma das oportunidades que justificam o investimento em infraestrutura é o déficit do País em infraestrutura, que se acumula durante anos com falta de regulação, de atração e de condições para que os investidores se sintam seguros em investir. “Portanto, o Brasil carece de poderosos investimentos nesse setor”, diz ele.

A importância do investimento em infraestrutura também foi ressaltado pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. “Para melhorar a eficiência da economia, obrigatoriamente passa pela infraestrutura. Para manter a infraestrutura existente, precisaríamos investir 3% do PIB anualmente – nós temos investido 1,8%. Se o Brasil quiser crescer na faixa dos 4% ao ano, teria que investir 5% do PIB. Se nós compararmos o 5% com o 1,8% que temos investido, isso dá 3,2% – que representa 2 milhões de empregos a mais que ajudariam e muito o Brasil a sair dessa crise atual, simplesmente investindo em infraestrutura”.

O advogado Fernando Vernalha Guimarães fez um mapeamento crítico de alguns problemas que estão impedindo o desenvolvimento de programas de infraestrutura, em relação à concessões e à Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Eu vejo, atualmente, três problemas marcantes no segmento de concessões e PPPs: capacitação técnica das administrações públicas; segurança jurídica; e financiamento de projetos. Temos que superar esses problemas para poder desenvolver programas nesses segmentos”. E complementa: “não acho que as PPPs e as concessões resolverão todos os nossos problemas, mas sem dúvida serão uma ferramenta muito importante para a superação das falhas de logística e para o favorecimento do crescimento do País”.

O jornalista e economista Carlos Alberto Sardenberg traçou um panorama, durante o evento, das medidas e fatos que culminaram na atual crise econômica brasileira e apresentou as perspectivas do empresário industrial e do consumidor, em relação à economia, a partir desse momento. “Em ambos os índices – de confiança do empresário industrial e do consumidor – há a visão que o momento atual está ruim, mas com a expectativa positiva que isso vai passar e vai melhorar nos próximos seis meses”, avalia Sardenberg.

Segundo o jornalista, a saída para a atual crise é reestabelecer a lei de responsabilidade fiscal. “É fazer o que o governo já está fazendo, reforçando as rédeas que já existem, por isso que as expectativas melhoraram. E, ainda, o principal sinal a ser dado são as regras que vão determinar os ajustes duradouros das contas públicas. Se isso for feito o País volta a andar. Agora, se isso não for feito haverá uma quebra de confiança que ninguém vai querer investir aqui, será muito mais fácil investir em países como a Rússia, o Peru, a China ou o México, por exemplo”.

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Governo publica decreto que altera poligonal dos portos do Paraná

Foi publicado nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União, o decreto do governo federal que altera o traçado da chamada poligonal dos Portos de Paranaguá e Antonina – uma linha imaginária que delimita a abrangência do porto público. Com a modificação, inúmeras áreas deixam de fazer parte do limite de atuação do porto, abrindo a possibilidade de ampliação da base portuária paranaense por meio de investimentos privados, que podem chegar a R$ 8 bilhões. A alteração foi comemorada pelo G7, grupo que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, que considera que os investimentos representarão reduções significativas nos custos logísticos para as empresas e possibilitarão maior desenvolvimento ao litoral do Paraná.

“É uma vitória do setor produtivo paranaense, que nos últimos anos mostrou união e se empenhou na articulação junto ao governo federal para que a poligonal fosse alterada”, afirma Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e atual coordenador do G7. Ele lembra que, entre outras ações nesse esforço, as entidades enviaram ofícios para os órgãos responsáveis pela gestão portuária brasileira, reuniram-se com ministros e parlamentares e realizaram diversos encontros técnicos para debater o assunto.

Campagnolo explica que a alteração da poligonal deve destravar vários projetos já existentes para a implantação de Terminais de Uso Privado (TUPs) no litoral paranaense. “Esses terminais serão construídos por grupos privados, que até agora não podiam tirar os projetos do papel porque as áreas estavam dentro da poligonal do porto público. Com o decreto, resolve-se esse impasse”, diz. O G7 estima que, hoje, existam pelo menos quatro grandes projetos para a implantação de TUPs em Paranaguá e Pontal do Paraná, com previsão de investimentos de aproximadamente R$ 8 bilhões e geração de 4 mil empregos diretos.

“Esses empreendimentos são fundamentais para atender o crescimento da demanda do setor produtivo e trarão maior concorrência na área portuária, resultando em redução de custos logísticos dos produtos paranaenses”, afirma Campagnolo. “E tão importante quanto a maior competitividade que eles trarão para as empresas é o desenvolvimento que possibilitarão ao litoral do Estado, com aumento da geração de empregos, renda e arrecadação”, completa o coordenador do G7.

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Gartner: faturamento do mercado mundial de infraestrutura de aplicações e middleware cresceu 10% em 2011

De acordo com o Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, o faturamento do mercado mundial de softwares de infraestrutura de aplicações e middleware totalizou US$ 19,3 bilhões em 2011, um crescimento de 9,9% em relação a 2010.

Projetos de infraestrutura de aplicações e middleware passam a abranger cada vez mais suas instalações, cloud e parceiros de negócio externos. “Os impactos do uso de múltiplos modelos de entrega, dependência crescente em tecnologias de governança e requisitos por convergência de aplicações e integração de dados estão levando as empresas a sustentarem um investimento significativo em conhecimento e tecnologias de infraestrutura de aplicações e middleware“, afirma Helen Huntley, vice-presidente de pesquisas do Gartner.

A cada dia, o cloud computing está ganhando mais força no mercado, por isso, os fornecedores de middleware devem aumentar seu conhecimento para oferecer serviços em cloud competitivos. Embora a transição para o cloud computing deva levar bastante tempo para acontecer, a demanda pelo uso de tecnologias de plataforma híbrida é atual e tem uma projeção de rápido crescimento durante os próximos dois a quatro anos. Os usuários podem julgar a viabilidade a longo prazo de um provedor de plataforma como serviço (PaaS), em parte por sua habilidade de atrair fornecedores independentes de software e outros parceiros para seu ambiente.

“Novas tendências tecnológicas como essas trarão mudanças, desafios e oportunidades para as áreas de TI das empresas e os CIOs e gerentes de sourcing devem estar atentos a elas a fim de obterem sucesso a longo prazo“, diz Helen.

As dez mudanças de jogo para sourcing de TI serão apresentadas e discutidas durante a Conferência Gartner Outsourcing & Parcerias Estratégicas, nos dias 5 e 6 de junho, no Sheraton São Paulo WTC Hotel. Os analistas do Gartner abordarão questões como: quais empresas podem criar uma vantagem competitiva com a tecnologia, qual deve ser o foco das organizações de TI hoje em dia e como as expectativas da geração Y estão mudando a TI.

As inscrições para a Conferência estão abertas e podem ser feitas pelos telefones (11) 3074-9724 e 3073-0625, pelo e-mail brasil@gartner-la-events.com ou pelo site: www.gartner.com/br/outsourcing. Até dia 1º de junho será concedido um desconto especial de R$ 200 por inscrição. Mais informações podem ser obtidas no site: www.gartner.com/br/outsourcing

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