Copel Telecom inicia entrega de Protocolo IPv6

A Copel Telecom é uma das primeiras operadoras do Brasil a fornecer a mais recente versão do protocolo de comunicação na internet – o IPv6, já disponível a cerca de 15% dos clientes residenciais da operadora. No país, a média é de 4,52%.

A transição do protocolo na versão antiga, IPv4, para a nova, IPv6, é uma força-tarefa internacional, iniciada em 2012, mas que começou efetivamente a ser feita no Brasil em junho deste ano. “A Copel Telecom trabalha com o novo protocolo desde 2007, quando começamos a usar internamente e depois quando passamos a oferecê-lo a clientes corporativos. Desde então, estivemos à frente de todos os debates, investimos em infraestrutura e agora somos uma das primeiras operadoras no país a oferecer IPv6 a clientes de varejo”, afirma o diretor-presidente da Copel Telecom, Adir Hannouche.

O protocolo IP (Internet Protocol) é um conjunto de regras para que computadores e outros dispositivos eletrônicos possam conversar entre si. Cada aparelho – computador, smartphone, tablet – tem um endereço numérico que permite que as informações transitem pela rede.

Em 1983, quando a internet era ainda um experimento, seus inventores lançaram uma versão de protocolo, o IPv4, que tinha um determinado número de endereços. Tais endereços esgotaram e, por isso, foi preciso lançar um novo modelo. “É semelhante à questão do número de telefone com oito dígitos, que em alguns locais precisou ganhar um 8 ou um 9 no início”, explica o engenheiro de sistemas do departamento de Engenharia da Copel Telecom Joelson Vendramin.

Protocolo IPv6

Em 2012, provedores de internet, fabricantes de dispositivos eletrônicos e empresas de tecnologia de todo o mundo anunciaram oficialmente o início de implantação da versão IPv6 – tendo em consideração que o número de protocolos IPv4 já havia acabado em 2010. O movimento de transição começou sob coordenação da organização sem fins lucrativos Internet Society (ISOC), que divide a tarefa com organizações regionais.

Nos últimos três anos, os países passaram a usar blocos residuais de protocolos na versão antiga. Em junho do ano passado, o Comitê Gestor da Internet no Brasil anunciou que liberaria os endereços IPv4 restantes de forma gradual – cada provedor poderia solicitar apenas um bloco de 1.024 IPs a cada seis meses. “Cada dispositivo com acesso à internet usa um único endereço IP, ou seja, esse número era muito pequeno para qualquer operadora atender seus clientes, por isso, ficou ainda mais urgente a necessidade de trabalhar com a nova versão IPv6”, explica Hannouche.

Para trabalhar com o protocolo IPv6, no entanto, foi preciso modificar diversas estruturas. A Copel Telecom adaptou toda a cadeia de equipamentos de sua rede GPON (Gigabit Passive Optical Network) – desde aparelhos instalados na casa do cliente até roteadores de agregação, passando por banco de dados, servidores de autenticação e controle de políticas.

“Fizemos um projeto-piloto em 2014 com uma pequena amostra de usuários, tendo a missão de identificar possíveis problemas com o IPv6. Além disso, acompanhamos grupos de estudos ao redor do mundo que estavam desenvolvendo diversas técnicas de transição”, afirma Vendramin.

Dual stack

A transição de um modelo para outro não é tão simples. Para usar IPv6, todos os provedores, sites e aparelhos eletrônicos precisam comportar o novo modelo. Até atingir esse nível, os usuários manterão os dois tipos de protocolo, em sistema chamado dual stack. “Nós disponibilizamos IPv6 e mantemos o endereço IPv4, dessa forma, o sistema opta por qual protocolo navegar, dependendo do que o site ou o dispositivo comportar”, explica Vendramin.

Os dois protocolos conviverão juntos por muitos anos, até que todos os sistemas e dispositivos estejam operando com IPv6. Por conta dessa interdependência, é necessário que os agentes se adaptem ao novo modelo. “A tendência mostra que teremos internet em cada vez mais dispositivos, na chamada Internet das Coisas, por isso, é fundamental que essa transição aconteça de forma sincronizada. A Copel Telecom está pronta para a internet do futuro e espera ansiosamente por seu uso massivo em todo o mundo”, comenta Hannouche.

IPv6 no mundo

O uso do novo protocolo está crescendo rapidamente, embora os índices ainda sejam baixos. De acordo com o Google, 8,38% de seus usuários em todo o mundo acessam o site de busca por IPv6. No Brasil, esse índice é de 4,52%.

Na América Latina, quem lidera é o Peru, com 15,12%. Estados Unidos têm 21,05% de usuários com IPv6 e quem lidera o ranking mundial são os belgas, com 35,48%.

No IPv4, o campo do cabeçalho reservado para o endereçamento possui 32 bits. Esse tamanho possibilita um máximo de 4,3 bilhões de endereços diferentes. Na época do surgimento da internet, esse número era considerado suficiente, no entanto, hoje estima-se que haja no mundo 5,5 bilhões de dispositivos conectados à internet.

O IPv6 tem espaço para endereçamento de 128 bits, o que possibilita obter 340 undecilhões de endereços. Esse valor representa aproximadamente 79 octilhões (7,9×1028) de vezes a quantidade de endereços IPv4 e representa, também, mais de 56 octilhões (5,6×1028) de endereços por ser humano na Terra, considerando a população estimada em 6 bilhões de habitantes.

Usuário final

Para o usuário final, não é necessário fazer nada, apenas esperar que as empresas se adaptem ao novo sistema. Hoje, a maior parte dos computadores e dos smartphones já estão sendo fabricados com capacidade para usar IPv6, o mesmo vale para sites de redes sociais e grandes portais.

Além disso, o endereço IP não interfere na velocidade da conexão. “É a mesma coisa que enviar uma carta ou um e-mail – os endereços do destinatário ou do remetente não interferem na velocidade do envio”, conta Vendramin.

A Copel Telecom

A Copel Telecom é subsidiária de telecomunicações da Companhia Paranaense de Energia. Atua há 40 anos no mercado e tem estrutura instalada em todos os 399 municípios do Paraná, o que tornou o Estado o primeiro 100% digital do país. A rede de fibra óptica chega a 25 mil quilômetros e permite à empresa atuar na comercialização de internet de banda extralarga, além de soluções de conectividade para clientes corporativos em todo o Estado.

Compartilhar