Cinco dicas para ter sucesso como desenvolvedor de aplicativos mobile

Quem pretende desenvolver um aplicativo mobile sabe que, além de uma boa ideia – de preferência inovadora –, precisa lidar com uma série de fatores que podem ser determinantes para o seu sucesso. Na opinião de Cris Bartis, diretora executiva de Criação da Pontomobi linked by Isobar, maior empresa de soluções mobile da América Latina, o fundamental é que todo o processo, da sua concepção ao desenvolvimento, tenha por base o método do design centrado no usuário. “Se eu pudesse dizer somente uma coisa a quem está desenvolvendo aplicativos, eu sugeriria: trabalhe com o usuário no centro”.

Cris sugere cinco passos fundamentais para a criação de um app com grande potencial de sucesso. Confira a relação abaixo:

Conheça o usuário final: O princípio básico de qualquer aplicativo é ser um serviço útil para as pessoas, mas a única forma de saber isso é estudando o público-alvo. Se você está criando um serviço voltado para pais – e você é um jovem de 20 anos sem filhos –, não se apoie em suposições, e pesquise o que essas pessoas precisam de verdade. Converse com o cliente, use ferramentas de busca, questione, dialogue com os clientes do seu cliente. Desenhe uma persona. Desenvolva a empatia e amplie sua capacidade de calar seus conhecimentos para olhar com o olhar do outro, com as necessidades e desejos do outro. No final, tudo é sobre pessoas: a tecnologia é apenas um insumo para se chegar até elas.

Utilidade: “Ah, mas o cliente pediu tanta coisa no aplicativo que ele mais parece um site, tem até uma área de telefones úteis para emergência…”. Sim, isso acontece com muita frequência, mas essa é a magia: transforme o que o seu cliente quer falar naquilo que o usuário dele quer ouvir. Cubra de significado cada funcionalidade. Uma vez que você conheça esse usuário final (veja lá a dica número 1), pesquise sobre tendências e funcionalidades que tornem a vida desse usuário mais simples. Tenha os subsídios necessários para convencer seu cliente da possível necessidade de eliminar ou sugerir áreas e funcionalidades.

Criatividade é só uma etapa no processo: Aplicativo é um tripé construído por “cliente”, “criação” e “desenvolvimento”. Se um desses elementos faltar, o produto final não se sustenta. O criativo pode pensar em mil peripécias realmente importantes para o usuário final, mas se o cliente não for capaz de entregar os dados necessários à interface, de nada adianta. Já o desenvolvimento, além de trazer inputs fundamentais ao projeto, é a equipe capaz de validar a relação custo X benefício de cada funcionalidade pensada. É também por meio de uma estreita parceria entre criação e desenvolvimento que nasce uma boa experiência de uso. A forma como as interações serão feitas, o modo como as telas irão deslizar, como os carregamentos acontecerão faz toda diferença quando essas equipes trabalham juntas.

Android e iOS não são a mesma coisa: É fundamental ter isso em mente quando você for definir o escopo, precificar, criar o cronograma e prever o time. Existem diferenças fundamentais entre as plataformas, não só no desenvolvimento, como também nos elementos visuais e seus comportamentos. As plataformas também evoluem de maneiras diferentes, têm atualizações constantes e é importante estar sempre de olho!

Todo app é um organismo vivo e você nunca vai chegar ao final (e isto não é ruim!): Para precificar um aplicativo é preciso que se defina o escopo. E definir o escopo é limitar o que posteriormente pode ser desenvolvido, e isso só pode ser realizado quando efetivamente se sabe o que o usuário final precisa. Mas não desista! É durante o desenvolvimento que novas ideias podem e devem fazer parte do processo. Você pode criar um backlog com tudo que foi pensado e não estava contemplado no momento inicial. Este documento serve para novas etapas de amadurecimento do produto e até para cobrar por coisas que não estavam previstas inicialmente e passaram a fazer parte do projeto ‘final’.

“Não existe uma fórmula de sucesso no desenvolvimento de aplicativos, mas seguindo esses passos, você estará no caminho certo para ter um cliente satisfeito, um usuário feliz e sentir orgulho do trabalho que desenvolveu”, completa Cris.

Compartilhar