Maringá cria Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação

Foi sancionada ontem, 11 de abril, uma lei de autoria do Poder Executivo que oficializa a criação do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCTI). A lei estabelece em seu artigo 1º que o objetivo do Conselho é fortalecer e ampliar a base técnico-científica do município, que é constituída por entidades de ensino, pesquisa e prestação de serviços técnicos especializados e por unidades de produção de bens e serviços de elevado conteúdo tecnológico.

O setor de Tecnologia da Informação cresce em ritmo acelerado em Maringá e região. As empresas geram empregos e recursos para a cidade por meio do recolhimento de impostos. Iniciativas como a da Software by Maringá reúne empresas do setor para melhorar a estrutura por meio de processos gerenciais e de desenvolvimento de produtos com qualidade. “O objetivo é tornar Maringá conhecida pela excelência em software e qualidade de vida. Também é objetivo da SbM despertar o potencial inovador das empresas para gerar cada dia mais prosperidade”, explica a presidente da entidade, Rafaela Campos.

De acordo com prefeito de Maringá, Ulisses Maia, “a criação deste Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, aliada à viabilização do parque de TI, poderá resultar no surgimento de uma espécie de ′Vale do Silício′ regional”, enfatizou o prefeito. Recentemente o prefeito assinou um decreto destinando uma área urbana de aproximadamente 120 mil metros quadrados para implantação do Parque de Tecnologia da Informação e Comunicação no município.

Para o diretor de Inovação Tecnológica da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Franz Wagner Dal Belo, a finalidade maior do Conselho será a de colaborar com os demais órgãos de governança na promoção do desenvolvimento econômico e social do município. “O conselho fará parte do âmbito da Lei Municipal de Inovação, que foi aprovada no ano passado. Sua atuação será semelhante à do Codem, entretanto, focada na sugestão de diretrizes e aplicação de recursos que contemplem o desenvolvimento de práticas que proporcionem avanços nas áreas de inovação e tecnologia”, disse.

“O sancionamento da lei de criação do Conselho municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação é um grande passo na conquista que o setor de Tecnologia vem buscando já há 10 anos, época em que surgiu o movimento APL. Essa lei vem concretizar uma etapa de um planejamento do setor que é levar Maringá a ser um polo de referência em desenvolvimento de tecnologia de software”, explica Luis Marcos M. Campos, coordenador da APL (Arranjos Produtivos Locais) de Software de Maringá e região. E complementa “dessa forma a sociedade civil organizada ganha uma voz e espaço no planejamento público na área de tecnologia, tendo o poder público como apoiador de ações de desenvolvimento tecnológico. Isso também vem se somar ao já movimento do CODEM que terá o conselho como agente agregador”.

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Chamada pública define empresas nascentes para apoio do Start-up Brasil

Até 100 empresas nascentes de base tecnológica serão apoiadas por chamada pública do programa Start-up Brasil. O edital será lançado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro.

As startups escolhidas receberão recursos públicos e privados e terão o apoio de aceleradoras de empresas, que irão abriga-las durante seis meses a um ano. O período tem como objetivo o amadurecimento rápido dos projetos para sua adequada inserção no mercado.

A cerimônia no Rio terá palestra do fundador do Startup Weekend, Andrew Hyde. Participam do anúncio o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Maurício Borges; o secretário de Política de Informática do ministério, Virgilio Almeida; o COO do Start-up Brasil, Felipe Matos.

O coordenador do programa, Rafael Moreira, mediará um painel com representantes das nove aceleradoras selecionadas em edital anterior. As nove aceleradoras selecionadas na primeira etapa do programa Start-up Brasil foram anunciadas pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, em São Paulo, no dia 28 de fevereiro. Foram habilitadas as empresas 21212, Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, Acelera MG, Outsource Brasil e Start You Up.

Após a cerimônia, as 11h30, os jornalistas presentes estarão convidados a participar da coletiva de imprensa.

O Start-up Brasil

O programa tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de startups no país para ampliar a competitividade do Brasil e estimular o desenvolvimento econômico. Foi criado pelo MCTI como parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, o TI Maior, que se baseia em cinco pilares: Desenvolvimento Econômico e Social; Posicionamento Internacional; Inovação e Empreendedorismo; Produção Científica, Tecnológica e de Inovação; e Competitividade.

Apoio

O apoio oferecido às startups se destina a empresas nacionais (75% do total) e internacionais (25%), com até três anos de constituição, que desenvolvam produtos ou serviços inovadores, usando ferramentas de software e serviços de TI como parte da solução proposta.

Cada startup escolhida contará com R$ 200 mil na forma de bolsas para pesquisa, desenvolvimento e inovação e concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Além disso, a aceleradora poderá investir recursos adicionais, que variam de R$ 20 mil a R$ 1 milhão, no projeto.
A aceleração é o processo, muito rápido, de desenvolvimento de um produto ou serviço direcionado ao mercado, envolvendo o suporte de mentores, investidores de risco e pesquisadores universitários, entre outros recursos.

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