PUCPR e Nokia inauguram laboratório para pesquisa de tecnologias 4G e 5G

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Nokia Networks inauguraram na sexta-feira (27) o Laboratório de Estudos Avançados em Redes Móveis de Telecomunicações. Mais um fruto da parceria que existe desde 2009, o novo projeto incentivará a inovação para o desenvolvimento das redes 4G e 5G nacionalmente, estreitando o relacionamento entre a universidade e a empresa. A estação rádio-base Flexi Multiradio 10 da Nokia e as redes heterogêneas de telecomunicações formarão a base das pesquisas.

No escopo de atuação do laboratório também estão previstas atividades de capacitação pessoal, abrigando equipes técnicas da PUCPR e da Nokia na área de engenharia elétrica, para testes de funcionalidades avançadas de rádio que possibilitarão a evolução dos padrões de tecnologia atualmente utilizados.

Coordenado pelo curso de Engenharia Elétrica da PUCPR, o espaço de cooperação será aberto aos funcionários da Nokia além de alunos e professores da Universidade para o desenvolvimento de trabalhos de iniciação científica, conclusão de curso e aulas práticas de disciplinas relacionadas.

O primeiro grupo de trabalho do laboratório desenvolveu um estudo que buscou identificar e avaliar os cenários de operação e simulação das redes 4G, um importante passo para entender a tecnologia e embasar projetos futuros. Os alunos participantes receberam uma bolsa de apoio para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa, custeada com recursos do próprio projeto.

Laboratório de Estudos Avançados em Redes Móveis de Telecomunicações: www.pucpr.br/lte.

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3G salva telefonia móvel nos estádios da Copa do Mundo

Por Dane Avanzi

As vésperas do leilão da faixa de 700 mhz, a Copa do Mundo está expondo as mazelas e improvisações do sistema de telefonia móvel brasileiro. Segundo informações do SinditeleBrasil, 74% do tráfego de dados utilizados na abertura da Copa foi suportado pela rede 3G, e apenas um quarto das comunicações trafegou pela rede 4G.

Tal fato não é novidade para quem utiliza o serviço de dados nas grandes cidades, que ainda possuem poucas torres de suporte ao serviço 4G, e, na prática, conta mesmo com a rede 3G para mandar e-mails, acessar a internet – mesmo com o congestionamento e indisponibilidade em horários de pico.

Tal sorte não tiveram os expectadores que foram ao estádio da Ponte Preta, em Campinas, São Paulo, no dia 12 para assistir ao treino da seleção de Portugal. Segundo informações do Correio Popular, a rede 3G, que atende ao estádio teve momentos de congestionamento intenso e em alguns momentos, indisponibilidade.

A diferença entre os estádios comuns das cidades onde as seleções estão treinando para as arenas da Copa, é justamente a infraestrutura de fibra ótica e quantidade de antenas, que interligam a arena à diversas outras torres no entorno do estádio para vazão das demandas de tráfego de voz e dados.

Em suma, sem a rede 3G não existe telefonia móvel no Brasil, nem dentro nem fora dos estádios. Essa deficiência, segundo Maurício Fernandes, chefe da área de análise de investimento do Bank of America Merrill Lynch, inviabiliza o retorno sobre o investimento de uma rede construída do zero por um novo “player” no mercado de telefonia móvel brasileiro.

O Ministro Paulo Bernardo declarou recentemente que a banda larga móvel ainda tem muito espaço para crescer no Brasil e, além disso, no leilão de 700 MHz não haverá metas de cobertura, assim o operador poderá escolher as áreas em que irá atuar.

Tal anúncio, se por um lado incentiva novos players a concorrerem no leilão que deve ocorrer em agosto, por outro, não estimula a oferta de serviços de qualidade para as populações fora dos grandes centros, em especial para as regiões rurais, que necessitam de maciços investimentos em infraestrutura para desenvolvimento de importantes setores da indústria do agronegócio.

Embora seja salutar para o ambiente de competição novos players nos grandes centros, para as áreas rurais tal política não surtirá efeitos positivos, haja vista a oferta de serviços ser precária e em muitos casos apenas com serviços de voz, sem redes de dados em banda larga 3G.

Eis porque a Copa do Mundo, evento assistido por quase um terço da população do planeta, mais de 2 bilhões de pessoas, traz a tona a realidade nua e crua do Brasil, não somente no âmbito das telecomunicações.

Dane Avanzi é vice-presidente da Aerbras, diretor superintendente do Instituto Avanzi, advogado especializado em telecomunicação e autor dos livros “Radiocomunicação digital: sinergia e produtividade” e “Como gerenciar projetos”.

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Curitiba regulamenta instalação de antenas de telefonia

Foto: Alessandra Cardoso

A prefeitura de Curitiba decidiu regulamentar a instalação de antenas de telefonia móvel no município. O objetivo principal é viabilizar e acelerar a implantação da tecnologia 4G na cidade.

Durante a solenidade, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, lembrou que em grande parte do país as empresas encontram muitos obstáculos para instalar antenas, o que dificulta a expansão do acesso e da melhoria da qualidade da internet. “É absolutamente importante o poder público dar o exemplo, desburocratizando e tornando mais fácil e ágil a instalação da infraestrutura”, ressaltou.

A medida regulamenta o licenciamento de estações de radiocomunicação no município. O decreto prevê dois tipos básicos de equipamentos e estabelece parâmetros para cada um deles. As torres de concreto ou metálicas terão restrições de implantação em determinadas regiões. Já as antenas fixadas em topo de edifícios e fachadas passam a ser liberadas em todas as regiões.

O processo de aprovação para instalar novas antenas vai passar por duas etapas: licença de instalação e licença de operação. A solicitação deverá ser feita pelas operadoras de telefonia celular ou empresas de infra-estrutura junto à Secretaria Municipal de Urbanismo de Curitiba.

Lei de Antenas

Um projeto de lei apoiado pelo Ministério das Comunicações, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, pretende uniformizar a legislação para instalar antenas de telefonia móvel em diferentes municípios brasileiros. Hoje, cada cidade fixa suas próprias normas.

Com a intenção de acelerar a implantação de infraestrutura de telecomunicações no Brasil, o projeto estabelece mudanças no procedimento de autorização para antenas de telefonia móvel. Hoje, existem mais de 250 leis diferentes sobre o assunto. E a demora na concessão de licenças para instalar torres de celular chega a durar um ano e meio.

O projeto visa uniformizar e simplificar os procedimentos e critérios para a outorga de licenças pelos órgãos competentes. A ideia é que as novas regras também contribuam para minimizar os impactos urbanísticos, paisagísticos e ambientais da infraestrutura de telecom, sem prejudicar a expansão e a melhoria da qualidade nos serviços.

Fonte: Agência Brasil

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