KPMG: 78% dos CEOs de Tecnologia e Telecom devem priorizar investimentos em IA generativa

A maioria (78%) dos CEOs do setor de tecnologia e telecomunicações globais informam que a IA Gen é uma das prioridades de investimento, enquanto 55 % preveem que as mudanças para a inclusão dessa tecnologia são os riscos potenciais mais importante para suas empresas. Os três principais desafios para o setor incluem a adoção da Inteligência Artificial generativa (IA Gen) e outras tecnologias emergentes (55%), a incerteza econômica (49%) e as complexidades geopolíticas (49%); esses são números da Pesquisa CEO Outlook 2024 com dados específicos dos CEOS de Tecnologia e Telecomunicações.

“Há um consenso a respeito dos aspectos transformacionais e disruptivos da Inteligência Artificial, entretanto é certo que a utilização será pautada por casos de uso que tragam resultados efetivos aos negócios diante das incertezas macroeconômicas e aspectos geopolíticos citados na pesquisa, por exemplo, o que poderá trazer foco em casos de uso de IA associados à tecnologias emergentes para ampliação na eficiência operacional, inovação, bem como cibersegurança”, afirma Marcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul.

A publicação mostra também que a IA Gen pode ajudar a aprimorar as habilidades da força de trabalho, auxiliar na detecção de fraudes, na resposta a ataques cibernéticos e aumentar a inovação. O entendimento e a implementação dessa tecnologia e o avanço na digitalização e na conectividade de todas as áreas funcionais continuam sendo a prioridade operacional número um para aproximadamente 23% dos CEOs desse setor nos próximos três anos.

A pesquisa informa ainda que 71% dos respondentes sentem-se cada vez mais pressionados a garantir a prosperidade de seus negócios a longo prazo.

Outro fator importante apontado na pesquisa diz respeito aos fatores ESG. Um terço (29%) dos CEOs acreditam que os concorrentes que estão obtendo uma vantagem sobre eles é a grande desvantagem de não conseguirem atender às expectativas das partes interessadas em relação aos fatores ESG em 2024.

A expectativa de crescimento econômico também foi um ponto importante da pesquisa: 40% dos respondentes disseram ter uma perspectiva de ganho de 0,01% a 2,49% para os próximos três anos; 29% responderam ter uma perspectiva de 2,5% a 4,99% de ganho nesse mesmo período; 16% esperam um crescimento de 5% a 9,99% enquanto apenas 3% disseram não esperar crescimento algum.

O Panorama dos CEOs de Tecnologia e Telecomunicações de 2024 da KPMG, que faz parte da 10ª edição do CEO Outlook de 2024 da KPMG, é compilado a partir das visões dos 240 CEOs do setor de Tecnologia e Telecomunicações. Todos os respondentes supervisionam as empresas com receitas anuais acima de US$ 500 milhões, e um terço das empresas pesquisadas tem mais de US$ 10 bilhões em receita anual. A pesquisa incluiu CEOs de 11 mercados-chave (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos) e 11 setores industriais importantes, incluindo tecnologia e telecomunicações.

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Startup vai apresentar contribuição da tecnologia nacional de ressonância magnética para o setor produtivo brasileiro  em evento da UFPR

A tecnologia de ressonância magnética SpecFIT, primeiro e único  equipamento nacional desenvolvido pela startup FIT – Fine Instrument Technology, em parceria com a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) para a análise de produtos da agroindústria, será apresentado durante a VI edição da Escola Avançada de Ressonância Magnética Nuclear . O evento, organizado  pela Associação de Usuários de Ressonância Magnética Nuclear, ocorrerá entre  os dias 3 e 15 de fevereiro, no Campus Centro Politécnico da UFPR, em Curitiba.

A expectativa dos organizadores do curso, os professores Andersson Barison e  Kahlil Salomé e a gerente de laboratório Ana Carolina Marques, do Departamento de Química da UFPR, e o professor Ramon Aguiar, da Universidade Anhanguera,  é qualificar um número crescente de profissionais em ressonância magnética nuclear para atender à demanda do mercado. “Estamos em uma corrida para atender à demanda por profissionais neste mercado de ressonância magnética no Brasil. No Brasil, enfrentamos o problema da formação ser limitada à pós-graduação. O  curso que organizamos, então, vem preencher uma lacuna em meio à uma demanda crescente por talentos experientes”, avalia o professor Barison, lembrando que até na o campo forense a  tecnologia vem sendo empregada. “As vantagens destas análise  são evidentes para diversos campos produtivos, da agricultura às artes plásticas”, complementa.

O CEO da FIT, Daniel Consalter, vai demonstrar a contribuição do equipamento nacional  para a análise de produtos de um leque amplo de setores produtivos: desde a agroindústria (especialmente grãos, óleos, carnes e produtos lácteos, além de solos e fertilizantes),  petróleo (rochas porosas), construção civil ( cimento) e têxtil. “O equipamento de ressonância magnética permite a verificação de parâmetros de produtos em apenas um minuto, sem uso de reagentes e sem poluir o meio ambiente. É um processo indispensável para a certificação da qualidade e a redução de perdas durante o processo de produção”, antecipa Consalter

A Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é uma das principais ferramentas de exploração científica e   vem sendo cada vez mais utilizada em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e por empresas para uma produção mais rentável e sustentável. De acordo com o professor Andersson Barison, o número de participantes do curso da UFPR vem crescendo gradativamente. Na edição deste ano a expectativa é alcançar 150 inscritos.O curso de RMN é direcionado a técnicos e profissionais da área de RMN , estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado  e contará com dezenas de palestras de especialistas e estudiosos do ramos de diversas universidades brasileiras. Mais informações em : https://ebrmn.ufpr.br/

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Logcomex anuncia 15 novas vagas para SDRs em Curitiba

Selecionados participarão do “Pre-sales Machine Academy”, programa de capacitação que visa preparar e identificar novos talentos na área comercial

A Logcomex, líder em soluções inovadoras para o comércio exterior, acaba de lançar a “Pre-sales Machine Academy”, um programa de recrutamento voltado para identificar e capacitar novos talentos na área comercial, especialmente no setor de pré-vendas. Sem exigir experiência ou conhecimento técnico prévio em pré-vendas, a iniciativa oferece uma oportunidade de contratação para quem tem perfil comercial e deseja ingressar na área. As inscrições para o processo seletivo estão abertas até 5 de fevereiro, com até 15 vagas disponíveis.
 

A função de Sales Development Representative (SDR) tem papel estratégico no comércio exterior. Esse profissional é responsável por mapear oportunidades em um vasto mar de leads e garantir que as conversas certas cheguem às mesas certas, contribuindo para o fechamento de grandes negócios. No setor de comércio global, onde as transações envolvem múltiplos players e exigem estratégias bem definidas, o SDR é essencial para identificar novas oportunidades e abrir caminhos para a expansão da carteira de clientes.
 

Segundo Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex, a iniciativa reflete a visão da empresa de impulsionar a qualificação no setor de vendas no comércio exterior, ao mesmo tempo em que cria oportunidades de carreira em uma das empresas mais inovadoras do mercado. “O comércio exterior sofre com a escassez de profissionais qualificados em vendas. Muitos cursos tradicionais não oferecem capacitação adequada para essa área, por isso, decidimos criar um programa exclusivo de SDRs, que oferece a formação necessária para destacar esses profissionais no mercado”, ressalta.
 

O programa será baseado na metodologia própria da Logcomex, o “Jeito Log de Prospectar e Vender”, que combina foco no cliente, habilidades técnicas e comportamentais e uma abordagem moderna para as vendas. O objetivo é criar profissionais bem preparados, com visão estratégica, que consigam não apenas fechar negócios, mas também estabelecer relações de longo prazo, o que é essencial no mercado global.

Com carga horária de 40 horas, a qualificação contará com aulas online e presenciais, distribuídas em uma semana de atividades intensivas na sede da empresa em Curitiba (PR), nas quais os participantes serão introduzidos às especificidades da pré-venda no setor de comércio exterior e preparados para atuar na Logcomex. Para dar suporte ao aprendizado, a empresa fornecerá todas as ferramentas necessárias e ao final do programa, após a entrega dos certificados, os selecionados receberão o kit de onboarding com mochila, caderno, meia, boné, botton, caneta, garrafa, computador e periféricos de informática.
 

Para Paola Oliveira, Coordenadora de Sales Enablement da Logcomex, o objetivo do programa é identificar e investir em talentos com um perfil comportamental alinhado à visão da empresa de transformar o comércio exterior: “Não estamos exigindo experiência prévia em pré-vendas, mas sim profissionais colaborativos e dinâmicos, com perfil comercial, que tenham vontade de crescer, aprender e contribuir com o ambiente inovador que construímos na empresa. Habilidades técnicas são construídas com o tempo, mas adaptabilidade e disposição para aprender são essenciais no comércio exterior”, completa.

Além do treinamento, os perfis contratados receberão uma certificação exclusiva, validando a experiência adquirida no programa. Os interessados podem acessar mais informações sobre o processo seletivo por meio do site Link até 5 de fevereiro.

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Startup Day 2025 acontece em 22 de março com programação nacional

Movimento colaborativo do Sebrae Startups reúne startups de todo o Brasil com palestras, painéis e conexões estratégicas

A 11ª edição do Startup Day acontece no dia 22 de março de 2025, das 9h às 19h, com atividades presenciais em diversas localidades do país. O movimento, idealizado pelo Sebrae Startups e cocriado com outros atores do ecossistema de inovação, conta com uma programação que reúne palestrantes de referência em empreendedorismo e inovação.
 

Segundo Décio Lima, presidente do Sebrae, o Startup Day tem se consolidado como um espaço de aprendizado e troca de experiências. “O movimento mobiliza o país para a inovação. O Sebrae, que configura entre as dez marcas mais fortes do país, consolida o Startup Day como um movimento de apoio a uma rede pelo empreendedorismo. Isso representa mais oportunidades e renda. O empreendedorismo, quando tem apoio, consegue alcançar ainda mais a missão de distribuir renda, com inclusão”, afirma.
 

A construção do Startup Day é colaborativa, integrando o Sistema Sebrae e a comunidade de inovação nacional. Em 2024, o evento alcançou quase 25 mil participantes em todo o Brasil e cobertura de 184 municípios, incluindo os 26 estados e o Distrito Federal.
 

“Para 2025, o Sebrae espera superar esses números, promovendo ainda mais conexões e oportunidades para startups nos estágios de curiosidade, ideação, validação, tração, crescimento e escala”, aponta Cristina Mieko, head de startups do Sebrae Startups.
 

O Startup Day reforça o compromisso do Sebrae Startups com em apoiar às ações de empreendedorismo no ecossistema de inovação, contribuindo para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.As inscrições já estão abertas no site oficial do evento. Empreendedores, investidores, aceleradoras, universidades e interessados no universo das startups estão convidados a participar.

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E-Commerce Brasil dá start nos eventos de 2025 com Imersão ECBR Curitiba

Com a participação de especialistas renomados, a masterclass acontecerá também em outras cinco capitais brasileiras ao longo do ano

No dia 4 de fevereiro de 2025, Curitiba será palco do evento Imersão ECBR Curitiba, primeiro evento do ano realizado pelo E-Commerce Brasil. Durante um dia inteiro, profissionais de diversos setores que atuam no comércio eletrônico poderão usufruir de conteúdos estratégicos sobre gestão, operação e crescimento no comércio eletrônico, conduzidos por dois grandes especialistas do setor e curadores de plenárias no Fórum ECBR: Jean Makdissi, Mestre em Gestão de Varejo pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e professor da mesma instituição,  Founder e CEO da IntimaStore.com, Diretor Executivo do Grupo Cleutexe Dirigente da
Associação de Lojistas do Brás; e Ângelo Vicente, Mestre em Gestão de Tecnologia pelo Sloan School of Management – MIT, Fundador da e-Cadeiras e da SELIA Fullcommerce, e Cofundador e professor da Escola Superior de E-commerce – ESECOM.

Combinando teoria, prática e insights de mercado, o evento reunirá empresários e gestores que desejam transformar seus negócios digitais e fazer networking com grandes players do setor. A programação inclui temas como a jornada do consumidor digital, o papel do marketing como motor do e-commerce, a evolução dos marketplaces e a aplicação prática de KPIs que realmente movem os ponteiros do negócio. Para completar, uma atividade dinâmica – o Digital Marketing Canvas – ajudará os participantes a traduzir as ideias discutidas em ações concretas.

A proposta é clara: capacitar profissionais para dominar as complexidades do e-commerce e posicionar seus negócios no topo do mercado. “Trouxemos grandes referências do mercado para compartilhar não apenas conhecimento técnico, mas estratégias práticas que transformam operações e impulsionam negócios. Este evento foi desenhado para proporcionar uma imersão completa em temas como jornada do consumidor digital, omnichannel, marketplaces e experiência do cliente – tudo alinhado às ecessidades reais do mercado. É uma grande oportunidade para profissionais e empresas trocarem experiências e expandirem conexões”, ressalta Bruno Pati, CEO do E-Commerce Brasil.

Patrocinado por gigantes como Magazine Luiza, Stone, Nuvemshop, PagBrasil e Wake, o evento também oferece networking com líderes da área, troca de experiências e novas perspectivas para o futuro do comércio eletrônico.

Com vagas limitadas e um investimento de R$ 498, o evento acontecerá no Bourbon Hotel & Suítes Curitiba e as inscrições estão abertas através do site https://eventos.ecommercebrasil.com.br/imersao/curitiba-pr.

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Combinações seguras previnem golpes e ataques cibernéticos

Relatório revela piores senhas para ambiente corporativo em 2024

As senhas, uma linha de defesa crucial contra ataques cibernéticos, continuam sendo uma preocupação central para empresas em todo o mundo. Apesar da necessidade de sequências complexas para proteger dados e servidores, a senha “123456” ainda lidera o ranking global das mais vulneráveis no ambiente corporativo. A informação consta no relatório anual de 2024 da NordPass, empresa especializada em gerenciamento de ameaças digitais, divulgado recentemente.

O estudo revela ainda que senhas fracas escolhidas para o ambiente de trabalho são semelhantes às utilizadas na vida pessoal. Diante desse cenário, é ainda mais urgente que as organizações adotem estratégias robustas de cibersegurança para proteger seus sistemas e informações, o que inclui não somente investimento em softwares, mas também conscientização por parte dos colaboradores.

De acordo com Sergio Hideki Yamazaki, analista de Sistemas do Lactec, um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil, é essencial orientar o usuário a evitar senhas fracas e previsíveis e a não reutilizar senhas, reforçando as políticas de segurança. “Adotar diretrizes de criação de senhas, utilizar gerenciadores de senhas e autenticação multifator são ações necessárias para reforçar a segurança das informações da empresa. Essas práticas evitam eventuais prejuízos financeiros e de reputação da empresa, além da perda de dados sensíveis”, afirma.

Yamazaki reforça que as organizações podem atuar para proteger seus sistemas de ataques cibernéticos empregando boas práticas diárias, com treinamentos de conscientização de segurança regulares para os colaboradores, atualizações de software conforme são liberadas pelos desenvolvedores, monitoramento ativo da rede, com uso de firewalls e sistemas de detecção e prevenção de intrusões.

Ataques cibernéticos


Os golpes cibernéticos têm atingido níveis cada vez mais extremos nos últimos anos, com destaque para os ransomwares, ataques de phishing e vazamentos de dados. De acordo com o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, em 2023 o Brasil registrou mais de 700 milhões de ciberataques, ficando em segundo lugar entre os países que mais sofreram ameaças no mundo. O número representa um aumento de 16% quando comparado ao ano anterior, quando foram registrados 88,5 bilhões de ataques cibernéticos.

Entre as ameaças digitais mais recorrentes no Brasil estão o phishing (fraudes para obtenção de dados confidenciais), ransomware (sequestro de sistemas em troca de pagamento) e ataques DDoS (que sobrecarregam servidores para tirá-los do ar). Essas práticas podem causar prejuízos financeiros, perda de credibilidade e até paralisar operações nas empresas.

Rodrigo Jardim Riella, coordenador do Future Grid – Centro de Competência Embrapii Lactec em Smart Grid e Eletromobilidade, destaca que, com a crescente dependência da internet, a digitalização acelerada de infraestruturas e a expansão de serviços online, investir em protocolos de segurança se tornou uma preocupação ainda maior.

“Investir em cultura de segurança é uma necessidade. As pessoas costumam pensar que a segurança cibernética vai restringir algo ou limitar os acessos aos sites, mas a ideia não é essa. A ideia é fazer com que áreas da empresa, que têm e não têm relação com tecnologia da informação, saibam que fazem parte de uma cadeia e, quando um elo se rompe, existe a possibilidade de ciberataques”, alerta.

Desafios e proteção


Setores como comunicações, energia, transportes e finanças têm mais desafios para proteger seus sistemas contra sequestro de dados sensíveis e ataques agressivos. Para prevenir esses perigos, Riella reforça que é preciso integrar tecnologia, pessoas, processos e ambiente para prever, identificar, proteger, detectar e responder a ciberataques de forma eficaz. 

Na prática, todos os colaboradores de uma empresa podem ajudar na proteção contra ciberataques, seguindo algumas medidas de segurança. “É importante explicar o porquê da restrição e quais as consequências de não obedecê-las. Existem muitos ciberataques em que o início se dá fisicamente, por isso é fundamental ter um controle do ambiente, limitar e monitorar o acesso aos sistemas. São recomendações que se aplicam a qualquer empresa que tenha uma infraestrutura de tecnologia da informação (TI) e ambientes operacionais de tecnologia da operação (TO)”, explica.

Para evitar cair nesses golpes, Rodrigo Riella destaca algumas práticas que as empresas precisam adotar:

  • Promover treinamentos voltados especificamente para quem não é da área de tecnologia, atualizando as informações sempre que for necessário.
  • Assegurar-se de que cada funcionário entende o seu papel nos processos de segurança virtual da organização.
  • Considerar que precauções óbvias precisam ser ditas e repetidas. Por exemplo: não expor login e senha.
  • Orientar sobre a importância de senhas fortes: a senha deve incluir uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos especiais. 
  • Garantir que todas as áreas conheçam os protocolos de segurança, fortalecendo a noção de que todos fazem parte da proteção da empresa.
  • Revisar e atualizar senhas: é essencial verificar regularmente a integridade das senhas, assim como identificar senhas fracas, antigas ou reutilizadas e atualizá-las para senhas novas e mais seguras.

Segurança cibernética


O Lactec renovou o credenciamento como unidade Embrapii com a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), integrando um escopo mais robusto de competências, incluindo Inteligência Embarcada. Com a renovação, o Lactec passa a atuar com sistemas eletrônicos embarcados, inteligência artificial e cibersegurança para sistemas embarcados, implementando mecanismos de proteção no hardware e software, incluindo atualizações assinadas digitalmente. 

“Temos capacidade para desenvolver métodos para proteger dispositivos contra ataques cibernéticos, implementando protocolos de comunicação seguros, com adoção de criptografia, autenticação e padrões internacionais, garantindo a integridade e confidencialidade dos dados”, afirma Yamazaki. Além disso, o centro de pesquisa realiza a detecção e mitigação de ameaças cibernéticas, com o desenvolvimento de soluções, execução de testes de segurança e monitoramento com o suporte de soluções baseadas em IA.

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Copom eleva a taxa Selic para 13,25% a.a.

O ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo. A inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e situam-se em 5,5% e 4,2%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 4,0% no cenário de referência (Tabela 1).

Persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada; e (ii) um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.

O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes.

O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista.

O Copom então decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 13,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Tabela 1

Projeções de inflação no cenário de referência

Variação do IPCA acumulada em quatro trimestres (%)

Índice de preços20253º tri 2026
IPCA5,24,0
IPCA livres5,23,8
IPCA administrados5,24,6

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de R$6,00/US$, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2025. O valor para o câmbio foi obtido pelo procedimento usual. ​

Fonte: Banco Central]

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Santander abre inscrições para seu Programa de Estágio com vagas para o Paraná

Banco busca estudantes de curso superior para trabalhar em áreas como Tecnologia & Operações, Riscos, Jurídico, Varejo, Finanças e Atacado

O Santander Brasil está contratando estudantes universitários para seu Programa de Estágio 2025. São mais de em diversos estados brasileiros, para atuação em agências e áreas administrativas do Banco, como Atacado, Finanças, Riscos, Varejo, Auditoria, Jurídico, Pessoas & Ouvidoria e Tecnologia. Os benefícios incluem bolsa auxílio compatível com o mercado, assistência médica, seguro de vida, vale-refeição e vale-transporte, programas de desenvolvimento e trabalho flexível. As inscrições podem ser feitas até 09 de fevereiro deste ano, no portal de carreiras do Banco, em programa de estágio, clicando neste LINK.

Para participar, é necessário estar cursando a partir do segundo semestre da graduação (bacharel ou tecnólogo). O processo seletivo contará com etapas como inscrição, testes, dinâmica de grupo e avaliação com o gestor da área. Os aprovados iniciarão suas atividades no Santander entre março e abril de 2025. De acordo com Germanuela De Abreu, Vice-presidente Executiva de Pessoas e Ouvidoria do Santander Brasil, o banco busca jovens talentos alinhados aos valores da instituição. “Buscamos jovens que encaram desafios e que sejam apaixonados por aprender e crescer em um ambiente dinâmico. Os escolhidos estarão em equipes responsáveis por projetos importantes para o cliente Santander. Cerca de 50% dos nossos estagiários são efetivados ou promovidos em até 16 meses de contrato”, destaca a executiva.

O processo seletivo do Programa de Estágio Santander é conduzido pela Universia, empresa do ecossistema Santander que é especializada em empregabilidade. “A Universia realiza o processo selecionando os melhores talentos, levando em conta a diversidade e a inclusão. O Santander é o lugar ideal para quem quer construir uma carreira profissional sólida”, diz Marcio Giannico, Head Sênior de Governos, Instituições, Universidades e Universia no Brasil.

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No Paraná, ABDI coordena workshop com cegos para construção de edital sobre bengalas inteligentes

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou nesta quarta-feira, 28, de um workshop no Instituto Paranaense de Cegos (IPC), numa ação que faz parte do desenvolvimento do 1º concurso público de inovação do Paraná. A iniciativa, coordenada pela agência com a participação da Secretaria de Inovação e Transformação Digital (SEI) e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef) do Paraná, busca criar bengalas tecnológicas para pessoas com deficiência visual.
 

O evento reuniu técnicos das secretarias estaduais, especialistas da ABDI e pessoas com deficiência visual para discutir soluções concretas e alinhadas às necessidades reais dos usuários. Durante o workshop, foram compartilhadas experiências e dificuldades enfrentadas no dia a dia por quem depende das bengalas para mobilidade e segurança.
 

“Vimos na ABDI um parceiro ideal, primeiro porque o presidente Ricardo Cappelli tem uma visão muito clara de ajudar os estados a inovar nas compras públicas. Foi um privilégio para o Paraná ser o primeiro estado do Brasil a desenvolver este projeto com a ABDI. Essa é uma inovação importante para levarmos soluções tecnológicas não apenas aos cegos do Paraná, mas de todo o Brasil”, destacou Alex Canziani, secretário de Inovação e Transformação Digital do Paraná.
 

Com um investimento previsto de R$ 3 milhões, o concurso tem como objetivo estimular o desenvolvimento de protótipos de bengalas eletrônicas equipadas com sensores, sistemas de navegação e até mesmo inteligência artificial. A proposta é oferecer soluções acessíveis e tecnologicamente avançadas, capazes de identificar obstáculos acima da linha da cintura e promover maior mobilidade e dignidade para as pessoas cegas.
 

“Essa iniciativa tem um alto impacto social e busca atender a uma demanda muito grande. Estamos realizando a primeira oficina com a Secretaria de Inovação do estado do Paraná, na qual executaremos o primeiro concurso de inovação nos moldes da nova Lei de Licitações e Contratos”, afirmou André Rauen, assessor especial da presidência e líder do Hubtec – Escritório de Encomendas Tecnológicas da ABDI. A expectativa é de que o edital do concurso seja lançado nos próximos meses.
 

A dimensão do desafio é evidenciada pelos dados apresentados por Canzian: são cerca de 50 mil pessoas cegas no Paraná e 500 mil em todo o Brasil que podem se beneficiar da inovação. “A ideia é que as bengalas tenham um custo razoável, permitindo que o próprio SUS possa disponibilizá-las para atender o Brasil como um todo”, ressaltou o secretário.
 

Para Enio Rodrigues da Rosa, presidente do Instituto Paranaense de Cegos, o evento representa um marco. “Esperamos que todo esse processo resulte em um protótipo inovador e viável, tanto do ponto de vista industrial quanto de distribuição, garantindo acesso a esse equipamento tão essencial para as nossas vidas”, disse.

A iniciativa também foi elogiada por Felipe Cortes, coordenador de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência: “Esse edital nacional para o desenvolvimento da tecnologia da bengala com certeza trará ótimos resultados para as pessoas com deficiência visual”, declarou.
 

Bruna de Castro, analista de produtividade e inovação da ABDI, também destacou a importância do workshop. “Essa ação nossa do workshop foi extremamente importante, porque pudemos ouvir diretamente o público-alvo do nosso concurso de inovação: como é a rotina, quais são as dificuldades, as dores desse público e onde podemos contribuir para a montagem desse edital. É um processo criativo, colaborativo, muito importante e que faz parte das fases do edital”, apontou.
 

Concurso de Inovação
 

O concurso, fruto do convênio entre a ABDI e o governo do Paraná assinado no final de 2024, será dividido em duas fases: a primeira focará na seleção das melhores ideias que incorporem tecnologias emergentes, enquanto a segunda fase se concentrará no desenvolvimento de protótipos e escalabilidade das soluções premiadas, preparando-as para o mercado.
 

A seleção segue as diretrizes da Nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021) e será gerido pelo Escritório HUBTEC da ABDI, que tem como missão prestar serviço de assessoria técnica especializada para a execução de instrumentos de compras públicas para inovação e ampliar a utilização dos instrumentos de compras públicas para inovação primando pelo desenvolvimento produtivo e tecnológico do país.
 

A expectativa é que as soluções desenvolvidas não apenas melhorem a qualidade de vida dos deficientes visuais, mas também inspirem outros estados a adotarem iniciativas semelhantes, promovendo uma rede de inovação e solidariedade em todo o país.

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Carreiras em IA, Cibersegurança e Gestão de Dados estarão em alta no mercado de tecnologia em 2025

Pesquisa “Antes da TI, a Estratégia” destaca oportunidades de carreira em áreas estratégicas de TI no Brasil

Com o mercado de tecnologia em constante transformação, as empresas estão redefinindo suas prioridades de investimento para 2025. Áreas como Inteligência Artificial (IA), Cibersegurança e Gestão de Dados lideram planos estratégicos na área, segundo o levantamento “Antes da TI, a Estratégia”, realizado pelo IT Forum. Paralelamente, a demanda crescente por profissionais especializados nessas áreas cria oportunidades significativas para quem busca ingressar ou se especializar no setor.

Vagas para áreas de cibersegurança devem ter alta demanda no próximo ano. Segundo a pesquisa, a contratação de especialistas em monitoramento de ameaças é prioridade para 53% das organizações, seguida pela adoção de soluções de inteligência de ameaças (45%) e de recuperação de desastres (33%).

Para Bruna Bomfim, gerente de estudos e pesquisas do IT Forum, o aumento de investimentos em segurança reflete a urgência em lidar com ameaças digitais crescentes. “Esse movimento é positivo, e pode ser complementado com capacitação interna, reduzindo a dependência de terceiros e fortalecendo a resiliência organizacional”, afirma.

Já a gestão de dados surge como outro pilar estratégico. Apesar de 88% das empresas já tratarem informações pessoais internamente, apenas 39% consideram a área de alta prioridade no momento. No entanto, 65% acreditam que nos próximos anos a gestão de dados estará entre os principais focos estratégicos. Isso amplia a necessidade de profissionais qualificados em governança, análise e proteção de dados.

No campo da IA, as perspectivas são promissoras para os experts da área, mas também desafiadoras. Atualmente, apenas 16% das empresas consideram a IA essencial para seus negócios. Esse número, contudo, deve triplicar nos próximos dois anos. Apesar do otimismo, 79% dos líderes de TI relatam dificuldades em gerenciar projetos de IA devido à escassez de profissionais qualificados, e 83% destacam a falta de alinhamento entre soluções oferecidas por fornecedores e as reais necessidades empresariais.

“O mercado está em um ponto de inflexão”, avalia Bruna. “O potencial transformador da IA é claro, mas alinhar tecnologia às pessoas é indispensável. O avanço dependerá da capacidade de integrar inovação com equipes preparadas e fornecedores alinhados”, conclui.

Com essas tendências, o setor de TI apresenta não apenas desafios, mas também um cenário repleto de oportunidades para profissionais que buscam atuar ou se especializar nas áreas mais demandadas. 

*Para o estudo, foram entrevistados 308 líderes de TI.

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Bindflow implementa sistema de reconhecimento facial no Iate Clube de Caiobá

Empresa de tecnologia está desenvolvendo um sistema personalizado para controle de portarias e piscinas

A empresa de tecnologia e inovação Bindflow concluiu com sucesso o processo de implementação do sistema de reconhecimento facial nas piscinas e portarias do Iate Clube de Caiobá (ICC), um dos principais clubes náuticos do Paraná. Esta iniciativa inovadora visa proporcionar ainda mais conforto e segurança aos frequentadores do clube, garantindo um controle mais preciso e eficiente de quem entra e quem sai do local. 

O desenvolvimento de um sistema de controle de acesso para o Iate Clube envolveu uma tecnologia inovadora. Luis Felipe Unzueta, desenvolvedor fullstack da Bindflow, explica que o primeiro passo foi identificar quais eram as principais necessidades do clube. Feito isso, a prioridade inicial foi criar um sistema para controle de entrada na portaria que garantisse segurança e praticidade para sócios e visitantes. 

“Para tornar a solução rápida e eficiente, utilizamos Flutter, uma tecnologia moderna que permite desenvolver aplicativos que funcionam tanto em celulares quanto na web. Isso significa que o sistema pode ser acessado de diferentes dispositivos sem perder desempenho. Implementamos também um sistema de reconhecimento facial baseado na tecnologia da Bindflow, um dos métodos mais utilizados atualmente para identificação segura. Esse sistema foi integrado às câmeras da Intelbras, permitindo que a entrada dos usuários seja autorizada automaticamente ao reconhecer seus rostos”, descreve Unzueta. 

O comodoro do ICC, Cristiano Caldeira Reichmann, comemora a implementação do reconhecimento facial: “Precisávamos aperfeiçoar nosso sistema, trazendo mais agilidade do acesso dos sócios e seus convidados, assim como controle mais eficiente e integrado às nossas ferramentas, além da segurança”.   

O sistema também tem sido elogiado por sócios do clube. Jeverson Pawtel, associado há 28 anos, destaca que a implementação foi positiva e sem ocorrência de problemas. “O acesso ao clube está rápido. Conseguimos cadastrar convidados com facilidade. Uma das questões que me fazem escolher o ICC é que sempre fico tranquilo aqui dentro e, acredito que essa solução venha a contribuir com essa questão”. 

O desenvolvimento do sistema durou cerca de dois meses e foi implementada em 15 de novembro de 2024. Durante esse período, os usuários passaram por um período de adaptação e foram realizados treinamentos para os colaboradores que trabalham diariamente com as câmeras. 

A Bindflow também está à frente do desenvolvimento do módulo financeiro e da evolução do aplicativo dos sócios, trazendo novas funcionalidades e melhor integração com o sistema atual. A previsão é que todas essas melhorias estejam concluídas até fevereiro do próximo ano. 

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Profissional de TI do futuro irá muito além de IA e códigos

Por Jonatas Leandro, VP de Inovação da GFT Technologies no Brasil

A revolução digital, impulsionada pela Inteligência Artificial (IA), está redefinindo radicalmente o mercado de trabalho, e a área de Tecnologia da Informação (TI) não é exceção. A demanda por profissionais qualificados nunca foi tão alta, mas apenas a capacidade de programar não é mais suficiente para garantir sucesso nessa área. O profissional de TI do futuro precisa ser um indivíduo multifacetado, capaz de navegar em um mar de dados e informações, e de entender as nuances da IA e da automação, para citar apenas duas tendências do presente.
 

A escassez de mão de obra qualificada em TI é um problema global, e a pandemia de COVID-19 apenas intensificou essa realidade. Segundo o relatório “Future of Jobs Report 2025”, do Fórum Econômico Mundial, 63% das companhias citam a falta de profissionais qualificados como impedimento para seu negócio avançar. O desafio de habilidades persiste em quase todos os setores e regiões geográficas, ficando em primeiro lugar em 52 das 55 economias e em 19 dos 22 setores analisados.
 

Além disso, a aceleração da digitalização em todos os setores da economia aumentou exponencialmente a necessidade por soluções tecnológicas inovadoras. Entretanto, aumentar o número de programadores não é a única resposta. É preciso formar profissionais mais completos, capazes de lidar com o desafio crescente dos sistemas e aplicações e se encarregar com o volume e a complexidade das tecnologias emergentes.
 

Há um aumento das tarefas intrincadas que os profissionais de TI devem ser capazes de desempenhar. Não basta mais apenas desenvolver códigos e sistemas. Se há 20 ou 25 anos era possível sobreviver conhecendo mainframe ou COBOL, hoje não basta conhecer Python ou Java para obter uma carreira estável e longeva. Agora é necessário também interagir e trabalhar com grandes volumes de dados. A automação, alimentada por IA, pode lidar com muitas tarefas repetitivas e operacionais, liberando a força de trabalho para tarefas mais criativas e de alto nível. Ela gera dados em uma velocidade sem precedentes, e os profissionais precisam não só entender esses dados, mas também ser capazes de analisá-los e tomar decisões estratégicas baseadas em informações processadas automaticamente.
 

Tudo isso nos mostra que os profissionais de TI precisarão ter habilidades em áreas como pensamento estratégico, design de soluções complexas e gestão de processos, além de dominar as ferramentas tecnológicas. A combinação de habilidades técnicas essenciais e criativas será um diferencial importante aos que desejarem se manter relevantes e competitivos no mercado de trabalho. Plataformas de aprendizado contínuo, certificações e redes de colaboração também serão cada vez mais essenciais para o desenvolvimento dos profissionais, garantindo que eles não apenas acompanhem as mudanças, mas também as liderem.
 

Do lado das organizações, a análise de dados e a IA estão transformando a maneira como elas operam. Não existe atualmente uma área de negócios que não possua uma camada digital. Da grande corporação ao vendedor de bala em ação em um semáforo e que aceita PIX: a tecnologia está presente, com foco central em eficiência e produtividade. Contudo, existe ao mesmo tempo uma demanda por avanços ainda maiores, com a falta de mais profissionais de TI exercendo um contraponto que freia uma maior velocidade no ambiente tech. Neste sentido, a IA pode ser vista como uma ferramenta de desafogo para diversos setores.
 

A IA é parte cada vez mais presente em nossas vidas, automatizando tarefas e tomando decisões complexas. Os profissionais de TI precisam entender como a IA funciona, quais são suas limitações e como utilizá-la de forma ética e responsável. Eles não serão mais apenas técnicos, mas também responsáveis por garantir que as soluções criadas sejam seguras, justas e transparentes. As competências em ética digital e governança serão essenciais, pois a habilidade de avaliar e mitigar riscos tecnológicos será um diferencial competitivo importante no futuro.
 

Além da formação técnica, o profissional de TI do amanhã precisa desenvolver habilidades sociais e de comunicação. A capacidade de trabalhar em equipe, de se comunicar de forma clara e concisa, e de entender as necessidades dos usuários são essenciais para o sucesso em qualquer projeto. Soft skills como a criatividade, a inovação e a capacidade de adaptação, também são altamente valorizadas pelas companhias.
 

O futuro da TI é promissor, porém também desafiador. A ascensão dos agentes de IA, que podem realizar tarefas complexas de forma autônoma, e o desenvolvimento da computação quântica, que promete revolucionar a capacidade de processamento de dados, vão exigir que os profissionais de TI se adaptem constantemente. Esta última, aliás, nos ajuda a esboçar um pouco mais a fundo o futuro.
 

A computação quântica promete transformar áreas como criptografia, otimização e simulação, o que exigirá dos profissionais de TI um novo conjunto de habilidades. Eles não apenas precisarão entender os princípios fundamentais da física quântica, mas também se especializar em linguagens de programação específicas e em arquiteturas quânticas que ainda estão em desenvolvimento. Este é um campo emergente, e quem estiver preparado para essa mudança poderá estar à frente de inovações disruptivas.
 

Ao mesmo tempo, estar preparado e ser protagonista do próprio desenvolvimento vale também para ferramentas hoje tidas como essenciais, como o machine learning, as redes neurais e os sistemas de recomendação. A habilidade de trabalhar com IA, seja para integrar soluções em processos de automação, seja para melhorar a experiência do usuário, é uma competência que não pode ser ignorada nem um minuto a mais.
 

Desta forma, para se manterem relevantes no mercado de trabalho, os profissionais de TI precisam investir em aprendizado contínuo. A tecnologia evolui rapidamente, e é fundamental acompanhar as últimas tendências e novidades do setor. A busca por cursos de especialização, participação em eventos e comunidades online são algumas das formas de se manter atualizado.
 

A área de TI é dinâmica e exige adaptação constante, mas as recompensas são grandes. A IA, a automação e a computação quântica geram um novo cenário, no qual habilidades tradicionais precisam ser complementadas com uma abordagem mais holística, ética e estratégica. Aqueles que souberem se adaptar a essas mudanças e adquirir as competências certas estarão bem-posicionados para desempenhar papéis de liderança nas inovações tecnológicas que estão por vir. O mercado de TI está se transformando, e os profissionais que conseguirem se reinventar serão os protagonistas dessa nova era.

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