InfoWorker Tecnologia inaugura nova sede no Pinhão Hub, em Curitiba

Espaço da Prefeitura de Curitiba é um importante ponto de encontro para a criação de projetos inovadores e oportunidades de negócios

Os sócios da InfoWorker, Frederico Stockchneider e Josney Lara, comemoram a instalação da sede da InfoWorker no Pinhão Hub, em Curitiba.

A InfoWorker Tecnologia, especializada em transformação digital e inovação estratégica usando Office 365 da Microsoft, é a nova integrante do Pinhão Hub, um dos mais novos espaços de Curitiba. A mudança para o novo endereço, que aconteceu em novembro, reforça o compromisso da empresa com a inovação e a conexão com um ambiente dinâmico e tecnológico.

Localizado no bairro Rebouças, o Pinhão Hub reúne startups, investidores e instituições focadas em tecnologia, sendo reconhecido como um ponto de encontro para a criação de projetos inovadores e oportunidades de negócios.

Para Josney Lara, diretor comercial da InfoWorker Tecnologia, estar inserido nesse ambiente é um passo estratégico para o crescimento da empresa. “O Pinhão Hub nos oferece a oportunidade de estarmos ao lado de outras empresas e pessoas que pensam inovação o tempo todo. Essa troca de ideias, contatos e projetos não só nos inspira, mas também abre portas para novos negócios. É um espaço onde a criatividade e a tecnologia se encontram para gerar impacto real no mercado”, destaca.

Além de oferecer infraestrutura de ponta, com coworking, salas de reunião, estúdio para podcast e auditório, o Pinhão Hub também está transformando a região do Rebouças em um polo de inovação. “É muito vantajoso para os nossos colaboradores também, que podem usufruir de um ambiente mais colaborativo e onde a tecnologia é o principal foco de trabalho”, comenta o diretor.

Após a inauguração do espaço, em março deste ano, dois novos centros de inovação já anunciaram a instalação nas redondezas: A Fábrica de Ideias, que está sendo implementada pelo Governo do Estado, irá ocupar a área da antiga fábrica da Ambev – a poucos metros do Pinhão Hub. O projeto reforça o ambiente voltado para a inovação, tecnologia e economia criativa no bairro.

O outro, também bem próximo do Pinhão Hub, é o Verse360, empreendimento privado que está em fase de construção. Ao todo, o projeto contará com 12 pavimentos destinados ao trabalho, moradia, aprendizado, desenvolvimento pessoal e diversão.

Josney Lara salienta a importância de empresas como a InfoWorker estarem integradas a esse cenário de inovação que a cidade proporciona. Ele lembra, ainda, que Curitiba já é amplamente reconhecida por organismos internacionais como uma referência global em inteligência e inovação urbana. “Para a InfoWorker, fazer parte desse ecossistema dinâmico é mais do que uma oportunidade estratégica, é um compromisso com o futuro e com a transformação do mercado de tecnologia”, pontua.

Compartilhar

Safra recorde de soja expõe gargalos no Brasil

Com a produção estimada em 166 milhões de toneladas da oleaginosa, desafios como infraestrutura insuficiente e concentração da colheita pressionam o agro a buscar alternativas para evitar perdas

O Brasil se prepara para colher uma safra histórica de soja em 2024/25, com projeções divulgadas nos últimos dias pela Conab que indicam um volume superior a 166 milhões de toneladas, e que consolidam sua posição como líder global no setor. Esse marco reflete o aumento da área plantada e o avanço tecnológico no campo. Contudo, o otimismo com os números recordes expõe uma fragilidade crônica: a insuficiência da capacidade estática de armazenagem, que permanece em torno de 180 milhões de toneladas, frente à expectativa de uma produção total de grãos que pode ultrapassar 322 milhões de toneladas segundo a Companhia.

Esse descompasso coloca os agricultores sob intensa pressão para evitar perdas significativas, especialmente em regiões onde a infraestrutura é limitada, como no Centro-Oeste. “A concentração da colheita em períodos curtos intensifica ainda mais a situação, sobrecarregando rodovias, armazéns e portos”, explica Rose Branco, gerente comercial Agro na Nortène, empresa especializada em soluções para conservação agrícola.

Diante da alta produção e da infraestrutura limitada, o risco de soja armazenada a “céu aberto” surge como uma possibilidade em cenários extremos, mas que aconteceram nos últimos anos em algumas regiões. No entanto, a gerente aponta que alternativas devem ser priorizadas para evitar perdas significativas. “Entre as medidas emergenciais, destaca-se o remanejamento de estoques, como a retirada de milho dos armazéns para abrir espaço para a soja. Além disso, a utilização do silo bolsa aparece como uma solução prática e eficaz para o armazenamento temporário nas propriedades”, diz.

A adoção de silo bolsa é mais do que uma solução temporária, é uma ferramenta estratégica que proporciona ao agricultor flexibilidade e segurança no armazenamento, mesmo em cenários desafiadores. “Essa tecnologia permite que os grãos sejam armazenados diretamente nas propriedades, protegendo-os contra intempéries, umidade e pragas, enquanto os produtores planejam a comercialização em momentos mais favoráveis”, explica Rose.

Impactos logísticos e econômicos

A logística brasileira enfrenta um cenário de pressão. A frota de transporte rodoviário e ferroviário não acompanhou o aumento da produção agrícola dos últimos anos, gerando filas em armazéns e portos e de quebra aumentando o custo do frete. Em regiões como Rondonópolis, em Mato Grosso, o preço do transporte pode subir até R$ 6 por saca, reduzindo a rentabilidade dos produtores no mercado interno.

Além disso, a concentração da colheita devido ao atraso no plantio, especialmente no Centro-Oeste, deve acelerar o ritmo de comercialização, criando um efeito dominó nos custos logísticos.

Alternativa acessível

O silo bolsa é capaz de armazenar grandes volumes de grãos diretamente nas propriedades rurais, proporcionando flexibilidade e proteção. “Seu uso reduz a pressão sobre a infraestrutura tradicional, garantindo que os produtores possam armazenar sua safra com qualidade e minimizar perdas, mesmo em períodos de alta demanda”, reforça a especialista da Nortène.  Além disso, o sistema contribui para a sustentabilidade ao diminuir a necessidade de transporte imediato, reduzindo o consumo de combustíveis e a emissão de carbono, reforçando o equilíbrio entre viabilidade econômica e responsabilidade ambiental.

Apesar das soluções emergenciais, o agronegócio brasileiro precisa de investimentos estruturais para sustentar seu crescimento. A ampliação da capacidade estática de armazenagem, aliada à modernização da logística de transporte, será essencial para evitar gargalos futuros. Enquanto isso, tecnologias como o silo bolsa seguem desempenhando um papel importante, e oferecem aos produtores a segurança necessária para atravessar um dos períodos mais desafiadores e promissores da história do agronegócio nacional. A safra de 2024/25 reforça a importância de alinhar produção recorde com eficiência logística, garantindo que o Brasil mantenha sua liderança no mercado global de grãos.

Compartilhar

Microsoft Brasil anuncia Innovation Hub, espaço dedicado a clientes que buscam inovação e transformação digital

Iniciativa substitui o Microsoft Technology Center (MTC) e passa a contar com Marcondes Farias como novo líder no Brasil

Innovation Hub de Atlanta, nos EUA

A Microsoft Brasil anuncia o Innovation Hub, um espaço físico localizado no escritório da empresa, em São Paulo, voltado a apresentar aos clientes da empresa as soluções inovadoras desenvolvidas pela Microsoft e como aplicá-las nos seus negócios. A iniciativa é uma evolução do Microsoft Technology Center (MTC) e oferece workshops, hackathons e demonstrações práticas do uso de tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA), IoT, serviços cognitivos, entre outras.  

Atualmente, a Microsoft conta com mais de 40 hubs ao redor do mundo para atender principalmente empresas com estrutura de tecnologia e operações complexas. Clientes de diversos setores do país, como Finanças, Telecomunicações e Varejo já passaram pelo espaço e utilizam tecnologias que foram desenvolvidas para atender demandas específicas de suas operações.

Para comandar essa estrutura, a Microsoft Brasil anuncia Marcondes Farias como líder do Innovation Hub. Com mais de 15 anos de empresa, Marcondes já atuou em diversas posições de liderança, como gerente de projetos, diretor de desenvolvimento de negócios e diretor de transformação digital. 

De acordo com Marcondes, o Innovation Hub representa uma janela de trocas de experiências entre as empresas e a Microsoft. “O espaço vai além de um centro de inovação, trata-se de um local para clientes, parceiros e funcionários se manterem atualizados sobre iniciativas estratégicas e compreenderem a amplitude das nossas ofertas”, explica.  

O espaço passa constantemente por remodelagens para incorporar novas tecnologias e proporcionar experiências imersivas aos clientes, como o Innovation Factory e o uso de IA em hackathons e sessões de desenho de arquitetura, por exemplo. Tecnologias de serviços cognitivos como processamento de fala também são apresentadas no hub. 

O Innovation Hub tem como objetivo oferecer ainda mais foco às demandas de negócios de cada cliente por meio de uma estrutura que permite demonstrar os resultados práticos obtidos a partir do uso dessas tecnologias. “Criamos um ambiente colaborativo para que nossos parceiros possam explorar e implementar tecnologias emergentes que impulsionem seus negócios para o futuro”, afirma Marcondes. 

Compartilhar

Tecnologia, pessoas e sustentabilidade: os caminhos para o agronegócio brasileiro em 2025

Por Fabrício Orrigo, diretor de produtos para Agro da TOTVS

O ano de 2024 foi marcado por grandes desafios no agronegócio brasileiro. O setor segue como um dos pilares da economia nacional, representando uma parcela importante do PIB, com previsão para encerrar o ano em 21,8% – segundo o Cepea/CNA. No entanto, este ano o setor precisou mostrar, mais uma vez, muita resiliência, já que enfrentou desafios climáticos intensos e extremos, com enchentes e queimadas afetando severamente a produtividade do campo.

Esse contexto reforça ainda mais a importância de investimento em tecnologia para minimizar ao máximo os impactos negativos e, ao mesmo tempo, potencializar a eficiência no agro. O futuro, necessariamente, passa pela aplicação e bom uso de soluções avançadas.

IA Preditiva

A inteligência artificial continua em pauta no agronegócio, com intensos debates sobre seu potencial, que ainda não é totalmente explorado. Para 2025, acredito no crescente uso da IA para análise de dados e, também, no viés preditivo, para planejamento estratégico, aproveitando sua capacidade de prever padrões climáticos, otimizar colheitas e gerenciar recursos. Um ponto que merece destaque é que o uso de IA aliada a uma gestão data driven, ou seja, baseada em dados, aumenta ainda mais a competitividade dos negócios. O ganho em eficiência operacional é notável.

Mudanças e impactos climáticos

Os efeitos climáticos que vimos e sentimos em 2024, e que impactaram de maneira significativa todo o agronegócio, reforçam a importância de investir em tecnologias para acompanhamento, previsões, e insights sobre o clima; em paralelo, mostram a necessidade de investimento no avanço da biotecnologia. Enquanto equipamentos e sistemas avançados podem ajudar a prever condições adversas, a modificação genética de sementes pode aumentar a resiliência das culturas. A adaptação a essas mudanças é vital para garantir a segurança alimentar e a continuidade das operações agrícolas – ainda que as mudanças genéticas nas sementes sejam processos morosos de desenvolvimento e aprimoramento.

Vale reforçar que investimentos mais tradicionais em tecnologia também são fundamentais para combater os impactos das mudanças climáticas. Um ERP vocacionado promove uma gestão mais inteligente e eficiente do negócio, com dados que ajudam também a minimizar os efeitos de eventos extremos.

ESG e Sustentabilidade

A pressão e, sobretudo, a necessidade de adoção de práticas sustentáveis segue crescente e o investimento na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) no agro hoje é imperativo. Ferramentas para rastreabilidade, certificação e compensação de carbono em toda a cadeia são fundamentais para atender às demandas do mercado atual e futuro, assim como aos consumidores conscientes que exigem essa responsabilidade.

Apesar do debate intenso, vejo que ainda há certa dificuldade dos produtores em relação a como avançar nesta agenda, mas o uso de plataformas e ferramentas digitais ajuda a descomplicar o processo e agregar valor aos produtos no mercado externo. Não podemos mais esperar para agir.

Integração de sistemas

Posso dizer com segurança que é nítido o avanço tecnológico no campo nas últimas décadas, mas ainda há um desafio bastante comum: a integração de sistemas. Os produtores investem em diferentes ferramentas que, muitas vezes, não são configuradas para conversar entre si mas que, bem integradas, são peça chave para melhorar a performance e a produtividade da operação. Soluções integradas permitem uma visão holística de toda a cadeia produtiva, facilitando tomadas de decisões eficientes, com base em informação de qualidade e em tempo real.

IoT, sensores e drones

A Internet das Coisas (IoT), juntamente com sensores avançados e drones, promete transformar a forma como os dados são coletados e utilizados no campo. É verdade que os grandes produtores ainda têm maior capacidade de adesão, porém essas tecnologias se tornam cada vez mais acessíveis e poderosas para o futuro do setor, já que permitem monitoramento em tempo real, possibilitando uma gestão mais precisa de recursos e o aumento da produtividade.

Necessidade de mão de obra especializada

Mesmo com tantos avanços da digitalização, um componente não pode ficar de fora da equação: pessoas. De nada adianta investir em soluções, se ninguém souber operá-las e extrair o máximo de seu potencial. Com a evolução das ferramentas tecnológicas, cresce junto a demanda por profissionais capazes de interpretar os dados coletados e utilizar softwares especializados. E um desafio para o próximo ano continua sendo a escassez de mão-de-obra qualificada em tecnologia aplicada ao campo. Para diminuir este gap, é interessante que os produtores invistam em treinamentos para capacitar suas equipes atuais e a próxima geração de trabalhadores do agronegócio.

O IPT (Índice de Produtividade Tecnológica) do Agro, pesquisa realizada pela TOTVS em parceria com a h2r Insights & Trends, comprova que o componente “pessoas” é um diferencial importante para a melhor internalização dos sistemas na operação e na estratégia das empresas. Segundo o estudo, a internalização dos sistemas pode ser avaliada considerando 3 componentes: pessoas, integração e potencial. Entre as empresas entrevistadas que conseguiram a combinação dos 3 fatores, o desempenho no índice é de 0,67 – em uma escala de 0 a 1 –, enquanto a média geral é de 0,58. Além disso, a pesquisa mostra que o peso dos atributos relativos às pessoas (capacitação e time orientador) é de quase metade do modelo estatístico (49%), o que reforça o quanto focar nos funcionários, durante e após a implementação, é essencial para alcançar uma melhor produtividade tecnológica.

Em 2025 seguimos atentos à importância da inovação contínua e da adaptação às mudanças climáticas e de mercado. Tudo isso, em meio a um cenário incerto e cheio de desafios e oportunidades – assim como todo novo ano. Mas com investimentos estratégicos e foco na sustentabilidade do negócio a longo prazo, o setor pode continuar a prosperar e seguir suportando a economia nacional.

Compartilhar

IA deve gerar mais de 1,3 trilhão de empregos até 2030 segundo Coursera

Novos dados divulgados hoje pela Coursera, uma das maiores plataformas de aprendizado online do mundo, revelam as habilidades profissionais de maior crescimento até 2025, com base em insights de cinco milhões de alunos. Os aprendizes estão adotando habilidades em IA a uma taxa acelerada para acompanhar as demandas do mercado de trabalho em evolução. Atualmente, a IA é a habilidade de maior crescimento entre empregados, candidatos a emprego e estudantes, com matrículas em cursos nessa área aumentando 866% ano a ano.

Estes são os achados do quarto relatório anual de Habilidades Profissionais da Coursera, baseado em insights de mais de cinco milhões de alunos que acessaram a plataforma por meio de mais de 7.000 clientes institucionais em 2024. Os principais destaques do relatório incluem:

  • Enquanto as habilidades em IA crescem globalmente, apenas 28% dos cursos foram feitos por mulheres em 2024, ressaltando a necessidade urgente de abordar disparidades de gênero na força de trabalho de IA.
  • Seis das dez habilidades tecnológicas de maior crescimento este ano estão relacionadas à cibersegurança e gestão de riscos, em meio a um aumento de 71% em ataques cibernéticos no ano anterior.
  • Habilidades humanas também estão entre as que mais crescem, à medida que os alunos buscam construir um perfil de habilidades equilibrado. Assertividade e Comunicação estiveram entre as 10 principais habilidades em 2024.
  • Três das 10 habilidades mais procuradas por estudantes estavam focadas em sustentabilidade, já que o Fórum Econômico Mundial classifica a sustentabilidade como a segunda função de trabalho de maior crescimento de 2023 a 2027.
  • Inteligência Artificial Generativa, Tecnologias no Local de Trabalho e Análises foram as principais habilidades entre candidatos a emprego.

Aprendizado em IA Generativa Cresce, mas Brasil Fica Atrás de Mercados Emergentes

A IA generativa é agora a habilidade de maior crescimento entre empregados, estudantes e candidatos a emprego globalmente. Mais da metade (54%) das matrículas em cursos de IA generativa da Coursera vem de alunos em mercados emergentes como Índia, Colômbia e México. No entanto, a participação do Brasil nessa rápida adoção permanece limitada, ficando atrás desses mercados.

Os alunos brasileiros ainda estão focados principalmente em construir habilidades fundamentais, com cursos como Foundations: Data, Data, Everywhere, Google AI Essentials e Foundations of Project Management sendo os mais populares, representando 6,3 milhões dos 162 milhões de alunos da Coursera. O Brasil tem um longo caminho a percorrer para aproveitar plenamente o potencial transformador da IA e de outras tecnologias de alta demanda. Em 2025, a corrida global pela alfabetização em IA deverá se intensificar, ressaltando ainda mais a urgência de o Brasil começar a reduzir essa lacuna.

Apenas 28% das Matrículas em IA são de Mulheres

Embora as habilidades em IA estejam crescendo globalmente, apenas 28% das matrículas em cursos de IA generativa da Coursera foram feitas por mulheres. Isso é particularmente preocupante, considerando que 79% das mulheres trabalhadoras—em comparação com 58% dos homens—estão empregadas em ocupações suscetíveis a impactos da IA generativa.

Marni Baker-Stein, Diretora de Conteúdo da Coursera, destacou:

“Quando olhamos para o cenário tecnológico atual, é claro que a lacuna de gênero permanece pronunciada. A desigualdade de gênero em STEM tem sido um problema antigo e agora está se tornando evidente no campo da IA. Apenas 22% dos profissionais de IA e ciência de dados são mulheres, o que cria barreiras significativas para a equidade social e para a eficácia da tecnologia. Incentivar as mulheres a buscarem habilidades em IA por meio de iniciativas educacionais e políticas no local de trabalho será crucial para reduzir a lacuna e garantir que os benefícios da IA sejam acessíveis a todos.”

Cibersegurança: Uma Prioridade Crescente no Brasil em Meio ao Aumento de Ataques

O relatório 2024 Threat Landscape da Kaspersky revelou que o Brasil liderou a América Latina em ataques de ransomware, com 1,2 milhão de incidentes bloqueados na região entre junho de 2023 e julho de 2024—uma média alarmante de 3.200 ataques diários.

Apesar desses desafios, o Brasil tem o potencial de se tornar líder regional em cibersegurança ao investir em habilidades de alta demanda, como gestão de riscos cibernéticos, modelagem de ameaças e Gerenciamento de Eventos e Informações de Segurança (SIEM). Adotar ferramentas avançadas, como IA generativa, para defesa cibernética pode impulsionar a inovação e o crescimento econômico no ambiente digital brasileiro.

Evolução do Marketing: Adotando Tecnologia para Engajar Clientes

No Brasil, as empresas estão migrando de abordagens tradicionais de marketing para o uso de novas tecnologias, como chatbots impulsionados por IA e análises personalizadas, exigindo que os profissionais de marketing dominem essas ferramentas para engajar os clientes de forma eficaz. Ao desenvolver habilidades em Email Marketing, Engajamento e Retenção de Clientes e Gerenciamento de Publicidade e Campanhas, os aprendizes se capacitam com conhecimentos altamente demandados, prontos para aproveitar as crescentes oportunidades em marketing e gestão de marcas. Essas capacidades avançadas permitem que as empresas se conectem com o público de maneira mais eficaz, otimizem campanhas e entreguem estratégias baseadas em dados que atendam às expectativas em constante evolução dos consumidores.

Engenharia de Prompt: Uma Habilidade Essencial

Com 22% dos profissionais de recrutamento globalmente atualizando descrições de cargos para incluir o uso de IA Generativa, cursos como Engenharia de Prompt para ChatGPT e IA Generativa: Fundamentos de Engenharia de Prompt estão entre os 5 mais procurados por estudantes e candidatos a emprego. Essas habilidades são essenciais para o uso eficaz de ferramentas de IA em diversos contextos profissionais, tornando a engenharia de prompt uma competência crucial para permanecer competitivo em um mercado de trabalho cada vez mais impulsionado pela IA.

Christian Hernandez, Head da Coursera Enterprise na América Latina, afirmou: “A IA generativa está pronta para transformar empregos e indústrias no Brasil em um ritmo sem precedentes. Para liberar todo o seu potencial, as tecnologias digitais poderiam gerar mais de US$ 1,3 trilhão em impacto anual até 2030 em toda a América Latina. Para que o Brasil capitalize essa oportunidade, é crucial priorizar investimentos em capacitação e alfabetização em IA. À medida que 2025 se aproxima, equipar os indivíduos com as habilidades necessárias para aproveitar essa tecnologia será essencial para impulsionar a inovação e sustentar o crescimento econômico.”

As habilidades de maior crescimento para 2025 foram identificadas por meio de uma avaliação comparativa das matrículas de alunos corporativos da Coursera ao longo de 2024. Das mais de 1.000 habilidades detalhadas no catálogo da Coursera, as habilidades de maior crescimento são aquelas que apresentaram os maiores aumentos em seu ranking geral de matrículas durante esse período e que devem continuar crescendo ou permanecendo populares em 2025.

Compartilhar

Microsoft disponibiliza novos serviços de Azure nas regiões brasileiras com foco em eficiência, economia e segurança

Serviços como o Oracle Database e soluções para ajudar no gerenciamento e segurança de arquivos passam a fazer parte do portfólio de produtos oferecido no país

A Microsoft fez atualizações importantes nas regiões de Azure no Brasil para apoiar seus clientes em suas jornadas de transformação digital. A integração do Oracle Database@Azure no Brasil South permitirá as empresas migrar suas cargas de trabalho facilmente para a nuvem pública com segurança e eficiência. Outra atualização está atrelada ao NetApp Files, serviços de armazenamento de alto desempenho, que recebeu melhorias significativas para ajudar gestores de TI a alcançarem maior eficiência, economizando recursos e mantendo suas operações protegidas.  

As novidades incluem configurações de gerenciamento de redes virtuais que tendem a ajudar empresas que lidam com cargas de trabalho intensas, como análise de dados e inteligência artificial (IA). No geral, o objetivo é auxiliar organizações de todos os tamanhos a levar melhores soluções para as necessidades de seus clientes ao mesmo tempo em que melhoram a eficiência das suas operações. Confira as principais atualizações que foram disponibilizadas nas regiões do Brasil neste semestre.  

Oracle Database@Azure: Clientes do Brazil South agora podem usar Oracle Exadata Database Service e Oracle Autonomous Database Service nos datacenters do Azure, removendo os obstáculos para migrar cargas de trabalho críticas para a nuvem pública e facilitando a inovação. Essa novidade oferece ainda desempenho e latência otimizada, com migração simplificada e alto desempenho com escala, segurança e disponibilidade. 

 Com o Oracle Database@Azure, os clientes poderão usar o conjunto avançado de serviços de aplicativos, ferramentas de desenvolvimento e estruturas disponíveis no Microsoft Azure para modernizar suas cargas de trabalho. Isso incluiu os recursos de insights de dados presente na plataforma de nuvem da Microsoft e os serviços de IA do Azure, que estão apoiando empresas de todos os tamanhos em seus processos de transformação digital a partir da inteligência artificial. Tudo isso com uma operação simplificada através do portal do Azure, entre outras vantagens. Saiba mais sobre esta atualização neste link

 Novas opções mais econômicas no Azure NetApp Files: A partir de agora, os clientes do Azure NetApp Files podem utilizar um armazenamento de acesso esporádico (cool access) em todos os níveis de serviço. Na prática, isso possibilita uma redução de custos ao mover os dados menos utilizados para uma camada mais econômica do Azure, deixando somente os blocos prioritários no armazenamento principal. Além disso, é possível adotar uma configuração flexível para este recurso, podendo otimizar o período de “frieza” dos dados pouco acessados com base no padrão de uso da empresa. Confira mais detalhes sobre essa atualização neste link.  

 Replicação entre zonas do Azure NetApp Files: Este novo recurso disponível nas regiões do Brasil permite replicar dados entre diferentes zonas de disponibilidade na mesma região de forma mais eficiente e econômica. Utilizando a tecnologia SnapMirror, a solução apresenta ganhos de eficiência e redução de custos ao enviar somente as mudanças necessárias, melhorando a proteção contra falhas. Assim, mesmo que haja um evento inesperado, é possível garantir que seus dados estejam seguros e acessíveis em outra zona, sem complicações adicionais. Confira mais detalhes neste link.  

 Backup protegido para o Armazenamento de Blobs do Azure: O armazenamento de Blobs é um serviço que permite armazenar grandes quantidades de dados não estruturados no Azure. Com esta atualização, é possível fazer backups em cofres: uma solução nativa e gerenciada que oferece proteção robusta contra perda de dados, mantendo cópias externas seguras e protegidas contra exclusão acidental, corrupção e ataques maliciosos. O principal diferencial dessa solução é permitir uma recuperação rápida de dados e continuidade dos negócios em conformidade com requisitos de segurança, o que é essencial para a proteção de informações críticas e a resiliência operacional das empresas. Saiba mais nesta página.  

 Conectividade ‘mesh’ e direta no Gerenciador de Redes Virtuais do Azure: Todas as regiões públicas do Azure, incluindo as do Brasil, agora podem acessar opções de conectividade direta e mesh no gerenciador do Azure Virtual Network. A novidade permite que redes virtuais se comuniquem diretamente, reduzindo a latência e a sobrecarga de gerenciamento. Isso tende a ser especialmente valiosos para projetos de Data & AI, permitindo que as cargas de trabalho falem entre si, sem a necessidade de passar por um firewall central. Além disso, é possível monitorar e filtrar o tráfego entre essas redes usando grupos de segurança de rede (NSGs, em inglês) e regras de administração de segurança. Saiba tudo neste link.

Esses recursos fazem parte de um conjunto maior de atualizações disponibilizadas pela Microsoft nas regiões de nuvem do Brasil no segundo semestre de 2024. Para ficar por dentro das novidades e da constante evolução das soluções do Azure no país, basta acessar o portal Azure updates | Microsoft Azure. Além disso, é possível acessar o Azure Blog, em inglês, para acompanhar os últimos temas globais da plataforma e o Source Brasil para saber das notícias mais recentes da Microsoft Brasil. 

Compartilhar

Gartner identifica as principais tendências que irão impactar a área de Infraestrutura e Operações em 2025

Infraestruturas com resfriamento líquido se tornarão predominantes à medida que as próximas gerações de GPUs e CPUs aumentarem o consumo de energia e a produção de calor

O Gartner, Inc. destaca as seis tendências que terão impacto significativo na área de infraestrutura e operações (I&O) em 2025.  

“Essas tendências oferecem aos líderes de infraestrutura e operações a oportunidade de identificar as necessidades de competências futuras e buscar insights para ajudar a atender os requisitos de implementação”, afirma Jeffrey Hewitt, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “Elas proporcionarão o diferencial necessário para que as empresas obtenham os benefícios ideais de suas operações de I&O em 2025.” 

Principais tendências de infraestrutura e operações do Gartner para 2025

Fonte: Gartner (Dezembro 2024) 

Tendência 1: Revirtualização/Desvirtualização 

As recentes mudanças nas licenças de determinadas soluções de fornecedores obrigaram muitas equipes de I&O a reavaliar suas escolhas de virtualização. Algumas estão migrando mais para Nuvem Pública, outras optando pela Nuvem Distribuída ou pela Nuvem Privada. Isso envolve múltiplas opções além de simplesmente trocar hipervisores.  

“Os líderes de infraestrutura e operações devem fazer um inventário de todas as implementações de virtualização atuais e suas interdependências relacionadas”, afirma Hewitt. “Avaliem caminhos alternativos, incluindo hipervisores, hiperconvergência, Nuvem Distribuída, conteinerização, Nuvem Privada e desvirtualização. Identifiquem as competências existentes em I&O e como elas precisam evoluir para dar suporte às principais escolhas.” 

Tendência 2: Programas de Comportamento e Cultura em Segurança 

À medida que a sofisticação e diversidade dos ataques aumenta, os programas de segurança devem evoluir para abordar comportamentos e culturas para otimizar sua eficácia. Os programas de comportamento e cultura em segurança (SBCPs) são abordagens corporativas para toda a empresa que buscam minimizar incidentes de cibersegurança associados ao comportamento dos funcionários.  

Esses programas resultam em uma melhor adoção de controles de segurança pelos funcionários e na redução de comportamentos não seguros. Eles permitem que I&O apoie o uso mais eficaz dos recursos de cibersegurança pelos colaboradores. 

Tendência 3: Armazenamento cibernético (Cyberstorage)

As soluções de armazenamento cibernético utilizam um “porto de dados” composto por informações fragmentadas e distribuídas em vários locais de armazenamento. Esses dados fragmentados podem ser reconstituídos instantaneamente para uso quando necessário. O armazenamento cibernético pode ser uma solução dedicada com recursos abrangentes, uma oferta de serviço nativo de plataforma com soluções integradas ou um conjunto de produtos independentes que melhoram fornecedores de armazenamento com capacidades de proteção cibernética.  

“Para que o armazenamento cibernético seja bem-sucedido, os líderes de I&O devem identificar os riscos de ameaças de armazenamento custosas e disruptivas, combinados com o aumento de despesas regulatórias e de seguros para construir um caso de negócios para sua adoção”, diz Hewitt. 

Tendência 4: Infraestrutura com resfriamento líquido 

A infraestrutura com resfriamento líquido consiste em trocas de calor na porta traseira, imersão e resfriamento direto no chip. Isso permite que I&O suporte novas gerações de chips, densidade e requisitos de Inteligência Artificial (IA), além de oferecer oportunidades para implementar de forma flexível infraestrutura para suportar casos de uso na borda (edge).  

“O resfriamento líquido evoluiu para passar do resfriamento do ambiente geral do Data Center para uma abordagem mais próxima e integrada à infraestrutura”, afirma Hewitt. “Hoje, essa tecnologia é de nicho em termos de casos de uso, mas se tornará mais predominante à medida que as próximas gerações de GPUs e CPUs aumentarem o consumo de energia e a produção de calor.” 

Tendência 5: Aplicações Inteligentes 

A Inteligência Artificial Generativa (GenAI) revelou o potencial das aplicações para operar de forma inteligente, criando uma expectativa nesse sentido. Aplicações inteligentes se adaptam ao contexto e à intenção do usuário, reduzindo o atrito digital. Elas podem interoperar para alcançar seus próprios objetivos e os dos usuários, utilizando interfaces apropriadas com APIs (mecanismos de comunicação entre componentes de software) externas e dados conectados. 

Essas aplicações reduzem a necessidade de intervenções e interações por parte de I&O, otimizam processos e utilização, e diminuem a sobrecarga de recursos. 

Tendência 6: Infraestrutura ideal 

Infraestrutura ideal ocorre quando as equipes de I&O dão grande ênfase às melhores escolhas de infraestrutura para um caso de uso específico em uma variedade de estilos de implementação. Essa abordagem utiliza um foco baseado nos negócios para que os executivos fora da TI compreendam por que as escolhas de infraestrutura são feitas a partir de suas perspectivas. 

“Essas escolhas estão, em última análise, alinhadas com a adoção da engenharia de plataformas”, afirmou Hewitt. “Elas permitem que I&O alinhe as escolhas de infraestrutura com os objetivos de negócios da empresa como um todo. Além disso, facilitam o suporte e a aprovação de líderes de unidades de negócios e executivos C-Level.” 

Compartilhar

GFT ganha os prêmios AWS Global Innovation Partner of the Year e EMEA Industry Partner of the Year — Financial Services

10 de dezembro de 2024 – A GFT recebeu em 2024 dois prêmios Geography e Global AWS Partner Awards, que reconhecem líderes ao redor do mundo que estão desempenhando papéis importantes em ajudar seus clientes a impulsionar a inovação e criar soluções na Amazon Web Services (AWS).
 

A GFT foi nomeada vencedora do prêmio “Innovation Partner of the Year, Global”, que reconhece organizações que oferecem serviços inovadores de consultoria, profissionais, gerenciados e de revenda de valor agregado. A GFT também ganhou a categoria “Industry Partner of the Year – Financial Services, EMEA”. O último prêmio reconhece o AWS Partner na região EMEA que melhor fornece ofertas baseadas em nuvem para ajudar a acelerar a inovação para bancos, seguradoras, empresas do mercado de capitais e processadores de pagamento de todos os tamanhos, entre os principais parceiros com competência em serviços financeiros da AWS.
 

Anunciado durante o Partner Awards Gala no AWS re:Invent 2024, o Geographic and Global AWS Partner Awards reconhece uma ampla gama de parceiros da AWS que adotaram especialização, inovação e cooperação no ano passado. O Geo and Global AWS Partner Awards reconhece parceiros cujos modelos de negócios continuam a evoluir e prosperar na AWS enquanto dão suporte a seus clientes. A GFT foi reconhecida pela AWS por seu trabalho com o romeno Salt Bank, bem como com o banco brasileiro Itaú.
 

“O reconhecimento da GFT pela AWS afirma nossa expertise em remodelar indústrias por meio da inovação”, disse o co-CEO da GFT, Marco Santos. “Esses elogios também refletem nossa liderança tecnológica e nossa profunda dedicação em capacitar nossos clientes a prosperar em uma nova era de crescimento digital. E não vamos parar por aqui. A IA tornará todos os serviços de desenvolvimento de software, engenharia e consultoria muito mais rápidos e eficientes. A GFT tem como objetivo ajudar todas as empresas em todos os lugares a explorar esse potencial.”
 

Alessandro Buonopane, CEO da GFT no Brasil, acrescentou: “Este prêmio é um marco significativo para nossa empresa. Ele ressalta o poder de nossos esforços e o impacto positivo que estamos causando. Estamos muito felizes em comemorar este sucesso e esperamos muitas outras conquistas por vir.”
 

O Geography and Global AWS Partner Awards incluiu um processo de autoindicação em várias categorias de prêmios, concedidos em nível geográfico e global. Todos os parceiros da AWS foram convidados a participar e enviar uma indicação. As inscrições para o prêmio foram revisadas por um terceiro, a Canalys, e selecionadas com ênfase especial em casos de uso de sucesso do cliente.
 

Além disso, houve várias categorias de premiação orientadas por dados, que foram avaliadas por um conjunto exclusivo de métricas que ajudaram a medir o desempenho dos Parceiros da AWS no ano passado. A Canalys auditou os conjuntos de dados usados​​para garantir que todas as medições e cálculos fossem objetivos e precisos. Os finalistas representaram os três principais Parceiros da AWS classificados em cada categoria.
 

A AWS Partner Network (APN) é um programa global focado em ajudar os parceiros a inovar, acelerar sua jornada para a nuvem e aproveitar ao máximo a amplitude e a profundidade da AWS.

O co-CEO da GFT, Marco Santos, e o chefe global de soluções de inovação, Carlos Kazuo Missao, receberam o prêmio AWS Partner Awards da GFT no AWS re:Invent em Las Vegas.
Compartilhar

50% dos líderes de TI brasileiros veem qualidade dos dados como maior desafio da IA

Com a rápida adoção da IA em todos os setores, metade das empresas brasileiras (50%) identificaram a qualidade dos dados como sua principal preocupação ao implementar projetos de Inteligência Artificial. Mas são poucos os líderes de TI que estão tomando medidas para garantir a melhoria deste fator, colocando em risco o sucesso das iniciativas desta tecnologia.

Essas foram duas das principais conclusões da Hitachi Vantara State of Data Infrastructure Survey. O levantamento da Hitachi Vantara, subsidiária de armazenamento de dados, infraestrutura e gerenciamento de nuvem híbrida da Hitachi, Ltd. (TSE: 6501), reforçou o papel crítico que a infraestrutura e o gerenciamento de dados podem desempenhar em termos de qualidade geral e na capacidade de gerar resultados positivos de IA.

“Utilizar dados de alta qualidade” foi apontado como o principal motivo para o sucesso dos projetos de IA no Brasil, com 46% dos entrevistados brasileiros concordando com essa afirmação. Dessa maneira, fornecer dados de alta qualidade para treinar e operar os modelos de IA tornou-se um desafio.

A pesquisa ouviu 1,2 mil executivos C-level, além de tomadores de decisão de TI, de 15 países. As principais descobertas do Brasil incluem:

  • Segurança (48%) e precisão (46%) são as principais preocupações dos líderes de TI brasileiros. Além disso, 74% dos entrevistados alertam que uma perda significativa de dados poderia ser catastrófica para suas operações e 70% temem que a IA forneça ferramentas mais inteligentes para hackers.
  • Apesar de sua importância para o sucesso da IA, a qualidade dos dados ainda é um desafio. A maioria dos entrevistados afirma que os dados estão disponíveis apenas 14% do tempo quando realmente precisam. Além disso, 81% indicam que seus dados não são estruturados.
  • São poucos os executivos e tomadores de decisão de TI que estão tomando medidas para aprimorar essa qualidade: apenas 33% investem na melhoria dos dados de treinamento, enquanto 25% sequer avaliam a qualidade desses conjuntos de dados.
  • A sustentabilidade também é negligenciada, com apenas 29% dos entrevistados considerando-a uma prioridade na implementação da IA. O custo também não é tão relevante, sendo apontado por 35%.
  • Embora 58% das grandes organizações foquem no desenvolvimento de LLMs gerais, esses modelos consomem até 100 vezes mais energia do que os menores, evidenciando um problema em termos de eficiência.

“Ainda existem desafios importantes em relação à qualidade dos dados e à sustentabilidade na IA. E, embora a adoção da tecnologia cresça, ainda há dificuldades no acesso a dados confiáveis e na precisão dos resultados dos modelos. Além disso, as empresas ainda buscam melhorar a qualidade dos dados”, analisa Andrea Fodor, CEO da Hitachi Vantara. “Fica claro que a qualidade é uma prioridade, mas também é preciso focar em sustentabilidade e custo. A ênfase em modelos de grande escala, que consomem mais energia, e os riscos de segurança, como a perda de dados e o uso de IA por hackers, mostram a necessidade de uma abordagem mais equilibrada e responsável”, comenta.

O papel da infraestrutura de dados na condução do sucesso da IA

Apesar de reconhecer a qualidade dos dados como o principal fator para uma IA bem-sucedida (46%), muitas organizações não têm a infraestrutura para dar suporte a padrões consistentes de qualidade.

Dois terços (60%) estão testando e iterando em IA em tempo real sem ambientes controlados, deixando espaço para riscos significativos e vulnerabilidades potenciais. Apenas 8% relatam usar sandboxes para conter a experimentação de IA, o que levanta preocupações sobre o potencial de violações de segurança e saídas falhas de dados.

“O papel da infraestrutura de dados é essencial para o sucesso da inteligência artificial. Embora muitas organizações reconheçam que a qualidade dos dados é um dos principais fatores para uma IA bem-sucedida, a realidade é que a infraestrutura necessária para garantir padrões consistentes de qualidade ainda está aquém. Testar e iterar em IA sem ambientes controlados aumenta consideravelmente os riscos, e a falta de medidas adequadas, como o uso de sandboxes, pode resultar em falhas de segurança e dados imprecisos, comprometendo a eficácia e a confiabilidade dos sistemas de IA”, finaliza Andrea Fodor.

Para obter mais informações sobre como a Hitachi Vantara está ajudando os clientes a fornecer uma abordagem orientada por dados para a infraestrutura de dados moderna, clique aqui.

Compartilhar

Copom eleva a taxa Selic para 12,25% a.a.

O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo, com destaque para a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que indicou abertura adicional do hiato. A inflação cheia e as medidas subjacentes têm se situado acima da meta para a inflação e apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.

As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e encontram-se em torno de 4,8% e 4,6%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 4,0% no cenário de referência (Tabela 1).

Em função da materialização de riscos, o Comitê avalia que o cenário se mostra menos incerto e mais adverso do que na reunião anterior. Persiste, no entanto, uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

O Comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa.

O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, dinamismo acima do esperado na atividade e maior abertura do hiato do produto, o que exige uma política monetária ainda mais contracionista.

O Copom então decidiu realizar um ajuste de maior magnitude, elevando a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 12,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Diante de um cenário mais adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões. A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Tabela 1

Projeções de inflação no cenário de referência

Variação do IPCA acumulada em quatro trimestres (%)

Índice de preços202420252º tri 2026
IPCA4,94,54,0
IPCA livres5,04,53,8
IPCA administrados4,64,54,6

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de R$5,95/US$, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2024 e de 2025. O valor para o câmbio foi obtido pelo procedimento usual. 

Fonte: Banco Central

Compartilhar

UFPR promove debate sobre inovação em ciência de dados com especialistas e profissionais do setor

Evento reúne empresas como Volvo, Will Bank, O Boticário e Mirum para debater tendências no tratamento de Big Data e o perfil do profissional do futuro em ciência de dados

Na próxima sexta-feira (13), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) sediará o 3º Encontro de Data Science & Big Data, evento que busca discutir as tendências e desafios da área de dados, reunindo acadêmicos e profissionais do setor. Em um cenário de intensa produção de dados, as empresas e profissionais que desejam não apenas sobreviver, mas também prosperar em um mercado competitivo precisam adotar estratégias eficazes para coletar e analisar estas informações. É aqui que entram as ferramentas e métodos de ciência de dados. Para apresentar as inovações da área, o evento tem uma programação com palestras, cases de sucesso e mesa redonda para debater o futuro do Data Science.

O evento que conecta teoria e prática é promovido pelo Programa de Especialização em Data Science e Big Data da UFPR com o apoio do Departamento de Estatística da UFPR, do Laboratório de Estatística e Geoinformação (LEG) e do Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL). O professor Wagner Bonat, coordenador do programa, destaca que o encontro é uma oportunidade única para que alunos e profissionais compreendam como a análise de dados pode transformar desafios em oportunidades. “O encontro é voltado à comunidade acadêmica, aos profissionais que atuam na área de análise de dados, pesquisadores com foco em inovação, e empresas e startups que buscam aprimorar suas estratégias de dados. Com isso, é um espaço rico para networking e para conhecer as principais tendências em ciências de dados”, destaca Bonat.

A abertura do encontro, no Auditório de Administração, no Centro Politécnico, será com o renomado doutor Hedibert Lopes, professor de Estatística e Econometria do Insper e doutor em Estatística pela Duke University. Na palestra intitulada “Estatísticas ou Ciência de Dados?”, Lopes irá explorar como áreas como Estatística, Bioestatística, Econometria, Bioinformática e outras estão se entrelaçando com novos conceitos como Ciência de Dados, Aprendizado de Máquina e Big Data.

O encontro também terá palestra sobre uso de Inteligência Artificial para otimização de processos e desenvolvimento de sistemas com a palestra “O papel das Ferramentas de Inteligência Artificial no Desenvolvimento de Software”, a ser ministrada por Álvaro Moreira, professor do Departamento de Informática da UFRGS e doutor em Ciência da Computação pela University of Edinburgh. Durante sua apresentação, o professor deve abordar como as ferramentas modernas podem auxiliar desenvolvedores a resolver problemas complexos, melhorar a eficiência e garantir a qualidade do software.

Cases de inovações em biometria e saúde mental

Na programação, além de palestras sobre inteligência artificial e conceitos de ciência de dados e aprendizado de máquinas no cenário de Data Science, também terá apresentação de casos aplicados, com mesas coordenadas por professores da UFPR. As técnicas avançadas de IA em sistemas de segurança é o foco da apresentação do case “Explorando Representações Robustas com Deep Learning para Biometria e Vigilância”, a ser ministrado pelo professor do Departamento de Informática (Dinf), David Menotti. Um dos 200 mil pesquisadores mais citados no mundo na atual edição da “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, levantamento anual realizado pela Universidade Stanford (EUA) e a editora de títulos acadêmicos, Elsevier, Menotti liderou a parceria de P&D da startup com a UFPR para estudos de desenvolvimento de um novo modelo de identificação, a biometria periocular.

Outro case de destaque será sobre “Integrando dados para diagnóstico e tratamento de transtornos mentais”, a ser apresentado pela professora do Departamento de Estatística, Deisy Morselli Gysi. Com a crescente disponibilidade de dados clínicos e comportamentais, a utilização de técnicas de ciência de dados pode fornecer insights valiosos para profissionais da saúde. A palestra abordará métodos inovadores que permitem uma compreensão mais holística dos pacientes, melhorando a personalização dos tratamentos e o acompanhamento dos progressos.

Mesa Redonda: o profissional do futuro

Uma das atividades de destaque do Encontro será a mesa redonda sobre o futuro do profissional da área, com participação de empresas como Volvo, Will Bank, O Boticário e Mirum. A crescente importância da ciência de dados no mundo contemporâneo está moldando o perfil do profissional do futuro, que deve ser multifacetado e preparado para enfrentar os desafios de um mercado em constante evolução. Em um cenário onde a análise de grandes volumes de dados se torna essencial, as habilidades requeridas vão muito além do conhecimento técnico. 

Marco Zanata, vice-coordenador do curso de especialização em Data Science e Big Data, enfatiza que os profissionais precisam ter um conjunto diversificado de habilidades interdisciplinares. “O profissional de data science precisa dominar uma variedade de habilidades interdisciplinares. Isso inclui conhecimentos em programação (como Python e R), estatística avançada, técnicas de inteligência artificial e machine learning, além de uma compreensão sólida sobre ética e privacidade no uso de dados, especialmente em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além disso, é importante destacar que os melhores profissionais são aqueles que se mantêm atualizados com as últimas tendências e tecnologias. O aprendizado contínuo é vital em um campo tão dinâmico”.

Compartilhar

“Agro em código” debate posicionamento do Brasil frente à demanda global por alimentos

Roberto Matsubayashi, diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o Cubo Agro Itaú e a Embrapa Agricultura Digital se adiantam às discussões sobre acordos internacionais para exportação e abastecimento interno da indústria brasileira de alimentos ao reunir especialistas para colocar em evidência a rastreabilidade e as certificações como oportunidades para inovação e sustentabilidade.

Diante da previsão de a humanidade totalizar 10 bilhões de habitantes até 2050, a alimentação torna-se um desafio para a cadeia evolutiva. Para que a produção seja mais adequada à demanda, evite-se o desperdício, aprimorem-se os recursos logísticos e que a segurança do alimento seja garantida, os processos de rastreabilidade e certificações foram enfatizados por todos os palestrantes que debateram o tema durante o “Agro em código – summit de rastreabilidade no agronegócio”.

Profissionais do setor e representantes de entidades e governo abordaram as exigências de consumidores e mercado internacional como certificações, inovação, políticas para a produção sustentável e as oportunidades de negócios que uma nova realidade proporciona. A necessidade de transparência por parte de produtores, governos e todos os players dessa cadeia de abastecimento também entrou em pauta nos debates.

Na abertura do encontro, Roberto Matsubayashi, diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, enfatizou que “a rastreabilidade é uma questão complexa e não somente uma técnica para garantir a procedência dos produtos, mas é um dos fatores para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU, já que os dois primeiros deles são Erradicação da Pobreza e Fome Zero, além do ODS 13 que trata sobre a Ação Climática, para garantir que os produtos não venham de área de desmatamento”. “A GS1 tem como uma de suas missões nesse sentido promover discussões que levem à reflexão para inclusão de produtores rurais de todos os portes no círculo do agronegócio, a certificação de produtos e o acesso à alimentação de qualidade”, completa Matsubayashi.

Compartilhar