Agtech de Maringá exporta solução para gerenciamento de pasto

Monitorar a pastagem ficou mais prático com uma solução criada por zootecnistas de Maringá, a Gerente de Pasto. Eles criaram um método inovador para a realização deste trabalho e desenvolveram um software de gestão, além de aplicativo, reformulado em 2021. O crescimento no número de clientes tem avançado 60% ao ano, sendo que atualmente são 150 usuários da ferramenta em fazendas no Brasil, Paraguai e Bolívia. 

A empresa dos sócios Josmar Almeida Junior, Bruno Shigueo Iwamoto e Edmar Pauliqui Peluso, formandos na Universidade Estadual de Maringá (UEM), foca em melhoria na eficiência da utilização de pastagens, visando a ampliar a margem de lucro do pecuarista. Com o software, que deve ser alimentado com informações da propriedade, o pasto é “transformado” em números, avaliando processos que levam à engorda do gado através do bom manejo da pastagem, entre outras informações que ajudam na tomada de decisões. 

A ideia funciona por meio das etapas de planejamento forrageiro, com o objetivo de otimizar a alimentação do gado o ano todo, mesmo em períodos de seca; de manejo da pastagem, que estabelece qual a melhor estrutura do capim, permitindo rebrota mais rápida e, consequentemente, mais oferta de alimento para os animais; e, por fim, a aplicação do método que permite trabalhar a estrutura do pasto de forma global, com informações como a quantidade de cabeças que pode ser colocada em determinada área. 

A solução oferece via celular os controles de rebanho, climático, de suplementação, de adubações e calagens e das áreas de pastagens. “Somos vendedores de consultoria e método e o software veio para apoiar tudo isso. O método, que disponibilizamos por meio do software e mais recentemente no aplicativo, operacionaliza o planejamento e o manejo do pasto dispensando cálculos e planilhas. As informações todas ficam disponíveis na palma da mão”, destaca Bruno Shigueo Iwamoto. 

Junto com o produto, a Gerente de Pasto oferece cursos para ajudar funcionários a operar a ferramenta, já que é preciso, por exemplo, ter conhecimento sobre pastagem para alimentar o sistema. 

Para o desenvolvimento do aplicativo a empresa contou com o apoio do Sebrae/PR. “Neste ano, nós remodelamos o app através de serviços que alcançamos via Sebraetec. O app ficou muito mais intuitivo e com perfil de monitoramento, o que ajuda o usuário do dia a dia a ficar mais familiarizado com a ferramenta”, diz Iwamoto. 

Em fase de expansão, a empresa se prepara para conexões com outros players do mercado do agro e participa do Tech by Sebrae, que tem como objetivo promover a evolução das micro e pequenas empresas nas esferas de gestão, estratégias digitais e expansão de mercado. 

De acordo com o mapeamento Startup PR 2020/2021 realizado pelo Sebrae/PR, há 141 startups na vertical agtech no Estado, sendo que aproximadamente 10% estão na região noroeste. Para a consultora do Sebrae/PR, Erica Sanches, a Gerente de Pasto é uma mostra da qualidade das agtechs que vêm sendo desenvolvidas localmente, além de evidenciar que as universidades locais têm formado profissionais com características empreendedores, o que é um sinal de ecossistema de inovação fortalecido. 

Nesse ecossistema, ela explica que o Sebrae/PR se posiciona de modo a conectar atores e a oferecer soluções para alavancar os negócios de empreendedores. “Seja por meio do Sebraetec, que oferece subsídios para as empresas acessarem serviços, Programa de Potencialização, Tech By Sebrae, trabalhamos para impulsionar os negócios com inovação”, diz. 

A consultora acrescenta que na região Noroeste o Sebrae/PR vem realizando um trabalho de potencialização do agro, em segmentos como gardens, carnes especiais, alimentos e bebidas. “Aproximar-se de outras empresas, estendendo a rede de contatos, é um passo importante para o desenvolvimento. Proporcionar essa conexão é um dos nossos objetivos”, frisa.

Fonte: Sebrae/PR

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Super Muffato implementa tecnologia de reconhecimento facial para pagamentos

Com solução da startup Payface, a primeira loja a implementar o self checkout no Brasil também se torna a pioneira na adoção de reconhecimento facial para pagamentos no Paraná, diminuindo filas e evitando o contato físico entre seus consumidores 

A maior rede de supermercados do Sul do Brasil e a número um do Paraná, o Grupo Muffato, com mais de 70 lojas no Paraná e em São Paulo, passa a oferecer em uma de suas lojas físicas a opção de identificação e pagamento por reconhecimento facial, se tornando a primeira rede paranaense a implementar a tecnologia. Com solução da startup Payface, a tecnologia conecta o rosto de cada usuário com o seu cartão de crédito. Sem precisar mostrar o cartão, o consumidor poderá optar por pagar suas compras usando apenas o rosto, diminuindo filas e evitando contato físico. 

A solução está instalada em todos os 28 caixas da unidade Muffato Madre, localizada no Jardim Bela Suiça, em Londrina (PR). A integração faz parte da estratégia de inovação do Grupo Muffato, prioridade da  empresa ao longo dos seus 46 anos de história. “O Super Muffato foi a primeira a trazer o self checkout para o Brasil, em 2012, e a lançar, em 2019, a tecnologia de Shop&Go, que permite a compra por celular em loja física, sem fila e realizada 100% por meio de autoatendimento. A inovação sempre foi um dos nossos focos e agora não seria diferente”, conta Everton Muffato, diretor executivo e sócio do Grupo Muffato. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor de supermercados registrou um crescimento de 9,36% em 2020, em relação ao ano anterior. 

Para Eládio Isoppo, cofundador e CEO da Payface, a implementação no Super Muffato mostra o potencial que a tecnologia de reconhecimento facial tem de avançar por todo o Brasil, mudando a vida de diferentes perfis de consumidores. “Vermos uma das principais redes supermercadistas do país mantendo um histórico expressivo de busca por inovação mostra que o varejo, nos próximos anos, será um dos principais negócios passando por transformação digital”, diz Isoppo.

Para começar a pagar por reconhecimento facial, o usuário baixa o aplicativo da Payface no seu celular e cadastra o rosto. No momento em que for fazer suas compras, o cliente se posiciona em frente a um dispositivo móvel instalado junto ao caixa e faz a sua identificação com o rosto. Então, com a identificação validada pelo sistema, o atendente, do outro lado, confirma o valor para que o cliente finalize a compra via Payface. Todo o processamento é feito sem nenhum toque no dispositivo. 

No Paraná, o setor de supermercados teve um crescimento de 11% na comparação com 2019, conforme dados da Secretaria da Fazenda do Paraná. O setor foi um dos que mais cresceu no comércio varejista, atrás apenas do mercado de áudio, vídeo e eletrodomésticos (com crescimento de 24%) e do de materiais de construção e ferragens (+13%). Isso porque, devido às medidas de isolamento social, as pessoas precisaram mudar seus hábitos de alimentação, contribuindo com o aumento de consumo dentro do lar. Também, esses estabelecimentos continuaram funcionando nos períodos em que bares, restaurantes e serviços não essenciais fecharam as portas devido às regras de quarentena. 

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Agronegócio inteligente: como usar a tecnologia a favor da previsibilidade?

Por Paulo Roberto P. Reis Junior

O câmbio favorável e a demanda das commodities por países que se desequilibraram com a Covid-19 têm impulsionado o agronegócio nacional, que respondeu por 26,6% do Produto Interno Bruto do nosso país no ano passado, a maior alta desde 2004. Aquele que era tratado como um setor primário, hoje tem uma realidade muito diferente, estando lado a lado do interesse econômico que antes focava na indústria e nos serviços. O resultado é a ascensão do segmento e o interesse cada vez maior de investidores, inclusive os estrangeiros.

Reconhecido como um setor crucial para o crescimento econômico brasileiro, o agronegócio ganhou destaque principalmente por ter ampliado o valor agregado do seu produto, uma mudança graças à evolução no uso da tecnologia em campo. Mas, para prosperar e ganhar cada vez mais espaço mundial, é preciso manter a produtividade e, neste aspecto, a previsibilidade ganha holofotes justamente por suprimir perdas na colheita e amenizar prejuízos. O prognóstico da natureza é elementar, já que não podemos controlá-la.

É aí que entra o Agronegócio Inteligente. Trata-se de uma agricultura de precisão que se baseia em inovação e tecnologia de ponta para encontrar a eficiência do solo a partir de um sistema avançado voltado para a administração da terra, potencializando-a da forma mais eficaz possível – um elemento fundamental que permite maior retorno econômico.

O uso de recursos de análise digital de informações do solo via satélite, por exemplo, mantém o histórico do solo por cinco anos, permitindo previsões extremamente assertivas em um período de até 14 dias, o que minimiza possíveis riscos na análise de sua deterioração. Trata-se de um levantamento tão apurado que envolve tanto as análises hídricas, como também as pluviométricas e as fitopatológicas, que é o estudo das doenças em vegetais.

Todo esse estudo do comportamento do terreno e das variáveis naturais com o uso da tecnologia resulta na redução do tempo de plantio versus colheita, favorecendo o retorno financeiro da operação. Por isso, podemos afirmar que o uso da tecnologia chegou no campo para somar e otimizar seus processos, principalmente poupando surpresas inoportunas ou custos desnecessários em meio à produção.

Isso sem contar que uma atividade agrícola controlada se torna mais sustentável, outro fator que tem chamado a atenção dos investidores, que vêm avaliando cada vez mais as práticas que estão alinhadas ao ESG (Environmental, Social and Governance), tema muito presente nas empresas neste momento.

Não há dúvidas que o uso de dados para a análise preditiva no campo melhora o processo de decisões futuras, que são fundamentais para a curva ascendente do negócio, resultando num caminho seguro para o fortalecimento do setor. É hora de ampliar a inovação e a escala mundial!

Paulo Roberto P. Reis Junior, gerente comercial de Agrobusiness da Engineering

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Demanda por bens industriais registra queda de 5,4% em abril

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 5,4% no mês de abril, em comparação com março de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (8). Enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional recuou 2% em abril, a importação de bens industriais apresentou uma queda de 10,6%, no mesmo período, após registrar alta de 10% no mês anterior.

Na comparação com abril de 2020, o indicador que mede a demanda interna por bens industriais – por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações – registrou alta de 28,9%. Por sua vez, o trimestre móvel apresentou alta de 15,6% em relação ao mesmo período de 2020. Enquanto a variação acumulada em doze meses apontou variação nula, a produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou um crescimento de 1,1%.

Entre as grandes categorias econômicas, o fraco resultado registrado em abril, em relação a março, foi disseminado e todos os segmentos tiveram queda na margem, com exceção de bens de consumo duráveis, que registrou alta de 6%. O destaque negativo ficou por conta do recuo de 33,5% para o segmento de bens de capital, um dos componentes do investimento. Este resultado se explica pela alta base de comparação no período anterior, que foi inflado pela importação de plataformas de petróleo associadas ao regime aduaneiro Repetro. Já na comparação com abril de 2020, todos os setores registraram alta, com o destaque novamente para bens de consumo duráveis, com alta de 175,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação também retraiu, com queda de 5,6% sobre março. A indústria extrativa mineral, por sua vez, apresentou crescimento de 7,1%, compensando a queda de 6,4% no período anterior. A análise setorial indica que oito dos 22 segmentos observados avançaram, mantendo o índice de difusão, que compara o crescimento dos segmentos da indústria de transformação com o período anterior após o ajuste sazonal, em 36%. O destaque ficou para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 3% e 2,8%, respectivamente.

Na comparação interanual dos setores, 21 segmentos registraram crescimento, com destaque para os segmentos de veículos e outros equipamentos de transporte que, muito afetados pela pandemia em abril de 2020, cresceram 742,4% e 170%, respectivamente. Em relação ao acumulado em doze meses, 14 segmentos registraram variação positiva, entre eles o grupo de outros equipamentos de transporte, com alta de 23,4%.

Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura

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Nova Ferroeste estima receber investimentos na ordem de R$ 20 bilhões

Após conclusão, ferrovia impactará, diretamente, 425 municípios nos estados do MS, PR e SC e se tornará um dos principais trechos ferroviários do país

Trajeto promete transportar até 35 milhões de toneladas de cargas, apenas durante o primeiro ano de operação

Considerada um dos principais projetos ferroviários do país, a Nova Ferroeste, ferrovia que promete ligar os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, avança a cada dia, rodeada de expectativas. Isso porque, após concluída, deve se tornar um dos mais importantes trechos de transporte de cargas sobre trilhos do Brasil e um dos maiores corredores de exportação dos produtos nacionais.

O novo trajeto, de 1.285 km de extensão, conectará as cidades de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR), em um projeto audacioso: o primeiro trecho ligará a cidade sul-matogrossense ao município de Cascavel (PR), em um percurso de 507 km; o segundo, entre Cascavel e Guarapuava (atual traçado da ferrovia, com 246 km), será modernizado; na sequência, uma nova extensão, de 353 km, interligará Guarapuava e Paranaguá. Além disso, um ramal multimodal, de 140 km, também deve unir o município de Cascavel ao de Foz do Iguaçu. Ao todo, a estrada de ferro terá influência direta em 425 cidades nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Não à toa, este projeto vem sendo chamado de super ferrovia ou Corredor Oeste de Exportação, acompanhado de uma variedade de perspectivas positivas. É o que diz o presidente da Ferroeste, André Luiz Gonçalves: “Após a conclusão deste projeto, a Ferroeste irá se tornar uma das mais importantes ferrovias do país, atrás apenas da Norte-Sul e da Transnordestina (ambas ainda em construção, com 4.155 km e 1.728 km de extensão, respectivamente). Ou seja, teremos aqui um trecho ferroviário com capacidade para atender as principais áreas produtivas nacionais”.

Isso porque o projeto, mesmo ainda em fase de estudos de viabilidade e de impactos ambientais, vem sendo elaborado de acordo com as necessidades de todos os players envolvidos, afirma o executivo. “O nosso papel não é só produzir um estudo técnico bem aprofundado e sim um dos projetos mais completos, em termos de ferrovias, do Paraná e do país. A cada passo que damos, sempre procuramos validá-los com os setores produtivos, com os governos competentes e todos os demais envolvidos, para que, por onde essa ferrovia passar, traga muitas coisas boas: mais empregos, mais investimentos e mais recursos”, comenta.

Benefícios do Novo Trajeto – Com a ampliação da Ferroeste, a expectativa é atrair novos investimentos para o trajeto. “Não tenho dúvidas de que a ferrovia irá captar muitos aportes, tanto nacionais quanto internacionais. Nossa expectativa é que chegue na ordem de R$ 20 bilhões”, salienta Gonçalves.

Segundo ele, os estudos apontam também uma economia de até 30% nos custos de transporte da área produtiva do Estado. “Em 2019, por exemplo, quando demos início aos estudos de implantação do projeto, havia uma informação que apontava que as cooperativas do Estado, que são as maiores da América do Sul, economizariam cerca de R$ 800 milhões em fretes caso a Nova Ferroeste já estivesse em operação naquele momento. Hoje, essa economia giraria em torno de R$ 1 bilhão. Esse dinheiro poderá ser aplicado na própria região”, ressalta.

Outra vantagem do novo trajeto é o aumento da capacidade de transporte da ferrovia, que vai crescer muito em comparação ao que é movimentado atualmente, pontua o executivo. “Fazemos o transporte de, em média, 1 milhão de toneladas de cargas ao ano no atual trecho e, com a ampliação, faremos a movimentação de aproximadamente 35 milhões, ou seja, 35 vezes mais, apenas no primeiro ano de operação da nova ferrovia. Esse volume pode aumentar muito mais, porque são dois estados agroindustriais muito fortes, tanto o Mato Grosso do Sul quanto o Paraná”.

Há ainda a questão da empregabilidade, já que o projeto deve gerar mais oportunidades de trabalho para a região. “Com certeza, essa é uma iniciativa que vai mobilizar bastante mão de obra, tanto para a fase de construção do novo percurso quanto para os postos de trabalho que serão gerados após a conclusão, como cargos operacionais, de manutenção, de operação de locomotivas, entre outros. Serão milhares de empregos gerados a partir deste projeto”, acrescenta.

Para ele, o mundo todo tem ferrovias que transformam a realidade local e a ideia é fazer isso também no Brasil. “Nós torcemos não apenas pelo sucesso do nosso projeto, mas também para o de todos os outros que envolvam o modal ferroviário no Brasil. Com todos dando certo, quem ganha é o país”, finaliza.

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TecBan discute o futuro do sistema financeiro no Open Banking Week 2021

A TecBan, empresa de soluções tecnológicas que integram o físico e digital, patrocina um dos eventos mais importantes do mundo para a discussão do futuro do sistema financeiro, o Open Banking Week Global 2021, que ocorre entre os dias 7 e 11 de junho. Além do apoio, a TecBan participa com conteúdo que será apresentado por Tiago Aguiar, Head de Novas Plataformas, no painel “O que as pessoas ganham com o Open Banking?”, com participação do economista Pablo Spyer. A empresa também é responsável pelo painel “Segurança e eficiência com OBaaS”, com Luiz Gustavo Bonander Nugnes e Rogério Melfi, Consultores de Novas Plataformas, abordando o conceito de “Open Banking as a Service”, que é um serviço oferecido de maneira pioneira pela TecBan no Brasil, com foco na implementação e gestão do novo sistema financeiro aberto brasileiro.

A programação do evento virtual está dividida em painéis e palestras com conteúdo vindo da Ásia, Oceania, Europa, América e Brasil, abrindo um espaço de conversa com especialistas das nações pioneiras na implementação do Open Banking, como o Reino Unido, e de mercados emergentes que têm sido destaque na sua implementação, como a América Latina.

A participação da TecBan nesse ciclo de discussões reforça o propósito da empresa em levar a inclusão financeira à todas as classes sociais e perfis de público, além de ressaltar as soluções inovadoras oferecidas pela empresa em um momento decisivo para o setor financeiro. “As mudanças que serão trazidas na prática com o Open Banking poderão ser mensuradas a uma revolução na maneira com a qual o brasileiro lida com seus dados bancários. Essa movimentação pode inclusive ajudar a acelerar a economia do país em um momento tão desafiador, criando oportunidades ao promover ainda mais dinamismo ao mercado financeiro”, afirma Tiago Aguiar.

Para assistir os conteúdos promovidos pela TecBan e as discussões dos mais de 70 especialistas globais no setor financeiro, a inscrição é gratuita. Os inscritos poderão acompanhar as palestras pelo YouTube.

Open Banking Week Global 2021

Participação TecBan

8 de junho, às 14h30: “O que as pessoas ganham com o Open Banking?”, com Tiago Aguiar e Pablo Spyer

11 de junho, às 15h30: “Segurança e eficiência com OBaaS”, com Luiz Gustavo Nugnes e Rogério Melfi

Mais informações e inscrições: https://openbankingweek.com/

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Plataforma de startup paranaense para o setor contábil ganha usuários pelo Brasil

Em Recife (PE), a contadora Natália Pereira já tinha o sofrimento como rotina. Afinal, sempre que precisava entregar documentos dos clientes para órgãos do Governo, sofria com os aplicativos diversos, atualizações sem fim e incompatibilidades no sistema. Para driblar as dificuldades, era tudo individualizado: no escritório, havia, praticamente, um computador dedicado para cada sistema governamental. Situação parecida ocorria com Luciane Oliveira, também contadora, mas de São Paulo, capital. Por lá, na hora de enviar os arquivos para os mais diversos sistemas, a surpresa era constante: ora dava tudo certo, ora nada funcionava. Por conta disso, a estratégia de ter um computador quase “sagrado” dentro do escritório, que só era utilizado para esses envios, também era realidade.

Tanto Natália quanto Luciane, no entanto, viram suas rotinas mudar por completo nos últimos meses. Em diferentes regiões do País, conheceram um sistema inovador que prometia agilidade, praticidade e, para o alívio de milhares de contadores brasileiros, constância nas atualizações. O sistema, desenvolvido no oeste do Paraná, foi batizado de GovBox, nome que, não por acaso, faz menção a uma caixa que reuniria todos os sistemas necessários para a rotina dos contadores.

“Enquanto contadores, temos a obrigação acessória de informar o Governo e seus órgãos sobre movimentações e detalhes financeiros dos clientes. O problema é que para que isso aconteça, é preciso baixar um sistema diferente para cada declaração e muitos deles são lentos, exigem computadores exclusivos e plataformas específicas como o Java, por exemplo. Isso atrasa o nosso trabalho e torna os processos morosos e complicados”, explica o contador e desenvolvedor da GovBox, Gerson Jair Froehner.

Há trinta anos no segmento, Gerson percebeu a carência do setor e decidiu inovar: deixou de se dedicar apenas a contabilidade propriamente dita e se debruçou na tarefa de criar uma plataforma que unisse os principais sistemas e aplicativos do Governo, facilitando a vida dos contadores e deixando clientes mais satisfeitos. Como resultado, ele e a equipe se debruçaram no novo projeto e criaram o GovBox.

“É um trabalho de inovação feito em parceria com o Sebrae. Com os consultores, fizemos todo o processo de ideação e desenvolvimento nos moldes de uma startup. A partir disso, percebemos que o GovBox tinha potencial para ser escalável e de grande alcance”, relembra o empresário.

A expectativa, com o tempo, foi atingida. Hoje, o GovBox se tornou um programa que, após a assinatura do cliente, é instalado de forma rápida nos computadores dos contadores e reúne todos os portais governamentais em um só lugar. Mas não é só isso: ele também faz as atualizações de forma automática e o usuário não precisa se preocupar com as novas versões lançadas no mercado: é tudo feito de forma automatizada.

“O GovBox traz conectividade social, navegadores internos desenvolvidos e configurados por nós e é tudo feito sem contato humano. Não é preciso chamar técnico ou assistente para toda e qualquer atualização: a plataforma faz tudo automaticamente e caso haja alguma dificuldade, oferecemos o suporte necessário”, ressalta Gerson. 

O GovBox tem mais de mil assinantes e já é utilizado em 350 municípios brasileiros. “Baixei o GovBox por trinta dias e já amei. Vi que a plataforma facilita muito a nossa vida. Agora, temos a assinatura para dez usuários e todos no escritório usam e adoram porque não precisam ficar atualizando tudo de forma individual. Antes, era uma confusão só”, relembra Natália.

Em São Paulo, Luciane relembra que em alguns momentos, antes do GovBox ser uma realidade no escritório, quando alguma etapa dos processos travava, as equipes já tinham até medo de concluir porque sabiam que algo daria errado. Agora, a realidade é outra.

“Sem sobra de dúvida, o maior ganho é o de tempo. Sempre digo que a mercadoria de quem presta serviço é o tempo e por isso não podemos perdê-lo com dificuldades e erros”, pontua a contadora.

Os resultados, segundo o consultor do Sebrae/PR, Gabriel Caus, são expressivos e realmente fazem a diferença na vida dos usuários porque Gerson tem um grande diferencial: ele soube ouvir as necessidades do público.

“No mercado de startups, principalmente, falamos muito sobre as dores do cliente. Gerson, por ser contador e ter mais de três décadas de experiência na área, sabia exatamente quais eram essas dores. Ele foi audacioso em criar e conduzir um projeto que, hoje, serve como remédio para tudo isso”, destaca o consultor.

Além disso, Gabriel detalha também que outro fator determinante para o sucesso nesses três primeiros anos foi a capacidade de adaptação e a consciência de que mais conhecimento precisaria ser adquirido.

“Por ser contador, o Gerson poderia ter focado apenas na área da contabilidade, mas ao pensar no GovBox, ele soube que esse era um negócio diferente daquele que ele já conduzia há mais de trinta anos. Uma das estratégias mais acertadas, portanto, foi ele reconhecer esse desconhecimento e procurar ajuda adequada para começar com bases sólidas que, hoje, fazem toda a diferença para o negócio”, conclui Gabriel.

Até o fim de 2021, a meta de Gerson é dobrar o número de assinantes do GovBox e atingir ainda mais municípios, enraizando a plataforma em diversos escritórios e sendo, acima de tudo, resolutivo na rotina contábil.

Fonte: Sebrae/PR

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Contratos inteligentes com Blockchain são o futuro das transações virtuais

Se antes eram vistas como motivo de preocupação, as transações financeiras digitais estão cada vez mais seguras. Tecnologias avançadas de criptografia mantém sigilo e bloqueio de informações, diminuindo o risco de fraude. De acordo com a empresa especializada em análise de dados envolvendo a rede Blockchain, CipherTrace, apenas 0,34% das transações com criptoativos foram resultado de ação criminosa, no ano passado. É menos de 1% de movimentações suspeitas registradas em grandes bancos mundiais, de acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

A tecnologia usada na elaboração do Blockchain vem sendo analisada para uso em outras atividades virtuais que necessitem grande segurança de dados. Utilizada pela primeira vez em 2008, o Blockchain visava a proteção de transações na rede de Bitcoin. A tradução do nome, “cadeia de blocos”, dá uma ideia de sua funcionalidade: blocos de informações são criptografadas e inseridas no bloco anterior, formando uma cadeia de ligações que não podem ser alteradas depois de processadas.

Assim, a segurança é aumentada, uma vez que não se pode modificar dados publicados na rede. “O primeiro bloco, chamado Gênesis, é preenchido com as informações (os tokens), e depois é distribuído com cópia para outros blocos. Cada novo dado é agregado a um novo bloco e ligado, primeiramente ao Gênesis, e seguindo uma sequência de blocos. Os dados ficam, então, descentralizados e interligados”, explica o empreendedor e especialista em criptoativos Francisley Valdevino da Silva, CEO da empresa Intergalaxy SA, uma das grandes referências do mercado nacional. 

Uso em outras áreas

Alguns comparam o blockchain a um “livro-razão”, que não pode ser modificado, tornando-se muito confiável. Em 2015, o jornal inglês The Economist lançou um artigo no qual discorre sobre a confiabilidade do sistema em blockchain para contratos inteligentes. “É a falta de brechas de segurança que atrai a atenção de outros ramos para o formato. Diversas fintechs já utilizam blockchain, e a plataforma também vem sendo analisada para uso em validações de usuários, registros acadêmicos e execução de pagamentos em empresas, entre outros”, detalha Silva.

Com uma função ampla, o sistema pode ser aplicado em controle transparente e seguro de armazenagem de dados, seja para transferências, acessos, contratos, logins, seguradoras e startups, atendendo uma infinidade de diferentes necessidades. “Ao permitir acompanhar e visualizar dados sem conseguir modificá-los, o blockchain alinha atributos fundamentais como credibilidade, transparência, rapidez e segurança para transações digitais”, completa o especialista.

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Sistema Fiep e Unidos Pela Vacina firmam parceria para angariar insumos para paranaenses e acelerar a vacinação no estado

Campanha tem duração de dois meses e vai arrecadar desde equipamentos para vacinação a alimentos e cobertores

O movimento Unidos Pela Vacina (UPV), que está trabalhando ativamente para acelerar a vacinação em todo o Brasil, inclusive no Paraná, agora soma forças com o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Os esforços conjuntos acontecem dentro da campanha ‘Essencial É Viver’, idealizada pelo Sistema Fiep com o propósito de mobilizar a sociedade no socorro urgente aos paranaenses mais impactados pela Covid-19.

Em um prazo de 60 dias, que vai até 10 de julho, a campanha pretende angariar equipamentos para vacinação (caixa térmica, geladeira e freezer); para a prevenção e apoio ao tratamento da covid-19 (EPIs, oxímetros, álcool gel, máscaras e jalecos); para aulas online (computadores, tablets, celulares e chips de internet); além de alimentos, agasalhos, cobertores e livros. Os itens serão doados aos municípios paranaenses, sendo direcionados preferencialmente aos 141 com maiores demandas, identificados graças à pesquisa promovida pelo Unidos Pela Vacina, que investigou as necessidades com relação à vacinação das 399 cidades do estado.

Artur Grynbaum, empresário que representa o UPV no Paraná, é vice-presidente do Conselho do Grupo Boticário e atua há bastante tempo em parceria com o Sistema Fiep, comenta a importância da união de forças com a entidade. “O Sistema Fiep é uma instituição de alcance gigantesco e que sempre promove ações que beneficiam todos os paranaenses. Nós, do Unidos Pela Vacina, que estamos num imenso esforço para acelerar a vacinação, ficamos muito felizes por participarmos do Essencial É Viver e assim melhorar as condições da população em diversas áreas. Acreditamos muito na união de forças e na capacidade da sociedade em atuar juntamente ao poder público e privado para progredir. Vale salientar a importância da vacinação e as informações verdadeiras e necessárias que devem ser repassadas para que não haja dúvida com relação à essencial imunização”, ressalta Grynbaum.

Regina Arns é uma das líderes do UPV no Paraná e representante do Grupo Mulheres do Brasil-PR, e acrescenta a força da regionalização que a união das entidades pode trazer. “O Sistema Fiep tem uma capilaridade incrível, ou seja, sua atuação é muito expressiva em todo o Paraná. Criar esse vínculo com a instituição é muito válido ao UPV porque o propósito do movimento é, sobretudo, vacinar toda a população o quanto antes e aumentar a conscientização sobre a importância da imunização contra a covid-19. Com essa intenção de abranger toda a população paranaense em várias esferas é que construiremos um estado ainda mais forte”, completa Regina.  

Para o presidente do Sitema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, ao mobilizar empresas e a sociedade no socorro às necessidades de municípios e pessoas neste momento de emergência, a entidade cumpre com seu papel social. “E quanto mais esforços conjuntos conseguirmos promover, mais rapidamente superaremos esta crise. Um movimento como o Unidos pela Vacina certamente dará ainda mais força à campanha Essencial é Viver, ajudando a identificar as demandas e encontrando caminhos para que possamos contribuir com o suprimento dos itens para municípios e pessoas necessitadas”, afirma.

Para participar do Essencial É Viver

O objetivo da campanha é conectar pessoas físicas e jurídicas para arrecadar itens necessários neste momento de restrições e desafios. Pessoas físicas podem contribuir com a doação de alimentos não-perecíveis, agasalhos, calçados e cobertores.

Para empresas, estão sendo solicitadas doações de materiais para a prevenção, apoio ao tratamento e vacinação contra a Covid-19, como álcool gel, máscaras, EPIs, jalecos, oxímetros, caixas térmicas e geladeiras (consulte aqui a especificação técnica para esses equipamentos). Além disso, a intenção é arrecadar também itens para acesso de alunos às aulas on-line, como smartphones e chips, tablets, notebooks, computadores e livros.

As doações de pessoas físicas podem ser entregues em qualquer unidade do Sistema Fiep em todo o Estado, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. As pessoas jurídicas que desejarem fazer doações ou tirar dúvidas devem encaminhar um email para essencialeviver@sistemafiep.org.br. Mais informações sobre a campanha estão disponíveis também em www.sistemafiep.com.br/essencialeviver.

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Projetos de modernização de rodovias brasileiras devem ampliar segurança e fluidez das vias

Por Sylvio Calixto

Trafegar em rodovias equipadas com soluções e sensores que conectam as concessionárias e seus usuários instantaneamente. Ter acesso a informações em tempo real para possibilitar a tomada de decisões das entidades de fiscalização e, além disso, propiciar maior fluidez no tráfego de veículos e segurança para motoristas e passageiros. Toda essa modernização atrelada à tecnologia é um sonho para a infraestrutura viária de qualquer país.

No Brasil, esse cenário está cada vez mais possível. Uma das iniciativas mais recentes é o Programa de Modernização de Rodovias Federais, o Inov@BR, recentemente anunciado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Os pilares do Programa estão baseados em Segurança, por meio da preservação da vida e repressão de crimes; fluidez, para proporcionar um deslocamento eficiente e o investimento em tecnologia, facilitando a comunicação entre entidades e usuários por meio de acesso 4G, 5G e Wifi, além do pedágio com cobrança proporcional ao trecho percorrido, também chamado de Free Flow.

Esse sistema tem chamado a atenção dos usuários por permitir cobranças proporcionais ao quilômetro rodado por meio de portais instalados pela via, ao invés das tradicionais praças de cobrança. Ele já é realidade há alguns anos em países da Europa e da América do Norte, além do Chile, na América Latina.

Essa tecnologia vem ao encontro dos avanços necessários também no Brasil. Percorrer as estradas sem precisar parar nas praças de pedágio é um desejo de muitos motoristas que já estiveram em outros países e puderam utilizar o sistema de passagem ou fluxo livre.

A solução vai além da agilidade e da inovação tecnológica. O pagamento proporcional ao trecho percorrido reflete em uma coleta da arrecadação de uma forma mais justa, proporcional ao uso da via. Atualmente, em várias rodovias, como a Via Dutra, por exemplo, estima-se que menos da metade dos veículos efetivamente paga pelo pedágio, por trafegar em trechos não alcançados pelas praças de cobrança.

Um outro ponto benéfico aos usuários é a prevenção de acidentes que ocorrem nas praças de pedágio. Casos como o ocorrido em abril deste ano, quando houve um acidente fatal na Rodovia BR 050, com um caminhão que trafegava desgovernado e acabou colidindo com os veículos parados na praça. O sistema Free Flow também é uma medida que privilegia a segurança dos usuários.

Com a implementação do sistema de fluxo livre, sistemas com base em inteligência artificial poderão ser aplicados para a fiscalização de veículos infratores. Esses sistemas podem auxiliar no controle de evasões de cobrança nesses trechos. O Compare, sistema que identifica veículos mesmo que a placa esteja adulterada, é uma das soluções capazes de prevenir essa conduta.

Atualmente no Brasil muitas empresas possuem estrutura tecnológica para suportar a modernização anunciada. Muitas delas genuinamente nacionais, com desenvolvimento e fabricação local. Espera-se benefícios práticos refletidos na sociedade nos aspectos de modernização, conforto e segurança viária. Mas também outros benefícios, de cunho econômico, refletidos no fortalecimento das empresas nacionais e na geração de novos empregos com forte base tecnológica.

Sylvio Calixto, CEO da Pumatronix.

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O uso de dados sensíveis em investigações corporativas é assegurado pela LGPD?

Por Lílian Fonseca e Larissa Roedel


A busca por uma cultura bem fundamentada nas boas práticas de compliance é cada vez mais perceptível entre as empresas, não somente para a manutenção do negócio, como também para garantir uma visibilidade positiva no atual mercado que, agora, mais do que nunca, está atento aos valores, à cultura e à performance dos resultados das organizações.

Entretanto, a abordagem para atingir tal objetivo nem sempre é do tipo preventiva. Em certos casos, os princípios de conformidade de uma empresa podem ser reforçados e fortalecidos por meio do combate às fraudes e quebras dos códigos de conduta. Neste cenário, contrata-se serviços de investigações corporativas que, de formas independente e imparcial, trazem esclarecimentos sobre as irregularidades ocorridas para que as devidas providências possam ser tomadas pela organização da forma mais assertiva possível.

É natural que as frentes de investigação empresarial atuem com diversas informações sobre funcionários, fornecedores ou quaisquer potenciais envolvidos no caso para cruzamentos e conexões que confirmem ou descartem as hipóteses iniciais, inclusive dados pessoais variados que, eventualmente, podem ainda ser classificados como sensíveis. Assim, considerando o início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020, é preciso atenção.

De acordo com a definição da LGPD, dado pessoal é todo aquele que permite identificar uma pessoa natural, não havendo descrição explícita de quais informações são essas. Já os dados sensíveis estão definidos como aqueles que podem gerar algum tipo de preconceito, discriminação ou tratamento diferenciado ao titular. Então, como garantir a conformidade com esta nova Lei ao conduzir as investigações corporativas que englobam dados sensíveis?

A Lei apresenta as hipóteses que autorizam esses tratamentos, como a utilização de dados sensíveis em investigações corporativas, sendo eles: quando o titular ou responsável legal der seu consentimento; quando indispensável para o cumprimento de alguma obrigação legal ou regulatória pelo controlador; na execução de políticas públicas; na realização de estudos por órgãos de pesquisa; no exercício regular de direitos; na proteção da vida; na tutela da saúde e na garantia de prevenção à fraude e à segurança do titular.

Assim, uma das hipóteses para o tratamento de dados sensíveis de colaboradores, fornecedores e clientes, pelo controlador, em procedimentos de combate à fraude e às irregularidades dentro das empresas é a de exercício regular de direitos para a utilização de evidências num processo judicial, administrativo e arbitral, nos casos em que o produto dessa investigação servirá de evidência de suporte para um processo judicial, por exemplo, quando se deseja a restituição de valores.

Outra hipótese que pode ser contemplada é a de prevenção à fraude e à segurança do titular, situações as quais se identificou a possibilidade de vazamento de dados, por exemplo, que possa afetar demais titulares. Além disso, podemos considerar os casos em que há imposições legais para a condução de investigações, que serão considerados partes de uma obrigação legal.

Nas situações que não se enquadrarem nenhuma das hipóteses anteriores, é possível coletar o consentimento do titular para a utilização dos dados sensíveis com finalidades investigativas, por exemplo, fornecendo um termo específico para ciência e concordância dos colaboradores. É válido destacar que este não seria o artifício ideal, pois o titular pode suspender a autorização a qualquer momento, interferindo na execução das apurações.

Em suma, os dados sensíveis podem integrar o combate à fraude e às irregularidades nas empresas, desde que estejam assegurados pela LGPD e embasados e validados por especialistas do segmento jurídico.

Lílian Fonseca é consultora de Investigação e Larissa Roedel é consultora de Data Privacy. Ambas atuam na ICTS Protiviti.

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Governo sanciona Marco Legal das Startups

Regulamentação dá mais segurança e contribui para o crescimento do ecossistema de empreendedorismo no Brasil 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou ontem (1° de junho) o novo Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador. O texto aborda seis importantes alicerces do ecossistema – investidores, recursos de fundos, programas e editais, incentivos fiscais, ambientes regulatórios e investidores-anjo – e a regulamentação proposta está dividida em quatro pilares principais: 

  • desburocratização do ambiente de negócios 
  • participação em processos de licitação 
  • facilitação de acesso a investimentos 
  • regulamentação das relações de trabalho como um todo 

“Essas medidas de estímulo à criação de novas empresas inovadoras, associadas a um ambiente de negócios juridicamente mais seguro tanto aos investidores como também aos empreendedores, aliadas à redução da burocracia, com certeza impulsionarão a alocação de capital para investimentos em novos negócios, gerando assim uma maior participação das startups na economia brasileira”, analisa Ruben Delgado, presidente da Softex.

Estima-se que o Brasil possua atualmente cerca de 13 mil startups em diferentes estágios de desenvolvimento, presentes em diversos segmentos, tais como educação, saúde, agronegócio, comunicação, finanças e saúde.  Só a Softex, entidade que atua, há quase 25 anos, em prol do fomento da transformação digital brasileira, possui 5 mil em seu portfólio. 

Entre outros pontos importantes, o texto define exatamente o que é uma startup e estabelece os princípios e as diretrizes para a sua participação em licitações públicas, regulamentando ainda a contratação de soluções inovadoras pela administração pública. 

O novo Marco Legal engloba também quatro diretrizes para fomentar o desenvolvimento das startups: promoção do empreendedorismo digital; garantia de acesso aos programas, instituições de ensino e instrumentos que acabam por viabilizar a efetiva redução de custos; aumento da produtividade e da melhor gestão de projetos; e promoção de programas de inovação aberta, pré-aceleração e aceleração, com o objetivo de estimular a cultura empreendedora.

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