Cerca de 80% das empresas da América Latina já utilizam inteligência artificial e sua adoção está em ritmo acelerado

Em 80% das empresas latino-americanas, os projetos de inteligência artificial (IA) já estão em andamento e a adoção está em ritmo acelerado. Isso é o que revela o estudo Inteligência Artificial na América Latina 2023, elaborado pela NTT DATA em parceria com o MIT Tech Review. Entre as empresas sem projetos de IA, 17,5% têm planos para começar em um ano e apenas 3,3% não tem planos para utilizar a tecnologia.
 

A relevância do potencial da IA para revolucionar os negócios continua crescendo. Isso foi reconhecido por 71% das empresas entrevistadas, em comparação com 58% da edição de 2020. Nenhum líder entrevistado acredita que essa tecnologia não terá impacto em sua organização.
 

Em termos de investimento, o estudo mostrou que 9% das empresas pesquisadas pretendem investir entre 11% e 15% do orçamento de tecnologia em inteligência artificial e 10% das empresas, acima de 15%. Em entrevistas qualitativas realizadas presencialmente para o estudo, os executivos destacaram que a adoção da IA abrange funções, métodos e processos em toda a organização, promovendo uma abordagem integrada e sistêmica para sua adoção. Há um consenso de que o investimento continuará expressivo nos próximos anos.
 

Quanto ao nível de maturidade, 39% afirmam estar na fase de “exploração” (ante 21% na pesquisa anterior), 30% em “produção”, ou seja, a empresa conseguiu converter as iniciativas em ações concretas (ante 20% há um ano) e 10% “inexperientes” (19% em 2022). Além disso, 6% estrearam na categoria “liderança de mercado”.
 

Embora a primeira área onde os projetos baseados em IA são implementados seja o próprio departamento de TI (16%), eles também aparecem em Vendas e Negócios (15%) e Atendimento e Suporte ao Cliente (11,5%). A busca pela melhoria da eficiência e da qualidade das operações (64%) e a capacidade de enriquecer a experiência do usuário (62%) são os principais motivadores da implementação.
 

Entre os benefícios identificados estão o aumento da eficiência operacional (56%), a automação de tarefas monótonas e propensas a erros (48%), a capacidade de analisar em escala (41%) e a capacidade de tomar decisões precisas e informadas (também 41%).
 

O relatório também aponta algumas das principais barreiras para a adoção dessa tecnologia na região, como falta de talentos especializados (20,5%), custos associados à implementação e manutenção (12,5%), falta de conhecimento sobre os possíveis benefícios da IA (11%) e resistência à mudança dentro da organização (11%) destacam-se como os principais desafios a serem superados.
 

Outras descobertas do estudo:

  • As instituições bancárias são o segmento mais maduro na adoção de IA; 29% das empresas do setor têm mais de cinco anos de experiência no uso dessa tecnologia.
  • Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram que há um profissional ou uma equipe dedicada de forma centralizada às iniciativas de IA em sua empresa.
  • Quando se trata de determinar quem é o patrocinador das iniciativas de IA na empresa, há um empate virtual entre os líderes de negócios (44%) e os líderes de tecnologia (41%). Em 41% das empresas, foi adotada uma cultura de colaboração contínua e diária entre as equipes de negócios, dados e IA.
  • Responsabilidade, transparência, privacidade e segurança em primeiro lugar, cerca de 50% dos entrevistados consideram que os princípios éticos são fundamentais na concepção e no desenvolvimento da IA.

“A rápida adoção da IA na América Latina está provocando uma redefinição das estratégias corporativas e gerando novos níveis de expectativas em relação à eficiência e à competitividade”, disse Evandro Armelin, Head de Data & Analytics Americas da NTT DATA. “É fundamental que as empresas encontrem o parceiro tecnológico adequado para acompanhá-las, para que possam obter o máximo de valor dessa tecnologia e alcançar resultados extraordinários”, acrescentou Armelin.

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Bankme capta R$ 7,4 milhões com DOMO܂VC

A Bankme, fintech pioneira na solução completa de infraestrutura para o crédito – os Mini Bancos no Brasil, anuncia captação de R$ 7,4 milhões com a DOMO .VC, gestora líder em Venture Capital no país. Com esta rodada, a empresa pretende manter o ritmo acelerado de crescimento, ao mesmo tempo em que otimiza os serviços para beneficiar os clientes.

A startup, que de agosto de 2022 até o momento reuniu mais de R$13 milhões em investimentos, também acaba de triplicar o faturamento. Com isso, mira em mais um período de crescimento, o que reflete em sua avaliação de mercado. “Acreditamos em um crescimento em múltiplos elevados, tanto em receitas e geração de caixa quanto em valuation, nos próximos 12 a 18 meses”, destaca o sócio da DOMO .VC, Felipe Andrade.

“Considerando o momento da empresa, precisávamos definir se a Bankme continuaria em ritmo acelerado de crescimento ou se diminuiríamos para alcançar nosso breakeven. Foi então que, em alinhamento com os investidores, concluímos que uma rodada complementar permitiria alongarmos nosso runway e nos prepararmos para um salto. Queremos evoluir cada vez mais para transformar o mercado de crédito nacional com os Mini Bancos”, comenta o CEO da empresa, Thiago Eik.

A solução da startup permite que qualquer pessoa tenha sua própria estrutura financeira, os Mini Bancos, e ofereça diferentes soluções de crédito para suas redes de relacionamento. Para contribuir com o avanço constante do negócio, o aporte atual vai viabilizar o avanço de um novo produto, dividido nas frentes Redesconto e Aporte.

Na primeira, Redesconto, será estabelecido o redesconto dos títulos financeiros operados pelo Mini Banco, garantindo assim liquidez imediata para as operações. Já a segunda, Aporte, permite que a Bankme aumente em até quatro vezes o capital sob gestão do Mini Banco, para que o cliente possa capitalizar e gerar mais negócios.

“Sabemos que um dos maiores desafios para quem quer empreender no crédito é a falta de capital. Com os recursos dessa rodada, vamos investir em tecnologia e pessoas para desenvolver a área de redesconto e aporte e ampliar nosso atendimento nessa frente”, complementa o COO da Bankme, André Bravo.

Segundo o sócio da DOMO .VC, o que motivou o investimento na fintech foi um conjunto de qualidades ímpar dos fundadores, aliado à enorme oportunidade de mercado. “A Bankme gera valor social, sua tese ajuda o país a crescer; e ao mesmo tempo, cria valor para os acionistas. Gostamos de oportunidades escaláveis, e em crédito apreciamos o valor de uma classe de crédito sólida, com taxas baixas de inadimplemento, e servindo a mercados carentes”, afirma Andrade.

Presença consolidada no mercado

Em agosto de 2022, a Bankme completou uma rodada seed composta pela DOMO .VC, Apex Partners, Bamboo Capital Markets, além do investidor e mentor de startups Aury Ronan Francisco. Desde então, a fintech deu sequência nos planos que envolviam permitir aos clientes oferecerem novas modalidades de crédito ao seu público, o que até então só era concedido aos bancos tradicionais e implicava em inúmeras burocracias.

Assim, com os Mini Bancos, empreendedores do setor de crédito que antes realizavam apenas a antecipação de recebíveis passaram a atuar também com empréstimos e financiamentos com emissão de cédula de crédito bancário (CCB), além de outros recursos.

Atualmente, a startup possui 70 Mini Bancos sob gestão e projeta ainda se tornar líder em conhecimento, portfólio de produtos e capital para aqueles que desejam empreender no mercado de crédito.Na busca por oferecer uma solução cada vez mais completa para os clientes, a fintech também estuda a estruturação de uma trava para recebíveis de cartão de crédito, com data indefinida para o lançamento.

“Queremos oferecer uma alternativa completa para nossos clientes, com Mini Bancos munidos de todos os produtos de crédito para quem deseja ingressar nesse mercado. A ideia é consolidar a Bankme como um hub onde empreendedores do mundo financeiro encontram tudo que precisam para ofertar crédito com segurança, eficiência e lucratividade”, finaliza o CEO Thiago Eik.

Por conectar diferentes alternativas de crédito e oferecer uma experiência completa aos clientes, a Bankme foi reconhecida como um dos negócios mais promissores do país pelo ranking 100 Startups to Watch, em 2022. Neste ano, em agosto, a startup foi selecionada para fazer parte do programa Scale-Up da Endeavor.

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Setor agrícola recebeu R$ 152 bilhões do Sistema Nacional de Fomento, diz ABDE

Mais de R$ 152 bilhões foram destinando para a carteira o setor agropecuário brasileiro via Sistema Nacional de Fomento (SNF) até agosto, de acordo com os dados mais atualizados divulgados pelo Banco Central. Deste total, R$ 3,4 bilhões foram usados para industrialização da produção. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), nesta quinta-feira (21/12).
 

O Banco do Brasil continua sendo a maior fonte de crédito agropecuário, responsável pela concessão de R$ 97,3 bilhões, de janeiro a agosto deste ano. Já a Caixa Econômica Federal tem sido a maior instituição financeira na liberação de crédito focado em industrialização, tendo fornecido R$ 2,5 bilhões no mesmo período.
 

Segundo o levantamento, o Rio Grande do Sul é um dos maiores estados em produção agropecuária do país, tendo recebido um recursos de R$ 21,1 bilhões para crédito total e R$ 1 bilhão para industrialização.
 

Entidades

Entre as entidades que oferecem linhas de crédito para apoio ao desenvolvimento de projetos voltados à industrialização,a armazenagem e a comercialização do setor de alimentos, está o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição possui diversas linhas de crédito para o apoio financeiro ao desenvolvimento de projetos voltados para estas finalidades. No primeiro semestre de 2023, o BNDES apresentou um saldo de operações de crédito para financiamento à agroindústria (pessoas jurídicas) no valor total de R$ 14 bilhões.

Na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), instituição associada à ABDE e que promove a inovação do país, há uma linha de crédito especial: quanto maior o risco tecnológico, menor a taxa de juros. São quatro iniciativas nestas condições: difusão tecnológica, inovação para competitividade, inovação pioneira e inovação crítica – do menor para o maior risco tecnológico, respectivamente. A Finep disponibilizou R$ 584 milhões até o momento, contra R$ 487 milhões em 2022. “Nossa linha de crédito modula os juros, conforme o risco tecnológico. Ou seja, quanto maior o risco, menor a taxa de juros. É uma maneira de bonificar quem se arrisca”, explicou Celso Pansera, presidente da Finep e da ABDE.

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Klabin adquire operação florestal da Arauco no Paraná

Maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, a Klabin anuncia a aquisição da operação florestal da Arauco no Paraná. O investimento de US$ 1,160 bilhão compreende a compra de 85 mil hectares de áreas florestais produtivas localizadas majoritariamente no Estado do Paraná e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé (volume esperado), além de máquinas e equipamentos florestais.

Entre os benefícios da aquisição, a empresa destaca a antecipação do atingimento da autossuficiência alvo de 75% de madeira própria no Paraná e a conclusão da expansão de terras na região, o que gera redução relevante de investimentos futuros e ganhos significativos com sinergias operacionais. Além disso, após a colheita do primeiro ciclo, a Klabin excederá a sua meta de autossuficiência em aproximadamente 60 mil hectares produtivos, que poderão ser monetizados.

Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin, afirma que “esse é mais um movimento que reforça o foco da empresa em eficiência operacional, com diligente alocação de capital e valor presente líquido (VPL) estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões”.

Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin destaca que a empresa mantém a sua sólida posição financeira com robusta liquidez e perfil de dívida alongado. “Trata-se de uma ótima oportunidade em termos operacionais e financeiros, que reduzirá a necessidade de compra de madeira de terceiros, aumentará a competitividade de custos da Companhia, com criação de valor para os seus acionistas”.

A conclusão da operação está sujeita a condições suspensivas usuais em transações dessa natureza, inclusive à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

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Biopark firma acordo para receber 10 empresas chilenas por semestre

Troca de experiências e tecnologias prevê a vinda de 10 startups chilenas a cada semestre para o Biopark; o mesmo deve ocorrer com outros países latinos

Uma grande incubadora de projetos internacionais fora das regiões mais densas do Brasil. Com isso em mente, o Biopark, Parque Tecnológico no Oeste do Paraná, se abre como uma opção para startups chilenas que querem fugir dos grandes centros e buscam cidades que estão no interior do Brasil, mas que propiciam um ambiente de intercâmbio para que elas se sobressaiam em seus países de origem.

Para essa iniciativa, foi construída uma aliança com o ProChile, um instituto do Ministério das Relações Exteriores do governo chileno, que foi assinada nesta terça-feira (28), durante o evento Encontro de Negócios Chile-Brasil, em São Paulo. A parceria tem como objetivo a publicação de dois editais de atração de empresas para o Programa de Residência do Ecossistema, onde irão se desenvolver e trocar experiências, principalmente nas áreas de agronegócio, biotecnologia e tecnologia da informação.

A intenção é que essas empresas possam expandir seus negócios aqui e possam crescer em faturamento e número de colaboradores para ficar mais de um ano. “Nosso programa tem duração inicial de 2 meses, nos quais as startups chilenas irão receber um acompanhamento totalmente personalizado para iniciar o softlanding no Brasil, como o auxílio na abertura de mercado e negócios, bem como nas partes burocráticas de abertura de empresas, entre outros”, explica o presidente do Biopark, Victor Donaduzzi.

Segundo ele, o convênio permite ainda a abertura de novas possibilidades de negócio, pesquisa, desenvolvimento, e intercâmbio de conhecimento e educacional. “O Chile é referência a nível de inovação e apoio a novas startups e empreendimentos, o que permite também conectar as nossas mais de 180 empresas com esse ecossistema”, realça Donaduzzi. 

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Novo estudo de segurança da Cisco conclui que apenas 2% das empresas atingiram a maturidade em Zero Trust

A Cisco apresentou os resultados de seu estudo Security Outcomes 2023 para Zero Trust: Tendências de Adoção, Acesso e Automação, que destaca que a maioria das empresas no mundo – 86,5% – começaram a implementar algum aspecto de Zero Trust e autenticação multifator (MFA), garantindo o acesso de usuários remotos, com segmentação de rede ou aplicando microssegmentação em ambiente na nuvem. No entanto, apenas 2% delas afirmam estar totalmente maduras para a adoção de Zero Trust.

Para a Cisco, uma rede Zero Trust é baseada em um modelo de segurança que estabelece confiança por meio de autenticação e monitoramento contínuo de cada tentativa de acesso à rede, que difere do modelo tradicional de assumir que há confiança total dentro de uma rede corporativa.
 

No estudo, os aspectos de Zero Trust foram classificados em quatro pilares que estão alinhados com a arquitetura Zero Trust da Cisco e com o modelo da Cibersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA), que são:

  • Identidade: autenticação multifatorial (MFA, na sigla em inglês), controle de acesso baseado em perfil (controle de acesso baseado em função, RBAC), Enterprise Single Sign-O (SSO).
  • Dispositivos: validação contínua de usuários e dispositivos. Administração de vulnerabilidades de detecção e resposta de end point (EDR, na sigla em inglês) com base no risco.
  • Redes & Workloads (cargas de trabalho): Detecção de Rede e Resposta (NDD, na sigla em inglês), microssegmentação de aplicativos de carga de trabalho.
  • Automação e orquestração: automação de fluxos de trabalho orquestrados e resposta de segurança orquestrada e resposta automatizada (SOAR).

Principais conclusões do relatório

1- Quanto mais pilares são concluídos, melhores são os resultados, o que respalda a ideia de que Zero Trust requer uma abordagem holística para obter benefícios mensuráveis.

  • As empresas que ainda não iniciaram a jornada para Zero Trust têm duas vezes mais probabilidades de sofrer incidentes do que as que completam todos os pilares de Zero Trust.
  • No Brasil24,9% afirmaram estar completamente preparadas para a adoção de Zero Trust em soluções de Identidade/Acesso, como por exemplo a autenticação multifator, e 34,3% completamente preparadas para adoção de Zero Trust em Redes & Workloads. Globalmente, esses dados foram de 10,9% e 16,4%, respectivamente.
  • À medida que as organizações acrescentam tecnologias de Zero Trust ao seu portfólio de segurança, a porcentagem de incidentes notificados cai de 74% para 38%.

2- A ordem é importante: primeiro a identidade e controle do dispositivo, depois segmentação, depois automação e orquestração.

  • Entre as vantagens de adotar essa abordagem, estão:
  • Melhoria da resposta a incidentes: Os controles do usuário, como a autenticação multifator (MFA) têm maior impacto na redução de incidentes, o que destaca o valor que esses controles preventivos podem ter na produtividade de equipamentos de segurança. Menos incidentes são uma boa notícia para todos.
  • Redução de risco de ransomware: As organizações que concluíram o pilar de identidade tiveram quase 11% menos chances de sofrer um ataque de ransomware do que as organizações sem progresso nesse pilar.

3- A automação acelera a adoção de Zero Trust. As equipes de segurança avaliam primeiro a automação e a orquestração em Zero Trust. Embora muitos concordem com a necessidade de automação, poucos percebem os benefícios. Esta é a área em que os programas de maturação estão focando, pois, sem a velocidade de correção que os fluxos de trabalho orquestrados podem fornecer, alcançar a segurança Zero Trust continuará sendo difícil.

  • As empresas que implementaram uma resposta de segurança orquestrada e automatizada tiveram 7% mais chances de afirmar que o Zero Trust estava em vigor.
  • No Brasil, 27,6% das empresas afirmaram estar completamente preparadas para Zero Trust para uso em Automação. Globalmente, foram 15,2%.
  • As organizações que concluem o pilar de automação e orquestração têm 14% mais chances de se adaptarem a eventos de mudança externa.

O estudo Security Outcomes 2023 para Zero Trust: Tendências de Adoção, Acesso e Automação foi feito com base em pesquisas anônimas realizadas em meados de 2022 com profissionais responsáveis ​​pela segurança e privacidade de 26 países, incluindo o Brasil, com análise do Cyentia Institute.
 

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Em Curitiba, 75% já acessaram serviços públicos municipais pela internet e apenas 43% estão satisfeitos, diz pesquisa inédita da Agenda Pública

Serviços públicos digitais vivem novo momento. Infraestrutura de acesso ainda é desafio, porém, maior uso dos celulares pela população tornam facilidade e uso mais intuitivo os maiores desafios para ampliar satisfação de cidadãos

A Agenda Pública lançou nesta segunda-feira (18) a pesquisa “Percepções sobre Digitalização dos Serviços Públicos nas 10 maiores Capitais Brasileiras”, a qual já divulgou amplo levantamento sobre indicadores e percepções da população em 6 temas diferentes (www.gestaopublica.org.br). Uma parcela de 75% dos moradores de Curitiba já fez o acesso a serviços públicos municipais pela internet. E apenas 43% se declara hoje satisfeita. Apesar da ampla utilização, a maior parte dos usuários estão pouco satisfeitos com os serviços digitais dos poderes municipais.

“Um dos principais motivos da insatisfação é o grau de dificuldade em realizar procedimentos e apresentar demandas. Na maioria dos municípios pesquisados, mais de 50% da população já teve dificuldade, e ressalta-se que o empecilho mais recorrente é a falta de informações para realização do serviço ou do atendimento”, explica Sergio Andrade, cientista político e diretor da Agenda Pública, ONG especializada na formulação de políticas públicas, transição justa e inovação. “O principal obstáculo não está ligado à infraestrutura de disponibilização dos serviços digitais, ainda que esse fator também cumpra papel relevante no bom usufruto dos serviços”, ressalta.

A pesquisa questionou os usuários da cidade de Curitiba que usaram serviços públicos recentemente sobre quais situações de dificuldade já tinham passado ao tentarem utilizar os canais digitais, com a possibilidade de escolherem mais de uma alternativa. O topo do ranking pertence à resposta “faltaram informações para a realização dos serviços”, relacionada a 28% dos casos. Outros motivos foram que faltaram informações durante o atendimento (26%); o serviço saiu do ar (22%); que o aplicativo não completava o serviço online (19%); conexão lenta (17%); a falta de educação por parte de atendente da prefeitura (16%); a necessidade de ter que pedir ajuda a outras pessoas (16%); o ambiente onde o serviço foi disponibilizado não ser adequado (7%); e a perda de informação durante procedimento digital ou telefônico (5%).

O governo federal tem promovido a consulta pública sobre a chamada “Estratégia Nacional de Governo Digital”, formulada com o apoio de mais de 90 municípios e aberta às sugestões da população até o dia 22 de dezembro. Em novembro do ano passado, o Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como o país com o segundo maior nível de maturidade em governo digital, ficando atrás apenas da Coreia do Sul. 

Para Andrade, a facilidade com que os cidadãos conseguem utilizar os serviços de forma online é um indicador importante para as prefeituras. “Digitalizar os governos é um caminho para garantir maior agilidade e eficiência na gestão pública. Há uma redução do custo dos atendimentos aos cidadãos e do funcionamento da máquina estatal. Outras vantagens são a redução da burocracia, maior transparência e uma melhora das condições para empreender”, defende.

Outros números – Segundo a pesquisa feita em colaboração com o Instituto Ideia, em Curitiba, 82% dos moradores relata acessar serviços digitais públicos por meio do telefone celular. Já uma fatia de 37% faz o acesso pelo computador e 4% via tablet. Solicitar os serviços por meio de aplicativo é o caminho preferido de 39% dos em contrapartida aos 17% que optam por fazer ligação telefônica ou se dirigir aos postos de atendimento presencial. Uma parcela de 16% conta com o site da prefeitura, 17% prefere fazer ligação telefônica, 4% comenta nas redes sociais da prefeitura e 2% tem preferência pelo envio de e-mail.

Entre os respondentes da pesquisa, 27% utilizam os canais digitais da prefeitura uma vez ao mês e 21% relatam fazer o uso com pouca frequência.

Metodologia – A pesquisa “Percepções sobre Digitalização dos Serviços Públicos nas 10 maiores Capitais Brasileiras” foi feita entre 28 de setembro e 1º de outubro. Ocorreram 3.024 entrevistas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Recife, Goiânia e Belém. O estudo foi feito com uma amostra por meio de cotas variáveis, que distribuiu a população conforme os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2023 e do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Supercampo ingressa no Programa Curitiba Tecnoparque

Dirceu Faria, Diretor Financeiro da Supercampo.

No último dia 12 de dezembro, a Supercampo recebeu uma notícia que marca um capítulo histórico em sua jornada de pesquisa e inovação. O Comitê de Fomento (COFOM) da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação S/A aprovou oficialmente o projeto da Supercampo, garantindo seu lugar no prestigiado Programa Curitiba Tecnoparque. A partir de agora, a empresa entra em uma fase repleta de oportunidades e crescimento, impulsionada por um regime tributário diferenciado, que oferece uma alíquota do ISS de 2% sobre os serviços prestados.

Este novo status no Programa Curitiba Tecnoparque não apenas valida a excelência dos esforços da Supercampo, mas também representa um importante reconhecimento da Prefeitura Municipal de Curitiba para a empresa, um hub tecnológico que representa 12 das 20 maiores cooperativas do Brasil. Os benefícios oferecidos proporcionarão não apenas um ambiente propício à inovação, mas também contribuirão para a geração de riqueza na cidade.

Dirceu Faria, Diretor Financeiro da Supercampo, expressou sua satisfação e entusiasmo ao comentar sobre o compromisso assumido pela empresa para ingressar no Programa Curitiba Tecnoparque. O Programa exige que as empresas invistam o valor renunciado pelo município em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação (P&DI), um passo crucial para fortalecer a base tecnológica e promover o avanço constante no setor.

“O compromisso da Supercampo em investir em P&DI é uma demonstração clara de nossa dedicação à inovação e ao desenvolvimento. Estamos ansiosos para contribuir ainda mais para o crescimento econômico de Curitiba, enquanto impulsionamos nossa própria empresa para novos patamares de excelência”, comentou Faria.

O investimento em P&DI não apenas fortalece a posição da Supercampo como líder em seu setor, mas também reflete positivamente nos resultados financeiros. Dirceu Faria destacou a correlação entre projetos concluídos e o desempenho econômico, mencionando que “empresas que concluíram seus projetos P&DI apresentaram um aumento médio de 30% em seu faturamento e na geração de novos empregos.”

O Diretor Financeiro enfatizou que esse compromisso não apenas impulsionará o crescimento da Supercampo, mas também contribuirá para a prosperidade econômica da cidade. “É um investimento duplamente valioso, promovendo o avanço tecnológico interno e gerando benefícios tangíveis para nossa comunidade”, concluiu Faria.

O projeto que reconheceu a Supercampo no programa foi o lançamento de um conceito inédito: o C2F, ou “Cooperative to Farmer” – cooperativa para o agricultor. A nomenclatura foi pensada para atender um modelo de negócios digital, integrando em tempo real Apps, marketplaces e sistemas ERPs, solucionando uma demanda do modelo de negócios cooperativo que leva em consideração uma característica essencial, o Cadastro de Produtor Rural, conhecido como CAD/PRO.

“O C2F tem como diferencial, na hora da compra, calcular em tempo real todos os benefícios fiscais relacionados à atividade específica da propriedade consumidora. Isso inclui todas as propriedades vinculadas a esse produtor, os tipos de cultivo em cada fazenda, seja suinocultura ou agricultura de soja. Dependendo do tipo de propriedade e cultivo, benefícios fiscais específicos também são aplicados automaticamente durante o faturamento da nota fiscal”, explica Ronald Koch, Gerente de Plataforma e Produto da Supercampo.

Dirceu Faria expressou entusiasmo pelo futuro: “Nosso compromisso com a inovação e o desenvolvimento está mais forte do que nunca, e mal podemos esperar para colher os frutos deste projeto. Agradecemos a Prefeitura Municipal de Curitiba por proporcionar benefícios consideráveis para a inovação e geração de riqueza para a cidade”.

A Supercampo segue agora em direção a uma nova era de conquistas, levando consigo não apenas a expertise de seus profissionais, mas também a determinação de se destacar no cenário da inovação empresarial.

“A conquista desta aprovação é um testemunho do compromisso incansável e da excelência de nossa equipe. Estamos entrando em uma fase emocionante de oportunidades e crescimento”, afirma Leandro Carvalho, CEO da Supercampo.

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Financiamento de veículos cresce 21% no Paraná, em relação a novembro de 2022

No mês de novembro, o Paraná foi responsável pelo financiamento de 44,1 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. No total, o Estado teve um crescimento de 21% no número de financiamentos na comparação com o mesmo período do ano anterior e de 3% em relação a outubro.

No segmento de autos leves, a alta foi de 21,6% ante o mesmo período do ano passado e de 5,4% comparado com outubro. Em financiamento de veículos pesados, foi registrado aumento de 38% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e queda de 10% em relação a outubro. Já o número de financiamentos de motos foi 9% maior do que em novembro de 2022, mas 2,1% menor do que em outubro desse ano.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

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A partir de 2024, empresas de TI da América Latina terão crescimento mais estável do que as dos EUA, segundo IDC

As perspectivas para o mercado de TI na América Latina a partir de 2024 são bastante positivas, já que se prevê um crescimento de 5% do setor, acompanhado do fortalecimento de diversas tecnologias e com impacto no produto interno bruto (PIB) da região, que impulsionando um crescimento positivo. Os dados foram apresentados no IDC FutureScape: Latin America IT Industry Predictions 2024 pela IDC, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria para os setores de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

De acordo com as previsões da IDC, a indústria de TI (sem contar dispositivos) terá um crescimento de cerca de 11%, bastante positivo no ambiente atual. “Crescer 11% em 2024 é sem dúvida um marco importante nas perspectivas que os usuários finais terão em relação a determinadas tecnologias”, afirma Alejandro Floreán, vice-presidente de Consultoria e Estratégia da IDC América Latina.

Quanto ao crescimento da indústria de TI nos diferentes países da região, a Argentina crescerá 7%; enquanto o México, depois de um aumento de 22% em 2023, crescerá apenas 10% no próximo ano. Por sua vez, o Brasil crescerá 12%; enquanto o Peru e o Chile terão um crescimento de 11% respectivamente. O panorama é bastante promissor em comparação com países que têm uma economia mais estável e madura, como os EUA, que crescerão apenas 9% em 2024.

As 10 previsões da IDC para o mercado latino-americano de TI e Telecomunicações, a partir de 2024, são:

1. Maior investimento em iniciativas de Inteligência Artificial

Até 2027, as 5.000 maiores empresas da América Latina dedicarão mais de 25% de seus principais gastos com TI a iniciativas de IA, impulsionando um aumento de dois dígitos na taxa de inovação de produtos e processos.

O resultado dessas iniciativas se refletirá na satisfação dos clientes, melhorando assim a geração de renda. No que diz respeito à automação robótica de processos (RPA), o impacto será sentido através da otimização dos fluxos de trabalho, reduzindo erros e melhorando a eficiência operacional, como é o caso dos Chat Bots. A gestão de dados será de extrema importância na implementação destas ferramentas.

“Quando pensamos no impacto na TI, é muito importante pensar que haverá um foco na gestão de dados, uma vez que a confiabilidade e a objetividade dos modelos serão impactadas diretamente pela qualidade da informação que implementarmos nesses modelos” diz Diego Anesini, vice-presidente de Dados e Análise da IDC América Latina.

2. A IA vai gerar mais possibilidades, embora também algumas dificuldades

Com os fornecedores de tecnologia dedicando 50% dos investimentos em P&D, pessoal e CAPEX à IA/Automação até 2026, os CIOs terão dificuldade para alinhar a seleção de fornecedores e as prioridades das operações de TI com os novos casos de negócios.

Até 2026, poderá haver uma lacuna relevante entre a oferta de oportunidades de IA e a capacidade de adaptação do mercado, impactando tudo, desde dispositivos e software até centros de dados. Em alguns casos, a IA ultrapassará mesmo a nuvem como motor de inovação, continuando a ser um eixo fundamental na indústria de TI. Portanto, haverá uma maior oferta na criação e aprimoramento de ferramentas que ajudarão uma organização a ser mais competitiva, gerando um possível risco de perda de custos e controle de dados.

Por esta razão, recomenda-se às empresas que solicitem a seus fornecedores de TI planos de formação sobre novas ofertas, estabeleçam regras claras na utilização de dados, código e consumo e, finalmente, que estabeleçam um centro de excelência em IA para estudar a evolução da oferta e o impacto na organização.

3. Aumento do custo da infraestrutura e do acesso à informação

Até 2027, um terço das empresas enfrentará custos incertos de infraestrutura e acessibilidade, o que levará a medidas provisórias que tornarão mais difíceis de alcançar os objetivos de economia da nuvem e da logística de dados.

O custo da infraestrutura e do acesso à informação será um desafio para as organizações, pois gerará maior pressão para mudanças nos planos de negócios e restrição de investimentos em recursos. Adicionalmente, pode haver risco de acumulação de dívida tecnológica, devido às fortes mudanças e CAPEX necessários para os processadores.

“Será muito importante ter controle de custos para manter uma relação razoável entre o investimento e o seu retorno”, afirma Diego Anesini.

4. Expansão dos portfólios de dados

Em 2024, os fornecedores de todo o espectro de hardware, software e serviços expandirão agressivamente os seus portfólios de dados privados e de código aberto, tornando as decisões de parceria estratégica mais instáveis.

Para o C-Level, os dados serão de grande importância para desenvolver casos de uso de IA generativa ou expandi-la na organização. Os Large Language Models (LLM), bem como os dados, serão ativos muito importantes ao avaliar quanto vale uma empresa. Alguns fornecedores de tecnologia estão expandindo seu portfólio de dados para setores específicos que possuem presença tecnológica.

A recomendação da IDC é priorizar o uso de dados internos e de terceiros e diretrizes de compartilhamento para todos os dados de negócios gerenciados pela organização, garantindo acesso de longo prazo a tais informações.

5. Baixo financiamento em habilidades de TI

Até 2027, o financiamento abaixo do ideal de iniciativas de competências em comparação com os gastos em produtos/serviços impedirá que 75% das empresas obtenham o valor total dos investimentos em IA, nuvem, dados e segurança. Isto faz com que as empresas continuem a ter dificuldades na hora de procurar pessoas com as habilidades certas para as funções certas.

84% dos profissionais de TI no mundo todo reconhecem que a formação em TI é um imperativo estratégico e o investimento em formação não está indicando um crescimento exponencial em termos de gastos investidos em tecnologia. Pietro Delai, diretor de Soluções Empresariais da IDC América Latina, comenta que “ironicamente, será a IA generativa que ajudará as empresas a treinar trabalhadores tecnológicos de uma forma muito mais eficiente”. Consequentemente, “é essencial promover uma cultura de aprendizagem dentro da organização”.

6. Novas funções para IA

Até 2028, 35% dos compromissos de serviços incluirão entrega habilitada por IA generativa, desencadeando uma mudança de serviços prestados por humanos para estratégia, mudança e treinamento para preparar as organizações para a ‘AI Evereywhere’.

Haverá novas funções para os fornecedores de IA: a função de consultor, que deve identificar casos de uso e será tão relevante quanto a de consultor de negócios, devido à importância que a IA agregará ao negócio até 2028; a função de gestor, que deve desenvolver habilidades em equipe e administrar mudanças; e por fim, o papel de sentinela, para avaliar riscos, possibilidade de viés, toxicidade do processo, vazamento de dados e direitos autorais.

As empresas devem avaliar a experiência e a abordagem dos seus prestadores de serviços para aproveitar ao máximo o alinhamento da IA ​​generativa com o negócio. “A implementação da IA ​​não deve sistematizar o que existe, mas sim beneficiar as mudanças”, afirma Delai.

7. A importância da automação

Até 2027, 80% da infraestrutura, da segurança, dos dados e das aplicações dependerão de plataformas de controle avançadas para a prestação coordenada de serviços baseados em IA, mas apenas metade das empresas as utilizará de forma eficaz.

Uma das mudanças mais significativas em TI é a expansão da entrega de tecnologia como serviço: software, hardware e serviços, tornando mais necessário o uso de ferramentas avançadas de controle para melhorar a resiliência dos negócios digitais, reduzindo a sobrecarga operacional.

Delai ressalta que “o crescimento da equipe operacional não vai resolver os problemas, por isso a automação deve ser sempre considerada um ponto chave”.

É aconselhável reorientar as práticas operacionais de TI para o desenvolvimento de competências estratégicas que serão importantes para trabalhar de forma otimizada com a automação.

8. Mais atenção aos mercados mal atendidos por meio da IA

Até 2026, todas as novas marcas, produtos e serviços de TI direcionados a segmentos de clientes/pessoas mal atendidas serão baseados na forte integração de diversos serviços de IA que oferecem novos recursos a custos mais baixos.

Novos sistemas de informação integrados com IA terão como alvo segmentos pouco atendidos pelas empresas, melhorando assim a experiência e a automação, proporcionando maior eficiência e impacto nos custos operacionais. Isso causará uma conexão com diferentes segmentos de mercado que não são atendidos regularmente.

 Alejandro Floreán menciona que “a governança de dados e uma estrutura mais eficiente serão fundamentais para o sucesso do negócio. Buscar plataformas integradas, e não isoladas, e de forma transparente, é um bom caminho.”

Um aspecto relevante é que faltam talentos para trabalhar com IA e sua integração com diversos serviços que atendem esses segmentos. Esta será uma das principais barreiras para alcançar a integração total e completa dos serviços de TI nas empresas.

9. Novas experiências e casos de uso

Até 2027, 40% das 5.000 maiores empresas da América Latina aproveitarão experiências onipresentes, análises de ponta e IA generativa para permitir que os clientes criem suas próprias experiências, melhorando o resultado e o valor desejados pelos clientes.

“Toda a inteligência gerada, quando bem analisada, permitirá a criação de novas experiências e casos de uso que talvez não existam atualmente. Estudar e investir estrategicamente em serviços generativos de IA terá um grande impacto nas diferentes equipes de uma organização. Ter uma priorização para a proteção da privacidade dos dados, tanto de clientes como de parceiros de negócios, será definitivamente um aspecto muito importante a considerar no próximo ano”, destaca Floreán.

10. Conectividade será essencial

Até 2028, 20% das 5.000 maiores empresas da América Latina integrarão conectividade via satélite na órbita baixa da Terra, criando uma estrutura unificada de serviços digitais que garanta acesso onipresente e resiliente e garanta fluidez de dados.

A criação de novas aplicações inteligentes que serão geradas como parte de toda esta explosão, não apenas derivadas da IA ​​generativa, mas também da tendência de ‘near shoring’ em alguns países latino-americanos, estará gerando novas aplicações inteligentes que talvez exigirão menor latência para poder operar corretamente.

“A conectividade será essencial para que todas essas previsões se concretizem. Para implementar um ecossistema de conectividade, deve ser fundamental que as empresas alinhem diferentes estruturas e serviços para garantir a fluidez dos dados”, conclui Floreán.

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Gartner prevê que Nuvem se tornará uma necessidade empresarial até 2028

Os gastos globais com serviços públicos de Nuvem devem chegar a US$ 679 bilhões em 2024 

Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, prevê que até 2028 a Computação em Nuvem deixará de ser uma tecnologia disruptiva para se tornar um componente necessário para a manutenção da competitividade empresarial. 

Os gastos com serviços públicos de Nuvem continuam aumentando sem restrições. Em 2024, as despesas totais dos usuários finais com serviços públicos de Nuvem (Cloud) em todo o mundo devem atingir US$ 679 bilhões e a projeção do Gartner é ultrapassar US$ 1 trilhão em 2027. 

“As empresas estão investindo ativamente em tecnologia de Nuvem devido ao seu potencial para promover inovação, criar perturbações no mercado e aumentar a retenção de clientes para obter vantagem competitiva”, diz Milind Govekar, Vice-Presidente e Analista Distinto do Gartner. “Embora muitas empresas tenham começado a aproveitar as vantagens técnicas da Nuvem, apenas algumas desbloquearam por completo o seu potencial para a transformação comercial. Como resultado, as companhias estão usando a Nuvem para lançar uma nova onda de perturbação impulsionada pela Inteligência Artificial (IA) para conseguirem desbloquear valor comercial em escala”. 

O Papel da Nuvem em 2023: A maioria das empresas atualmente considera a Nuvem como uma plataforma tecnológica. Este ano, estão usando a Computação em Nuvem como uma tecnologia disruptiva ou como um habilitador de capacidades. O Gartner prevê que mais de 50% das empresas irão utilizar plataformas de Nuvem específicas do setor até 2028 para acelerar suas iniciativas comerciais. Em 2028, a maioria das empresas aproveitará Cloud como uma necessidade empresarial. 

O Futuro da Computação em Nuvem até 2028 

   Fonte: Gartner (Novembro 2023) 

Empresas que utilizam ambientes Cloud como uma tecnologia disruptiva estão explorando seu potencial transformador para revolucionar estilos e computação não baseadas em Nuvem e centradas em Data Centers. “À medida que as companhias navegam pelas jornadas de transformação digital, a mudança para a Nuvem torna-se uma decisão estratégica”, afirma Govekar. 

Companhias que adotam a tecnologia de Cloud como habilitadora de capacidades estão usando seu potencial para permitir novas competências, como elasticidade, integração contínua/desenvolvimento contínuo na Nuvem (CI/CD), funções serverless, APIs e processos infundidos com Inteligência Artificial que eram difíceis de alcançar antes do advento da Nuvem. Para explorar essas novas aptidões, as companhias devem avaliar cuidadosamente fatores como o investimento no desenvolvimento de habilidades, a quebra de silos operacionais e a promoção da colaboração entre equipes para adotar a automação de forma contínua. 

Nuvem como uma Necessidade Empresarial em 2028: Nos próximos anos, a Computação em Nuvem continuará a evoluir, passando de facilitador de inovação para se tornar algo disruptivo para os negócios e, finalmente, uma necessidade empresarial. Com a Computação em Nuvem como facilitador de inovação, as empresas podem distribuir amplamente conceitos de negócios de plataforma usando tecnologia subjacente para fornecer interconexões, escala, agregação e capacidades de análise, permitindo o uso tecnológico como um componente fundamental de um modelo de negócios. 

“Ao aproveitar o ecossistema de fornecedores de Nuvem, as companhias podem introduzir produtos e serviços inovadores, como soluções de prevenção de fraudes para carros usados de fabricantes de pneus, ou desenvolvimento rápido de vacinas por meio de aprendizado de máquina baseado em Nuvem por empresas farmacêuticas”, afirma Govekar.  

Até 2028, a maioria das empresas irá se transformar em entidades digitais capazes de perceber e responder às condições de negócios e de mercado. “Com a Computação em Nuvem se tornando uma parte integral das operações comerciais em 2028, os CIOs (Chief Information Officers) e líderes de TI terão que implementar um modelo operacional de Cloud altamente eficiente para alcançar os objetivos comerciais desejados”, diz Govekar. 

Clientes do Gartner podem obter mais informações na pesquisa “Cloud Computing in 2028: From Technology to Business Necessity” e “Forecast: Public Cloud Services, Worldwide, 2021-2027, 3Q23 Update.” 

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5 habilidades que estarão em alta nas carreiras de tecnologia em 2024

Liderança humanizada, adaptabilidade e colaboração digital estão entre as citadas por especialista em RH da SoftExpert

Com a evolução constante das tecnologias, os profissionais da área se mostram cada vez mais qualificados. Nessa linha, as carreiras de tecnologia são apontadas como promissoras para o futuro e fazem com que as empresas assumam a demanda de preparar e valorizar tais profissionais.
 

Entendendo que o processo de transformação digital é composto por processos, tecnologia, mas sobretudo sobre pessoas, a SoftExpert, empresa de software de conformidade e gestão corporativa que fornece soluções a nível mundial, elencou 5 habilidades necessárias para carreiras em tech para 2024:

Adaptabilidade

“Por ser um mercado em constante evolução, a adaptabilidade é uma competência fundamental no mundo tecnológico. E ela é essencial também porque traz consigo outras habilidades, como maturidade, resiliência e flexibilidade”, pontua Cristiane Moraes Floriano, Head de Recursos Humanos na SoftExpert. Colaboradores capazes de se adaptar a novidades dentro do ambiente de trabalho e tecnologias do dia a dia são mais prováveis de obter sucesso em carreiras da área.
 

Resiliência

A resiliência é a capacidade de se adaptar, superar desafios e se recuperar rapidamente de situações adversas. Aprender a ser resiliente, adaptar-se e crescer diante das dificuldades e frente a uma área desafiadora e dinâmica é importante. “Nesse sentido, as empresas devem considerar que desenvolver resiliência é um processo individual, ou seja, cada pessoa encontra suas estratégias ao longo do tempo para as próprias necessidades.
 

Colaboração digital

Conectar equipes de forma eficiente e colaborativa é uma peça fundamental para o ambiente de trabalho virtual e globalizado. “Porque temos atuação global e trabalho virtual em times de tecnologia, precisamos investir em comunicação ágil e assertiva juntamente à colaboração remota e isso é possível por meio da utilização de plataformas tecnológicas avançadas. Assim, um ambiente de colaboração promove inovação e compartilhamento de conhecimento”.

Inteligência emocional

No pós-pandemia, a necessidade pela inteligência emocional cresceu de forma significativa. Cultivar relações profundas e produtivas está diretamente atrelado ao bem-estar dos colaboradores no âmbito pessoal e profissional. Equipes mais emocionalmente inteligentes são mais resilientes, colaborativas e capazes de lidar com os desafios de maneira mais construtiva, competência que é essencial em um ambiente de trabalho dinâmico. Para 2024, a especialista da SoftExpert ressalta a necessidade das empresas de se comprometerem com o desenvolvimento desta competência em seus colaboradores por meio de programas de treinamento e práticas diárias para gestão eficaz das emoções, por exemplo.
 

Liderança humanizada

Todas as tendências apontadas somente são possíveis por meio de uma liderança humanizada que preze pela empatia e pelo respeito. “E liderança humanizada não deve ser somente uma expressão nas empresas, mas sim um pilar essencial da cultura organizacional. As companhias devem se preocupar com escuta ativa, respeito da individualidade, práticas que colocam as pessoas no centro das decisões e feedback. Para 2024, a SoftExpert, por exemplo, investirá em um programa de desenvolvimento de liderança com inteligência emocional e ambiente inclusivo”, finaliza a especialista.

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