Governo lança Plano Inova Empresa com investimentos de R$ 32,9 bilhões

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal lançou hoje (14) o Plano Inova Empresa, para tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade. Os recursos, da ordem de R$ 32,9 bilhões, serão aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços.

Do total, R$ 20,9 bilhões serão ofertados por meio de crédito para empresas, com taxas de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. As subvenções econômicas às empresas representarão R$ 1,2 bilhão, enquanto o fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas, R$ 4,2 bilhões. O governo também vai aplicar R$ 2,2 bilhões em participação acionária em empresas de base tecnológica.

As linhas de financiamento serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou o plano durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, o Plano Inova Empresa é um passo para a consolidação da ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante e sustentado da economia brasileira.
O governo informou que o plano também deve receber mais R$ 3,5 bilhões por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para atividades de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações. Esses recursos ainda dependem do término do processo de regulação do setor, que está sob consulta pública.

O comitê gestor do plano será formado pela Casa Civil da Presidência e pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e da Fazenda, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Edição: Denise Griesinger

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Pregão eletrônico gera economia de 19% em 2012

A utilização do pregão eletrônico nas compras governamentais gerou uma economia de R$ 7,8 bilhões para o governo federal em 2012. No último ano, 46% dos R$ 72,6 bilhões em aquisições feitas pela administração pública federal, autárquica e fundacional foram realizadas por meio desta modalidade de licitação, segundo levantamento do Ministério do Planejamento (MP), com base no valor de referência dos produtos e bens adquiridos, a partir de dados do Portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet).

Os órgãos públicos federais localizados no Rio de Janeiro (RJ) e no Distrito Federal (DF) foram os que mais usaram o pregão eletrônico em suas compras. A licitação para a aquisição de material de cirurgia para o Hospital Central do Exército (HCE), com um valor de R$ 107 milhões, é um exemplo do uso.

Já nas instituições governamentais com sede no DF, o pregão na forma eletrônica foi mais usado em valor, representando um gasto de R$ 15,1 bilhões aos cofres públicos. Esse montante representou 77% de todos os gastos de órgãos federais localizados em Brasília com aquisições, como na compra de instrumentos musicais e eletrônicos de áudio e vídeo para o Programa Mais Educação, do Ministério da Educação (MEC). Esta licitação foi no valor de R$ 327 milhões.

Compras – Além do pregão, para a realização dessas aquisições, o governo federal utilizou outras modalidades de contratação, como pregão presencial, convite, concorrência, tomada de preços, concurso e dispensa ou inexigibilidade de licitação. Esta última forma de aquisição foi responsável por 193,7 mil dos processos e movimentou 34% do valor total dos bens e serviços adquiridos. Já as compras por licitação ficaram em torno de R$ 48, 1 bilhões, ou seja, 66% de tudo o que foi contratado.

As compras realizadas com dispensa ou inexigibilidade de licitação são regulamentadas pela lei 8.666, como remédios que envolvem patente e sistemas de segurança e armamento para as Forças Armadas.

Obras – Os serviços gerais de construção para obras de engenharia civil foram os mais contratados pela União. Foram gastos nessas aquisições cerca de R$ 7,3 bilhões, valor que corresponde a 29% do total dessas compras governamentais. Já em relação aos produtos, os itens mais adquiridos foram os do grupo de veículos, que movimentaram R$ 5,5 bilhões. Do total licitado nesse ano, R$ 23,3 bilhões foram para a aquisição de bens e R$ 24,9 bilhões para a contratação de serviços.

É um exemplo da contratação de serviços a licitação para a execução de melhorias de capacidade e também de duplicação na BR-116, na divisa entre Santa Catarina (SC) e o Rio Grande do Sul (RS). A obra do Ministério dos Transportes (MT) custou aos cofres públicos em torno de R$ 868 milhões.

Participação de MPEs se mantém estável

A participação das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no fornecimento de bens e serviços para o governo federal se manteve estável na comparação entre os dois últimos anos. Em 2012, esse segmento respondeu por R$ 15,4 bilhões de reais dos gastos do governo federal, pouco mais do que os R$ 15,2 bilhões de 2011. As informações foram extraídas do Portal de Compras do Governo Federal (Comprasnet) pelo Ministério do Planejamento (MP) e reúnem as despesas dos órgãos públicos da administração pública direta, autárquica e fundacional.

As compras públicas de até R$ 80 mil são exclusivas para o segmento das micro e pequenas empresas. A análise dos dados do Comprasnet demonstra que o fornecimento de bens e serviços pelas MPEs movimentou R$ 3,7 bilhões com a aplicação desta norma. “Em 2012, alcançamos uma participação de 75% nessas compras, o que demonstra ainda existir um mercado a ser ocupado por esses empresários”, avalia o secretário de logística e tecnologia da informação, Delfino Natal de Souza

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