Vendas industriais do Paraná têm o pior ano desde 2003

As vendas industriais em dezembro apresentaram queda em relação a novembro (– 1,4%), o que é considerado comum neste período do ano. A performance negativa contribuiu para o fraco desempenho em 2014 (-6,3%). A redução do poder de compra por conta da inflação e da falta de crédito, a crise na Argentina – um dos principais importadores do Brasil – e os problemas na economia brasileira são apontados como os principais responsáveis pelo resultado – o pior, desde 2003.

Segundo o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt, os números ficaram muito abaixo do esperado. “Nos últimos anos, o ritmo de crescimento vinha declinando entre dois e três pontos percentuais ao ano – 7,8% em 2010; 5,8% em 2011; 2,2% em 2012 e 0,9% em 2013. A queda de cinco pontos fez com que o faturamento industrial do Paraná encolhesse e regredisse aos níveis de 2010”, pontuou Schmitt.

A maior influência no resultado de 2014 foi do segmento de Veículos Automotores (-18,5%), impactado pela redução de exportações para a Argentina. O setor foi o responsável por 2,6 pontos percentuais dos 6,3 pontos negativos registrados no ano. Alimentos e Bebidas (1,7%) e Refino de Petróleo e Produção de Álcool (0,5%) aparecem na sequência, como principais responsáveis pelo índice negativo. “Os três setores de maior peso relativo na indústria de transformação tiveram resultados muito fracos em 2014. Juntos, foram responsáveis por 4,7 pontos percentuais dos 6,3 pontos de queda”, analisou Schmitt.

Emprego e compra de insumos – Apenas 8 dos 18 gêneros pesquisados mensalmente pelo departamento Econômico da Fiep aumentaram suas compras de insumos em 2014, comparado a 2013. Têxteis (25,2%), Couros e Calçados (20,1%) e Máquinas e Equipamentos (14,7%) foram os setores que se destacaram no volume de compras. Em comparação a 2013, o indicador apresentou queda de -4,1%.
O nível de emprego teve aumento no último ano (0,3%). Os melhores desempenhos foram registrados nos gêneros Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (28%); Produtos Químicos (5,3%) e Celulose e Papel (5,9%).

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