Seis passos para implementar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação

A ESET, líder em detecção proativa de ameaças, aborda os pontos de partida para o desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI), dando ênfase nos aspectos que devem ser considerados antes da implementação da ISO 27001, e que se mostrem úteis durante as fases de planejamento e operação do SGSI dentro de uma organização.

“Por ser um processo contínuo de manutenção e revisão, a gestão da segurança da informação constitui um conjunto de engrenagens compostas por diferentes fatores e elementos. De início, isso significa projetar, implementar e manter uma série de processos que permitam o gerenciamento eficiente de informações, garantindo assim integridade, confidencialidade e disponibilidade. É possível também criar um modelo próprio de gerenciamento, desde que sejam considerados todos os fatores essenciais do ciclo para que o sistema seja eficiente”, diz Camilo Gutierrez, diretor do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.

Embora não haja um passo a passo sobre como implementar um gerenciamento padrão, existem fatores essenciais para uma melhor projeção dos esforços e conquista de resultados aceitáveis. Os aspectos a considerar são:

1. Apoio e patrocínio

O principal elemento que deve ser levado em conta antes da implementação é o respaldo da alta administração em relação às atividades de segurança da informação, especialmente ao iniciar a operação de um SGSI.

O suporte e o empenho desta área refletem um esforço conjunto, diferentemente de um projeto isolado e gerenciado por um único colaborador. Igualmente, a formação de estruturas complexas dentro das organizações é útil, o que permite a cooperação dos representantes de diferentes áreas em funções relevantes.

2. Estrutura para tomada de decisões

Uma boa prática é desenvolver a estrutura adequada para a tomada de decisões em torno do sistema de gestão.Com a criação de um fórum ou comitê de segurança, é possível efetivar o que foi determinado como governança da segurança da informação, ou seja, todas as responsabilidades e ações exercidas pela alta administração em termos de segurança.

3. Análise de brechas

A análise de brechas ou GAP Analysis é um estudo preliminar que permite conhecer a maneira como uma organização lida em termos de segurança da informação. Quando comparadas às melhores práticas reconhecidas na indústria, são usados critérios estabelecidos como padrões. A análise estabelece a diferença entre a performance atual e a desejada. Embora esse diagnóstico seja aplicável a qualquer norma certificável, geralmente é realizado para novos esquemas de certificação, que são os que geram mais dúvidas nas organizações, por serem novidade.

4. Análise de impacto no negócio

A análise de impacto do negócio (BIA, em inglês) é um elemento usado para prever as consequências em caso de incidente ou desastre dentro de uma organização. O objetivo principal é fornecer uma base para identificar os processos críticos para a operação de uma organização e a priorização desse conjunto de processos, seguindo o critério de quanto maior o impacto, maior será a prioridade.

5. Recursos, tempo, dinheiro e pessoal

Com base nos resultados da análise, é possível estimar os elementos necessários para a implementação da ISO / IEC 27001. No caso do primeiro ciclo de operação, recomenda-se um período com menor carga de trabalho para implementação, permitindo planejamento adequado ou, se necessário, a contratação de novos funcionários focados nesta tarefa.

É recomendável que o tempo dedicado ao sistema de gerenciamento não exceda um período superior a um ano antes do primeiro ciclo estar completo, devido a diferentes razões, como mudanças contínuas nos riscos, alteração das prioridades da administração em relação a proteção de ativos, aparição de novas ameaças, entre outros.

6. Revisão dos padrões de segurança

É necessário conhecer a ISO / IEC 27000, que permite entender os princípios sobre os quais a implementação de um ISMS se baseia.

A ISO / IEC 27000 contém o glossário de todos os termos utilizados na série 27000, um resumo geral desta família de padrões, bem como uma introdução ao SGSI. Cada implementação é diferente devido às condições, necessidades e recursos de cada organização. No entanto, esses elementos podem ser aplicados de forma geral, uma vez que os padrões definem o que deve ser feito, mas não a maneira de fazê-lo.

“Por meio das melhores práticas da indústria e do consenso de especialistas no assunto, estes elementos podem ser essenciais para o sucesso da iniciativa de operar e manter um SGSI dentro da empresa, com o objetivo de proteger informações e outros ativos”, conclui Gutiérrez.

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Diferenciais para a competitividade

Começo de ano, muitos planos no papel e o desejo de alavancar a carreira – essa é a realidade de muitos profissionais. Mas, como colocar o planejamento em ação e se recolocar ou, então, assumir uma nova posição na empresa que já trabalha?

Para o conselheiro da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) e consultor headhunter da De Bernt, Bernt Entschev, a qualificação profissional é o primeiro diferencial para a competitividade. “As pessoas que buscam melhores posições e salários devem se aprimorar o tempo todo, afinal, a competição no mercado de trabalho é constante”, diz.

A troca de informações com outras pessoas também pode ser útil para os profissionais que buscam a ascensão no mercado. “É preciso deixar o dinheiro de lado, muitas vezes, e priorizar a troca de conhecimentos e experiências. O relacionamento com pessoas e o fortalecimento da amizade é fundamental no mundo dos negócios”, reforça.

Ainda de acordo com o consultor headhunter, o desenvolvimento de uma pessoa se dá por meio de vários fatores, entre eles, destacam-se: reciclagem na academia a cada dois anos; leitura e informação diária. Aprender a descartar o que não serve mais é outra dica de Entschev.

AHK Paraná contribui para a qualificação profissional

Só em 2017, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) realizou 50 atividades, que reuniram mais de 1.300 participantes, entre workshops, café-palestras, plant tours e outros encontros marcados pelo networking e troca de experiências. Em 2018, o calendário de atividades retoma no mês de março.

“A Câmara Brasil-Alemanha oferece cursos que visam desenvolver as pessoas para que elas sejam ainda mais úteis, produtivas e eficientes às organizações. Os profissionais precisam se aprimorar o tempo todo, uma vez que a qualificação traz competitividade para as empresas”, finaliza Entschev.

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Tecnologias digitais, fábrica de mudas, robótica e drones poderão receber investimento para expansão

Embrapa Informática Agropecuária, Instrumentação, Pantanal e Recursos Genéticos e Biotecnologia inspiraram as sete empresas na formação de seus negócios. Na cerimônia de premiação da chamada Pontes para Inovação, realizada no dia 26 de janeiro, as empresas finalistas apresentaram seus modelos de negócio e o potencial de crescimento no mercado.

A chamada Pontes para Inovação, organizada pela Embrapa e Cedro Capital, selecionou sete agritechs que poderão receber um aporte de até R$ 5 milhões cada. O programa tem como propósito acelerar o negócio de empresas parceiras que possuem tecnologias para o agronegócio. O valor total investido nas empresas poderá alcançar R$ 35 milhões. Foram recebidas 38 inscrições de empresas e startups.

“As sete empresas estão agora em fase de negociação de investimentos pelo fundo Venture Brasil Central, gerido pela Cedro Capital. A expectativa é que já nos próximos meses estejamos anunciando alguns investimentos”, informa Alessandro Machado, sócio-diretor da Cedro Capital.

Durante a cerimônia, Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa, anunciou os planos para 2018: “A aproximação com a iniciativa privada é um caminho sem volta. A expectativa é que essa experiência se transforme em um estudo de caso positivo. E por ter sido tão exitosa essa chamada, já estamos discutindo um edital mais amplo, envolvendo outros fundos e outros centros da Embrapa, para uma nova chamada em nível nacional”.

Esse é um mercado gigantesco, no qual a Embrapa começa a participar. Bruno Brito, sócio-diretor da Cedro Capital, falou sobre o crescimento do mercado: “O desafio no setor de agritech é gigantesco. Ele movimentou cerca de 9 bilhões de dólares em todo o mundo no ano passado. A expectativa é que em 2018 suba para 12 bilhões. No Brasil, esse número não passa de 100 milhões de dólares”. Sobre a edição de 2017, ele enfatiza: Nós temos hoje aqui a elite das agritechs brasileiras, representada pelas sete finalistas”.

O diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, lembra que nós, brasileiros, não temos noção da importância da inovação no agronegócio. “A Cedro vai contribuir para alavancar a prototipagem de tecnologias e também seu escalonamento para colocarmos nossos produtos no mercado. Nós precisamos da iniciativa privada nesse processo”, argumenta o diretor.

As tecnologias apresentadas

Das sete finalistas, seis compareceram ao evento. A Gira, primeira empresa a se apresentar, tem a proposta de reformular a cadeia de crédito do agronegócio com a oferta de uma plataforma de acompanhamento da produção, que envolve conhecimentos jurídicos e agronômicos, com contratação de profissionais autônomos, como ocorre hoje no Uber (aplicativo de transporte privado). A empresa proporcionará mais segurança para os agentes de crédito e menor custo para os produtores. “Garantimos um selo de credibilidade. O que o Gira propõe é revolucionar as operações de crédito no mercado, vinculando as operações à garantia de produção agrícola, dentro de um padrão de conhecimento jurídico e agronômico que permita confiabilidade dos indicadores de risco”, explica Gianpaolo Zambiazi Rocha, que esteve presente na cerimônia representando a equipe.

A Agronow é uma plataforma web 100% automatizada que utiliza imagem de satélite e um algoritmo próprio para monitorar o desenvolvimento de culturas e prever sua produtividade. A empresa oferece monitoramento de áreas de produção em tempo real a um menor custo. Rafael Coelho, CEO da empresa, informa que hoje um levantamento em campo custa cerca de R$ 125 por visita. Esse valor cai para R$ 3,75 com o uso da tecnologia da Agronow, que utiliza sistemas dinâmicos com radar e satélites. “Temos 17 funcionalidades diferentes, incluindo mapas de solo, relatórios de produtividade, de umidade… para ajudar o produtor rural a enxergar seus dados […], além do foco para fora da porteira, ajudando as empresas que prestam serviços para os produtores rurais”, garante. Rafael acrescenta que a empresa monitora 1,2 milhão de hectares, tem 1,2 mil downloads do seu aplicativo, acompanha sete culturas agrícolas e processou 1 bilhão de análises no último ano, com atuação em 11 países.

A Agrorobótica utiliza a fotônica em aplicações agroambientais. Realiza análises de solo em tempo real, sem gerar resíduos, como ocorre nos cerca de 300 laboratórios do Brasil que utilizam produto químico em seus processos. Também atua na mensuração de carbono para certificação de propriedades rurais no plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (plano ABC) e na análise sensorial de café. Essas três áreas de atuação somam um mercado de R$ 1 bilhão, segundo Fábio Luis de Angelis, representante da empresa. “Nossa ferramenta é limpa e em tempo real”, conclui. A pesquisadora Aida Magalhães explica a tecnologia empregada pela empresa: “A fotônica é uma área da ciência que avançou muito. Sensores ópticos permitem que se efetuem medidas rápidas, precisas e ambientalmente limpas. Essa tecnologia vai permitir um levantamento de mapas mais detalhado para certificação da qualidade da produção no campo”.

Já Mariana Vasconcelos, da Agrosmart, como outros jovens participantes da chamada Pontes para Inovação, conta que é filha de produtor rural e, vivendo no campo, percebeu a necessidade de dar mais segurança para aqueles que vivem do negócio. Com esse propósito, montou uma empresa especializada em monitoramento de variáveis ambientais que conecta o produtor à sua plantação: “Desenvolvemos uma plataforma de agricultura digital, que coleta dados de diferentes fontes, como sensores, satélites, caderno de campo, conversas com o produtor, e usamos a ciência de dados para transformá-los em recomendação”. A empresa faz recomendações de irrigação, onde são considerados fatores como solo, planta, atmosfera, restrição de equipamentos e tarifa energética para fazer recomendação campo a campo, alcançando uma redução de até 60% no uso da água da lavoura; de previsão climática, tendo o modelo climático mais assertivo do Brasil, para 72 horas, segundo sua diretora; e agora está focando no desenvolvimento de modelos preditivos de doenças e pragas, em parceria com a Embrapa.

A novidade é o uso de radiofrequência, que permite a coleta de dados no campo mesmo sem internet ou sinal de celular. “Tem muitas tecnologias lá fora, mas que não conseguiam entrar no Brasil ou em mercados em desenvolvimento por falta de infraestrutura. Nós continuamos a ser a única empresa que consegue coletar dados em tempo real em lugares remotos”, ressalta Mariana. A Agrosmart gera recomendações individualizadas para cada produtor explorar melhor o potencial dos seus produtos agrícolas.

A C4 Científica está trabalhando com uma tecnologia da Embrapa, o biorreator de imersão temporária, capaz de multiplicar mudas de qualidade em grande quantidade. Segundo seu representante, Carlos Conte, pelo método tradicional, uma pessoa é capaz de produzir 200 milhões de mudas por ano. Com a tecnologia, pode-se chegar a 1,5 milhão de mudas no mesmo período. “É a automatização de um sistema produtivo de mudas, como de cana-de-açúcar, eucalipto, banana e de algumas outras espécies. Em outro nicho de atuação da empresa, atende as verticals farms (fazendas verticais) e as casas inteligentes”, explica Carlos.

A última a se apresentar, a Horus, é especializada em mapeamento de terreno por meio de drones e softwares com inteligência computacional. “Imaginem se nós pudéssemos escanear uma plantação e em questão de instantes extrair dados agronômicos que podem ser correlacionados a questões de infestação de pragas, problemas que podem ser ligados a questões produtivas, questões nutricionais que podem ser avaliadas com esses dados e, se possível, usar essas informações para otimizar o uso de insumos ou até mesmo para melhorar a produtividade média por hectare?”, propõe Fabrício Hertz, um dos fundadores da empresa. É esse o negócio da Horus. Os produtores podem conhecer pontos com infestação de pragas, regiões com problemas no plantio ou delimitar áreas com problemas nutricionais que precisam ser solucionados.

A Tecnoblock é uma empresa especializada na produção e comercialização de alimentos para bovinos criados a pasto.

Os benefícios da parceria

A Embrapa Informática Agropecuária teve três startups que se interessaram pelos dados, informações e modelos desse centro de pesquisa, para complementar sua estratégia de negócios. Para a chefe-geral Silvia Massruhá, cada vez mais esse ecossistema de inovação onde a Embrapa funciona como um facilitador e um integrador dos vários agentes – dos vários players e stakeholders. “É um modelo que está sendo usado no mundo todo e que pode trazer bastante retorno, não só do ponto de vista de inovação, mas também de contribuir para melhorar o orçamento dos projetos de pesquisa”, diz.

Os representantes das empresas finalistas concordam e esclarecem como funcionam os ganhos para os dois lados. “Quando aprendemos com todo esse potencial técnico que a Embrapa tem, de pesquisa já desenvolvida por esse corpo de profissionais tão qualificados, usamos isso para criar melhores modelos e soluções melhores, e do lado da Agrosmart, conseguimos ajudar a trazer a rapidez de transformar os conhecimentos em produtos e levar para o mercado. O forte é conseguir aliar o conhecimento técnico que eles [a Embrapa] têm e a nossa habilidade de digitalizar isso, de usar ferramentas tecnológicas para usar o conhecimento e colocar na mão do produtor”, conclui Mariana, da Agrosmart.

Gianpaolo, da Gira, diz que viu na chamada uma grande chance de trazer um conhecimento profundo que a Embrapa tem sobre a produção agrícola brasileira e as informações macro sobre as necessidades do mercado agrícola: “Eu percebi que com acesso a essas informações, a uma companhia como a Embrapa, nós potencializaríamos nosso negócio principal”.

Já o diretor da C4 Científica, Carlos Conte, ressalta a necessidade da parceria com um centro de pesquisa. “Nós, como empresa média no Brasil, não temos recursos e intenções de ter um centro de pesquisa dentro da empresa. Porém, temos grandes instituições públicas e privadas que nos possibilitam ter acesso a P&D como se fossem um parceiro”.

A avaliação das empresas considerou a aderência das propostas com as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, potencial e oportunidades de mercado, diferencial e competitividade do negócio, bem como o grau de maturidade das tecnologias para adoção pelo mercado e possíveis impactos social, econômico e ambiental.

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Biogás e carro elétrico: Itaipu apresenta tecnologias inovadoras no Smart City Expo Curitiba 2018

Soluções inteligentes para as cidades do futuro, com redução de impactos ambientais e melhor aproveitamento de recursos naturais e energéticos, estão entre os principais temas a serem discutidos durante o Smart City Expo Curitiba 2018. Cinco mil pessoas são esperadas para a edição brasileira do maior evento do mundo sobre cidades inteligentes, que será realizado nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, no Expo Renault Barigüi.

Alinhada com esses temas, a Itaipu Binacional, uma das organizações parceiras do evento, vai apresentar alguns de seus projetos de maior impacto no campo da produção de energia limpa e renovável, bem como na mobilidade elétrica.

“Pelo que se observa na área de energia em todo o mundo, está em curso uma grande transformação nos modelos de produção e distribuição de energia, partindo para fontes renováveis e um modelo descentralizado, com a geração junto ao consumo, como no caso da fonte solar e do biogás”, explica o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Paulo Schmidt.

Há quase 10 anos, a Itaipu, em parceria com diversas instituições, vem estimulando na Região Oeste do Paraná a produção de energia a partir do biogás, que é obtido com o tratamento de dejetos da agropecuária. Essa fonte energética pode ser utilizada tanto para a produção de eletricidade como para energia térmica ou veicular. Além de eliminar a produção de gases efeito estufa, o processo tem como subproduto o biofertilizante.

Esse sistema já é utilizado em cooperativas, agroindústrias e granjas dedicadas à suinocultura e à pecuária de leite. E o mesmo sistema pode, também, ser aplicado no tratamento de esgotos urbanos, transformando um problema (a poluição) em solução (energia limpa e renovável). “A tecnologia vai ter um papel cada vez mais determinante e as cidades tendem a se beneficiar disso à medida que perceberem e incorporarem essas mudanças”, completa Schmidt.

Veículos elétricos

A Itaipu também vem atuando há uma década anos na pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos, bem como no armazenamento de energia (baterias), componente que é essencial para a disseminação desse tipo de tecnologia. A binacional, inclusive, acaba de inaugurar o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de Veículos Elétricos (CPDM-VE), espaço com mais de 3 mil metros quadrados de área construída e que conta com laboratórios, oficinas, ferramentaria e showroom, entre outro espaços voltados à pesquisa e inovação.

Entre os projetos que serão desenvolvidos no centro estão a segunda geração da bateria de sódio com tecnologia nacional, em parceria com a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI); sistemas inteligentes de armazenamento de energia, com aplicação em áreas isoladas; e soluções para gestão de energia e mobilidade.

“As cidades inteligentes colocam a tecnologia da informação e a comunicação a serviço da comunidade para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Nesse contexto, os veículos elétricos representam uma forte contribuição para os objetivos das cidades inteligentes, pois incorporam tecnologias inovadoras, de fácil integração, além de serem eficientes e reduzirem impactos ambientais”, afirma Celso Novais, chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável de Itaipu.

Desde 2007, o projeto Veículo Elétrico viabilizou a montagem de diversos veículos movidos à eletricidade, desde automóveis a até mesmo um avião, passando por utilitário, ônibus e caminhão. Diversos carros montados na Itaipu são utilizados por empresas do setor elétrico e pela própria usina, viabilizando testes de carga na rede elétrica. Além de contar com vários automóveis elétricos em sua frota, a Itaipu também vem desenvolvendo projetos de compartilhamento e monitoramento de veículos elétricos.

Inscrições e programação

As inscrições para o Smart City Expo Curitiba 2018 já podem ser feitas. A área da feira poderá ser visitada de maneira gratuita, mediante cadastro no site www.smartcityexpocuritiba.com. Já para a área de congresso, é necessário realizar a inscrição e comprar o passaporte para os dois dias.

O Congresso do Smart City Expo Curitiba 2018 reunirá 18 palestrantes internacionais e 36 palestrantes do Brasil. Os debates ficarão concentrados em quatro temas: Tecnologias Disruptivas, Governança, Inovação Digital e Cidades Sustentáveis do Futuro.

A programação com temas detalhados e horários foi lançada pela FIRA Barcelona esta semana. As palestras abordarão temas relacionados à inovação em cidades, envolvimento governamental, participação da população em políticas públicas e serviços, economia sustentável, inclusão social, promoção de startups e desenvolvimento de ambientes urbanos sustentáveis, gestão inteligente de recursos, aplicabilidade de soluções tecnológicas e sustentáveis, entre outros.

Também estarão em debate a utilização e a aplicação de tecnologias emergentes que podem transformar as cidades, como indústria 4.0, big data, internet das coisas, robótica, blockchain, inteligência artificial e realidade virtual.

O valor do primeiro lote de ingressos para o Congresso é de R$ 900 até o dia 31 de janeiro, de R$ 1200 entre os dias 1º e 27 de fevereiro e de R$ 1500 durante os dois dias do evento. Estudantes pagam meia entrada mediante comprovação.

Inscrições e programação: https://www.smartcityexpocuritiba.com/.

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Internet para Todos inclui 80 municípios do Paraná na primeira fase

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, apresentou a prefeitos do Paraná, na última sexta-feira (19), em Curitiba, o Programa Internet para Todos, que tem como objetivo levar o sinal de internet a áreas rurais a preços acessíveis. Nesta primeira fase, segundo o ministro, 80 municípios do Estado serão selecionados, sendo Foz do Iguaçu o piloto do projeto no país. A lista com as primeiras 300 cidades deve ser lançada em fevereiro. “O programa vai atender com a banda larga e internet a milhões de brasileiros. A implantação é rápida, imediata e começa em abril”, disse o ministro na Associação de Municípios do Paraná (AMP). Dados do governo apontam que pelo menos 60 milhões de brasileiros não têm acesso à internet. Desse total, pelo menos 20 milhões são pessoas que tem um celular, mas não podem usá-lo pela ausência de conectividade.

Para fornecer sinal em áreas remotas, antenas conectadas ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), lançado em maio de 2017 pelo governo federal, serão implantadas nas localidades beneficiadas. Para participar, o município deve encaminhar ofício ao MCTIC formalizando o interesse e, posteriormente, assinando o termo de adesão que define as obrigações como garantia de infraestrutura básica (local, energia e segurança) e aprovação da Câmara Municipal para dispensa de cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS).

Em entrevista exclusiva à RCD, o MCTIC, por meio da assessoria de Comunicação Social, explica que cada empresa credenciada estabelecerá modelos de negócios que garantam a viabilidade da comercialização de internet. As empresas interessadas no Internet para Todos devem encaminhar um documento à Secretaria de Telecomunicações do MCTIC (Setel), indicando localidade de interesse e cronograma de atendimento, incluindo itens como estimativa de preço e tecnologia viável para a oferta. O MCTIC destaca ainda que não há seleção de municípios para o programa. “Estamos recebendo os pedidos de diversos municípios e organizando um fluxo de entrada. Buscamos atender de acordo com a entrada. O processo é contínuo”.

Já as cidades que buscam melhorar a conectividade para informatização dos prédios públicos, incluindo a implantação do projeto de Cidade Digital, por exemplo, o Ministério informa que tal questão está em estudo sobre como atende-las. “Estamos mapeando as sedes de município com backhaul de baixa capacidade, que não permitiria o provimento de acesso à internet. Os municípios são aconselhados a encaminhar a demanda”.

Para o diretor da RCD, José Marinho, a iniciativa contribui para levar internet para o campo ao mesmo tempo em que fomenta o crescimento de provedores locais. No entanto, Marinho frisa a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas municipais e adoção de Parcerias Público-Privada para que as Prefeituras possam oferecer serviços eletrônicos e ferramentas educacionais à população rural. “O ganho social é muito importante, mas também é preciso que o poder público leve facilidades para essas comunidades através da internet”, afirma.

Capacidade – De acordo com o diretor técnico-operacional da Telebras, Jarbas Valente, cada antena poderá atender a população no raio de um quilômetro, a uma velocidade inicial de 10MB. A telefonia fixa é outra novidade que deve chegar para essas localidades afastadas por meio do Satélite, conforme Valente. Para viabilização do projeto, a Telebras busca empresas regionais para parcerias. A banda larga do Satélite Geoestacionário também será utilizada por outras pastas como a Saúde para colocar internet em 100% das unidades no país. Um convênio firmado com o Ministério da Defesa reservou 30% da capacidade do equipamento para monitoramento das fronteiras. Já uma parceria com o Ministério da Educação pretende levar conexão para sete mil escolas rurais em 2018.

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Sócios-fundadores e novas gerações: quando essa relação se torna um desafio?

Por Eduardo Valério

A implantação da governança corporativa na empresa familiar nem sempre é fácil e revela-se desafiadora na medida em que as gerações vão passando e, com elas, surgem novas visões e maneiras de administrar. Isso se torna ainda mais evidente quando se verifica a presença do sócio-fundador, cujos propósitos e valores estão enraizados ao próprio DNA da empresa familiar e, por isso, o que é “novidade” muitas vezes não tem espaço na administração. Sendo assim, a inclusão de instrumentos de governança, tais como: definição do perfil de competências para os cargos-chave na empresa e redação do acordo de família (onde são estabelecidos os critérios para a sucessão e o plano de desenvolvimento do fundador antes, durante e principalmente pós-passagem do bastão), é essencial, principalmente no que se refere à transição societária. Afinal, é a partir deste processo que a empresa familiar adquire a solidez necessária para garantir a continuidade dos empreendimentos.

À frente da GoNext Family Business, foram raras as ocasiões em que o próprio sócio-fundador deu início a um processo de transição. Geralmente, verificamos que os projetos de governança têm seu início atrelado a agentes financeiros ou mesmo à iniciativa das novas gerações. De acordo com a pesquisa “Retratos de Família”, divulgada em 2016, elaborada pela KPMG com o apoio do ACI Instituto e do Board Leadership Center, dos 200 representantes de empresas familiares brasileiras entrevistados, pouco mais da metade possui planejamento sucessório para o cargo de diretor-presidente. Em 88% das empresas pesquisadas quem ocupa a posição máxima na administração são os membros da primeira geração (fundadores) ou da segunda.

Adiar um processo que, cedo ou tarde será inevitável, é uma ação contraproducente quando se fala em empresa familiar. Quanto antes ele for iniciado, menores serão os prejuízos administrativos, econômicos, financeiros e nas relações familiares enfrentados na ausência do sócio-fundador. O plano de sucessão deverá estar alinhado ao planejamento estratégico da empresa. Para otimizar este processo e maximizar as chances de uma transição positiva é importante seguir alguns passos.

Um deles é a identificação da estratégia da empresa com relação ao seu crescimento, objetivos, desafios e oportunidades. Com estes dados é possível distinguir as competências estratégicas que a companhia necessitará para atender a sua ascensão. Além disso, é importante avaliar a situação de cada membro e fazer uma análise individual de cada potencial sucessor, que deve ser liderada pelo conselho de administração da empresa. É necessário um entendimento claro do perfil do novo líder para evitar problemas futuros. A avaliação para a escolha deve ser criteriosa e imparcial.

É preciso entender o que é planejado para o futuro da empresa e as expectativas quanto às necessidades de liquidez (distribuição dos lucros), quanto ao patrimônio e ao legado. Esses fatores são decisivos para a montagem do processo sucessório, que é algo contínuo. Preparar o sucessor sempre será um desafio. Requer tempo, muito treinamento, paciência e projetos plausíveis. Por isso, quando há uma consciência coletiva sobre a importância da implementação de instrumentos para facilitar a transição, melhor para garantir a constante evolução dos negócios e das pessoas, mesmo com a ação do tempo e as mudanças inerentes a ele.

Eduardo Valério é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Estratégia e Marketing pela Kellogg School of Management, especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares pela The Wharton School, Pennsylvania e especialista em Gestão pelo Insead. Eduardo é diretor-presidente da GoNext, especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa em empresas familiares.

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TCS investe na expansão de suas operações para Londrina

O novo delivery center começa a operar em Londrina em um espaço para 700 pessoas, que pode chegar a 4.000 postos de trabalho de acordo com o desempenho da companhia no Brasil.

Companhia mantém suas operações em Alphaville, São Paulo, e no Rio de Janeiro.

A Tata Consultancy Services (TCS), empresa líder em soluções de negócios, consultoria e serviços de TI, está expandindo suas operações no Brasil com a construção de um novo delivery center em Londrina, no Paraná, que será o maior da empresa no Brasil e em língua Portuguesa no mundo. Em uma parceria de longo prazo com o governo local, a assinatura do termo de cooperação, aconteceu nesta segunda-feira, 15 de janeiro de 2018, na prefeitura de Londrina. O anúncio acompanha a estratégia da TCS, que, além das ofertas com foco em serviços de TI e BPO, avança com seu modelo de Cinco Forças Digitais – Nuvem, Big Data & Analytics, Mobilidade & Computação Pervasiva, Inteligência Artificial e Robótica.

No período que antecede a construção da unidade TCS no Parque Tecnológico, o primeiro endereço que abrigará a companhia em Londrina será um prédio comercial na região central da cidade, muito próximo ao terminal de ônibus urbano, e com capacidade de 700 novos profissionais. A previsão é de que as duas novas unidades em que a TCS investe possam alcançar 4 mil postos de trabalho locais com foco em TI e BPO (Business Process Outsourcing na sigla em inglês) de acordo com o avanço da empresa no mercado brasileiro.

Os interessados em atuar nas áreas de Digital, Big Data, Analytics, Java, Dot. Net, Banco de Dados, Processos, Administração de Dados, ERP SAP, Cloud, Project Management e Delivery, poderão se inscrever para as vagas da TCS em Londrina por meio do link https://ibegin.tcs.com/iBegin/register . Além das oportunidades para profissionais de TI, há vagas para estudantes nos programas jovem aprendiz e de estágio; e para trainees.

Londrina foi escolhida por conta do potencial tecnológico da cidade, que, além de caminhar para se tornar um dos principais polos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do Brasil, também possui características valiosas relacionadas à qualidade de vida dos seus habitantes, como transporte público eficiente, segurança, fácil locomoção e grande presença de universidades. As operações da TCS em Alphaville, São Paulo, e no Rio de Janeiro, continuam funcionando normalmente.

No primeiro trimestre de 2017, Londrina foi uma das poucas cidades brasileiras que manteve positiva a balança de geração de empregos. Segundo o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), Londrina foi a 5ª cidade do país com mais vagas abertas entre Janeiro e Março de 2017, contabilizando 3.672 novos empregos.

Como parte das suas políticas de contribuição social, a TCS vai investir na mão de obra local com programas educacionais em conjunto com as entidades do município. Entre as iniciativas, a companhia levará para Londrina os seus programas goIT e Enable, que têm como objetivo desmistificar as áreas de STEM (Ciências, Tecnologia da Informação, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês) e ajudar os alunos a ganhar conhecimento e confiança para atuar nesse segmento, tornando-se os futuros líderes da área de TI.

Marcelo Wurmann, CEO da TCS para a América Latina, afirma que “a TCS está expandindo suas operações e, com isso, reforçando o compromisso com o Brasil e a América Latina. A Prefeitura de Londrina é uma grande parceira nesse processo e esperamos excelentes resultados dessa união, de modo a nos tornarmos um dos protagonistas da Era da transformação digital”.

Segundo Tushar Parikh, Country Head da TCS para o Brasil,”é uma honra para a TCS fazer parte desse momento de consolidação de Londrina como novo polo tecnológico do país. Sendo uma empresa de serviços de TI, nossos negócios estão baseados na excelência de nossos profissionais; desempenho que por sua vez depende do investimento nas carreiras e no domínio das áreas de inovação e digital pelos mesmos. Queremos ajudar a qualificar a mão de obra local e crescer junto com essa cidade que une qualidade de vida e desenvolvimento”.
Sobre a Tata Consultancy Services Ltd. (TCS)

A Tata Consultancy Services é uma empresa de Serviços de TI, Consultoria e soluções corporativas que oferece resultados reais para negócios globais, garantindo um nível de segurança que nenhuma outra empresa pode igualar. A TCS possui uma equipe de consultores próprios e um portfólio integrado de serviços de TI, infraestrutura e engenharia. O delivery é realizado através de seu modelo exclusivo chamado Global Network Delivery Model™, reconhecido como referencial de excelência no desenvolvimento de software. Como parte do grupo Tata, o maior conglomerado industrial da Índia, a TCS tem atuação global e está listada nas bolsas de valores National Stock Exchange e Bombay Stock Exchange na Índia.

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Celebração dos ideais e da perenidade do cooperativismo de crédito – Por Manfred Alfonso Dasenbrock

Manfred Dasenbrock, presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito
Foto: Marcos Suguio

Há algumas datas que merecem de nós uma comemoração, pela relevância histórica, seus significados e legados. Também colocamos nessa lista algumas personalidades que devem ser celebradas pelo papel transformador que tiveram. Em 2018, com o 200º aniversário de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, temos a oportunidade de lembrar do seu papel fundamental para o cooperativismo de crédito, engajar ainda mais pessoas na causa cooperativista e fomentar uma reflexão sobre nosso futuro.

Raiffeisen nasceu em Hamm, na Alemanha, em 1818, onde presenciou e se sensibilizou com as necessidades das comunidades agrícolas. Destacou-se pela capacidade de mobilizar as pessoas para mudar a realidade vivida com iniciativas colaborativas. É conhecido como o criador do modelo utilizado para constituir a maioria das cooperativas de crédito no mundo, incluindo o Sicredi, e pela sua contribuição ao desenvolvimento do segmento. Em 1864, Raiffeisen fundou a Associação de Caixa de Crédito Rural de Heddesdorf. A partir dessa iniciativa e de outras tantas, nasceu esse movimento que se expandiu pela Alemanha, por outros países e ganhou amplitude mundial tendo em vista a sua causa.

No Brasil, o responsável por trazer o modelo Raiffeisen foi o padre suíço Theodor Amstad. Em 1902, em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, junto a um grupo de produtores rurais, Amstad fundou a primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina, em atividade até hoje. Esta inciativa pioneira, como atesta seu nome atual – Cooperativa Sicredi Pioneira RS –, junto com outras oito cooperativas de crédito sobreviveram às medidas oficiais promulgadas na década de 60 por meio do incansável trabalho de sonhadores determinados como Mário Kruel Guimarães, ajudaram na retomada do cooperativismo de crédito no Brasil, disseminando a ideia de união das cooperativas de crédito, fortalecendo ainda mais a causa. Os nossos ideais ficaram ainda mais consolidados e tornaram mais fortes os conceitos que nos inspiram até hoje.

Celebrar estes 200 anos é importante para não nos distanciarmos do ideal do pioneiro e dos ideais que moveram muitas pessoas, em várias regiões do país a se unir e criar as cooperativas de crédito. Cabe a nós, seguidores, não nos distanciarmos dos ideais desse grupo de fundadores.

A cooperativa de crédito tem um componente extraordinário que é cooperação. Dentro desse aspecto, também vemos desenvolver questões ligadas à solidariedade e à cidadania. Com esse espírito, se consegue promover ações colaborativas e inúmeras outras na sociedade. Daí a relevância, principalmente, do investimento em capacitação, em formação de líderes, de pessoas com espírito mais agregador, ético e que zele, acima de tudo, pela transparência e gestão democrática do nosso movimento.

O Sicredi, instituição financeira cooperativa, com mais de 3,7 milhões de associados, aposta constantemente no potencial de crescimento do cooperativismo de crédito no Brasil, investindo na ampliação da presença nacional. Com a filiação da quinta central, a Norte Nordeste, a abertura de uma agência no Acre e a filiação de uma cooperativa de crédito de Minas Gerais, a instituição atingirá 22 estados. Com isso, o Sicredi consolida sua presença nacional, com atuação regional.

Por meio de um relacionamento próximo com seus associados e proporcionando soluções financeiras responsáveis, as cooperativas de crédito realizam um importante papel na sociedade ao agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e das comunidades onde estão inseridas. Junte-se, você também, ao cooperativismo de crédito para crescermos juntos por meio de uma economia moderna, compartilhada e por um mundo melhor para todos. Juntos, multiplicamos e fortalecemos os valores que foram inspirados há 200 anos por Friedrich Wilhelm Raiffeisen.

Manfred Dasenbrock é presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu)

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Em plena expansão, De Heus planeja um 2018 cheio de inovações

De Heus, empresa especializada em nutrição animal, fecha 2017 com muitos investimentos no Brasil e avanços na tecnologia do segmento agro. Com participação em diversas feiras e quatro grandes inaugurações – a nova sede em Campinas; o Laboratório de Controle de Qualidade, em Rio Claro; a Unidade Industrial de Toledo e Centro Experimental de Pesquisas em Nutrição de Suínos em Londrina, ambos no Paraná -, a empresa se posicionou ainda mais firme em território nacional com o crescimento da equipe geral (em 10%) e de vendas (em 25%), e ampliação de 40% no faturamento de 2017, chegando a R$ 270 milhões.

“Desde que chegou ao Brasil, há cinco anos, a De Heus aumentou a produção em 80% e seu faturamento cresceu 180%”, afirma Hermanus Wigman, presidente da De Heus. Todo esse sucesso se deve aos conceitos internacionais que são trazidos sempre visando a atender o mercado, de cada local, com suas necessidades específicas, tornando-o uma unidade global. Prova disso são os recentes estudos e pesquisas para desenvolvimento do sistema de Rações Premium Romelko, melhorando a saúde intestinal dos suínos e um precursor sem antibióticos no Brasil.

Outro destaque foi a ampliação do portfólio MUB, uma empresa do Grupo De Heus, trazendo novas tecnologias e benefícios para bovinos de corte e de leite, com produtos resistentes a chuvas e ventos, não havendo desperdício ou perda do mesmo. Além disso, os novos produtos dispensam o uso do cocho e reduzem os custos operacionais e de mão de obra.

Para 2018 a expansão segue de forma avançada: o crescimento em território nacional também deverá se repetir na América Latina de forma geral; ampliação da força produtiva e de vendas; expansão do Sistema Romelko; otimização dos resultados e com conceitos inovadores como o Kaliber e Prelacto, do portfólio MUB; estreitar ainda mais o relacionamento com os clientes, tornando-os cada vez mais próximos para apoiar a gestão de resultados através de ferramentas digitais como Pigmoney e Beef Money, e monitoramento com o Margin Monitor Milk; intensificação da integração total dos centros de pesquisas com as universidades; e, por fim, a inauguração do Centro de Distribuição de Caruaru, em Pernambuco, colocando a região Nordeste em destaque nos planos da empresa para o futuro.

“Nossa intenção é aprimorar as soluções que já oferecemos e buscar novas alternativas. Queremos trazer ao Brasil tecnologias já utilizadas no exterior e adaptá-las a realidade daqui, bem como desenvolver novas”, conta Wigman. As principais feiras e eventos do setor também estão nos planos da De Heus para 2018, assim como dar continuidade à estruturação e centralização das áreas corporativas para garantir mais agilidade e aperfeiçoamento dos processos internos da empresa.

A perspectiva, claro, é de pleno crescimento, girando em torno de 30% a mais de faturamento de 2017. A De Heus continua a levar consigo os conceitos de inovação, aprimorando produtos e relacionamentos que já mantém no mercado, bem como trazendo novas tecnologias para melhoria do setor, contribuindo diretamente para crescimento e desenvolvimento desse mercado.

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Uma das maiores indústrias de Moda Bebê vai inaugurar um novo parque industrial no Paraná

A marca Paraíso Moda Bebê, uma das maiores indústrias nacionais no segmento, vai inaugurar no dia 8 de janeiro seu novo parque industrial de 10,5 mil metros quadrados, em Terra Roxa, na região oeste do Paraná. A empresa prevê aumento de 10% no quadro de funcionários por conta da ampliação da estrutura e implantação da linha “kids”, roupas para crianças maiores.

A produção, que hoje é de 350 mil peças por mês para crianças de 0 a 3 anos, vai crescer. Isto porque a partir de 2018, o novo parque industrial começa a produzir roupas para crianças de 4 a 10 anos, a linha “kids”.

Segundo a diretora da Paraíso Moda Bebê, Daiane de Assis Rossato Carvalho, equipamentos de ponta vão modernizar a produção, a distribuição será aprimorada e a nova planta vai contribuir com a qualidade de vida dos funcionários. “O objetivo é dar mais agilidade, com a modernização da produção, os novos equipamentos, e também existe a preocupação com os funcionários que vão ter um ambiente muito melhor para trabalhar”, disse.

Com o investimento no novo parque industrial, o setor de almoxarifado, diz Daiane, será referência na indústria nacional. “E a parte administrativa tem muito mais espaço, bem mais confortável para os funcionários”, afirmou.

A antiga indústria, que possui 6 mil metros quadrados, vai continuar em operação. “Vamos desenvolver nesse local novos projetos da Paraíso que vão auxiliar muito no resultado final do produto”, comentou Daiane.

Com a Paraíso, de Terra Roxa surgem tendências da moda bebê para o País. Mais de 5 mil lojas vendem os produtos. A página do Facebook da marca, com 1,7 milhão de seguidores, é um termômetro da receptividade dos consumidores. Para trazer inovações, a equipe de criação viaja para outros países em busca de inspirações e novas tendências.

As roupas da marca também são exportadas para os Estados Unidos, Canadá, Kuwait, Japão e países da América do Sul. Por causa da empresa, que nasceu em 1992, a cidade com 16,7 mil habitantes é conhecida como a “Capital da Moda Bebê”. O polo de roupa infantil, que tem a Paraíso como a maior empresa, é responsável por cerca de 30% da economia do município.

De acordo com Daiane, a produção é feita a partir de alto padrão de qualidade e design. “Atendemos consumidores exigentes que estão sempre em busca das últimas tendências da moda bebê”, disse.

A tecnologia da nova planta é determinante na produção de roupas de qualidade. Mas o diferencial da marca, diz Daiane, é o cuidado e a atenção com o produto. “Cuidamos de tudo com muito amor e carinho. Como é uma empresa familiar, isto foi transmitido da presidente Celma para os filhos, que estão à frente da Paraíso hoje.”

História

A história da Paraíso Moda Bebê nasceu da necessidade e muito trabalho da empresária Celma Rossato. A indústria se tornou uma das maiores no Brasil no segmento em uma região agrícola afastada dos grandes centros. Algo que era impensável pela própria fundadora da marca.

Na década de 1980, quando o trabalho mais comum em Terra Roxa era na agricultura, Celma começou a costurar em casa roupinhas para o seu primeiro filho. A preocupação era que a criança nascesse e tivesse roupinhas.

Logo, os modelos começaram a fazer sucesso e chamaram a atenção de outras mães e ela passou a vender. Mas sem dinheiro para fazer a aquisição de matéria-prima, Celma produziu panos de prato a partir de sacos de açúcar para comercializar nas casas em Terra Roxa.

O marido dela, Eugênio Rossato, que é ex-gestor e membro da diretoria Arranjo Produtivo Local (APL) Moda Bebê de Terra Roxa, foi fundamental para o negócio começar a ganhar envergadura. Ele trabalhava em uma cooperativa agrícola e vendeu as férias para comprar uma máquina de costura. Depois, Rossato pediu demissão para auxiliar a esposa em tempo integral no empreendimento que começava a despontar.

Em 1991, quando Celma estava grávida do terceiro filho, ela viajou a São Paulo com um mostruário das roupas que produzia debaixo dos braços para apresentar a lojistas.

Os produtos feitos em Terra Roxa começaram a ser enviados para lojas paulistanas. Com a aceitação das roupas em maior escala, em 1992, ela fundou Paraíso Moda Bebê.

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Paraná recebe o conceito Hard Rock Hotel, com construção de unidade na Ilha do Sol

O conceito Hard Rock Hotel está chegando no estado do Paraná, com a construção de uma unidade na Ilha do Sol, próximo a Londrina. A rede hoteleira é conhecida por proporcionar aos hóspedes uma experiência de astro do rock, com serviços direcionados para toda a família, incluindo shows musicais e exibição de itens originais de grandes artistas mundiais. Para trazer a marca para o país, a Venture Capital Investimentos (VCI), investirá mais de R$ 300 milhões nos projetos, sendo R$ 100 milhões por meio de debêntures emitidas e captadas com o Rating A.

“Buscamos projetos com diferenciais claros e padrão reconhecido internacionalmente como a Hard Rock Hotel. Para ter sucesso nos negócios, avaliamos as tendências para conseguir as melhores oportunidades de investimento. Escolhemos regiões que têm um alto potencial turístico, como a Ilha do Sol”, explica Samuel Sicchierolli, fundador, acionista e CEO da VCI.

A negociação com o Hard Hotel Rock começou há quatro anos e a empresa adquiriu o direito de utilizar a marca no mercado brasileiro. Atualmente mais dois empreendimentos estão em implementação, com obras em andamento em praia da Lagoinha em Fortaleza e Caldas Novas (em Goiás).

Por meio o contrato firmado com a Hard Rock Hotel Brasil, a VCI controla os investimentos, mas toda a operação da marca no Brasil fica diretamente a cargo da rede americana.

A marca Hard Rock possui US$ 4,7 bilhões de faturamento e está presente em 177 países, sendo considerada uma das mais valiosas do mundo. No Brasil, está presente desde 2015, quando recebeu a primeira unidade de um café em Curitiba.

Fundada em 2012, a VCI atua em fundos de participação, desenvolvimento imobiliário e capital de risco, com foco em implantações de hotéis e franquias. A empresa cuida desde o desenvolvimento, comercialização, gestão de recebíveis até a operação dos projetos. A empresa tem capital aberto desde dezembro deste ano, com registro da CVM de capital aberto categoria B e já prestou consultoria para mais de 34 empreendimentos.

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Quatro passos para alcançar metas empresariais sustentáveis em 2018

Por Antonio Carlos Hencsey

Um novo ano bate à porta e junto com ele são divulgadas as tão esperadas metas. Você já parou para pensar no impacto que esses números e expectativas organizacionais podem trazer para a gestão ética da sua empresa?

Se isso ainda não tinha passado pela sua cabeça, sugiro que você faça algumas reflexões para que a sua organização consiga os resultados esperados sem, porém, aumentar a probabilidade de ações ilícitas decorrentes de planejamento corporativo audacioso.

Comunique as metas de forma adequada

A maneira como as expectativas e objetivos da empresa para o próximo ano são apresentados fazem toda a diferença. Entusiasmo e desafio são fatores positivos para estimular as equipes a conseguirem superar os seus limites, porém é fundamental falar sobre o como se deseja alcançar esses números. Discursos ao estilo “missão dada é missão cumprida” devem obrigatoriamente ser acompanhados de diretrizes éticas claras, caso contrário as pessoas podem se preparar para o vale tudo da guerra sem prestar atenção nas melhores práticas do mercado.

Use dados de realidade para estipular as metas

O que você espera dos seus colaboradores é algo real ou é fruto de um pensamento ganancioso? Existe uma grande diferença entre vencer obstáculos e buscar o impossível. Por mais que em um processo de automotivação seja válido pensar que o impossível não existe, na prática ele é bastante real e desconsiderar questões sociais, econômicas ou operacionais ao traçar metas agressivas pode colocar em risco o posicionamento ético de profissionais. Ao desejar entregar o que é esperado, um colaborador pode manipular números ou usar atalhos para “alcançar o inalcançável”.

Ensine como se chega lá

Trabalhando com ética e compliance escutei muitos executivos de vendas reclamando da prática de gratificações ter sido proibida por boa parte das empresas. Eles dizem que isso impacta diretamente em suas vendas e que, por outro lado, as companhias para as quais trabalham estão cada vez mais agressivas desconsiderando esse fator. Tal ponto merece a atenção das organizações com os seguintes questionamentos: você ensina ao seu colaborador como obter seus resultados diante de cenários adversos? Qual é o suporte oferecido diante de novas realidades ou dificuldades? Cobrar sem dar as condições de obter o resultado pode aumentar o risco de fraude organizacional.

Observe o caminho e não só a reta final

Uma vez dadas as metas, acompanhe o trabalho da sua equipe. Verifique dificuldades, oriente os passos de acordo com o posicionamento ético esperado, ajude na identificação de saídas criativas. Os números devem ser o fim, mas de forma alguma o meio deve ser ignorado. Caso contrário, corre-se o risco de cairmos em uma armadilha, olhando exclusivamente para uma moldura financeira sem saber como os resultados foram construídos. Lembre-se das provas de matemática que você fazia na escola. Não é só a resposta final que importa, precisa-se observar toda a lógica do cálculo. Fique atento.

Antonio Carlos Hencsey é líder de prática de Ética & Compliance da Protiviti, consultoria global especializada em finanças, tecnologia, operações, governança, risco e auditoria interna.

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